sábado, 27 de outubro de 2007

Toyota ainda não desistiu de Alonso

Alguém aí achou que a novela "Para onde vai Fernando Alonso?" já estava acabando? Muito pelo contrário. Neste sábado, uma equipe que parecia ter desistido da contratação do espanhol voltou à disputa: a Toyota. Segundo o diário Marca, o time nipônico teria oferecido um cheque em branco para Alonso, que estaria cada vez mais perto de deixar a McLaren.

Pelo visto, a ofensiva da Toyota não é papo furado não. Mesmo assim, a chance de Alonso acertar com a equipe japonesa ainda não aparece como a mais provável, por enquanto. Embora a Toyota sinalize com o status de primeiro piloto e todas as regalias que Alonso tanto desejava ter na McLaren, o bicampeão continua está mais perto da Renault.

Durante o fim de semana do Grande Prêmio do Brasil, o chefão da equipe francesa, Flavio Briatore, teria se reunido com um magnata das telecomunicações latino-americanas. O objetivo: buscar apoio financeiro para viabilizar a contratação de Alonso. A informação, só para constar, também é do Marca.

Até agora, falta capital para a Renault fechar com o espanhol. Além disso, há outro impasse: o tempo de duração do contrato. Enquanto a equipe francesa deseja um acordo válido por três temporadas, Alonso quer ter a opção de ficar livre já em 2009. São apenas rumores, mas fala-se que o sonho do bicampeão é uma transferência, hoje quase impossível de imaginar, para a Ferrari.

O fim da novela sobre o futuro de Alonso ainda parece estar longe. Em sete dias, ao menos, uma pergunta deve ser respondida: "Afinal, o espanhol continua ou não na McLaren?". De acordo com o jornal As, Alonso tem uma reunião marcada com Ron Dennis para a próxima semana. No encontro, os dois vão discutir as exigências e o futuro do bicampeão.

Não é segredo para ninguém que Alonso deseja ser tratado como piloto principal na McLaren. E isso - considerando o desempenho de Lewis Hamilton e o prestígio que o inglês tem no time prateado - é praticamente impossível. Ainda é cedo para saber por qual equipe Alonso estará correndo em 2008.

Uma conclusão, porém, já parece clara: na McLaren, ele não fica.


A informação vem da revista Formula Money: em 2006, a Super Aguri acumulou um prejuízo de 9 milhões de dólares. Naquela que foi sua temporada de estréia na Fórmula 1, a pequena equipe japonesa arrecadou apenas US$ 5 mi em patrocínios, conseguindo-se manter na categoria apenas graças ao apoio da "matriz" Honda.

Um ano depois, a Super Aguri cresceu e terminou o campeonato de 2007 em nono lugar entre os construtores, marcando quatro heróicos pontinhos no total. Até agora, portanto, a escuderia japonesa vai salvando-se do ciclo imperdoável da Fórmula 1: equipe que anda nas últimas colocações acaba sempre falindo ou trocando de proprietário. Mais cedo ou mais tarde.

O apoio da Honda impediu que a Super Aguri seguisse por esse caminho. Em meados da temporada recém-encerrada, porém, chegou-se a cogitar a venda do time de Aguri Suzuki a um empresário espanhol, Alejandro Agag. As conversas terminaram não evoluindo, e o assunto morreu depois que a Super Aguri garantiu uma injeção financeria na parte final do campeonato.

Mesmo assim, a Fórmula 1 não conseguiu terminar o ano sem que uma equipe mudasse de mãos. Há um mês, a lanterna Spyker anunciou sua venda para um magnata indiano, e agora vai se chamar Force India F1. A lógica continua valendo: por mais que os dirigentes da FIA tentem cortar custos para proteger as equipes independentes, o esforço nunca acaba recompensado.

O nível de competitividade da Fórmula 1, simplesmente, não deixa.


Cingapura fechou contrato com a Fórmula 1 e vai passar a sediar um Grande Prêmio noturno a partir da próxima temporada. O circuito - desenhado nas ruas da zona portuária da cidade-estado - tem tudo para ser um das mais espetaculares da história. Seria o suficiente para as autoridades locais ficarem satisfeitas? Nada disso.

No fim da última semana, o governo de Cingapura anunciou planos para a construção de um novo autódromo na região de Changi, financiado totalmente pela iniciativa privada. A pista deve começar a ser erguida em maio do ano que vem, para ficar pronta em 2009 ou 2010. As informações são do site f1-live.com.

O objetivo principal é impulsionar o crescimento da indústria automobilística, que tem um futuro promissor no pequeno país. Embora seja uma nação de apenas 704 quilômetros quadrados de extensão, Cingapura é um mercado de respeito. O número de fã-clubes de automóveis, por exemplo, já ultrapassa 100, com alguns deles chegando a ter 5000 membros.

Vamos ser honestos: é praticamente impossível não sentir uma pitada de inveja do trabalho que está sendo feito em Cingapura. Mesmo sem ter a menor tradição no esporte a motor, o país caminha para se transformar num centro do automobilismo asiático. Com o tempo, pode tornar-se até referência mundial.

Infelizmente, a comparação com o Brasil é covardia...


Com a temporada da Fórmula 1 encerrada, é hora de pescar na Internet os melhores vídeos com os highlights do campeonato. O vídeo a seguir foi preparado pela ITV, emissora que detém os direitos de transmissão para o Reino Unido. Vale a pena conferir o belo trabalho de edição:



Neste domingo, o Blog volta comentando as atividades do Mundial de Rally, da Nascar e da Stock Car nas diferentes edições do Weekend Update. Até amanhã!

Crédito das fotos:

Na Stock Car, Rodrigo Sperafico larga da pole em Tarumã

O paranaense Rodrigo Speraficou superou seus nove adversários na "superfinal" e cravou neste sábado a pole position para a décima etapa da temporada da Stock Car, em Tarumã. Na corrida de amanhã, o piloto da equipe Biosintética Action Power vai largar da posição de honra, com Duda Pamplona ao seu lado, na primeira fila.

A classificação foi marcada pela chuva, que pode voltar na prova deste domingo. O pole Sperafico fez sua melhor volta em 1:06.046s, batendo em quase três décimos o tempo de Pamplona. Na seqüência, aparecem dois pilotos classificados para a fase final da Stock: Valdeno Brito e Cacá Bueno, atual campeão e líder da tabela de pontos.

Os demais participantes da "superfinal" ficaram espalhados pelo grid. Daniel Serra foi o nono, duas posições à frente da aposta do Blog, Thiago Camilo. Um pouco mais atrás, Felipe Maluhy foi o 14º e Hoover Orsi classificou-se em 21º. Mais uma vez, Ingo Hoffman sofreu com o mau desempenho de seu carro e não passou de 30º.

Por fim, a dupla da Medley Andreas Mattheis teve um dia para esquecer. Marcos Gomes e Ricardo Maurício foram vítimas de uma pataquada incrível da equipe, que colocou os pneus marcados para Gomes no carro de Maurício e vice-versa. Acabaram desclassificados e vão largar das duas últimas posições, em 37º e 38º, respectivamente.

A chave para a corrida de amanhã é conservar bem os pneus. Algumas semanas atrás, em Brasília, os carros sofreram com o desgaste excessivo dos compostos, que estragaram a prova de vários pilotos. Cacá Bueno e Luciano Burti, por exemplo, foram só alguns a abandonarem a etapa brasiliense por conta de furos.

Em Tarumã, o esperado é que os pneus acabem ainda antes, o que torna o resultado imprevisível. Somando isso à possibilidade de chuva, a promessa é de uma corrida emocionante e cheia de alternativas. Vale a pena separar um pedaço da manhã para conferir. Logo abaixo, o grid de largada para a etapa de Tarumã da Stock Car:

1. Rodrigo Sperafico/Paraná/Volkswagen Bora, 1:06.046s
2. Duda Pamplona/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 1:06.310s
3. Valdeno Brito/Paraíba/Volkswagen Bora, 1:06.375s
4. Cacá Bueno/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 1:06.397s
5. Ricardo Sperafico/Paraná/Peugeot 307,1:06.423s
6. Antonio Jorge Neto/São Paulo/Mitsubishi Lancer, 1:06.643s
7. Nono Figueiredo/São Paulo/Mitsubishi Lancer, 1:06.746s
8. Chico Serra/São Paulo/Peugeot 307, 1:06.805s
9. Daniel Serra/São Paulo/Volkswagen Bora, 1:06.980s
10. Ricardo Zonta/São Paulo/Peugeot 307, 1:07.399s

A Rede Globo transmite a corrida em Tarumã a partir das 11 horas deste domingo. Até o fim do dia, o Blog volta comentando as principais notícias do dia. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: http://www.stockcar.com.br/

No Rally do Japão, protagonistas do campeonato estão fora

Deu zebra no Rally do Japão. Um dia depois do abandono de Marcus Grönholm, Sebastien Loeb devolveu o favor e também desistiu da etapa nipônica após sair da pista no 13º estágio da competição. Pela primeira vez na temporada, os dois protagonistas do campeonato estão fora da disputa.

Assim, a liderança caiu no colo do principal coadjuvante do ano: Mikko Hirvonen. Terceiro colocado no campeonato, o finlandês isolou-se na ponta do Rally do Japão e deve confirmar a vitória amanhã sem grandes dificuldades. Sua única ameaça é o espanhol Daniel Sordo, que tem 38 segundos de desvantagem.

Na seqüência, o norueguês Henning Solberg já aparece a quase dois minutos de Hirvonen, sem qualquer possibilidade de discutir a liderança. Com o alto número de abandonos, vários desconhecidos aparecem entre os primeiros. Na quarta posição, o argentino Luiz Perez Companc é um deles. Logo atrás, Matthew Wilson, Manfred Stohl, Federico Villagra e Katsuhiko Taguchi fecham a zona de pontuação.

O Rally do Japão está sendo um enorme calvário para as figuras mais carimbadas. Na sexta, Marcus Grönholm foi o primeiro a ter problemas ao danificar seriamente seu carro no quarto estágio do dia. O piloto da Ford - líder da temporada com 104 pontos - provavelmente perderia a ponta do campeonato para Sebastien Loeb, que tem 100. O francês, porém, caiu numa vala hoje e também precisou desistir.

Além deles, outro que tem muito a lamentar é Jari-Matti Latvala. Até ontem, o finlandês vinha no terceiro lugar. Mantido, esse resultado seria o melhor de sua carreira no Mundial de Rally. Infelizmente, o belo trabalho de Latvala foi desperdiçado em virtude de um problema de câmbio, que forçou o seu abandono.

Por fim, o trio da Subaru - Petter Solberg, Chris Atkinson e Xavier Pons - também está sofrendo na etapa japonesa. Por motivos diferentes, os três se afastaram dos líderes e nem aparecem entre os dez primeiros. Se não conseguirem a recuperação, a Subaru corre o risco de não marcar pontos, fato inédito na atual temporada.

A seguir, a classificação do Rally do Japão depois das atividades do sábado:

1. Mikko Hirvonen/Finlândia/Ford, 2h26:28.9s
2. Daniel Sordo/Espanha/Citröen, a 38.2s
3. Henning Solberg/Noruega/Ford, a 1:51.7s
4. Luiz Perez Companc/Argentina/Ford, a 5:05.6s
5. Matthew Wilson/Inglaterra/Ford, a 5:27.3s
6. Manfred Stohl/Áustria/Citröen, a 5:59.7s
7. Federico Villagra/Argentina/Ford, a 7:26.6s
8. Katsuhiko Taguchi/Japão/Mitsubishi, a 13:50.4s
9. Gabriel Pozzo/Argentina/Mitsubishi, a 14:47.1s
10. Takuma Kamada/Japão/Subaru, a 16:29.6s

A ESPN mostra os melhores momentos do segundo dia do Rally do Japão logo mais, às 21:30. Em instantes, o Blog volta destacando as atividades da Stock Car em Tarumã. E, até o fim do dia, comentários sobre as principais notícias do dia. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: www.rally-live.com

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Resumo da sexta-feira

O dia de hoje foi recheado de notícias com pouca ou nenhuma importância. Vamos a um rápido resumo daquelas que merecem ser rapidamente mencionadas:

Pedro de la Rosa declarou à rádio Cadena SER que acredita na permanência de Fernando Alonso na McLaren em 2008. "Ninguém na equipe comentou nada sobre a saída dele (Alonso)", disse o piloto de testes do time prateado. Na verdade, de la Rosa está apenas cumprindo o seu papel. Um dos poucos aliados de Alonso dentro da equipe, ele ficaria em situação difícil caso o bicampeão deixasse a McLaren.

Muito mais determinante do que as palavras de Pedro de la Rosa na definição do futuro de Fernando Alonso é a questão do patrocínio do Banco Santander. Nesta sexta, a instituição espanhola revelou que o contrato de apoio foi firmado com a McLaren, e não com os pilotos. Ou seja: se Alonso sair da equipe, ele não leva o dinheiro junto com ele.

Agora, sim, quem aposta que o bicampeão continua na McLaren ganhou pontos. A Renault contava com o capital do Santander para assinar com Alonso para 2008. Sem o dinheiro do banco, um acerto com o espanhol fica bem mais difícil. Apesar de tudo, o destino de Alonso continua uma total incógnita. Tudo vai depender da vontade de Ron Dennis.

Enquanto isso, o nome de Sebastian Vettel foi anunciado como representante da Alemanha na Corrida dos Campeões, que vai acontecer no fim deste ano no estádio de Wembley, em Londres. O companheiro do piloto da Toro Rosso deve ser ninguém menos do que Michael Schumacher. Além da dupla, nomes como Heikki Kovalainen, Jenson Button, Sebastien Bourdais e Marcus Grönholm também estão confirmados.

Para quem não sabe, a Race of Champions reúne pilotos de várias modalidades - como Fórmula 1, Motocross, Nascar e Turismo - numa competição em estilo mata-mata. A pista é desenhada em formato de "oito", e os concorrentes se enfrentam ao mesmo tempo diante de uma arquibancada lotada. Em 2004, um jovem chamado Heikki Kovalainen ficou com a vitória. Será que Vettel repete a dose?

Ao jornal Evening Standard, Bernie Ecclestone contou que a idéia de realizar um Grande Prêmio da Fórmula 1 nas ruas de Londres "não está morta". Tomado de súbito estusiasmo, o chefão da FOM disse que a prova na capital inglesa seria "fantástica". De fato, o cenário deixaria os carros até ofuscados. Pena que exista tão pouca chance da idéia ser levada em frente.

Por fim, a Corte de Apelações da FIA já tem data para julgar o recurso da McLaren, que tenta alterar o resultado do Grande Prêmio do Brasil: 15 de novembro. Até lá, o título de Kimi Raikkonen ainda estará, em tese, sub judice. Mas a possibilidade de Lewis Hamilton levar o campeonato no tapetão é quase nula.

A reunião será apenas mais uma pequena mancha na temporada 2007, já tão marcada pelos fatores extra-pista.


O paulista Nonô Figueiredo roubou a cena e cravou a volta mais rápida dos treinos livres de sexta da Stock Car, em Tarumã. Apesar de não estar entre os dez classificados para a "superfinal", o piloto da equipe Officer Pamplona's liderou a tabela de tempos, logo à frente de Enrique Bernoldi e Cacá Bueno.

Meu palpite, Thiago Camilo, está em boa situação. Hoje, ele foi o quinto, definindo seu acerto como "ótimo". O dia foi difícil para ponteiros como Ingo Hoffmann e Hoover Orsi, 38º e 41º, respectivamente. Amanhã, a Stock Car define seu grid de largada para a etapa de Tarumã, marcada para o domingo.

Deu zebra no Rally do Japão: o líder do campeonato, Marcus Grönholm, saiu da pista na quarta especial do dia e precisou desistir da competição. Foi o primeiro abandono do finlandês no ano, que pode ser fatal para suas pretensões de título. Agora, seu principal adversário, Sebastien Loeb, tem tudo para tomar a ponta na tabela de pontos. O francês - minha aposta para a vitória - só precisa de um quinto lugar.

Por enquanto, Mikko Hirvonen - companheiro de equipe de Grönholm - vem na primeira colocação do Rally do Japão. Sua vantagem para Loeb, porém, é de apenas dez segundos. Também na balada aparece o azarão Jari-Matti Latvala, num excelente terceiro. Na seqüência, Daniel Sordo, Henning Solberg, Manfred Stohl, Xavier Pons e Luiz Perez Companc completam a zona de pontuação.

Em Atlanta, Greg Biffle marcou a pole position para a 33ª prova da Nascar na temporada, a ser realizada no domingo. Kurt Busch, Dale Jarret e Dale Earnhardt Jr. fecham o top 5. Meu palpite, Jimmie Johnson, vem em sexto. O líder do campeonato, Jeff Gordon, aparece em oitavo. Por sua vez, Juan Pablo Montoya é o 21º.


Muita gente estranhou o dia marcado para o Grande Prêmio do Brasil de 2008. Ontem, a FIA confirmou que a prova vai ser em 2 de novembro, uma data meio tardia para os padrões da Fórmula 1. A ficha só caiu hoje: o atraso, provavelmente, se deve às eleições para prefeito do ano que vem.

O pleito municipal será nos dias 5 e 26 de outubro de 2008. Os organizadores do G.P. Brasil, portanto, adiaram a prova de maneira sensata. Há alguns anos, o G.P. da Malásia ficou ridiculamente esvaziado porque alguém teve a idéia de marcar a corrida no dia das eleições para presidente. Ainda bem que o Brasil - tão suscetível a bobagens desse nível - não vai cometer o mesmo erro.

Falando em datas, a FIA anunciou os calendários dos Mundiais de Rally e Turismo da próxima temporada. O primeiro perdeu uma etapa e terá apenas 15 em 2008. Saíram Noruega, Portugal e Irlanda, para a entrada de Jordânia e Turquia. Como de costume, o Mundial de Rally abre sua temporada em Monte Carlo, entre os dias 25 e 27 de janeiro.

Por sua vez, o Mundial de Turismo manteve as onze rodadas duplas de 2007, com apenas uma mudança: sai a tradicional pista de Zandvoort, na Holanda, substituída pela japonesa Okayama. O Brasil volta a sediar a abertura do campeonato, que vai acontecer em Curitiba no dia 2 de março.

A seguir, o calendário 2008 do Mundial de Rally:

25 a 27 de janeiro - Rally de Montecarlo
08 a 10 de fevereiro - Rally da Suécia
1º a 03 de março - Rally do México
28 a 30 de março - Rally da Argentina
25 a 27 de abril - Rally da Jordânia
16 a 18 de maio - Rally da Itália
30 de maio a 1º de junho - Rally da Grécia
13 a 15 de junho - Rally da Turquia
1º a 03 de agosto - Rally da Finlândia
15 a 17 de agosto - Rally da Alemanha
29 a 31 de agosto - Rally da Nova Zelândia
03 a 05 de outubro - Rally de Espanha
10 a 12 de outubro - Rally da França
24 a 26 de outubro - Rally do Japão

28 a 30 de novembro - Rally de Inglaterra

Logo abaixo, as datas do ano que vem do Mundial de Turismo:

02 de março - Rodada dupla de Curitiba
18 de maio - Rodada dupla de Valência
1º de junho - Rodada dupla de Pau
15 de junho - Rodada dupla de Brno
06 de julho - Rodada dupla do Estoril
27 de julho - Rodada dupla de Brands Hatch
31 de agosto - Rodada dupla de Öschersleben
21 de setembro - Rodada dupla de Anderstorp
05 de outubro - Rodada dupla de Monza
26 de outubro - Rodada dupla de Okayama
16 de novembro - Rodada dupla de Macau


O vídeo do dia é a lembrança de uma das melhores "Galvanadas" do ano. Grande Prêmio da Inglaterra, últimas voltas: Felipe Massa está chegando em Robert Kubica, na tentavia de tomar o quarto lugar do polonês. A geração de imagens, porém, se concentra numa luta intermediária e sem importância entre Jenson Button e David Coulthard. Galvão Bueno não perdoa:


"E aí vem o inglês... e aí vem o escocês..."

Neste sábado, o Blog volta destacando as atividades do Mundial de Rally e da Stock Car. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

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Os bastidores de Interlagos - Parte V

Chega ao fim, hoje, a série especial "Os bastidores de Interlagos", destacando cenas do fim de semana do G.P. Brasil. Dessa vez, o Blog apresenta imagens aleatórias, como figuras da arquibancada e o estado do autódromo após a corrida. Para quem não viu os posts anteriores da série, lá vai:

Parte I - A chegada ao autódromo
Parte II - Os stands das equipes
Parte III - A "Kangoroo TV" e as arquibancadas
Parte IV - As preliminares e os desfiles

O G.P. Brasil foi disputado em meio a um calor quase insuportável, que chegou a 35ºC mesmo nas (poucas) sombras de Interlagos. Apesar de tudo, duas figuras pareceram não se importar com o sol de rachar. A primeira delas foi um sujeito que apareceu fantasiado de Senna, e não tirou o capacete em momento algum. Ao menos, teve a oportunidade de tirar fotos com belas mulheres. Além dele, o pobre bandeirinha ao lado da pista precisou portar o seu pesado equipamento o tempo inteiro:


Logo antes do desfile dos pilotos, um fotógrafo gringo resolveu se posicionar ao lado do Setor A para tirar fotos do caminhão que levava Raikkonen, Hamilton, Alonso, Massa e companhia. Grande erro! Ao invés de cumprir seu trabalho, o estrangeiro foi obrigado a tirar várias fotos da arquibancada. Se ignorasse algum ponto, era devidamente xingado pelo pessoal que também queria aparecer. No fim, o fotógrafo tirou (ou fingiu que tirou) algumas fotos, para delíro da galera:


Durante todo o fim de semana, tirei cerca de sessenta fotos dos carros, além de fazer vídeos da largada e da chegada. Infelizmente - por causa da restrição da FOM - não vou arriscar colocar essa imagens aqui no Blog. A única foto que posso postar é essa do grid de largada, pouco antes da partida para a volta de apresentação. Como sempre, a pista estava lotada a instantes da saída:


No treino de classificação, Adrian Sutil teve um problema qualquer e parou perto da Junção. Precisou voltar aos boxes à pé, passando em frente ao setor A. Confesso que fiquei um pouco decepcionado com o alemão, com quem simpatizava desde o início do ano. Sutil nem se deu ao trabalho de olhar para a arquibancada, talvez bastante irritado com sua quebra. Mesmo assim, faltou gentiliza com a torcida, que não demorou a xingá-lo pelo estrelismo:


Bem diferente foi a atitude de Jenson Button. Após ter quebrado no miolo de Interlagos, o inglês também passou à minha frente. E, ao contrário de Sutil, Button saudou a torcida com entusiasmo e até chegou a receber um corinho de agradecimento: "Butão, Butão!". Não fotografei os tchauzinhos do inglês por pura falta de habilidade com a câmera. De qualquer maneira, gostei da simpatia do companheiro de Rubinho:


Terminada a corrida, a galera vai embora e o autódromo fica vazio. Fim dos trabalhos em Interlagos? Muito pelo contrário. Começo a árdua e demorada limpeza, já que as arquibancadas ficam completamente emporcalhadas com restos de bebida e sacos plásticos abandonados. É verdade que faltam lixeiras ao redor do setor A. Apesar de tudo, a torcida poderia ser um pouco mais educada:


Alertado pelo amigo Adalberto Althoff Jr., percebi que a minha câmera estava armada para o modo "encandescente" ao invés de "luz do dia". Por isso, as fotos da série ficaram meio azuladas. De qualquer maneira, espero que vocês tenham gostado! Da próxima vez - quem sabe? - eu já não esteja cobrindo a corrida com uma credencial de imprensa? Sonhar não custa nada...

Ao longo do dia, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Agenda do Fim de Semana (26 a 28 de outubro)

Dessa vez, um fim de semana um pouco sem graça para os fãs da velocidade: apenas três categorias importantes vão entrar na pista nos próximos dias. De qualquer maneira, todas estão em fase decisiva. Mais do que nunca, os resultados são vitais para o destino de cada uma das competições. Hora de conferir a sempre útil agendinha:

Sexta, 26 de outubro de 2007

Mundial de Rally: Primeiro dia do Rally do Japão

Sábado, 27 de outubro de 2007

Mundial de Rally: Segundo dia do Rally do Japão

Domingo, 28 de outubro de 2007

Mundial de Rally: Terceiro dia do Rally do Japão
Nascar: Etapa de Atlanta
Stock Car: Etapa de Tarumã

Na Stock Car, todos contra Cacá Bueno. A três etapas do fim do campeonato, o atual campeão parece imbatível mesmo depois que os dez primeiros foram equilibrados em pontos para a disputa da "superfinal". Nessa altura, o único capaz de desafiar a supremacia de Cacá, que vem de vitória em Buenos Aires, é o vice-líder na tabela de classificação, Thiago Camilo.

Ganhador da etapa de Londrina, o piloto da Texaco Vogel é a aposta do Blog para a vitória na corrida desse fim de semana, em Tarumã. Um triunfo é importantíssimo para Camilo, que precisa tirar uma distância de quinze pontos para Cacá. Por enquanto, tudo leva a crer que o título vai ser disputado apenas pela dupla.

O belíssimo circuito de Tarumã é a sede da 10ª etapa da temporada da Stock Car. Conhecida por seu traçado curto e veloz, a pista gaúcha foi palco de corridas emocionantes da categoria nos últimos anos. A expectativa é que a prova de domingo seja muito movimentada, contrastando com a monotonia de Buenos Aires.
Palpite do Blog para a vitória: Thiago Camilo

Enquanto isso, o Mundial de Rally visita o Japão para uma etapa crucial na disputa pelo título. Marcus Grönholm lidera a tabela de classificação com 104 pontos, apenas quatro a mais do que Sebastien Loeb (à direita). Eu estava inclinado a apostar no finlandês, mas mudei de idéia após ler o resumo do primeiro dia de competições em solo nipônico.

Geralmente, faço minhas apostas antes que qualquer atividade seja realizada. Como o rally é do outro lado do mundo, porém, acabei sabendo dos acontecimentos por antecipação. E Grönholm já saiu da disputa, após sofrer um acidente na quarta especial do dia. Assim, minha aposta passa a ser óbvia: Sebastien Loeb.
Palpite do Blog para a vitória: Sebastien Loeb

Por fim, resta mencionar a etapa da Nascar em Atlanta. O super-oval do estado da Geórgia recebe a 33ª prova da categoria no ano, e a sétima do play off. A batalha pelo título parece estar limitada aos dois pilotos da equipe Hendrick, Jimmie Johnson e Jeff Gordon. Segundo colocado no campeonato, Johnson precisa vencer para encostar no seu companheiro. Dessa vez, o atual campeão é o meu palpite.
Palpite do Blog para a vitória: Jimmie Johnson

Logo mais, o Blog volta com a quinta e última parte da série especial Os Bastidores de Interlagos. E, até o fim do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Mundial de Rally: www.rally-live.com

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mais novo autódromo do Brasil está sendo construído no Rio Grande do Sul

A notícia pipocou pela primeira vez durante o fim de semana do Grande Prêmio do Brasil. Por causa disso, acabou um pouco ofuscada, mas agora recebe a devida atenção: na cidade gaúcha de Nova Santa Rita, um grupo de três empresários está construindo o mais novo complexo automobístico do país, que vai ser inaugurado até 2009.

Nesta quinta, o Grande Prêmio publicou uma ótima matéria - assinada pelo Victor Martins - destacando o empreendimento. Pelo visto, o traçado principal vai ter 3,5 quilômetros, e será acompanhado de três pistas de kart e uma de arrancada. O objetivo é atrair categorias internacionais - como o Mundial de Turismo - e transformar o local num centro de eventos e shows.

O custo total? Cerca de 30 milhões de reais, bancados quase inteiramente pelos empresários que estão tocando o projeto. Finalmente, o Brasil começa a embarcar na lógica mais viável de construção de praças automotivas. Agora, o capital investido não é mais dinheiro público, e sim da iniciativa privada. Já estava na hora.

Erguer autódromos é uma tarefa bastante cara. Gerar divisas com os circuitos, porém, é perfeitamente possível, desde que a manutenção seja feita com competência e a pista permaneça em atividade. A administração pública, infelizmente, não tem sido capaz de manter parte dos autódromos brasileiros em boas condições. Jacarepaguá e Goiânia, por exemplo, estão aí para comprovar.

Resta à iniciativa privada ocupar esse vácuo. É verdade que o Brasil não é um dos países mais endinheirados do mundo. De qualquer maneira, existem oportunidades a serem exploradas. O projeto de Nova Santa Rita, com sorte, será o primeiro de uma série de construções vitais para a sobrevivência do automobilismo no Brasil.

Apesar da ausência de categorias de base no país, o principal problema, mesmo, é a falta de praças para a prática do esporte. Além de Interlagos, não há nenhuma outra pista de padrão internacional. Mesmo no âmbito das competições nacionais, o número de circuitos ainda não é o bastante. Aliás, sabe em que ponto o Brasil vai ter um número de autódromos suficiente?

Quando a Stock Car não precisar correr em Interlagos três vezes por ano para completar o seu calendário de apenas doze etapas.

(Edit: O amigo Samuel manda ótimas informações sobre o complexo de Santa Nova Rita: "um dos empresários que está bancando o projeto é diretor da Gerdau, uma das maiores empresas do ramo da metalurgia do mundo. Dinheiro, portanto, não vai faltar. A cidade de Santa Nova Rita está a apenas 30 km de Porto Alegre, e o complexo fica à beira da BR-386, estrada de grande importância no RS. Então, acredito que tem tudo para dar certo").


Terminada a temporada da Fórmula 1, recomeçam os boatos. Faltam menos de duas semanas para que o destino de Fernando Alonso seja conhecido. Até lá, o mercado de pilotos ainda estará travado. Mesmo assim, as especulações continuam em ritmo forte. Hoje, quem apareceu nos jornais foi o piloto de testes da Honda, Christian Klien.

Após um tempo meio sumido, o austríaco declarou à agência APA que não tem interesse em passar outro ano testando. Suas opções, porém, são limitadas. Considerando seus contados na Honda, a melhor chance seria uma vaga na Super Aguri, mas esta já sinalizou que não pretende dispensar Takuma Sato nem Anthony Davidson. Para Klien, restaria apenas uma esperança: a novata Force India F1.

Enquanto isso, a Williams voltou a manifestar sua vontade de não liberar Nico Rosberg na próxima temporada. Nesta última quarta, o co-proprietário da equipe inglesa, Patrick Head, declarou que nem pensa em substituir o alemão. Assim, por enquanto, Rosberg está garantido na Williams. Tudo pode mudar, porém, se Alonso deixar a McLaren.

Nesse cenário, Rosberg é apontado como o principal candidato à vaga do bicampeão. O filho de Keke só não assinaria com a McLaren se, de fato, a Williams não aceitasse o negócio. Aí, o substituto de Alonso se transformaria numa grande incógnita. De Pedro de la Rosa a Sebastian Vettel - passando por Jenson Button, Heikki Kovalainen e até Nelsinho Piquet - vários teriam chances.

Minha humilde aposta, nessa hipótese, seria o alemão Adrian Sutil.


O troca-troca de pilotos no Mundial de Motovelocidade parece ter acabado antes do tempo. Dessa vez, praticamente todas as vagas para a temporada 2008 foram ocupadas com certa rapidez. Os bastidores da categoria, porém, continuam agitados em virtude de outro assunto: a "Guerra dos Pneus".

No campeonato que está para terminar, a Bridgestone levou grande vantagem sobre a rival Michelin por causa de uma série de regras estabelecidas no início do ano, que restringiram os testes e prejudicaram a fabricante francesa. Assim como aconteceu na Fórmula 1, foi cogitado o estabelecimento de um fornedor único em 2008: a Bridgestone.

Na última semana, porém, a organização da MotoGP anunciou que a categoria vai continuar com a "Guerra dos Pneus", o que desagradou aos pilotos calçados pela Michelin. Valentino Rossi, por exemplo, reclamou bastante da desigualdade entre as duas marcas, e pressionou por uma mudança no regulamento.

Pelo visto, a pressão deu resultado. Agora, o mais provável é que o número de testes seja inchado, para que a competição entre Bridgestone, Michelin e Dunlop se torne mais equilibrada. Embora a mudança represente um aumento nos custos, a MotoGP vai ganhar bastante em competitividade. Será que compensa? Claro que sim.

A Fórmula 1 bem que podia seguir esse exemplo...


Com o servidor do YouTube fora do ar, precisei buscar o "vídeo do dia" no Daily Motion. E, para minha surpresa, encontrei uma preciosidade incrível: os primeiros testes de Ayrton Senna com carros de Fórmula 1, em 1983. Nas imagens - com reportagens e entrevistas exclusivas em português - Senna guia os modelos de Williams, McLaren e Toleman da época. Simplesmente imperdível:


Formula 1 - Ayrton Senna - 1983 First F1 Tests
Colocado por villamas

Nesta sexta, o Blog volta com a seção Agenda do Fim de Semana, destacando as principais atividades do mundo da velocidades pelos próximos três dias. Logo depois, retorno com a última parte da série especial Os Bastidores de Interlagos. E, mais tarde, comentários sobre as notícias mais recentes da Fórmula 1 e do automobilismo em geral. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Novo Autódromo em Nova Santa Rita - www.grandepremio.com.br

Os bastidores de Interlagos - Parte IV

A série especial "Os bastidores de Interlagos" já chegando ao seu fim. Nesta quinta, o Blog apresenta cenas das atividades de pista pré-GP, como desfiles e corridas preliminares. Aliás, para quem não viu os posts anteriores, os links estão logo abaixo:

Parte I - A chegada ao autódromo
Parte II - Os stands das equipes
Parte III - A "Kangoroo TV" e as arquibancadas

