Alguém aí achou que a novela "Para onde vai Fernando Alonso?" já estava acabando? Muito pelo contrário. Neste sábado, uma equipe que parecia ter desistido da contratação do espanhol voltou à disputa: a Toyota. Segundo o diário Marca, o time nipônico teria oferecido um cheque em branco para Alonso, que estaria cada vez mais perto de deixar a McLaren.
Pelo visto, a ofensiva da Toyota não é papo furado não. Mesmo assim, a chance de Alonso acertar com a equipe japonesa ainda não aparece como a mais provável, por enquanto. Embora a Toyota sinalize com o status de primeiro piloto e todas as regalias que Alonso tanto desejava ter na McLaren, o bicampeão continua está mais perto da Renault.
Durante o fim de semana do Grande Prêmio do Brasil, o chefão da equipe francesa, Flavio Briatore, teria se reunido com um magnata das telecomunicações latino-americanas. O objetivo: buscar apoio financeiro para viabilizar a contratação de Alonso. A informação, só para constar, também é do Marca.
Até agora, falta capital para a Renault fechar com o espanhol. Além disso, há outro impasse: o tempo de duração do contrato. Enquanto a equipe francesa deseja um acordo válido por três temporadas, Alonso quer ter a opção de ficar livre já em 2009. São apenas rumores, mas fala-se que o sonho do bicampeão é uma transferência, hoje quase impossível de imaginar, para a Ferrari.
O fim da novela sobre o futuro de Alonso ainda parece estar longe. Em sete dias, ao menos, uma pergunta deve ser respondida: "Afinal, o espanhol continua ou não na McLaren?". De acordo com o jornal As, Alonso tem uma reunião marcada com Ron Dennis para a próxima semana. No encontro, os dois vão discutir as exigências e o futuro do bicampeão.
Não é segredo para ninguém que Alonso deseja ser tratado como piloto principal na McLaren. E isso - considerando o desempenho de Lewis Hamilton e o prestígio que o inglês tem no time prateado - é praticamente impossível. Ainda é cedo para saber por qual equipe Alonso estará correndo em 2008.
Uma conclusão, porém, já parece clara: na McLaren, ele não fica.
A informação vem da revista Formula Money: em 2006, a Super Aguri acumulou um prejuízo de 9 milhões de dólares. Naquela que foi sua temporada de estréia na Fórmula 1, a pequena equipe japonesa arrecadou apenas US$ 5 mi em patrocínios, conseguindo-se manter na categoria apenas graças ao apoio da "matriz" Honda.
Um ano depois, a Super Aguri cresceu e terminou o campeonato de 2007 em nono lugar entre os construtores, marcando quatro heróicos pontinhos no total. Até agora, portanto, a escuderia japonesa vai salvando-se do ciclo imperdoável da Fórmula 1: equipe que anda nas últimas colocações acaba sempre falindo ou trocando de proprietário. Mais cedo ou mais tarde.
O apoio da Honda impediu que a Super Aguri seguisse por esse caminho. Em meados da temporada recém-encerrada, porém, chegou-se a cogitar a venda do time de Aguri Suzuki a um empresário espanhol, Alejandro Agag. As conversas terminaram não evoluindo, e o assunto morreu depois que a Super Aguri garantiu uma injeção financeria na parte final do campeonato.
Mesmo assim, a Fórmula 1 não conseguiu terminar o ano sem que uma equipe mudasse de mãos. Há um mês, a lanterna Spyker anunciou sua venda para um magnata indiano, e agora vai se chamar Force India F1. A lógica continua valendo: por mais que os dirigentes da FIA tentem cortar custos para proteger as equipes independentes, o esforço nunca acaba recompensado.
O nível de competitividade da Fórmula 1, simplesmente, não deixa.
Cingapura fechou contrato com a Fórmula 1 e vai passar a sediar um Grande Prêmio noturno a partir da próxima temporada. O circuito - desenhado nas ruas da zona portuária da cidade-estado - tem tudo para ser um das mais espetaculares da história. Seria o suficiente para as autoridades locais ficarem satisfeitas? Nada disso.
No fim da última semana, o governo de Cingapura anunciou planos para a construção de um novo autódromo na região de Changi, financiado totalmente pela iniciativa privada. A pista deve começar a ser erguida em maio do ano que vem, para ficar pronta em 2009 ou 2010. As informações são do site f1-live.com.
O objetivo principal é impulsionar o crescimento da indústria automobilística, que tem um futuro promissor no pequeno país. Embora seja uma nação de apenas 704 quilômetros quadrados de extensão, Cingapura é um mercado de respeito. O número de fã-clubes de automóveis, por exemplo, já ultrapassa 100, com alguns deles chegando a ter 5000 membros.
Vamos ser honestos: é praticamente impossível não sentir uma pitada de inveja do trabalho que está sendo feito em Cingapura. Mesmo sem ter a menor tradição no esporte a motor, o país caminha para se transformar num centro do automobilismo asiático. Com o tempo, pode tornar-se até referência mundial.
Infelizmente, a comparação com o Brasil é covardia...
Com a temporada da Fórmula 1 encerrada, é hora de pescar na Internet os melhores vídeos com os highlights do campeonato. O vídeo a seguir foi preparado pela ITV, emissora que detém os direitos de transmissão para o Reino Unido. Vale a pena conferir o belo trabalho de edição: