sábado, 23 de junho de 2007

Fórmula 1 em São Bernardo do Campo?

O sábado já ia se encaminhando para o seu final e, até agora, não havia nenhuma notícia relevante no cenário da Fórmula 1. Mas eis que O Diário do Grande ABC resolveu dar uma animada nas coisas. Segundo o jornal- completamente desconhecido para um típico carioca, como eu, São Bernardo do Campo estaria planejando um mega complexo voltado ao automobilismo.


O interesse, inclusive, se estenderia à Fórmula 1. Pelo que se pode apurar inicialmente, o projeto chamado de "São Bernardo Capital do Automóvel" já foi entregue à ministra do Turismo, Marta Suplicy. Está concorrendo contra outras idéias de cidades da região, todas visando o incentivo à atividade turística.

Segundo o esboço inicial, o parque temático custaria algo em torno de 300 milhões de dólares e se estenderia por uma área de 11 milhões de metros quadrados. Seria à margem da Rodovia dos Imigrantes, próximo a uma certa represa Billings e ao futuro trecho Sul do Rodoanel Mário Covas (perdoem-se a ignorância, mas parece, a princípio, um lugar fora da zona urbana).

O que mais anima é saber que, dentro do complexo, teríamos, de acordo com a matéria, "um centro de exposições de 200 mil metros quadrados, um centro de exposições, um autódromo que pode ser usado como pista de testes e comporta inclusive uma corrida de Fórmula 1, um parque temático para crianças e um espaço náutico". Caramba, até um espaço náutico? Nem parece que estamos falando do Brasil...

De qualquer forma, é preciso ter muito cautela antes da acreditar profundamente no projeto. Várias são as fases pelas quais ele teria que passar até se tornar realidade. Vejamos algumas delas:

1. Vencer a disputa contra as outras idéias desenvolvidas pelas cidades da região para impulsionar o turismo na área.
2. Obter aprovação no Ministério do Turismo e, mais tarde, nas diversas demais esferas do poder. Sempre contando, é claro, com a aquela sensacional agilidade característica de todas elas.
3. Contratar o arquiteto Hermann Tilke para o desenho da pista. Caso contrário, Fórmula1, pode esquecer.
4. Ser construído sem nenhum tipo de superfaturamento, explosão no orçamento inicial ou qualquer outro tipo de coisas que a gente nunca vê nesse país, não é verdade?
5.Convencer ($$$) o baixinho Bernie Ecclestone a colocar o "São Bernardo Capital do Automóvel" no calendário da Fórmula 1 em substituição ao Autódromo José Carlos Pace. Isso se, até lá, o querido circuito velho de guerra de Interlagos se manter na categoria.

Considerando o total sucesso de todas essas fases, digamos que a chance de São Bernardo ver uma corrida de Fórmula 1 em seu território gire em torno de 0,01% a 0,02%. Já é melhor do que nada, não? E sonhar não custa nada...

A crise do automobilismo no país é grave, e o principal problema é justamente a falta de praças com capacidade de sediar grandes eventos, piorada depois da mutilação de Jacarepaguá. Não há uma categoria-base de monoposto de relevância, e tudo parece se destinar a Stock Car ou a Fórmula Truck. Que, da maneira como são realizadas, aproximam-se mais do show do que do esporte.

No estado em que o automobilismo se encontra no nosso país, atualmente, qualquer notícia como essa vem como um sopro de animação. Que, invariavelmente, transforma-se em mais uma nova decepção pouco tempo depois. Vamos torcer para que, dessa vez, o projeto entregue nas mãos da Ministra Marta Suplicy tenha algum tipo de futuro.

Se, de fato, a idéia for levada adiante, nos próximos anos, e acontecer a inauguração desse mega complexo em São Bernardo, todos aqueles apreensivos com o futuro do automobilismo no Brasil vão poder, finalmente, "relaxar e gozar"...
O último post do dia é sempre um resuminho de todas as notícias que não entraram nos textos anteriores. E, hoje, o assunto é praticamente o mesmo: a formação do grid nas categorias que tiveram treinos classificatórios neste sábado.

Na ChampCar, vale uma barrinha de avião para quem adivinhar o pole para a corrida de amanhã, em Cleveland, no circuito do Burke Lakefront Airport. Não poderia ser outro: Sebastien Bourdais, é claro, o melhor piloto de monopostos em atividade fora da Fórmula 1. Mais uma vez, o francês não deu chances aos seus adversários, mas a vantagem para o segundo colocado, seu compatriota Simon Pagenaud, foi de apenas dois centésimos.

O brasileiro Bruno Junqueira, da Dale Coyne, foi um distante décimo-quarto. A corrida, amanhã, será transmitida pela canal a cabo Speed. Em tempo: será que, mesmo com o evento, o Burke Lakefront Airport está sofrendo algum tipo de apagão aéreo?

Do outro lado dos Estados Unidos, a Nascar definiu seu grid de largada para a etapa de Sonoma, California. No Infineon Raceway, a primeira das duas corridas em circuito misto do ano, o melhor tempo ficou com a zebra Jamie McMurray. De longe, a maior decepção foi Juan Pablo Montoya, de quem muito se esperava nessa pista, mas que terminou num horroroso trigésimo-segundo lugar.

Outra famosa categoria de turismo do mundo, a DTM, viu o canadense Bruno Spengler conseguir o melhor tempo no treino classificatório da corrida no histórico circuito de Norisring. Mika Hakkinen, campeão do mundo em 1998, larga em segundo e minha aposta pessoal (no puro chutômetro, galera), Gary Paffet, em quarto. O melhor carro da Audi, de Timo Scheider, vem em quinto. Na frente dele, só representantes da Mercedes.

Na Fórmula 3 Inglesa, que realiza rodada dupla em Monza, Itália, melhor para o alemão Maro Engel. Ele vai sair na pole das duas corridas, amanhã. O líder do campeonato, Marko Asmer, larga em quarto, na primeira, e quinto, na segunda. O estoniano é uma das minhas apostas.

A outra, o irlandês Niall Breen, foi nono no primeiro treino, mas não deu sinais de vida entre os dez mais rápidos da segunda qualificação. E eu, também, nem me importei de procurar sua posição. Chutei fora mais uma vez.

Minha aposta em Marko Asmer é bem óbvia: ele lidera o campeonato com quase o dobro de pontos do vice-colocado, Stephen Jelley. Como são duas corridas, porém, resolvi escolher também um outro piloto para torcer. Joguei minhas fichas em Niall Breen, que vinha em ascensão no campeonato. Estava entre ele o o eventual pole das duas corridas, Mario Engel.

Como sempre, me ferrei.
Continua rendendo o suposto caso de sabotagem na Ferrari. Recapitulando a história: o ex-mecânico-chefe da equipe, Nigel Stepney, foi acusado de colocar certas "partículas suspeitas" nos depósitos dos carros de Kimi e Massa, em Mônaco. As substâncias foram recolhidas e encaminhadas à Justiça de Modena.

Hoje, o advogado de defesa do acusado defendeu o inglês. Disse não acreditar que um profissional do seu nível fosse capaz de prejudicar a própria equipe, da qual ainda é, tecnicamente, empregado. Só faltou perguntar o que levaria Stepney, uma peça antiga na hierarquia da escuderia do cavalinho rampante, a sabotar seus próprios companheiros, de tantos anos de estrada.

Pois é, eu também não sei.

Amanhã é dia de Rossi?

Valentino não fez a pole, mas chegou muito perto dela. De qualquer forma, terminou o sábado comemorando o bom desempenho das Yamaha, que parece ter a moto a ser batida na corrida. Prova disso é que o mais rápido foi Colin Edwards, companheiro de Rossi.

A melhor notícia para o italiano, entretanto, é o mau desempenho da Ducati. O melhor piloto da marca foi Casey Stoner, líder do campeonato até agora. O australiano, porém, não passou de quinto, batido ainda pela dupla da Honda, Daniel Pedrosa e Nicky Hayden.

A maior evidência da falta de adaptação da Ducati à pista de Donington Park é que o segundo mais rápido com a moto, Loris Capirossi, ficou apenas em décimo-terceiro. O brasileiro Alexandre Barros, outro que vinha tendo boas atuações com a marca italiana, também foi mal: décimo-quinto, uma posição atrás de seu companheiro, o alemão Alex Hofmann.

Como sempre, a corrida amanhã promete muita emoção e bastante equilíbrio. Valentino Rossi é o franco favorito para a vitória, mas não terá vida fácil. Seu principal adversário, a princípio, parece ser o parceiro de Yamaha Colin Edwards, que ainda persegue seu primeiro triunfo na categoria.

Pedrosa e Hayden, a dupla da Honda, também não deve ser descartada. O espanhol chegou perto do primeiro lugar em Barcelona, acompanhando a batalha entre os líderes Rossi e Stoner de mínima distância. Poderia ter vencido caso os dois se envolvessem em um toque.

Por sua vez, o americano ainda deve uma atuação digna na atual temporada. Seus problemas de adaptação com a nova moto da Honda parecem estar sendo superados. Se, realmente, eles acabaram, Hayden se torna um adversário raçudo e duríssimo de ser batido.

Casey Stoner, mesmo tendo uma moto menos rápida que a das últimas etapas, também não vai desistir tão fácil. As emergentes Suzuki e Yamaha também podem aprontar alguma surpresa para os favoritos. John Hopkins e Randy de Puniet largam entre os dez primeiros e têm chances de surpreender.

Por fim, existe o fator imprevisível da chuva. Se ela vier, pode transformar a corrida numa mini-loteria, como foi em Le Mans, quando o triunfo caiu no colo da zebra Chris Vermeulen. Até agora, no fim de semana, já veio água durante toda a sexta-feira e, em se tratando da Inglaterra, o clima pode mudar a cada instante.

Apesar de tudo isso, Valentino deve ver essa corrida como o início da sua recuperação. Pela primeira vez no ano, a Yamaha - se não é a melhor moto da pista - pelo menos está em igualdade de condições com as outras. E, quando isso acontece, The Doctor costuma fazer toda a diferença como piloto.

A corrida, amanhã, terá largada às 9 horas. Programa imperdível para todo grande fã da velocidade. Só para constar, segue, abaixo, a tabela de tempo com os dez primeiros e o brasileiro Alexandre Barros:

1. Colin Edwards /Estados Unidos/Yamaha, 1min28s531
2. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1min28s677
3. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda, 1min28s863
4. Nicky Hayden/Estados Unidos/Honda, 1min29s025
5. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1min29s061
6. John Hopkins/Estados Unidos/Suzuki, 1min29s073
7. Carlos Checa/Espanha/Honda, 1min29s281
8. Randy de Puniet/França/Kawasaki, 1min29s415
9. Marco Melandri/Itália/Honda, 1min29s498
10. Toni Elias/Espanha/Honda, 1min29s711
15. Alexandre Barros/Brasil/Ducati, 1min30s071

Goodwood: a celebração do automobilismo

Acontece, neste fim de semana, em Goodwood, Inglaterra, aquela que pode ser chamada de a maior celebração do automobilismo mundial. No cenário que um dia comportou uma veloz pista de corridas, será realizado o anual Festival of Speed. As figuras presentes variam desde o ator Rowan Atkinson (o Mr.Bean) até campeões de Fórmula 1 como sir Jackie Stewart.

A lista de pilotos escalados é longa e contempla, também, vários da atualidade. Os quatro britânicos da Fórmula 1 estarão lá, embora David Coulthard não vá pilotar carro nenhum. Jenson Button, por sua vez, guiará o seu Honda RA107, um carro, convenhamos, indigno de estar perto de tão ilustres companhias.


Uma delas, por exemplo, é a Lotus 49B, cujo piloto será ninguém menos que Emerson Fittipaldi. Foi com esse carro que o brasileiro fez sua estréia na Fórmula 1. A ocasião, também na Inglaterra, aconteceu em Brands Hatch, no G.P. inglês de 1970.

A maior de todas as atrações, para variar, será Lewis Hamilton. Mesmo com a presença de múltiplos carros históricos e pilotos consagrados, deverá ser o inglês o centro das atenções. No festival, ele vai guiar a McLaren MP4/22, com quem, pode-se dizer, já fez história na Fórmula 1.


A seguir, uma pequena lista só daquelas personalidades um pouco mais famosas e seus respectivos carros no Festival of Speed:


Michael Ammermüller (piloto da GP2 e reserva da Red Bull) - 2007 Red Bull RB3
Rowan Atkinson (ele mesmo, o Mr.Bean) - Napier-Railton, dono do recorde da pista histórica de Brooklands
Jenson Button (piloto de Honda)- 2007 Honda RA107
Anthony Davidson (piloto da Super Aguri) - 1986 Williams FW11
Gil de Ferran (campeão das 500 milhas de Indianapolis) - 1987 Williams FW11B
Emerson Fittipaldi (lenda da Fórmula 1) - 1970 Lotus 49B
Marc Gené (reserva da Ferrari) - 2006 Ferrari 248F1
Peter Gethin (ex-piloto de Fórmula 1) - 1971 BRM P160
Lewis Hamilton (piloto da McLaren) - 2007 McLaren MP4/22
Damon Hill (campeão de Fórmula 1)- 1970 Lotus 49B
Christian Klien (reserva da Honda) - 2007 Honda RA107
Arye Luyendik (bi-campeão das 500 milhas de Indianapolis) - Nissan R90 Group C
Allan McNish (ex-piloto de Fórmula 1) - Audi R10
Colin McRae (lenda do mundial de Rally) - 2007 McRae R4
Franck Montagny (reserva da Toyota) - 2007 Toyota TF107
Sir Stirling Moss (lenda da Fórmula 1) - 1955 Mercedes-Benz 300SLR
Riccardo Patrese (ex-piloto com mais corridas na Fórmula 1) - 1958 Ferrari 246 Dino
Andy Priaulx (atual campeão do WTCC) - 2007 BMW 320i WTCC
Carlos Sainz (lenda do mundial de Rally) - 1993 Toyota Celica GT-FOUR ST185
Ralf Schumacher (piloto da Toyota) - 2006 Toyota TF106
Petter Solberg (campeão da Subaru no mundial de Rally) - 2007 Subaru Impreza WRC
Sir Jackie Stewart (lenda da Fórmula 1) - 1966 Lola-Ford T90
Lyn St.James (mulher mais bem colocada nas 500 milhas de Indianapolis) - 1988 Ford Thunderbird
Marc Surer (ex-piloto de Fórmula 1) - BMW Z4M Coupe
John Surtees (lenda do motociclismo e da Fórmula 1) - 1968 Honda RA301
Al Under, Snr (tetra-campeão das 500 milhas de Indianapolis) - Thompson-Buick Special

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Wurz: por que a Williams insiste nele?

Frank Williams tratou, hoje, de colocar panos quentes nas histórias que envolviam trocas de piloto em sua equipe. Recentemente, foi noticiado que o finlandês Heikki Kovalainen assumiria a vaga de Alexander Wurz. Como conseqüência, Nelson Ângelo Piquet seria o novo titular na Renault.