Como de costume, duas categorias esquentaram a pista de Interlagos no domingo de manhã: o Troféu Maserati e a Porsche Cup. A corrida da primeira foi bastante sem graça, considerando que apenas nove pilotos participaram. Na segunda, porém, houve bastante animação. Mais de vinte carros tomaram parte na prova, e a luta pela liderança foi sempre emocionante. No fim, a vitória ficou com Ricardo Baptista. Abaixo, fotos da Porsche Cup:



Durante a corrida da Porsche Cup, um certo Marcos Barros tentou uma ultrapassagem otimista demais sobre Otávio Mesquita (sim, aquele mesmo da TV) e bateu forte na subida dos boxes, exatamente onde eu estava. O piloto não sofreu nada, mas o carro... ah, que maldade! Infelizmente, o Porsche teve perda total:



Mais tarde, Otávio Mesquita teve um problema de motor e precisou encostar. Outra vez, o carro parado ficou bem perto de mim. Depois de sair do Porsche, Mesquita começou a fazer gracinhas para as arquibancadas, como fingir que estava tirando (todo) o macacão e ensaiar uma empurrada no carro. Por fim, a figuraça tascou um beijo numa bandeirinha que foi ajudar a retirar o Porsche quebrado. Infelizmente, essa cena eu não peguei...:



Logo depois da prova da Porsche Cup, chega aquele momento em que você realmente sente raiva dos chamados "VIPs". Enquanto eles dão voltinhas promocionais em super-máquinas especialmente selecionadas, você torra no calor de Interlagos. Mas o pior é saber que, depois de sair desses carros, os "VIPs" vão direto para um camarote especial, cheio de mordomias...:



Depois que os "VIPs" saem de cena, entram os veículos de apoio para algumas voltas de desfile. O momento, para falar a verdade, é meio monótono. Afinal, os carros passam devagarinho e não são máquinas nada espetaculares. A melhor diversão, portanto, é ficar provocando o sujeito que está lá no banco do carona dando tchauzinhos para a torcida:



Por fim, chega o evento mais esperado: o desfile dos pilotos. Todos os anos, porém, ele é seguido de certa decepção. Ao contrário do que mandaria o bom-senso, o caminhão não passa em velocidade tão reduzida. O resultado é que mal dá tempo para ver os pilotos, e nem para conseguir fotos bacanas deles reunidos. Ainda assim, tirei essas daí:



Por hoje, a série especial "Os bastidores de Interlagos" vai ficando por aqui. Amanhã, no último post sobre o assunto, o Blog destaca cenas aleatórias do fim de semana, que não se encaixaram nos últimos textos. E hoje, até o fim do dia, volto comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Acidentes Mais Espetaculares da História - Esses ficaram de fora

Nossa lista com as maiores pancadas já vistas na Fórmula 1 chegou ao fim ontem, coroando a sensacional "carambola" do Grande Prêmio da Bélgica de 1998 com o primeiro lugar. Para quem não acompanhou a série inteira, o ranking final ficou assim:

10.Martin Brundle - Austrália/1996

É claro que a Fórmula 1 também testemunhou muitas outras batidas memoráveis ao longo de sua história. Citar todas elas é quase impossível, mas o Blog precisa listar algumas que não poderiam ficar sem menção. Sendo assim, vamos lá:

Hans Hermann - Grande Prêmio da Alemanha de 1959
Em 1959, o G.P. da Alemanha foi disputado no assustador circuito de Avus, formado por duas retas intermináveis ligadas por duas corridas inteiramente diferentes. A primeira - a Südschleife - era um grampo de baixa velocidade. Do outro lado, porém, havia a Nordschleife, um paredão de 40º de inclinação. Coisa de louco, mesmo. Foi lá que Hans Hermann sofreu este acidente pavoroso. Por milagre, o alemão saiu ileso.

Jo Bonnier - Grande Prêmio da Bélgica de 1966
Antes da corrida, a ameaça de chuva havia deixado todos os pilotos preocupados. Na hora da largada, fazia sol. Quando o pelotão chegou à Les Combes, porém, deparou-se com uma parede de água. Na hora, vários carros rodam. Entre eles, Bonnier. O sueco vai em direção a um penhasco, e só não cai porque o peso de seu motor consegue sustentá-lo na pista. A foto é inacreditável.

Múltiplo - Grande Prêmio da Inglaterra de 1975
Na verdade, foram vários acidentes que aconteceram ao mesmo tempo. No fim da reta Hangar de Silverstone, quase uma dezena de pilotos rodaram após sofrer aquaplaning. Os brasileiros José Carlos Pace e Wilson Fittipaldi foram alguns dos envolvidos. Por causa da forte chuva, a prova foi interrompida e a vitória ficou com outro brazuca: Emerson Fittipaldi. Seria a última vitória do bicampeão na Fórmula 1.

John Watson - Grande Prêmio da Itália de 1981
Saindo da segunda perna de Lesmos, em Monza, Watson coloca uma roda na grama e perde o controle de sua McLaren. O carro roda e bate com força no outro lado da pista, virando uma bola de fogo. Por sorte, Watson sai andando. Sua McLaren, porém, fica dividida em duas partes. Os destroços ficam no meio do circuito e alguns pilotos, como Mario Andretti e Michele Alboreto, precisam sair da pista para desviar.

Rene Arnoux - Grande Prêmio da Holanda de 1982
Num ano cheio de acidentes terríveis, Arnoux teve muita sorte em sair ileso da pancada que sofreu no G.P. da Holanda. Sua Renault teve uma falha de freios e o francês foi reto na famosa curva Tarzan, a primeira do circuito de Zandvoort. Arnoux sobiu a barreira de proteção e ficou numa posição insólita. Ao menos, porém, ele não se machucou.

Philippe Streiff e Jonathan Palmer - Grande Prêmio da Bélgica de 1987
A dupla da Tyrrell bateu com força na curva Eau Rouge de Spa-Francorchamps, logo no início do G.P. da Bélgica de 1987. Nenhum dos dois sofreu ferimentos, mas a corrida precisou ser interrompida. Na relargada, houve o famoso acidente entre Nigel Mansell e Ayrton Senna, que se tocaram e perderam muito tempo. Mais tarde, o inglês foi tirar satisfações e os dois quase saíram no tapa em pleno box.

Múltiplo - Grande Prêmio da Áustria de 1987
O G.P. da Áustria de 1987 entrou para a história por precisar de três largadas. Na primeira, os pilotos da Tyrrell - mais uma vez - bateram um com o outro e paralisaram a prova. O pior, porém, aconteceria na segunda tentativa. Nigel Mansell teve problemas de embreagem e saiu muito lento. Alguns carros não conseguiram desviar, o que gerou uma reação em cadeia . No fim, a pista terminou completamente bloqueada.

Maurício Gugelmim - Grande Prêmio da França de 1989
Na largada da prova de Paul Ricard, Gugelmim tinha em mente ganhar o máximo de posições na primeira curva depois que seu carro tornara-se subitamente rápido no warm-up. Mas o brasileiro acabou errando a regulagem dos freios e o resultado foi catastrófico. Ele perdeu o ponto de freiada para o grampo logo após a largada e atingiu dois carros ao mesmo tempo, decolando de forma espetacular.

Riccardo Patrese - Grande Prêmio de Portugal de 1992
No circuito do Estoril, um vôo absolutamente memorável. Colado em Gerhard Berger, Patrese resolve fazer a ultrapassagem no momento em que o austríaco vai para os boxes. Infelizmente, o italiano não percebe que Berger está tirando o pé e atinge em cheio a McLaren de seu adversário. Patrese decola e chega a ficar em posição quase vertical, antes de aterrisar com o carro destruído.

Michael Andretti e Gerhard Berger - Grande Prêmio do Brasil de 1993
Logo na largada do G.P. Brasil de 1993, Andretti e Berger se tocam e saem da pista. A McLaren do americano usa a Ferrari do austríaco como catapulta. Quando Andretti bate na barreira de proteção, seu carro levanta vôo. Com sorte, nenhum dos dois se machuca. A corrida de ambos, porém, está encerrada.

Múltiplo - Grande Prêmio da Alemanha de 1994
Mais uma vez, a cena do acidente é a largada. Dessa vez, Mika Hakkinen é tocado ao chegar na primeira curva e atravessa a pista, levando com ele vários outros. Ao mesmo tempo, uma batida no pelotão de trás encerra a prova de cinco ou seis pilotos. Saldo final: dez carros fora e suspensão de uma corrida para Hakkinen, apontado como culpado pela "carambola".

Jos Verstappen - Grande Prêmio da Bélgica de 1996
Esse acidente é dica do Pezzolo. Verstappen vinha no meio do pelotão no G.P. da Bélgica de 1996, quando bateu de forma violenta na veloz curva Stavelot. O carro acerta a barreira de pneus e voa. Depois da pancada, o holandês sai ileso. Sua Arrows, porém, fica completamente destruída.

Alexander Wurz - Grande Prêmio do Canadá de 1998
Outra batida múltipla que aconteceu numa largada. A cena é o circuito de Montreal, no G.P. do Canadá de 1998. Alexander Wurz é o principal protagonista da pancada. O austríaco envolve-se num toque com a Sauber de Jean Alesi e capota. Sua Benetton dá dois giros no ar antes de parar na zona de escape. A prova é interrompida e, na nova largada, Wurz consegue um bravo quarto lugar.

Múltiplo - Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2006
Para terminar, faltava apenas a obra-prima que Juan Pablo Montoya aprontou na primeira curva do G.P. dos Estados Unidos do ano passado. O colombiano acerta seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen, que roda e bate em Jenson Button. Por sua vez, o inglês toca em Nick Heidfeld. A BMW do alemão capota e fica destruída. Heidfeld consegue sair ileso.

É claro que, ao longo da trajetória da Fórmula 1, vários outros acidentes também ficaram marcados. Falar de todos eles, convenhamos, é uma tarefa praticamente impossível. Ao menos, a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix conseguiu reuniu uma série de pancatas que ficaram na memória os fãs da velocidade. Acidente, realmente, espetaculares.

A partir de terça que vem, a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix muda um pouco de formato. Agora, durante as próximas semanas, as listas fazem um balanço da temporada que acabou de terminar, como um review. Os rankings também vão ser mais dinâmicos: o assunto vai ser trocado a cada sete dias. Inaugurando essa nova fase da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, começamos com a lista dos Dez Melhores Pilotos da Temporada 2007.

E, na seqüência, ainda falaremos das Dez Maiores Bobagens de 2007, das Dez Notícias Mais Absurdas de 2007, entre outros. Espero que vocês gostem. Logo mais, o Blog volta com a quarta e penúltima parte da série especial "Os bastidores de Interlagos". E, até o fim do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Jo Bonnier - www.gptotal.com.br
Inglaterra/1975 - www.youtube.com
Áustria/1987 - www.youtube.com
Alemanha/1994 - www.f1rejects.com
Verstappen - www.youtube.com
Estados Unidos/2006 - http://www.blogf1.co.uk/

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O papel de Alonso na derrocada de Hamilton

Ainda está rendendo a discussão sobre o que causou a pane momentânea de Lewis Hamilton na oitava volta do Grande Prêmio do Brasil. Nesta quarta, o jornal Marca publicou mais uma versão para o problema na McLaren do inglês, dando conta de que Hamilton teria apertado o limitador de velocidade no pit lane e, assim, colocado seu carro em ponto morto.

Um vídeo postado na internet, porém, mudou a opinião de quase todo mundo. Segundo as imagens, fica claro que Hamilton pressionou um botão localizado no canto superior esquerdo do confuso volante de sua McLaren: o "N". De "neutro". Assim, seu carro ficou em ponto morto e o inglês perdeu a chance de conquistar o título em seu ano de estréia.

De qualquer maneira, a maioria parece estar ignorando a importância de outro erro. Aquele que Hamilton cometeu na primeira volta, quando se precipitou ao tentar ultrapassar Fernando Alonso na briga pelo terceiro lugar. Se não tivesse feito essa bobagem logo no inicío, a pataquada com o botão de "neutro" provavelmente nem teria acontecido.

A princípio, Alonso fez uma prova discreta em Interlagos, andando em terceiro no inicío ao fim. Mas sua disputa com Hamilton na Descida do Lago mudou a história do campeonato. Até porque o erro do inglês não foi solitário. Alonso também participou, induzindo claramente Hamilton a perder o ponto de freiada.

Claro que não foi nenhum plano maldoso por parte do espanhol. Hamilton, apenas, "mordeu a isca". Vejamos os fatos: depois que passou o inglês na Curva do Sol, Alonso deve ter descido a reta oposto de olho no retrovisor. Sabendo que Hamilton estava colado, a atitude normal do bicampeão seria pegar a linha de dentro desde o começo.

Mas Alonso esperou. E mudou sua trajetória somente no último momento, exatamente quando Hamilton fazia o mesmo. No instante seguinte, o inglês hesitou, sem saber se voltava atrás na sua manobra ou se tentava colocar por dentro do espanhol. Então, Alonso pisou no freio antes do normal, aplicando um brake test mortal em Hamilton.

Foi aí que o novato precisou agir por instinto. Se deixasse para freiar no ponto normal, encheria a traseira de Alonso. A solução foi voltar para a linha de fora, onde já não havia tempo para percorrer a trajetória ideal. Assim, Hamilton saiu da pista e perdeu várias posições, caindo para oitavo. Somente mais tarde, na tentativa frenética de recuperar o terreno perdido, veio o "erro do botão".