Segundo Frank, tudo teria começado quando Flavio Briatore deu-lhe uma caroninha em seu jatinho particular. A imprensa, cujo trabalho de apuração deve ter sido magnífico, tratou de espalhar o boato que, a princípio, soava convincente. Entretanto, não passava de mais uma ladainha de Paddock.

O mais provável, por mais que muita gente torça contra (inclusive eu), é que a Williams mantenha seus dois pilotos no ano que vem. Nico Rosberg vem fazendo uma temporada muito boa, embora esteja, em pontos, atrás de seu companheiro. O alemão certamente é um daqueles que ainda têm um bom espaço para evolução. No seu caso, trata-se de um importante ponto positivo, a não ser descartado.

Por sua vez, Alexander Wurz não parece, a princípio, estar mal ao ponto de merecer uma demissão. Perto de Ralf Schumacher ou Cristijan Albers, por exemplo, seu trabalho pode ser considerado soberbo. Olhando por esse lado, certamente não é o pior piloto no grid de Fórmula 1.

Entretanto, a impressão passada é que a Williams está gastando tempo com alguém que, pura e simplesmente, não é bom suficiente. A equipe inglesa tem uma certa gratidão com Wurz, é verdade. O austríaco foi piloto de testes do time e é, reconhecidamente, um excelente acertador de carros. Mas será só isso que deveria contar?

A realidade é outra. Basta fazer uma análise superficial, e chega-se à conclusão de que tem muita gente melhor do que ele. Muitos que mereciam uma chance e, até agora, não ganharam. Entre aqueles que me vêm rapidamente à cabeça, Sebastien Bourdais, Timo Glock, Gary Paffet ou o próprio Nelsinho Piquet são só alguns exemplos.

O austríaco é um piloto sem apelo junto ao público e dono de um nível mediano, irritantemente mediano. Não há como ter totais garantias de que Rosberg está fazendo mesmo um bom trabalho. Seu companheiro não é uma boa referência. Será que, de repente, a Williams tem um carro ótimo mas não sabe, por que seus titulares não o aproveitam?

Essa pergunta poderia ser respondida, se Frank Williams e Patrick Head colocasse alguém com mais capacidade ao lado de Nico Rosberg. Pelo visto, porém, os dois pilotos devem permanecer até o fim de 2008. Uma pena para todos que torcem por uma renovação da Fórmula 1.

Seria muito mais interessante ver um nome jovem e não testado no segundo carro da Williams. Mas isso não deve acontecer, por enquanto. O tempo de Alexander Wurz já passou. Azar, então, da equipe dele se ela não percebe o desperdício que tem em suas mãos.

Apesar de tudo, o austríaco é, sim, digno de respeito. Do contrário, nunca teria passado sucessivos anos como piloto de testes, primeiro da McLaren, depois da Williams. A verdade, porém, é que estar nesse cargo não é referência para nada.

Ou vocês acham que a Ferrari , um dia, coloca Luca Badoer como piloto titular?
Sexta-feira de treinos na MotoGP, DTM e ChampCar.

Em Donington Park, Daniel Pedrosa foi o mais rápido na segunda sessão e conseguiu a pole provisória, depois de um dia afetado pela chuva. Os onze mais velozes a seguir:

1. Daniel Pedrosa//Espanha/Repsol Honda, 1:43.870
2. Nicky Hayden/Estados Unidos/Repsol Honda, 1:44.344
3. Chris Vermeulen/Austrália/Rizla Suzuki, 1:44.371
4. Colin Edwards/Estados Unidos/Fiat Yamaha, 1:44.445
5. Anthony West/Austrália/Kawasaki, 1:44.498
6. Casey Stoner/Austrália/Ducati Marlboro, 1:44.513
7. John Hopkins/Estados Unidos/Rizla Suzuki, 1:44.716
8. Randy de Puniet/França/Kawasaki, 1:45.158
9. Marco Melandri/Itália/Honda Gresini, 1:45.684
10. Valentino Rossi/Itália/Fiat Yamaha, 1:45.718
11. Alex Barros/Brasil/Pramac d`Antin, 1:46.100

A grande surpresa do treino foi Anthony West, recém-contratado pela Kawasaki para substituir o francês Olivier Jacque, que acabou de anunciar sua aposentadoria. O australiano foi quarto. Uma posição atrás dele ficou o líder do campeonato, Casey Stoner.

Ao final do primeiro dia, Valentino Rossi terminou apenas em décimo. Nada para se desesperar. A chuva afetou os tempos, e, amanhã, The Doctor deve reagir. Continuo colocando minhas fichas nele para essa prova na Inglaterra.

Por sua vez, Alexander Barros foi o décim0-primeiro. O brasileiro está confiante e disse, mais tarde, que ainda há espaço para melhoras. Amanhã, deve subir até, mais ou menos, oitavo. Posição em que parece sempre ficar, aliás.

Em Cleveland, no sensacional circuito do Burke Airport, adivinhem quem foi o melhor? Ganha uma barrinha de chocolate de avião quem chutou Sebastien Bourdais. Para variar, o francês sobrou nos treinos da ChampCar, sendo o único a andar na casa de 56 segundos na curta pista localizada dentro de um aeroporto. Será que um outro piloto como, digamos, Alexander Wurz, conseguiria fazer igual?

Por fim, a DTM encerrou o seu primeiro dia de atividades no histórico circuito de Norisring com o canadense Bruno Spengler na frente. O piloto da Mercedes, entretanto, foi só quatro milésimos mais rápido que o segundo, o francês Alexandre Prémat, primeiro entre a turma de Audi. E eu, que tinha chutado Gary Paffet como vencedor, me ferrei: o inglês foi só décimo-terceiro entre vinte pilotos. Entretanto, ficou só a quatro décimos do líder.
Repercutiu essa história de sabotagem na Ferrari, hein? A impressão que fica é a de que a equipe não se preparou direito para a transição pós-Schumacher, mesmo sabendo que o alemão, mais cedo ou mais tarde, deixaria as pistas. Agora, está pagando pela guerra de egos na alta cúpula italiana.

Agenda do Fim de Semana (22 a 24/06)

Domingo sem Fórmula 1 sempre é um pouco sem-graça. Mas isso não quer dizer que não teremos muita ação pelos próximos três dias. As corridas serão, todas, no dia 24. A seguir, temos a sempre útil agendinha do Blog F1 Grand Prix:

Domingo, 24 de junho de 2007:
ChampCar: Etapa de Cleveland (Alguém sabe onde vai passar?)
DTM: Etapa de Norisring (Não tenho como ver)
Fórmula 3 Inglesa: Rodada de Monza (Também não tenho como ver)
IRL: Etapa de Iowa (Vou tentar ver)
MotoGP: Grande Prêmio da Inglaterra em Donington (Essa eu vou ver)
Nascar: Etapa de Sonoma (Vou começar a ver todo entusiasmado. Depois vou encher o saco com os anúncios de 5 em 5 minutos e acabar sabendo o resultado pela Internet)

Destaque, é claro, para a corrida da MotoGP, em Donington. Hoje, nos treinos de sexta, a chuva esteve presente, e é um fator a ser considerado para a corrida no domingo. Casey Stoner foi o mais rápido na primeira sessão. Mais tarde, o blog comenta os tempos do fim do dia.

Donington é uma pista com características diferentes de Barcelona e Shangai, por exemplo, onde a Ducati prevaleceu ajudada pela potência de seu motor. Na Inglaterra, a história deve ser diferente. O que não significa que o The Doctor Valentino Rossi terá moleza pela frente.
Palpite do blog para a corrida: Valentino Rossi.

A Nascar, por sua vez, faz a primeira corrida do ano em circuito misto. Oportunidade de ouro para Juan Pablo Montoya, que vem fazendo uma temporada ridícula até aqui. Sedento para mostrar serviço, o colombiano vence. Aos trancos e barrancos.
Palpite do blog para a corrida: Juan Pablo Montoya.

Em Cleveland, um dos circuitos mais legais do mundo, a ChampCar faz sua quinta etapa do ano. Na pista situada dentro de um aeroporto, Sebastien Bourdais entra como franco favorito. Mas atenção para Graham Rahal, seu companheiro de equipe novato na Newman-Haas-Lanigan, que ainda deve uma vitória.
Palpite do blog para a corrida: Sebastien Bourdais.

No história circuito de Norisring, toma parte também a quinta corrida da DTM. O campeonato está totalmente embolado: a diferença do primeiro ao sexto colocados é de só 10 pontos. A Audi lidera o campeonato com seus pilotos Tomczyk e Ekström, mas é seguida de perto do esquadrão da Mercedes, com Schneider, di Resta, Paffet, Hakkinen e Green.
Palpite do blog para a corrida (totalmente aleatório, por sinal): Gary Paffet.

A IRL estréia em Iowa, um oval curto com características semelhantes a Richmond, onde a Penske prevaleceu. A tradicional equipe, portanto, é favorita, mas não há a menor garantia. Vitor Meira corre com um capacete especial pintado pelo artista plástico Romero Britto.
Palpite do blog para a corrida: Sam Hornish, Jr.

Por fim, a Fórmula 3 Inglesa realiza suas nona e décima etapas em Monza, na Itália. O estoniano Marko Asmer, de 22 anos, venceu metade das corridas até aqui e lidera o campeonato com quase o dobro de pontos do segundo colocado, Stephen Jelley. É a aposta natural, portanto, de alguém que não acompanha o certame com regularidade. Como são duas corridas, entretanto, chuto também o irlandês Niall Breen, que vem em ascensão na temporada.
Palpite do blog para as corridas: Marko Asmer e Niall Breen.

Membro da Ferrari acusado de sabotagem

Parece que o inferno astral da equipe italiana não tem fim. Se não bastasse a inferioridade técnica para a McLaren, agora a escuderia do cavalinho rampante tem um outro belo pepino para descascar. Trata-se do caso Nigel Stepney.

Ontem, foi noticiado que a Ferrari ia processar o inglês, ex-mecânico chefe da equipe, por uma acusação não revelada. Pois bem, não demorou nem mais um dia para que o motivo viesse à tona. Stepney está sendo acusado de sabotagem.

Segundo o assessor da escuderia italiana, Luca Colajanni, o inglês foi convocado a prestar declarações junto ao juizado de Modena. Stepney não é um empregado qualquer. Trata-se de alguém com uma história no time.

Nigel Stepney foi mecânico-chefe da Ferrari durante muito tempo. Era o encarregado por reabastecer o carro em pit-stops. No Grande Prêmio da Espanha de 2000, foi atropelado por Michael Schumacher quando o alemão recebeu a sinal de partida antes do tempo.

Com o passar dos anos, o inglês foi subindo lentamente na na hierarquia da equipe. Até o início de 2007, era o diretor-técnico de testes, mas se encontrava insatisfeito com o cargo. Foi remanejado para o posto de responsável pelo desenvolvimento de performance do time.

A troca não mudou seu descontentamento. De acordo com a agência ANSA, Stepney esperava ser indicado para substituir Ross Brawn como diretor-técnico da Ferrari. Diante da negativa, criticou a equipe em público, abrindo uma crise na cúpula italiana.

Agora, está sendo acusado pelo tal suposto caso de sabotagem. Pelas primeiras informações, Stepney teria sido o culpado por substâncias suspeitas encontradas nos depósitos dos carros de Kimi e Massa, depois do G.P. de Mônaco. Uma vez retiradas, as partículas já foram encaminhadas para a polícia italiana.

Estranho, muito estranho esse episódio. O que levaria um sujeito com anos de história na Ferrari, um membro presente em todos os seis campeonatos seguidos de Construtores, a sabotar a própria equipe? Uma mera rixa com o chefe? Se é que ela existe...
Depois de tudo o que passou, seria ele capaz de prejudicar a sua casa de tantos anos? Atrapalhar o trabalho de todos os seus companheiros, veteranos no time como ele? Será que a vingança compensaria?

Pelo que foi noticiado até agora, poucas conclusões podem ser tiradas. Ou Nigel Stepney cometeu um erro muito grave ou está sendo, ele próprio, sabotado por seus superiores. É possível que o inglês tenha se tornado persona non grata após suas declarações criticando a cúpula da Ferrari no início do ano. Vale lembrar que estava de férias quando o caso todo estourou e, portanto, sem possibilidades de defesa.

Será que ele é a vítima? Por enquanto, não dá para adivinhar o que está acontecendo. Vamos esperar o desenrolar dos fatos.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Tira- Teima entre Lewis e Schumi em pleno estádio de Wembley?

Não deu tempo para eles se encontrarem na Fórmula 1. Mas aquele que seria o sensacional duelo entre Michael Schumacher e Lewis Hamilton pode acontecer ainda neste ano. E seria no novíssimo estádio de Wembley, na Inglaterra. Não entendeu?

O heptacampeão mundial confirmou, hoje, presença na edição 2007 da Corrida dos Campeões. O evento reúne pilotos de várias categorias do automobilismo mundial em uma pista curta, geralmente dentro de um super complexo. Eles vão se enfrentando dois a dois, em sistema mata-mata, até que se tenha um vencedor.

O ilustre aposentado, alías, já participou da edição de 2004 (quando contou errado o número de voltas em uma das corridas e parou antes do tempo). Na realidade, Schumi quer usar a ocasião para divulgar o Instituto de Doenças Cerebrais e de Medula, do qual ele é um dos fundadores. Nada melhor, então, do que reunir os melhores pilotos do mundo, certo?

É aí que entra Hamilton. O inglês, que já manifestou interesse em participar, seria a principal atração, além do próprio Schumacher. Tirando isso, Lewis estaria correndo em casa, o que certamente garantiria - alguém duvida? - lotação máxima em Wembley.

Enquanto Schumi vive uma tranqüila vida de heptacampeão retirado das pistas, o inglês vai causando frisson por onde passa. Hoje, ao fazer uma exibição, danificou o kart que ele mesmo havia leiloado pela Internet. Não é, entretanto, caso para o comprador pedir desconto. Mais difícil do que ter uma carrinho que pertenceu a Lewis, é ter um que foi batido por ele. Isso sim é coisa rara.

Na possibilidade de um eventual tira-teima entre Lewis e Schumi, alguém se arriscaria a fazer uma aposta? Pois eu vou de Lewis. Nada contra o alemão, o melhor piloto que vi correr (calma gente, antes de baterem em mim saibam que eu só tenho 18 anos. Quando Senna morreu, 5, ok?).

Mas acontece que o alemão não participa de qualquer eventou automobilístico desde o G.P. Brasil do ano passado. Deve estar completamente fora de ritmo. Não desaprendeu a pilotar, é claro, mas enfrentaria do outro lado o sempre hiper-motivado Lewis Hamilton. Mesmo assim, o duelo vai ser equilibrado.

A única certeza é que, se o inglês vencer, o estádio todo vem à baixo.
Último dia de testes coletivos das equipes de Fórmula 1 em Silverstone. Assumindo os trabalhos pela Ferrari, Felipe Massa marcou o melhor tempo em 1:20.805. Foi seis décimos mais rápido do que o tempo de Jarno Trulli, ontem, sinal de que o acerto dos carros evoluíram. A classificação vem a seguir:

1. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:20.805 em 87 voltas
2. Nico Rosberg/AlemanhaWilliams, 1:21.274 em 98 voltas
3. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:21.284 em 58 voltas
4. Nelsinho Piquet/Brasil/(Renault, 1:21.357 em 108 voltas
5. Jarno Trulli (Toyota), 1:21.703 em 70 voltas
6. David Coulthard/Grã-Bretanha/Red Bull, 1:21.933 em 69 voltas
7. Timo Glock/AlemanhaBMW-Sauber, 1:22.456 em 80 voltas
8. Scott Speed/Estados UnidosToro Rosso, 1:23.049 em 65 voltas
9. Chrstijan Albers/Holanda/Spyker, 1:23.374 em 36 voltas
10. Giedo van der Garde/Holanda/Spyker, 1:25.865 em 5 voltas

Mais uma vez, a chuva atrapalhou o trabalho das nove equipes presentes (Honda e Super Aguri testaram sozinhas em Jerez, na Espanha). Massa, apesar do melhor tempo, causou duas bandeiras vermelhas, uma por ter saído da pista e a outra quando teve problemas de suspensão.

Nico Rosberg, em segundo, confirma o estágio de franca evolução da Williams. Por sua vez, Nelson Ângelo Piquet andou muito - 108 voltas - e saiu satisfeito. Disse ter sentido o carro melhor do que esperava.

Detalhe para a participação super-essencial de Giedo van der Garde, da Spyker. O piloto holandês deu míseras cinco voltas pela pista, ficando a quatro segundos e meio do melhor tempo (considerando as circunstâncias, nem foi muito). De qualquer forma, já é mais do que no dia de sua estréia num Fórmula 1. Aconteceu pela Super Aguri, nos testes de inverno. Van der Garde quebrou depois de três voltas. Hoje, pelo menos, andou duas a mais.
Ferrari e McLaren vivem problemas que seriam inesperados no isso do ano. A diferença é que uma delas está adorando conviver com eles, e a outra não. Vamos aos fatos:

Na escuderia inglesa, Ron Dennis resolveu impor regras de conduta a seus pilotos, que andavam falando demais em suas entrevistas. Ou, como é mais provável, vinham tendo suas palavras um pouquinho aumentadas pela imprensa. "Tudo o que eles dizem toma uma proporção exagerada", diz Dennis. Faz sentido. A verdade, porém, é que se Alonso e Hamilton não estivessem tão bem no campeonato, não haveria necessidade de ter essa preocupação.

Vejam só: a regulamentação do chefão da McLaren diz que um só pode dizer coisas do outro quando estiverem, juntos, na mesma entrevista. Uma regra que tem um toque subliminar. Qual seria o local mais provável de encontrar Lewis e Fernando, ao mesmo tempo, dispostos a conceder declarações? As coletivas pós-GP, talvez? Sinal de que a equipe ainda acredita em muitas outras dobradinhas dessa dupla dinâmica.

Enquanto isso, a Ferrari despeja seu carrossel de desculpas. O presidente Luca di Montezemolo diz que não está gostando nada da atual temporada. Jura? Por que será?

Além disso, joga a culpa em cima da regra do safety car e fala estar insatisfeito com as regras da FIA, que limitam as ultrapassagens. Com essa segunda ponderação concordo, é claro. Mas coitado do motorista do carro de segurança. Não é culpa dele se as McLaren andam mais que as Ferrari...

Se não bastasse isso, a escuderia do cavalinho rampante vê-se às voltas com um caso nebuloso envolvendo Nigel Stepney, responsável pelo desenvolvimento de performance do time. O inglês tem história na Ferrari. Já foi mecânico-chefe e, inclusive, vítima de atropelamento por Schumacher durante um reabastecimento no G.P. da Espanha de 2000.

Até o início do ano, ele era o diretor-técnico de testes, cargo que o deixava insatisfeito. Foi remanejado, entretanto, continuou descontente mesmo em sua nova função. Agora, está sendo processado pela própria equipe, em razão de uma acusação que não foi, até agora, revelada.

Terá sido algum caso de espionagem? Será? No mundo da Fórmula 1, não seria nenhuma novidade...
O novo boato da publicação alemã Bild é que Robert Kubica estaria de malas prontas para a Red Bull no ano que vem. Em seu lugar, entraria o protegido da empresa de bebidas energéticas, Sebastian Vettel. A história até tem uma pitada de bom-senso, mas dificilmente se realizará.

O polonês, apesar do acidente sofrido no Canadá, está bem instalado na BMW. Não teria motivos para abandonar a equipe com maior potencial de vitórias, excluindo Ferrari e McLaren, para se juntar a uma escuderia apenas emergente. Por outro lado, as prestações de Mark Webber e David Coulthard na Red Bull não são lá dignas de demissão.

O australiano continua um fenômeno em treinos, embora seu desempenho em corridas caia bastante. Além disso, sua contratação ainda é recente. E o escocês contribui muito com sua experiência, fundamental numa equipe ainda inexperiente. Tirando isso, tem a seu favor a relação de longa data com Adrian Newey, o mago de aerodinâmica da equipe.

Se tivesse que apostar hoje, colocaria meu dinheiro na manutenção dos titulares em 2008. Heidfeld e Kubica continuam na BMW, Webber e Coulthard na Red Bull. De qualquer forma, esperemos...

Já deu, Ralf

Corrida após corrida, a presença de Ralf Schumacher na Fórmula 1 torna-se cada vez mais risível. Parece não haver limites para o aumento do seu descrédito principalmente entre a imprensa, que não para de especular supostos substitutos para a sua vaga. Agora, porém, quem se manifesta publicamente contra a permanência do alemão na categoria é ninguém menos do que seu antigo chefe, Frank Williams.

Pela equipe do inglês, Ralf fez temporadas inspiradas. Logo na sua primeira, em 1999, superou confortavelmente seu companheiro de equipe, Alex Zanardi. O italiano vinha de títulos consecutivos da Fórmula Cart, quando essa ainda valia alguma coisa, mas terminou o ano em branco, enquanto o alemão fazia 35 pontos e fechava em quinto no campeonato.

A performance animadora do início, entretanto, foi se perdendo com o tempo. Depois da feroz batalha que travou com Juan Pablo Montoya entre 2001 e 2004, o Schumacher mais novo nunca mais foi o mesmo. A mudança para a Toyota, que viria para confirmar o top status tanto da equipe quanto do piloto, se revelou um tremendo fracasso.

Quando chegou na escuderia japonesa, Ralf afirmou que se sentia feliz por estar na equipe do futuro. Com o passar do tempo e a falta de resultados, foram acabando a paciência e a motivação. De ambos os lados. O evidente desinteresse do alemão na atual temporada é a maior prova de tudo isso.

Dono de um dos salários mais altos da Fórmula 1, Ralf nunca justifou o investimento. Trucidado pelo companheiro Jarno Trulli nas classificações, usava da experiência para conseguir melhores resultados nas corridas. De fato, foi superior em pontos em 2005 e 2006. Ultimamente, porém, os resultados minguaram e as pressões por sua substituição vêm se tornando insustentáveis.

E, agora, a declaração de Frank Williams de que a carreira do alemão está no fim soa como um inexorável tiro de misericórida. Não há mais o que fazer. Pouco depois, os cartolas da DTM correram para afirmar que as portas da categoria estão abertas para Ralf. Será a isso que o alemão ficará reduzido?

Rumo ao recorde

Agora, já está mais confirmado do que nunca: Rubens Barrichello continua na Honda em 2008. O brasileiro e a equipe chegaram a um acordo e tudo que falta é a assinatura de Rubinho no contrato. Jenson Button, o outro piloto titular da escuderia japonesa, também está em fase final de renovação com o time que, assim, mantém a mesma dupla pelo terceiro ano consecutivo.

Com a confirmação de que corre no ano que vem, Rubens Barrichello fica prestes a bater o recorde de longevidade na Fórmula 1, pertencente, atualmente, ao italiano Riccardo Patrese. O brasileiro, que tem 239 largadas na categoria, passaria a ser o detentor da marca a partir de meados de 2008. Nada mais justo.

Desde a sua estréia, em 1993, pela Jordan, Rubinho só deixou de largou de quatro corridas. Em 1994, em Imola, recuperava-se do acidente sofrido nos treinos de sexta. Quatro anos depois, foi envolvido na carambola da primeira largada em Spa, na Bélgica, e não teve carro para continuar no reiníncio. Por fim, teve problemas antes da luz verde na Espanha e na França em 2002, já com Ferrari. Em ambos os eventos, não conseguiu sair para a volta de apresentação.

Por mais criticado e zombado que tenha sido, Rubens Barrichello provou a sua capacidade na Fórmula 1. Mesmo que termine a carreira sem o tão sonhado título, teve, pelo menos, o mérito de sustentar nos brasileiros um mínimo interesse pelo automobilismo. Foi ele quem manteve estendido esse "fio", que agora será repassado a essa nova geração, de Massa, Nelsinho e Bruno Senna.

Pensem bem: tirando Rubinho, quem mais fez alguma coisa na Fórmula 1? A lista é longa. De 1993 a 2007, passaram sem sucesso pela categoria Bernoldi, Burti, Christian, da Matta, Diniz, Pizzonia, Rosset, Tarso e Zonta. Isso sem contar aqueles que nem chegaram a estrear mas que tinham potencial até de vitórias, como Gil de Ferran, Helio Castroneves e Tony Kanaan. Bastante gente, não?

A verdade é que Rubens, no final das contas, cumpriu bem o seu papel. Se não foi campeão, pelo menos não deixou o esporte morrer no Brasil. E, de quebra, ainda nos proporcionou alguns momentos inesquecíveis, como sua primeira vitória na Alemanha e a marmelada da Áustria. Em ambos os casos - pelo bem ou pelo mal - manteve, ao menos, o automobilismo em evidência no nosso país.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Só falta congelarem os pilotos...


Max Mosley gosta de uma polêmica. Agora, de uns anos para cá, o presidente da FIA resolveu que a Fórmula 1 precisa se tornar ecologicamente sustentável. Até aí, tudo bem. O problema são as alterações malucas que o chefão da entidade máxima do automobilismo quer fazer no regulamento técnico da categoria.

Para alcançar seu objetivo, Max propõe a padronização total dos chassis até 2011. Segundo ele, "com pinturas diferentes, o carros não parecerão similares na visão do público em geral". Nossa, como somos burros, não é verdade? Continuando nesse ritmo, só falta congelarem os pilotos...

A Fórmula 1, pelo que eu sei, preza por uma supremacia técnica e pela busca constante do desenvolvimento tecnológico. Padronizar os chassis seria ir contra tudo que a transformou na maior categoria do automobilismo mundial. Tudo bem, teremos espetáculo. Mas a competição, nua e crua, vai caminhando cada vez mais para o seu desaparecimento.

Além de tudo isso, Mosley quer reintroduzir as asas flexíveis na Fórmula 1. No raciocínio do chefão, "os aerofólios móveis trarão mais estabilidade para o piloto, que não perderá performance quando estiver atrás de outro". Isso tudo é verdade, mas...

O problema aparece quando Mad Max afirma que "o desenvolvimento da F-1 atual é suficientemente avançado para acabar com os riscos de acessórios aerodinâmicos ativos e passivos". Muita, muita calma nessa hora. Negligenciar a segurança é uma atitude extremamente imprudente. Na última vez que a Fórmula 1 fez isso, pagou com as vidas de Senna e Ratzemberger.

De qualquer forma, é improvável que todas as idéias de Mosley sejam aproveitadas. Ele é assim mesmo. Chuta um bando de coisas diferentes e, somente quando as escuderias topam, ele vai em frente. Esperemos, então, um pouquinho de bom-senso dos diretores de equipe. Tirando Flavio Briatore, é claro.

O boato mais sem-noção do dia é esse em que Kimi Raikkonen estaria deixando a Ferrari no ano que vem. Segundo o rumor, o finlândes estaria saindo da equipe para dar lugar a Fernando Alonso, Nico Rosberg ou - adivinhem! - Michael Schumacher. O destino do ice-man seria a McLaren ou a Toyota. Pura lorota, façam-me o favor.

Na grau de profissionalismo da Fórmula 1 atual, não há mais espaço para que pilotos de ponta fiquem simplesmente trocando de equipe um ano após o outro. A tendência atual é de estabilidade. Schumacher, por exemplo, foi campeão mundial cinco vezes seguidas pela mesma escuderia.

Alonso acabou de sair da Renault para a McLaren, tem mais alguns anos de contrato, e não teria nada a ganhar com essa troca maluca. Kimi, por sua vez, saiu da equipe inglesa porque queria ser campeão mundial e não teria motivos para voltar atrás depois de somente sete corridas. Além disso, com as atuações que teve até agora em 2007, não teria a menor autoridade para reinvincar um lugar de primeiro piloto ao lado de Lewis Hamilton.

Em relação a Nico Rosberg, o cenário é outro. Nesse caso, o que teria a Ferrari a ganhar? Trocar Kimi por Nico é correr um risco muito grande. O finlandês, por pior que esteja, ainda é mais piloto que alemão, cuja curva de aprendizado ainda é alongada.

Quanto a Schumacher, não vou nem comentar. Hoje, sua assessoria de imprensa divulgou uma declaração em que nega quaisquer rumores envolvendo o hepta e um cockpit de Fórmula 1.

Aliás, adivinhem quem publicou a história? O Bild, óbvio. Ainda está para aparecer uma matéria do jornal que tenha, lá no fundo, algum pingo de verdade.

Schumi pode ter se aposentado da Fórmula 1, mas tem convite para estar na Corrida dos Campeões, a ser disputada na Inglaterra, em pleno estádio de Wembley. O evento reúne os maiores pilotos das principais categorias do mundo, desde a Nascar até o mundial de Rally.

Outro que mostrou interesse em participar foi Lewis Hamilton. Se, de fato, os dois confirmarem presença, Wembley vai ter muito mais gente do que nesse último amistosozinho da pseudo-seleção brasileira de futebol.

Dias de testes na Fórmula 1, GP2 e na ChampCar.

No segundo dia de atividades em Silverstone, a Toyota voltou a liderar a tabela de tempos, desta vez com o italiano Jarno Trulli. Sinal de que Ralf não teve lá tantos méritos em ser o mais rápido no dia de ontem. Os tempos, logo abaixo:

1. Jarno Trulli /Itália/Toyota, 1:21.420
2.Kimi Räikkönen/Finlândia/Ferrari, 1:21.548
3. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:21.904
4. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:22.018
5. Heikki Kövalainen/Finlândia/Renault, 1:22.119
6. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:22.365
7. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:22.447
8. Timo Glock/Alemanha/BMW, 1:22.481
9. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:23.284

Pelo que consta, Mark Webber interrompeu o treino três vezes, por diferentes falhas mecânicas no seu Red Bull. Para atrapalhar ainda mais o dia das equipes, choveu. Por que isso só não acontece em dia de Grande Prêmio?

O único fato estranho foi a ausência de Nelson Ângelo Piquet, cuja participação havia sido anunciada ontem. Ele faria companhia a Heikki Kovalainen, mas não chegou a andar. De qualquer forma, o passe de Nelsinho continua valorizado.

Emerson Fittipaldi, por exemplo, declarou que ele vai ser o "Lewis Hamilton brasileiro". Comparação que, a princípio, viria só a prejudicar o piloto da Renault. Igualar o início de carreia do novato inglês, convenhamos, é uma tarefa praticamente impossível.

Na GP2, Andreas Zuber repetiu o domínio do primeiro dia e voltou a assinalar o melhor tempo nos testes coletivos em Paul Ricard, França. Javier Villa, que substitui Antonio Pizzonia, foi o terceiro. A equipe FMS deve estar sentindo uma falta do amazonense...

Entre os brasileiros, Lucas di Grassi foi o melhor, em quinto. Bruno Senna também esteve bem, em oitavo. Xandy Negrão foi décimo-sétimo, sete posições atrás do companheiro de equipe, o mexicano Roldán Rodríguez. Há de ressaltar, porém, que a má posição de Xandinho veio depois de duas quebras, uma no período da manhã e outra durante a tarde.

Enquanto isso, o glorioso Henki Waldschmidt não participou dos testes de hoje. Confesso que depois da pequena pesquisa que fiz a respeito de sua carreira, passei a ter uma leve simpatia por esse sujeito. Agora, a GP2 encerrou seus dois dias de treinos e espera a próxima etapa, em Magny-Cours, preliminar do Grande Prêmio da França de Fórmula 1.

Por fim, a ChampCar realizou testes coletivos em Elkhart Lake. E o melhor tempo não poderia ser de outro. Sebastien Bourdais, o melhor piloto de monopostos do mundo fora da Fórmula 1, não deu chances aos seus adversários. O único brasileiro presente, Bruno Junqueira, da Dale Coyne, foi sexto entre doze pilotos participantes.

Liberados os dados da pancada de Kubica. De acordo com os estudos, o polonês bateu a 230 km/h e teve que suportar uma força de aproximadamente 45G. Bobagem, não?

Apresentando Henki Waldschmidt


Fiz minha pesquisa de campo e levantei alguns dados sobre o obscuro piloto alemão que participou dos testes coletivos da GP2, ontem. Pelo que entendi, ele é o líder da Fórmula Renault 2.0 Italiana. Disputa, também, o certame europeu da categoria. À primeira vista, não parece um mau piloto.

O mais interessante, porém, é que ele faz parte do Toyota Young Drivers Program, que eu julgava esquecido depois que nenhum dos primeiros participantes foi aproveitado pela escuderia japonesa na Fórmula 1. Já é um belo começo. Além disso, Waldschmidt ainda é muito novo : vai fazer dezonove anos semana que vem, no dia 28. Seu site está disponível em três línguas, o que já denota uma assessoria de imprensa inteligente (vale lembrar que o endereço de Rubinho, por exemplo, só tem como opções português e inglês).

É verdade que Henki foi só o vigésimo-terceiro nos testes coletivos de ontem. Mas tenho o palpite de que ainda poderemos ouvir muita coisa a seu respeito.

Em tempo: alguém consegue imaginar o Galvão pronunciando o nome dele numa corrida?

Honda deve manter sua dupla de pilotos em 2008

Passou batido por esse blog, ontem, a notícia de que a Honda já trata da renovação dos contratos de seus dois pilotos titulares. Como era de se esperar, a escuderia japonesa deverá dar nova chance a Jenson Button e Rubens Barrichello. Nada mais justo, diga-se de passagem. Em matéria de pessoal, a Honda está precisando mesmo é de um novo estrategista. O atual já estragou a corrida de ambos os titulares em Mônaco, e depois tirou a chance de Rubinho pontuar no Canadá.

O boato de que Button e Barrichello teriam seus contratos renovados se intensificou na rodada norte-americana da Fórmula 1 e gerou até ramificações. A principal delas, o rumor de que Christian Klien estaria negociando com a Toyota para assumir a vaga de Ralf Schumacher no ano que vem, como foi comentado ontem neste blog. Nada de muito concreto, por enquanto.

A Honda acerta ao continuar com seus dois titulares, mas isso não é a menor garantia de sucesso. A finada Benetton, por exemplo, começou o seu declínio quando sustentou, durante três anos seguidos, Alexander Wurz e Giancarlo Fisichella, uma dupla pra lá de mediana. É fato que Jenson Button e Rubens Barrichello são bem melhores que esses outros dois. Mesmo assim, estabilidade nem sempre é sinônimo de resultados.

Depois do péssimo carro produzido nessa temporada, a renovação dos contratos de seus titulares parece soar mais como um pedido de desculpas da escuderia japonesa.



terça-feira, 19 de junho de 2007

A notícia mais importante do dia

Você se deu ao trabalho de ler o último gigantesco post desse blog? Sinto muito, perdeu tempo. Nenhuma daquelas notícias chega perto, em importância, para o depoimento de Mike Gascoyne, diretor técnico da poderosa Spyker. Em entrevista, ele revelou que seus pilotos "largaram da última fila e, mesmo assim, não cometeram nenhum erro. Estou muito feliz".

Ual. Agora vai.

Schumacher de volta às pistas ou só mais um delírio do Bild?

Terça feira agitadazinha essa, hein? Logo hoje, no meu primeiro dia de existência deste glorioso blog. Os mega conglomerados de notícia estão querendo me ofuscar. Sem problema, vamos lá:

A manchete que primeiro salta aos olhos não pode ser outra além dessa suposta volta de Michael Schumacher às pistas da Fórmula 1 pela Ferrari. Alguns dizem que vai ser como titular, no ano que vem, o que não passa de mais pura ladainha. O veículo que publicou a estória gosta de colocar pimenta no assunto. Trata-se do inteiramente confiável periódico Bild, cujos jornalistas chutam mais bola fora do que eu jogando uma pelada (e isso, aliás, não vem ao caso).

A única possibilidade realmente plausível é a convocação do alemão para fazer "testes secretos". A idéia até tem fundamento, só que Schumacher não teria muito o que ganhar. Além, é claro, da sensação de matar saudade, que já deve estar deixando o heptacampeão louquinho da vida. Mesmo assim, chamá-lo seria uma forma de desprestigiar Kimi e Massa, uma maneira clara de mostrar que os dois simplesmente não são bons suficientes.

Aqueles que sonham com a volta dele devem estar tendo pesadelos contínuos com o crescimento da McLaren. A hora na Ferrari, entretanto, é de olhar para frente. A Era Schumacher já acabou. Estacionar no recente passado glorioso não faria mais do que retardar a reação da escuderia italiana. Se é que ela vai acontecer...
Parece que a temporada de boatos chegou mais cedo neste ano. A silly season já começou e continua a pleno vapor.

O último papo recém-saído do forno é que Marc Gené, piloto de testes da Ferrari, está para assumir um dos cockpits da Toro Rosso, que passaria a usar os chassis da equipe do cavalinho rampante no ano que vem. Excelente negócio para o espanhol, que, convenhamos, não é lá essas coisas.

Já a famosa sucursal da Red Bull teria um dos melhores chassis da Fórmula 1, mas desperdiçaria a chance de colocar como titular um piloto realmente merecedor da vaga. Alguém como Sebastien Bourdais, por exemplo.

Enquanto isso, Christian Klien estaria para trocar a Honda pela sua rival japonesa Toyota. Seria uma tremenda mudança de seis por meia dúzia. Só que há um pequeno detalhe. O austríaco assumiria o posto de Ralf Schumacher, como piloto principal da equipe sediada em Colônia.

Sinceramente, existem melhores opções no mercado do que o ex-piloto da Jaguar e da Red Bull. Se a Toyota realmente contratar Klien, dará mais uma das suas inúmeras demonstranções de incompetência. Mais uma vez, repito: Bourdais está aí, livre, leve e solto...

Um rumor mais do que comentado é que Nelson Ângelo Piquet será titular da renault no ano que vem. E a equipe francesa não pára de dar provar de que isso realmente poderá acontecer. Nos testes coletivos a serem realizados amanhã, em Silverstone, nem Zonta nem Fisichella estarão ao lado de Heikki Kovalainen. Foi Nelsinho o escolhido, em mais uma demonstração de confiança da parte de Flavio Briatore e cia...
Como que ouvindo os clamores pela sua demissão, Ralf Schumacher liderou os tempos dos testes coletivos de hoje, em Silvertone. Dificilmente algum dos outros pilotos presentes, entretanto, andou no seu ritmo máximo. Os tempos estão a seguir:

1. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:22.794
2. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:22.915
3. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:23.329
4. Heikki Kövalainen/Finlândia/Renault, 1:23.510
5. Luca Badoer/Itália/Ferrari, 1:23.768
6. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:23.841
7. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:24.125
8. Kazuki Nakajima/Japão/Williams, 1:24.665
9. Van de Garde/Holanda/Spyker, 1:25.391
10. Adrian Valles/Espanha/Spyker, 1:25.394

A volta do alemão ficou a mais de seis segundos do recorde da pista, de Kimi Raikkonen. Uma eternidade. Em Indianapolis, uma pista mais curta, é verdade, Alonso chegou a um segundo e meio do melhor tempo. Os tempos em Silverstone ainda devem baixar um bocado.

Dá pena ver a Williams desperdiçando testes com o japonês Kazuki Nakajima, uma imposição da Toyota, que fornece os motores da equipe inglesa. Além disso, há de ressaltar o emocionante duelo entre a dupla de pilotos da Spyker, Giedo van der Garde e Adrian Vallés. Três milésimos apenas de diferença. Poderá ser nesses dias de treinamento que a equipe holandesa venha a definir o futuro substituto de Cristijan Albers, que já faz por merecer a sua demissão. Pessoalmente, torço por Van der Garde. Acho o nome dele muito mais maneiro.

Na GP2, parece que Pizzonia dançou mesmo. A imprensa acaba de anunciar que o venezuelano Ernesto Viso vai substituir o amazonense a partir da próxima corrida da temporada, a ser realizada junto da Fórmula 1, em Magny-Cours. Aparentemente, Antonio perdeu o emprego por "divergências com os profissionais técnicos". Vale lembrar que, depois da etapa de Sakhir, o brasileiro afirmou que a equipe era bastante desorganizadada, com muita interferência externa e mecânicos desorientados.

Com a saída de Pizzonia, o time brasileiro, formado por cinco pilotos até a última etapa, em Mônaco, foi reduzido a três. Isso porque, infelizmente, Sérgio Jimenez não conseguiu segurar sua vaga na Racing Engineering. Por falta de patrocínio, foi trocado pelo espanhol Sérgio Hernández. Uma pena. Resta agora desejar toda a sorte do mundo a Lucas di Grassi e Bruno Senna. De Xandinho Negrão, sinceramente, não se pode esperar nada.

No primeiro dia de testes coletivos em Paul Ricard, melhor para a dupla da iSport International. O austríaco Andreas Zuber foi o mais rápido, seguido de seu companheiro, Timo Glock, alemão que é o líder do campeonato. A tabela de tempos está aí:

1.Andrea Zuber/Áustria/iSport International, 1:18.295
2.Timo Glock/Alemanha/iSport International, 1:18.750
3.Giorgio Pantano/Itália/Campos, 1:18.889
4.Pastor Maldonado/Venezuela/Trident, 1:18.934
5.Luca Filippi/Itália/Super Nova, 1:18.973
6.Javier Villa/Espanha/Racing Engineering, 1:19.027
7.Roldán Rodríguez/México/Minardi Piquet, 1:19.154
8.Michael Ammermuller/Alemanha/ART, 1:19.159
9.Jason Tahinci/Turquia/FMS, 1:19.311
10.Ernesto Viso/Venezuela/FMS, 1:19.387
11.Borja Garcia/Espanha/Durango, 1:19.417
12.Adrian Zaugg/Áustria/Arden, 1:19.486
13.Kohei Hirate/Japão/Trident, 1:19.601
14.Nicolas Lapierre/França/DAMS, 1:19.630
15.Karun Chandhok/Índia/Durango, 1:19.698
16.Vitaly Petrov/Rússia/Campos, 1:19.723
17.Bruno Senna/Brasil/Arden, 1:19.814
18.Lucas di Grassi/Brasil/ART, 1:19.829
19.Andy Soucek/Espanha/DPR, 1:19.876
20.Sérgio Hernández/Espanha/Racing Engineering, 1:19.913
21.Sakon Yamamoto/Japão/BCN, 1:19.938
22.Alexandre Negrão/Brasil/Minardi Piquet, 1:20.000
23.Henki Waldschmidt/Alemanha/DAMS, 1:20.098
24.Ho-Pin Tung/China/BCN, 1:20.261
25.Christian Bakkerud/Dinamarca/DPR, 1:20.456
26.Mike Conway/Inglaterra/Super Nova, 1:21.390

Detalhe para a presença do obscuro Henki Waldschmidt numa honrosa vigésima-terceira posição. Quem é esse sujeito? Alguém já ouviu falar? E que nome complicado... nem a Wikipedia, por exemplo, sabe quem ele é!
Robert Kubica deve voltar ao cockpit da BMW já na próxima corrida, o Grande Prêmio da França. Mais um ponto para a segurança dos carros de Fórmula 1 atual. De qualquer forma, a equipe alemã já sabe que tem, como reserva, um piloto com potencial para andar no ritmo dos titulares. Sebastian Vettel ainda vai incomodar muita gente.

Blog do Yuji Ide

Não é esse o nome, mas bem que podia ser. Afinal, já se passaram sete etapas do mundial de Fórmula 1 de 2007, e só agora essa mente brilhante daqui resolveu lançar seu pequeno espacinho. Atrasado, como sempre, mas não tem problema.

Antes de tudo, me apresento. Sou carioca e estudante de Comunicação numa grande universidade da Cidade Maravilhosa. Tentei ser um piloto de kart. Não consegui. Logo, poderia ser chamado de piloto de corridas fracassado fracassado. Porque nem ao estágio do fracasso consegui chegar. O máximo que alcancei foi perder um campeonato de kart indoor amador, quando tinha quinze anos. Perdi para uma garota. Puta trauma de adolescência. Mas isso é assunto para outro post...

Nesse pequeno recanto falarei não somente de Fórmula 1, mas também das outras maiores categorias do automobilismo e motociclismo mundial. Uma tarefa um tanto improvável para alguém que, aos dezoito anos, ainda não aprendeu a andar de bicicleta e enfreta enormes, gigantescas dificuldades quando tenta parar o carro numa vaga qualquer (dois meses de carteira e nenhum, nenhuma avanço até agora...). Mas gosto de me definir como um daqueles que contraiu, nas palavras de Jackie Stewart, "essa doença que se apossa de você e não o libera nunca mais".

Por enquanto fico por aqui. Daqui a pouco volto com o que foi notícia no mundo da velocidade nessa pacata terça-feira, 19 de junho de 2007. O dia em que comecei meu blog. Ual.