Puxando pela memória, não me lembro de outro duelo direto entre Alonso e Hamilton ao longo desta temporada. A primeira disputa, de verdade, foi essa do G.P. Brasil. E o espanhol saiu como grande vencedor. Embora tenha perdido muito mais tempo ao acionar o ponto morto, Hamilton cometeu seu erro fatal quando saiu da pista logo após a largada.

Como disse hoje o novo campeão Kimi Raikkonen: "O campeonato se decidiu na primeira volta".

(OBS: Os vídeos com a saída de pista de Hamilton e o "erro do botão" estão no final deste post).

(Edit: O amigo Jairo Maragato lembra que Hamilton e Alonso travaram um duelo no G.P. dos Estados Unidos, em Indianapolis. Naquela oportunidade, o espanhol ameaçou uma ultrapassagem sobre o inglês, mas precisou recuar quando viu que um acidente ficou muito próximo de acontecer).

(Edit II: E como alertam os amigos Guilherme e Kohara, Hamilton e Alonso se encontraram, também, na largada de Spa-Francorchamps. O bicampeão deu um chega-pra-lá no novato, que acabou perdendo a disputa na temida curva Eau Rouge).


"Com todo o respeito aos outros pilotos, mas não troco os meus por mais ninguém". Quem é o autor dessa frase? Seria Mario Theissen, bastante satisfeito com a dupla da BMW, Kubica e Heidfeld? Talvez Gerhard Berger, entusiasmado com Bourdais e Vettel, os novos titulares da Toro Rosso? Ou quem sabe Ron Dennis, elogiando Hamilton e admitindo a importância de Alonso? Nada disso.

A declaração é de Luca di Montezemolo, o presidente da Ferrari, no site oficial da equipe. Mais do que nunca, parece claro que a escuderia vermelha vai continuar com seus pilotos atuais - Kimi Raikkonen e Felipe Massa - ainda por um bom tempo. Apesar das turbulências ao longo do ano, da pressão constante dos tifosi e dos boatos da mídia espanhola, os dois estão muito bem estabelecidos.

Desde 1992, quando assumiu o controle da Ferrari, di Montezemolo preza pela continuidade no time de Maranello. De início, Jean Alesi e Gerhard Berger foram mantidos por quatro anos em seqüência. Mais tarde, veio a era Michael Schumacher, que só teve dois companheiros de equipe em onze temporadas: Eddie Irvine e Rubens Barrichello.

Agora, com a aposentadoria do alemão e a saída do brasileiro para a Honda, a Ferrari tem em mãos dois pilotos rápidos, competentes e cheios de potencial. Apesar das críticas eventuais, Raikkonen e Massa fazem por merecer uma longa permanência na escuderia vermelha. Ainda mais depois do título recém-conquistado pelo finlandês.

Sobre Raikkonen, Luca di Montezemolo é só elogios: "Não sei mais o que posso pedir dele". Em relação a Massa, as palavras também são generosos: "Ele é veloz e leal. Assim, eu mesmo optei por renovar o seu contrato até 2010". Convenhamos, é impossível trabalhar sem pressões num ambiente como o da Fórmula 1. Mas Raikkonen e Massa já podem ter a certeza de que têm suas vagas asseguradas pelo time.

A Ferrari não vai trocar seus pilotos pelos próximos três ou quatro anos. No mínimo.


O Conselho Mundial da FIA se reuniu nesta quarta e tomou várias decisões visando as próximas temporadas da Fórmula 1. Algumas delas puramente burocráticas, como a confirmação da troca de nome da Spyker. Agora, o time laranja vai mesmo se chamar Force India F1, em homenagem ao país de seu novo proprietário.

Outras definições, porém, são mais importantes. O Conselho anunciou, por exemplo, o congelamento dos motores da Fórmula 1 pelos próximos dez anos. A medida só poderá ser revista em 2013, caso todas as fabricantes resolverem, de forma unânime, voltar a desenvolver os propulsores.

O objetivo, para variar, é freiar a escaladas dos custos na Fórmula 1. Vai funcionar? Duvido. Na categoria, é assim: o que deixa de ser investido numa área é imediatamente revertido para outra. Os motores vão ficar congelados, é verdade. Mas a busca por milésimos extras na aerodinâmica e nos sistemas eletrônicos vai continuar. E o gasto excessivo, conseqüentemente, também.

Além disso, a FIA confirmou que a multa da McLaren no caso de espionagem só deve alcançar a casa de 50 milhões de dólares, metade do valor antes estipulado. Acontece que a entidade compensou o prêmio que o time prateado receberia no Mundial de Construtores e, com isso, reduziu a sanção à metade.

Por fim, o calendário da temporada 2008 foi aprovado sem ressalvas em relação à primeira versão. As datas estão logo a seguir:

16 de março - Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne
23 de março - Grande Prêmio da Malásia, em Sepang
06 de abril - Grande Prêmio da Bahrein, em Sakhir
27 de abril - Grande Prêmio da Espanha, em Barcelona
11 de maio - Grande Prêmio da Turquia, em Istambul Park
25 de maio - Grande Prêmio de Mônaco, em Monte Carlo
08 de junho - Grande Prêmio do Canadá, em Montreal
22 de junho - Grande Prêmio da França, em Magny-Cours
06 de julho - Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone
20 de julho - Grande Prêmio da Alemanha, em Hockenheim
03 de agosto - Grande Prêmio da Hungria, em Hungaroring
24 de agosto – Grande Prêmio da Europa, em Valência
07 de setembro - Grande Prêmio da Bélgica, em Spa-Francorchamps
14 de setembro - Grande Prêmio da Itália, em Monza
28 de setembro – Grande Prêmio de Cingapura, em Marina Bay
12 de outubro - Grande Prêmio do Japão, em Fuji
19 de outubro - Grande Prêmio da China, em Xangai
02 de novembro - Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos

De novidade, apenas a garantia de que o G.P. de Cingapura vai, mesmo, ser realizado à noite. Uma ótima notícias para os fãs brasileiros, que não vão precisar acordar de madrugada para acompanhar a prova. Agora, resta torcer para que australianos, malaios, chineses e japoneses façam o mesmo...


Lewis Hamilton perdeu o título em dois momentos diferentes. Primeiro, caiu na "armadilha" de Fernando Alonso e saiu da pista logo após a largada do G.P. Brasil. A cena - narrada por um narrador espanhol completamente imparcial, não é mesmo? - está abaixo:



Mais tarde, Hamilton pressionou o botão "N" acidentalmente, colocando sua McLaren em ponto morto e perdendo uma enorme quantidade de tempo. No vídeo abaixo, dá para perceber o momento em que o inglês erra e pressiona o botão, na parte superior esquerda do volante. A fonte é o site Grande Prêmio:



Nesta quinta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando várias pancadas memoráveis que acabaram não entrando na lista dos Dez Acidentes Mais Espetaculares da História. Depois, vem a quarta parte da série especial "Os bastidores de Interlagos", destacando os desfiles e as corridas prelimares do G.P. Brasil. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos: