sábado, 18 de agosto de 2007

Rodrigo Sperafico sobrevive ao caos e crava a pole na Stock Car

Se você é daqueles que adora corridas agitadas, cheia de carros se batendo e rodando no meio da pista, não perca a etapa da Stock Car, amanhã. No treino de classificação de hoje, nada mais nada menos do que 18 dos 47 pilotos participantes saíram da pista. A bandeira vermelha precisou ser acionada incríveis cinco vezes.

Há algumas semanas, o mesmo circuito de Santa Cruz do Sul sediou uma confusa prova da Porsche Cup, que também foi interrompida em numerosas oportunidades. No final, a corrida acabou encerrada antes do tempo, com apenas oito voltas computadas. Seria um prenúncio do que vem por aí na Stock Car?

Hoje, o grande destaque em meio ao caos foi Rodrigo Sperafico (à direita), da Biosintética Action Power. Ele foi o mais rápido tanto na sessão inicial quanto na superpole. O piloto paranaense, quinto colocado no campeonato, é, desde já, o principal favorito para a vitória amanhã.

O líder da temporada, Thiago Camilo, foi apenas nove centésimos mais lento que Sperafico e largará da segunda posição do grid. Logo atrás dele aparem dois ex-pilotos da Fórmula 1: Tarso Marques, da Terra Avalone, em terceiro, e Luciano Burti, da Cimed Action Power, o quarto.

Marcos Gomes (à esquerda), que havia sido o mais rápido de ontem, conseguiu a quinta posição do grid, imediatamente à frente de seu companheiro de equipe, Ricardo Maurício. O palpite do Blog para a corrida, Cacá Bueno, vencedor do ano passado em Santa Cruz do Sul, vai largar de sétimo.

Entre as figuras mais conhecidas, Ricardo Zonta (nono), Enrique Bernoldi (11º) e Antonio Pizzonia (32º) mostraram evolução. Ingo Hoffmann vai sair no meio do bolo (15º), enquanto o bi-campeão Giuliano Losacco não consegue espantar a má-fase (22º).

No seco, a corrida de amanhã já promete ser agitada. Se chover, então, a prova ficará ainda mais confusa e até um pouco perigosa. Com 37 pilotos no grid, é praticamente impossível o dia terminar sem nenhuma ocorrência.

A seguir, os dez primeiros do grid de largada:

1. Rodrigo Sperafico/Paraná/Volkswagen Bora, 1:25.852s
2. Thiago Camilo/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:25.943s
3. Tarso Marques/Paraná/Mitsubishi Lancer, 1:26.324s
4. Luciano Burti/São Paulo/Volkswagen Bora, 1:26.434s
5. Marcos Gomes/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:26.442s
6. Ricardo Maurício/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:26.543s
7. Cacá Bueno/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 1:26.731s
8. Allam Khodair/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:26.768s
9. Ricardo Zonta/Paraná/Peugeot 307, 1:26.872s
10. Fábio Carreira/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:27.060s

Nesse sábado, o Sportv transmite a corrida da Stock Car em Santa Cruz do Sul às 13:00 horas. Por hoje, o Blog fica por aqui. Amanhã, volto com a cobertura das provas desse fim de semana. Até!

Crédito das fotos: Site oficial da categoria - http://www.stockcar.com.br/

Na MotoGP, Stoner é cada vez mais o dominador

Após ter sido batido pela zebra Sylvian Guintoli nos treinos de ontem, o líder do campeonato da MotoGP, Casey Stoner, voltou a liderar a tabela de tempos nesse sábado. O australiano terminou o dia como o mais rápido na classificação, sendo o único a virar na casa de 1:36. Ele superou em três décimos o americano Nicky Hayden.

Vencedor de seis das onze corridas do campeonato até aqui, Stoner (à esquerda) vai estabelecendo-se como grande dominador da categoria. Nem mesmo o heptacampeão Valentino Rossi parece conseguir fazer frente ao australiano. Hoje, o italiano não passou de sexto.

Por sua vez, o atual campeão Nicky Hayden fechou em segundo, sua melhor posição de largada do ano. Após um péssimo início de campeonato, o americano vai mostrando evolução. Em duas das últimas três corridas, ele terminou no podium.

Completando as cinco primeiras posições do grid, aparecem Daniel Pedrosa, da Honda, John Hopkins (à direita), da Suzuki, e Randy de Puniet, da Kawasaki. Já o pole provisório de ontem, Sylvian Guintoli, voltou para a sua posição normal, no miolo do pelotão. Nesse sábado, ele foi o décimo.

Para Alexandre Barros, o dia não foi dos melhores. O brasileiro não passou de 13º. Uma vez mais, precisará fazer uma corrida de recuperação. Sua equipe, a Pramac D'Antin, não atravessa a melhor das fases. Com a contusão de seu segundo piloto, Alex Hoffman, o time convocou Ivan Silva para substituí-lo. E o espanhol, sem muita experiência, terminou em último dos que marcaram tempo.

Logo abaixo, o top 10 do treino de classificação da MotoGP:

1. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1:56.884s
2. Nicky Hayden/Estados Unidos/ Honda, 1:57.164s
3. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda, 1:57.179s
4. John Hopkins/Austrália/Rizla Suzuki, 1:57.567s
5. Randy de Puniet/França/Kawasaki, 1:57.599s
6. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1:57.640s
7. Loris Capirossi/Itália/Ducati, 1:57.665s
8. Chris Vermeulen/Austrália/Suzuki, 1:57.699s
9. Colin Edwards/Estados Unidos/Yamaha, 1:57.702s
10. Sylvain Guintoli/França/Yamaha, 1:57.732s
13. Alex Barros/Brasil/Ducati, 1:58.204s

Amanhã, o Sportv2 mostra a corrida a partir das 9 horas da manhã. A transmissão começa às 6, com a prova das 125cc. A das 250cc, porém, será cortada em virtude do clássico Argentina x Síria, pelo Mundial Sub-17. Em instantes, o Blog volta comentando a Stock Car. Até já!

Crédito das fotos: Site Moto-live.com - http://www.moto-live.com/

Sem surpresas, Loeb retoma o controle do Rally da Alemanha

Confirmando as expectativas, a zebra François Duval não durou muito na liderança do Rally da Alemanha. Após ter fechado a sexta-feira no topo da tabela de tempos, o belga caiu para terceiro com os resultados de hoje. O novo líder, sem surpresa alguma, é Sebastien Loeb (à esquerda).

O francês, vencedor das últimas cinco edições do Rally da Alemanha, chegou à primeira colocação já no primeiro estágio desse sábado, aproveitando uma rodada de Duval. O belga não conseguiu controlar seus nervos, errando demais e caindo para terceiro ao final do dia.

Principal rival de Loeb na temporada, o finlandês Marcus Grönholm (à direita) passou para a vice-liderança, com uma pilotagem sempre precisa. Seu companheiro de equipe na Ford, Mikko Hirvonen, mantém-se seguro na quarta posição, também prestes a superar François Duval.

Caso confirme a vitória no Rally da Alemanha, amanhã, Sebastien Loeb subiria para 72 pontos no campeonato, ficando a 11 de Marcus Grönholm, que teria 83. Até agora, os dois ganharam o mesmo número de rallies nessa temporada - quatro - mas o finlandês lidera a tabela de pontos por sua consistência. Ele ainda não deixou de pontuar nesse ano.

A seguir, a classificação do Rally da Alemanha após dois dias de competição:

1. Sebastien Loeb/França/Citroën, 2h01:38.5s
2. Marcus Grönholm/Finlândia/Ford, a 26.7s
3. Francois Duval/Bélgica/Citroën, a 41.8s
4. Mikko Hirvönen/Finlândia/Ford, a 42.3s
5. Jan Kopecky/República Checa/Skoda, a 2:21.4s
6. Toni Gardemeister/Finlândia/Citroën, a 2:25.0s
7. Petter Solberg/Noruega/Subaru, a 2:47.5s
8. Xavi Pons/Espanha/Subaru, a 3:41.0s
9. Jarí-Matti Latvala/Finlândia/Ford, a 3:44.1s
10. Matthew Wilson/Inglaterra/Ford, a 6:53.1s

Nesse domingo, às 9:00 da manhã, a ESPN passa os melhores momentos do segundo dia do Rally da Alemanha. Em instantes, o Blog volta comentando o dia da MotoGP.

Crédito das fotos: Site rally-live.com - http://www.rally-live.com/

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Resumo de uma pacata sexta-feira

Hora de conferir, resumidamente, o que agitou o mundo da velocidade nessa sexta-feira. O Blog estará acompanhando quatro categorias durante o fim de semana, e todas entraram na pista, hoje. Mais importante ainda, tivemos o final do Rally dos Sertões, após nove dias de competições.

Na categoria motos - talvez, a mais estrelada - o brasileiro Zé Hélio (à esquerda) conseguiu uma grande façanha. Bateu Cyril Despres, bi-campeão do Rally Dacar e aposta do Blog. Na especial de hoje, o brazuca apenas administrou sua vantagem, terminando em sexto. Foi o suficiente para garantir seu terceiro título, com um tempo total cerca de 16 minutos melhor do que o do francês.

Despres (à direita), um estusiasta do Rally dos Sertões, viu suas chances de vencer a competição caírem bastante quando recebeu uma punição de nove minutos por não ter cumprido o deslocamento de quinta no tempo mínimo estipulado. Mesmo se não tivesse recebido o acréscimo de tempo, porém, não teria sido campeão.

Ao final, o francês teve de se contentar com o segundo lugar, uma posição à frente de seu compatriota David Casteu. O chileno Francisco Contardo foi quarto, com o brasileiro Pedro Bianchi logo atrás. Favoritos antes das disputa, Jean Azevedo e Juca Bala foram alguns dos que ficaram pelo caminho.

Nos carros, a dupla Maurício Neves/Clécio Maestrelli (à esquerda) também apenas administrou sua vantagem na especial de hoje. Com a sexta posição dessa sexta, asseguraram sua primeira conquista com uma distância de vinte minutos e meio para José Franciosi/Eduardo Bampi.

Em terceiro ficaram Paulo Nobre/Filipe Palmeiro, que venceram o maior número de especiais - seis. Entre os favoritos que não chegaram ao final dos Sertões estão nomes como Ingo Hoffman/Lourival Roldan e a dupla palpite do Blog, Guilherme Spinelli/Marcelo Vívolo.

Por fim, nos caminhões, Edu Piano/Solon Mendes/Davi Fonseca (à direita) confirmaram o título, com uma bela vantagem de 1 hora e 25 minutos para os campeões do ano passado, Amable Batista/José Papacena Neto/Raphael Bettoni. O trio em que apostei, André Azevedo/Maykel Justo/Ronaldo Pinto, finalizou em quinto.

O Rally dos Sertões cresce a cada ano e evolui de forma constante. Em breve, pode se tornar mais importante caso se garanta no calendário do Mundial de Cross-Country. Mesmo que não consiga, porém, ainda vai continuar arrastando multidões nas cidades por onde a caravana passa.



Deu zebra no primeiro dia do Rally da Alemanha. François Duval (à esquerda), correndo com um Citröen Xsara do ano passado, foi o mais rápido do dia, superando o grande favorito e palpite do Blog, Sebastien Loeb.

O francês, vencedor das últimas cinco edições da etapa alemã, vem apenas 1,3 segundo atrás do belga. Tudo indica que, já amanhã, deve passar para a primeira posição. Algo indispensável na sua caça ao líder do campeonato, Markus Grönholm.

Hoje, o finlandês fechou em terceiro, a 17,4 segundos do líder. Seu compatriota e companheiro de equipe na Ford, Mikko Hirvonen, vem logo atrás, em quarto. Completando a zona de pontuação, até o oitavo, aparecem, respectivamente, Toni Gardemeister (Citröen), Jan Kopecky (Skoda), Xavier Pons (Subaru) e Jari-Matti Latvala (Ford).

Amanhã, serão mais oito etapas e, no domingo, outras cinco. Nada ainda está definido no Rally da Alemanha, e Sebastien Loeb ainda tem tempo para tentar descontar a diferença de 13 pontos que o separa de Marcus Grönholm no campeonato.


Dia de treinos livres na Stock Car e na MotoGP e de definição do grid de largada da Narcar.

No super-oval de Michigan, a principal categoria de turismo dos Estados Unidos realizou o seu treino de classificação. O líder do campeonato, Jeff Gordon (à direita), foi o mais rápido, seguido de Greg Biffle e Kasey Kahne. Matt Kenseth, minha aposta, sai em 21º, e Juan Pablo Montoya larga de 26º.

Em Santa Cruz do Sul, Marcos Gomes (à esquerda) fechou com o melhor tempo do dia na Stock Car. Ele foi o único a virar na casa de 1:30, sendo seis centésimos mais rápido do que Allan Khodair, num excelente segundo. Ricardo Maurício foi terceiro, com Cacá Bueno - meu palpite - em quarto e o líder do campeonato, Thiago Camilo, em nono.

Por fim, a MotoGP também viu um dia de surpresas. O francês Sylvian Guintoli, com a Yamaha da equipe-satélite Tech 3, conquistou a pole provisória. Ele superou em dois centésimos o líder do campeonato e aposta do Blog, Casey Stoner. Valentino Rossi fechou em sexto e Alexandre Barros (à direita) em 11º.

Nesse sábado, o Blog volta ao longo do dia comentando as principais notícias do dia e as atividades das categorias que entram na pista nesse fim de semana. Até amanhã!

Crédito das Fotos:
Rally dos Sertões - Site da assessoria de imprensa do evento: http://www.vipcomm.com.br/
WRC - Site f1live.com: http://www.f1live.com/
Nascar - Site oficial da categoria: http://www.nascar.com/
Stock Car - Site oficial da categoria: http://www.stockcar.com.br/
MotoGP - Site oficial da categoria: http://www.motogp.com/

O arquiteto da Fórmula 1

Hermann Tilke deve ser um homem feliz. Arquiteto, bem-sucedido, trabalha ainda com aquela que é a sua maior paixão: o automobilismo. Desde 1999, o alemão é, digamos assim, o grande mestre-de-obras da Fórmula 1.

De todas as suas criações, nenhuma superou sua maior obra-prima, até agora: o circuito de Istambul Park (à esquerda), na Turquia. Sede da próxima etapa da Fórmula 1, a pista devolveu a esperança aos fãs do automobilismo, cada vez mais desanimados com a sucessão de novos super-autódromos ricos e pomposos por fora, mas incapazes de produzir um grande desafio para os pilotos.

Tilke não foi completamente feliz em criações como os circuitos de Sepang, do Bahrein e de Shangai. São todas, é verdade, belas e difíceis pistas. Mas nada se comparadas a uma Spa-Francorchamps, por exemplo.

Em Istambul Park, porém, o arquiteto acertou a mão. Principalmente ao desenhar a desafiante curva 8. Hoje, vários pilotos chegaram a citar o desenho da pista, em seus press-releases, como uma das principais motivações para a próxima corrida. Claro que a dupla da Honda - que não tem lá muito com o que se animar - está no meio desse grupo.

Apenas no curto prazo, Tilke (à direita) e sua equipe de arquitetos já estão contratados para criarem os moderníssimos circuitos de Cingapura, Valência, Abu Dhabi, Coréia do Sul e Cape Town. De todas as novidades, apenas essa última não está garantida na Fórmula 1 nas próximas temporadas.

Se Tilke e seu time acertarem a mão em suas mais recentes empreitadas como fizeram em Istambul, o calendário da principal categoria do mundo ficará recheado de grandes atrações. Resta torcer para que o arquiteto alemão esteja inspirado.

Agenda do fim de semana (17 a 19/08)

Falta ainda mais um fim de semana para que a Fórmula 1 volte de seu período de férias. Porém, os próximos três dias, apesar de não terem a principal categoria do automobilismo, possuem ótimas atrações. Vamos dar uma conferida na sempre útil agendinha:

Sexta, 17 de agosto de 2008

WRC: Primeiro dia do Rally da Alemanha

Sábado, 18 de agosto de 2008

WRC: Segundo dia do Rally da Alemanha

Domingo, 19 de agosto de 2008

MotoGP: Grande Prêmio da República Checa em Brno
Nascar: Etapa de Michigan
Stock Car: Etapa de Santa Cruz do Sul
WRC: Terceiro dia do Rally da Alemanha

Após quase um mês de paralisação, a MotoGP volta com o Grande Prêmio da República Checa, no histórico circuito de Brno. Depois de ter se envolvido num escâncalo de sonegação de impostos em seu país, Valentino Rossi tem outra dura batalha pela frente. Tirar a diferença de 44 pontos que o separa do líder do campeonato, Casey Stoner. O Blog aposta no australiano da Ducati.
Palpite do Blog para a corrida: Casey Stoner

No super-oval de Michigan, a Nascar terá mais uma de suas corridas em que os pilotos andam lado a lado em plena velocidade o tempo inteiro. Escolher um favorito para a equilibrada categoria é difícil. Dessa vez, vou de Matt Kenseth (à esquerda), melhor piloto da equipe Roush, a grande especialista no traçado de Michigan.
Palpite do Blog para a corrida: Matt Kenseth

Em Santa Cruz do Sul (à direita), a Stock Car realiza sua sexta de doze etapas da temporada. A corrida deve ser acidentada, com algumas intervenções do safety car. Repito meu palpite da última vez. Vou de Cacá Bueno, vencedor na pista gaúcha no ano passado.
Palpite do Blog para a corrida: Cacá Bueno

Por fim, o Mundial de Rally desloca-se para a Alemanha, para a décima de 16 etapas do campeonato. No país germânico, Sebastien Loeb saiu como o vencedor nos últimos cinco anos. Mesmo não liderando o campeonato, o francês é a aposta do Blog.
Palpite do Blog para o fim de semana: Sebastien Loeb

Ao longo do fim de semana, o Blog estará acompanhando essas quatro categorias com atenção. Hoje, voltamos logo mais com as principais notícias do dia. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Moto GP: Divulgação
Nascar: Site oficial da categoria (http://www.nascar.com/)
Stock Car: Site oficial da categoria (http://www.stockcar.com.br/)

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ProMcLaren

Nada foi anunciado, ainda. Mas cresce cada vez mais a possibilidade da Prodrive, time que fará sua estréia de 2008, ser uma espécia de equipe-satélite da McLaren. Segundo a publicação especializada alemã Auto Motor und Sport, a nova escuderia terá um vínculo tão forte com a turma de Ron Dennis quanto a Toro Rosso tem com a Red Bull e a Super Aguri com a Honda.

Isso significa que a Prodrive deve correr com chassis e motores indênticos aos da McLaren no próximo campeonato. Considerando o nível de competitividade da Fórmula 1, não seria o suficiente para lutar por título, mas certamente colocaria a equipe novata numa boa posição entre o pelotão intermediario.

Os pilotos também deve ser emprestados da McLaren. Os favoritos, a princípio, são o espanhol Pedro de la Rosa e o inglês Gary Paffet. Os dois têm contratos com a turma de Ron Dennis e, por isso, saem na frente como os maiores candidatos.

Não são, porém, os únicos com chances de conseguirem a vaga. Entre outros pretendentes, aparecem o austríaco Alexander Wurz, da Williams, o canadense Bruno Spengler (à direita) e o escocês Paul di Resta, esses dois últimos pilotos da DTM.

Seja como for, ao que parece, a dupla da Prodrive não será bastante espetacular. Nada que não possa ser compensado, entretanto, pela excelência do chassis McLaren e pela eficiência do motor Mercedes.

Apesar de estar atrasando demais seus anúncios, a Prodrive mostra que não vem para fazer mera figuração.


Faltando apenas um dia para o fim do Rally dos Sertões, os líderes em cada uma das categorias já podem somente administrar a vantagem para os adversários.

Nas motos, Zé Hélio está prestes a conseguir a façanha de bater o bi-campeão do Rally Dacar, Cyril Despres. O francês recebeu uma punição de nove minutos que deu uma boa tranqüilidade ao brazuca. A diferença entre os dois, a uma especial do fim, é exatamente igual ao acréscimo de tempo que Despres sofreu.

Entre os carros, Mauricio Neves/Clécio Maestrelli têm 29 minutos e meio de distância para João Franciosi/Eduardo Bampi. Por fim, nos caminhos, o trio Edú Piano/Solon Mendes/Davi Fonseca sagra-se campeão se não perder a confortável vantagem de 54 minutos para Amable Barrasa/ José Papacena Neto/Raphael Bettoni.

Amanhã, os participantes dos Sertões saem de Aracaju (SE) em direção a Salvador (BA). Serão 404 km, 103 deles de especial. O percurso alterna momentos à beira da praia e passagens por plantações de eucalipto em solo argiloso.


Por absoluta falta de tempo, o post com as notícias do dia teve de ser um pouco encurtado hoje. Nessa sexta, o Blog volta com a Agenda do Fim de Semana. E, ao longo do dia, comentários sobre as mais novas notícias do munda da velocidade. Até amanhã!

O ciclo da Fórmula 1

Tenho um priminho pequeno. Outro dia, ele pediu para ver O Rei Leão comigo. Uma fábula bonitinha que eu, quando criança, também adorava. A lição principal do filme era sobre um tal de "ciclo da vida". As coisas, as criaturas, as estações, enfim... tudo se repete de tempos em tempos.

Na Fórmula 1 também é assim. Principalmente quando estamos falando das equipes. Elas chegam e vão, algumas voltam enquanto a maioria desiste. Tirando o trio de ferro da categoria - Ferrari, McLaren e Williams - todas as outras escuderias têm uma história mais do que recente (embora Honda e Renault já tivessem tido equipes num passado já distante).

Duvida? Então vamos fazer um exercício de memória. 1997, exatos dez anos atrás. Sabe quantas equipes que correram naquela temporada persistem até hoje? Apenas três. Ferrari, McLaren e Williams.

Aonde foram parar as outras? Benetton, Jordan, Prost, Sauber, Arrows, Stewart, Tyrrell, Minardi e Lola (à direita)... onde estão? Não existem mais. Essa é a lógica, esse é o ciclo da Fórmula 1. A categoria principal do automobilismo prova a Teoria da Evolução de Darwin com perfeição. Só o mais forte resiste.

Assim continua até hoje. Por mais que os dirigentes lutem contra a escalada dos gastos e a debandada das equipes pequenas, não há nada a fazer. Vai ser sempre assim. Os mais novos exemplos da tendência são Super Aguri e Spyker. O time japonês está na Fórmula 1 desde o início de 2006. Mais tarde, nessa mesma temporada, os holandeses entraram na categoria.

E ambos correm sério risco de nem alinharem para o campeonato de 2008. A Super Aguri já admitiu estar negociando suas ações para sair do vermelho. O mais recente comprador em potencial é o ex-piloto Adrian Campos, dono de equipe na GP2.

Por sua vez, a Spyker vive séria crise. Há alguns dias, o presidente da empresa, Michiel Mol, foi demitido. Segundo a equipe, por conflito de interesses. Explica-se: o próprio Mol quer comprar o time, e não poderia realizar seu desejo enquanto chefe da escuderia.

Não ficou claro, porém, se foi essa mesma a razão da saída de Mol. Afinal, a Spyker tem tido dificuldades financeiras desde o início da temporada, agravadas pelo baixo desempenho ao longo do ano. Uma demissão do presidente não seria tão estranho assim, portanto.

Não vou ficar nem um pouco surpreendido se Super Aguri e Spyker não competirem na temporada do ano que vem, por falência ou venda de equipe. Essa é a lógica da Fórmula 1 e sempre será. Nem grandes montadoras resistem, como a Jaguar provou recentemente.

Até o outrora trio de ferro pode ficar desfalcado num futuro próximo. Afinal, a Williams já deixou de ser grande e, de tempos em tempos, é obrigada a economizar gastos e ceder vaga a pilotos pagantes para se garantir. Pode parecer triste, injusto...

Mas ó somente o ciclo da Fórmula 1.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Duelos da História - Número 9

Continuamos, hoje, com a contagem dos Dez Maiores Duelos da História. Ainda estamos no início da listagem, mas todas as disputas são sensacionais e dignas de lembrança. O Blog anda meio sem tempo, então o texto será um pouco condensado dessa vez. Sem perder mais tempo, vamos continuar:

10. Senna x Alesi - EUA/1990
NONO COLOCADO - Nelson Piquet x Nigel Mansell no G.P. da Austrália de 1990

Se Alain Prost e Ayrton Senna não tivessem nascido, a rivalidade entre Nigel Mansell e Nelson Piquet teria sido, provavelmente, a maior da história da Fórmula 1. A dupla travou batalhas épicas no tempo em que lutaram diretamente um contra o outro pelo título, entre os anos de 1986 e 1987.

Correndo juntos na Williams nesses dois anos, o inglês e o brasileiro faziam uma verdadeira guerra dentro da equipe. Mas foi apenas em 1990 que a dupla travou aquele que foi uma dos maiores embates que a Fórmula 1 já viu.

O cenário era a pista australiana de Adelaide (à esquerda), sede da última etapa do campeonato daquele ano. Era, também, o G.P. 500 da história da Fórmula 1, o que contribuiu para tornar o clima da prova mais leve e animado.

A luta pelo título estava definida em favor de Ayrton Senna. No Mundial de Construtores, a McLaren também já era campeã. Restava, então, a luta pela vitória na histórica corrida. Quem seria o ganhador do G.P. 500 da Fórmula 1?

No grid de largada, Senna era pole com Gerhard Berger, seu companheiro de equipe, em segundo. As Ferrari de Mansell e Prost vinham logo a seguir. Piquet, com sua Benetton, não passava de sétimo. Na saída, Senna manteve a ponta, com Berger e Mansell atrás. Ao mesmo tempo, Piquet ganhava duas posições e pulava para quinto ao final do primeiro giro.

Logo na segunda volta, Berger cometeu um erro ridículo. Acidentalmente, o austríaco bateu no botão de ignição, desligando o motor de repente. Não demorou muito para que o piloto da McLaren percebesse o problema, mas foi o bastante para que Mansell passasse para segundo.

Na sexta volta, Piquet superou Prost. Três girou mais tarde, chegou ao terceiro lugar ao ultrapassar Berger. A ordem era, então, Senna-Mansell-Piquet. O inglês queria a vitória e perseguiu Ayrton durante toda a corrida.

Na 43ª volta, Mansell errou e saiu da pista. Voltou sem perder sua segunda posição, mas teve de fazer uma parada nos boxes para trocar os pneus. Com isso, retornou em quinto, e parecia fora da luta pela vitória.

Mas as coisas mudaram rapidamente. Liderando com tranqüilidade, Senna teve um suposto problema de câmbio, que selecionou a marcha errada e jogou o carro do brasileiro contra a barreira de pneus. Não importando se foi culpa do brasileiro ou não, o fato é que o piloto da McLaren estava fora da corrida.

Com isso, a ponta caiu no colo de Nelson Piquet. Prost era segundo, com Berger em terceiro e Mansell em quarto. O inglês, porém, estava voando. Em poucas voltas, recuperou sua desvantagem, passando o austríaco e o francês.

Aí começava o duelo. Nas últimas quinze voltas, Piquet e Mansell davam o seu máximo, com o inglês reduzindo gradativamente a diferença. Seria o suficiente? Atrapalhado pelo desgaste de seus pneus e pelo exército de retardatários, Nelson ia perdendo tempo, enquanto Nigel chegava cada vez mais perto.

Com oito voltas para o final, após bater o recorde da pista sucessivas vezes, Mansell alcançou Piquet. O inglês tinha mais carro, mas o piloto da Benetton não venderia barato o triunfo. A torcida se levantou e quem assistia no Brasil, em plena madrugada, perdeu o sono completamente.

Em mais de uma oportunidade, Mansell tentava usar os retardatários para forçar uma ultrapassagem. Mas Piquet, contando com a sua experiência, sempre tomava a melhor trajetória para se manter na frente. Os dois abriram juntos a última volta. O inglês teria uma derradeira chance.

Ao chegar no trecho mais rápido de Adelaide, Piquet encontra a Brabham de Stefano Modena à frente. Perde um pouco de velocidade no início da reta principal e permite a aproximação de Mansell. O inglês sabe que é tudo ou nada e parte para o ataque.

No fechado grampo ao final da reta, Mansell vai com tudo por dentro. Mas Piquet não se intimida. Então, o brasileiro dá aquela que talvez tenha sido a maior fechada da história da Fórmula 1. Os dois não se tocam por milímetros.

Piquet completa a curva com tranqüilidade, enquanto Mansell perde tempo demais. As esperanças de vitória do inglês iam, definitivamente, para o espaço. De qualquer forma, foi uma excelente performance do piloto da Ferrari.

Na bandeirada final, Piquet vence com três segundos de distância para Mansell. O público já podia soltar a respiração. O ano de 1990 tinha um final digno para um grande temporada. Se, na corrida inicial do ano, Ayrton Senna e Jean Alesi deram um show, Nelson Piquet e Nigel Mansell fizeram melhor ainda no G.P. final do campeonato.

Pelo significado da 500ª corrida da história da Fórmula 1, por causa da persistência e da força de vontade do inglês e pela aula de defesa de posição dada pelo brasileiro, Nelson Piquet e Nigel Mansell levam o nono lugar na lista dos Dez Maiores Duelos da História.

O vídeo a seguir é raro e tem narração em português. As imagens ficam ruins em algums momentos - como no início - mas pegam os momentos mais importantes. A fechada de Piquet em Mansell, por exemplo, é bem nítida:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na semana que vem, com os números 8, 7 e 6 da nossa lista. E hoje, ao longo do dia, o Blog retorna comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Speed e Liuzzi: para onde vão esses dois?

Berger elogiando Bourdais, Rosberg reclamando da equipe, Alonso dando mais sinais de que sua vida na McLaren não é nada feliz e blablablá... essa quarta-feira foi um dos dias mais sem-graça do ano. Sem novas notícias interessantes, o Blog é obrigado a arranjar assunto para esse post.

Scott Speed e Vitantonio Liuzzi não serão pilotos da Toro Rosso em 2008. Substituídos pela dupla de "Sebastiões" - Vettel e Bourdais - ambos vão precisar refazer suas carrerias após dois anos bastantes difíceis numa escuderia de final de pelotão, sem perspectivas de bons resultados.

Speed, a princípio, é quem está em pior situação. Afinal, ele foi substituído antes mesmo do final da temporada. Além, é claro, de quase ter ido às vias de fato com um dos principais dirigentes da Toro, Franz Tost.

Ajudada pela Red Bull desde o início de sua carreria, Scott veio à imprensa implorando para que seu contrato com a turma das bebidinhas energéticas não fosse encerrado. E parece que foi atentido. O manda-chuva da empresa, Dietrich Mateschitz (à direita), quer colocar o americano na Nascar.

Para quem não sabe, a Red Bull já tem um equipe na categoria. E Speed cairia como uma luva no esquema de marketing da empresa. Beneficiado, mais uma vez, pelo seu sobrenome, um sonho de consumo para qualquer patrocinador.

Após dois anos fracassados na Fórmula 1, porém, Scott (à esquerda) vai precisar mostrar muito mais se quiser continuar em categorias importantes do automobilismo. Está aí uma boa oportunidade de recuperação. Interessante vai ser comparar a adaptação de Speed com a de Juan Pablo Montoya. Será que o americano chegará ao nível do colombiano?

Por sua vez, Vitantonio Liuzzi tem uma história vitoriosa no automobilismo. Foi campeão mundial de kart e depois venceu a Fórmula 3000 em 2004. No ano seguinte, estreou na Fórmula 1 e as coisas começaram a desandar.

Para começar, Liuzzi foi preterido por Christian Klien como segundo piloto da Red Bull. E isso acabou sendo fatal para as pretensões do italiano, porque ele ficou fadado a correr pela Toro Rosso no ano seguinte. E, por mais que Tonio se esforçasse, não havia muito o que fazer na equipe.

Agora que sabe que não continua no time em 2008, Liuzzi (à direita) é obrigado a procurar opções. A Red Bull não deve abandoná-lo, por enquanto. Mas sair da sombra da empresa poderia ser uma boa para a carreira do italiano.

Na Fórmula 1, as outras equipes reconhecem o talento e a já considerável experiência de Tonio. Conseguir uma vaga como piloto de testes, por exemplo, não é nada impossível. Se até Christian Klien conseguiu, por que ele não?

Liuzzi, ao contrário de Speed, ainda tem muito a render na Fórmula 1. Precisa, apenas, de motivação e uma boa oportunidade para mostrar serviço. Coisas que a Toro Rosso nunca foi capaz de lhe oferecer.


Não é só a Fórmula 1 quem vive sua fase de silly season. Com a confirmação de sua ida para a principal categoria do automobilismo, Sebastien Bourdais deixou uma vaga enormemente cobiçada na ChampCar.

Para o próximo ano, a atual equipe do francês, a Newman-Haas-Lanigan, tem apenas um piloto garantido: Graham Rahal (à esquerda). Filho do ex-piloto Bobby Rahal, ele tem apenas 18 anos e um enorme potencial de evolução. Seu companheiro de equipe, por outro lado, é uma total incógnita.

Nos últimos dias, foi levantado o nome de outro herdeiro do automobilismo americano, Marco Andretti. Filho de Michael e neto de Mario, ele estaria ambicionando uma carreira na Fórmula 1 em médio prazo. Para isso, precisaria cumprir um estágio de crescimento na ChampCar.

Mas hoje surgiu outro candidato à vaga. Trata-se de Justin Wilson (à direita). O inglês, que correu pela Minardi e pela Jaguar na Fórmula 1 em 2003, vem fazendo um bom trabalho nas últimas temporadas da ChampCar por equipes médias do pelotão. Atualmente, ele é quarto no campeonato e um favorito constante às vitórias na categoria.

Por enquanto, precisamos aguardar pela decisão da Newman-Haas-Lanigan. Mas, com absoluta certeza, seria muito mais interessante ver a disputa entre dois sobrenomes históricos do automobilismo americano, Andretti e Rahal. Qual dos dois herdeiros se daria melhor no duelo?

No antepenúltimo dia do Rally dos Sertões, os participantes encararam 478 km - 170 de especial - entre Lençóis e Senhor do Bonfim, cidades do interior da Bahia. O dia não foi dos mais complicados, embora tenha exigido bastante da navegação num percurso que alternou trechos de terra batida e cascalho.

Um vacilo incrível de Cyril Despres (à esquerda) deixou o título das motos muito perto de Zé Hélio. O francês - bicampeão do Rally Dacar - foi vencedor da especial de hoje. Mas distraiu-se dando entrevistas e não conseguiu completar a parte final de deslocamento em menos de um hora.

Com isso, recebeu uma punição de nove minutos e ficou a 22 do líder. Agora, Zé Hélio só precisa administrar a distância para levantar o troféu. Faltando apenas mais duas especiais, um título brasileiro está bem próximo.

Nos carros, a dupla Paulo Nobre/Filipe Palmeiro ganhou a quinta etapa seguida. Entretanto, por problemas no início dos Sertões, os dois estão só em quarto no geral. Os líderes, Maurício Neves/Clécio Maestrelli, foram os terceiro no trecho de hoje e mantém uma vantagem de 25 minutos para Reinaldo Varela/Marcos Macedo.

Nos caminhões, André Azevedo/Maykel Justo/Ronaldo Pinto (à direita), favoritos desde o início, finalmente venceram uma etapa da competição. Apesar disso, eles estão longe da luta pelo título. Na ponta da classificação geral está a equipe formada por Edu Piano/Solon Mendes/Davi Ferreira. Eles foram terceiro no dia de hoje e mantém uma distância de quase uma hora para os adversários.

Amanhã, no penúltimo dia de competições, pilotos e equipes percorrem 486 km, 170 deles contando para a tabela de tempos, entre Senhor do Bonfim (BA) e Aracaju (SE). O trajeto, com trechos de serra e velocidade muito baixa, é bastante difícil para a navegação.


Nessa quinta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix e o número nove da lista dos Dez Maiores Duelos da História. E, ao longo do dia, volto comentando as notícias mais recentes do mundo da velocidade. Até amanhã!

Brasileiro é Campeão Mundial de Kart Indoor

Passou praticamente desapercebida pela imprensa a realização do III Campeonato Mundial de Kart Indoor, na cidade de Phoenix, nos Estados Unidos, entre os dias 2 e 5 de agosto. Estiveram presentes 85 pilotos de 13 países diferentes. Depois de quatro dias de competição, um brasileiro, o carioca Rodrigo Faulhaber (à esquerda), sagrou-se o grande vencedor.

No total, os pilotos que chegaram à fase final disputaram cinco baterias ao longo do evento. Cada corrida tinha durações que variavam de meia-hora a uma hora e meia. Em seu caminho até o título, Rodrigo venceu três vezes, teve um segundo lugar e terminou a prova principal em sétimo, o suficiente para levantar o troféu de campeão.

Com seus resultados, o carioca de 20 anos (acenando à direita) somou 117 pontos, batendo o austríaco Werner Truegler, que ficou com 113,5, e os belgas Mathias Grooten e Bart Van de Vel, que empataram em 112,5. Rodrigo não foi, porém, o único brasileiro a se destacar no campeonato.

Entre os quinze primeiros ficaram nada menos que seis brazucas. Incluindo o garoto Luir Miranda, de 13 anos, que venceu uma de suas baterias e terminou em 15º. Além dele, apareceram bem Pedro Washington (sexto), Andre Addison (nono), Chico Inglês (décimo) e Ed Cordeiro (11º).

No campeonato por times, os belgas da TalentPromotion.be levaram a melhor, com 127 pontos. Nas duas posições seguintes, entretanto, terminaram duas equipes brasileiros, praticamente co-irmãs: o NOVA/TopKart.com.br foi segundo, enquanto que os pilotos do TopKart.com.br Barra fecharam em terceiro. Eles somaram, respectivamente, 122 e 115 pontos.

Na taça das Nações, a Bélgica ficou com o título, seguida dos Estados Unidos. O Brasil finalizou em terceiro, com Áustria e Canadá logo atrás.

Depois de três edições disputadas num complexo de kart em Phoenix (à direita), o Indoor Kart World Championship (IKWC) vai para a Bélgica no ano que vem. Após dois anos de domínio austríaco, com Werner Truegler campeão em 2005 e Alex Gumpenberger em 2006, os brasileiros vão chegar como os grandes favoritos no próximo campeonato.

Apesar da bela organização, o evento não teve muita repercussão no Brasil. Uma pena, porque o número de praticantes da modalidade em nosso país é alto, embora o esporte não tenha o suporte que merece.

São crianças, adolescentes, adultos é até alguns, digamos, masters que lutam pela sobrevivência do kart no Brasil. Considerando que o indoor é o mais barato e acessível, é nele em que se concentram a maioria dos praticantes. Que se organizam em clubes de kart amadores, mais notórios, principalmente, em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Resta torcer para que o destino modalidade não seja esquecido. Afinal, algumas das futuras estrelas do automobilismo brasileiro podem estar começando a dar suas aceleradas exatamente agora, no kart indoor. Infelizmente, considerando a situação atual do esporte, essas promessas não têm maiores possibilidades de seguir a carreira de piloto.

Com só um pouquinho de apoio e visibilidade, porém, é possível manter a chama acesa. Poderíamos, começar, por exemplo, divulgando o grande feito de Rodrigo Faulhaber. O primeiro brasileiro campeão mundial de kart indoor.


O kart é um esporte caro e difícil de praticar com regularidade, em grande parte por causa de sua falta de visibilidade. É animador, portanto, conhecer iniciativas como o novo blog Rio Kart, lançado ontem e que eu, com muita satisfação, divulgo aqui. Para quem é do Rio de Janeiro, vale a pena conferir as novidades da modalidade em todo o Estado nesse novo espaço.

Por maiores que sejam as dificuldades, o esporte sempre persiste.

Crédito das fotos - Site oficial do Indoor Kart World Championship:
http://indoorkartworldchampionship.com/IKWC/index.php

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Duelos da História - Número 10

Começamos hoje a mais nova contagem da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Dessa vez, estão em pauta os Dez Maiores Duelos da História, disputas magníficas e emocionantes entre grandes gênios do automobilismo mundial. Antes de tudo, uma pequena explicação sobre os critérios. Dois pontos principais, mais precisamente.

Primeiro, vou precisar deixar de fora os duelos da época mais romântica da Fórmula 1, quando não havia registro em vídeo. Infelizmente, não há como julgar as disputas dessa época. E segundo: na lista, um piloto pode aparecer várias vezes, mas sempre com rivais diferentes. Para evitar repetição, uma dupla só pode aparecer junta, no máximo, uma única vez.

Dito isso, vamos começar:

DÉCIMO COLOCADO - Ayrton Senna x Jean Alesi no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1990

No início do campeonato de 1990 da Fórmula 1, Ayrton Senna e Jean Alesi estavam em diferentes estágios de suas carreiras. O brasileiro já era reconhecido como o piloto mais rápido do grid, e suas seqüências de poles provavam isso.

Por sua vez, o francês havia acabado de estrear na categoria, em meados de 1989. De cara, provou ser muito rápido e promissor, além de dono de um estilo extremamente agressivo. Na época, era considerado, por muitos, um futuro campeão mundial.

O tempo tratou de enterrar a teoria de que Alesi poderia se tornar um dos grandes da Fórmula 1. Mesmo assim, o francês deixou sua marca. Conquistou fãs ao redor do mundo com seu estilo batalhador e corajoso. Principalmente na Itália, onde correu por vários anos defendendo a Ferrari.

Foi no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1990, disputado no insosso circuito de rua de Phoenix (à esquerda), que Jean Alesi apareceu pela primeira vez para o grande público. E justamente numa batalha contra Ayrton Senna. Que era, aliás, o ídolo pessoal do francês.

O primeiro fim de semana da temporada começara agitado. Na sexta, os pilotos que calçavam pneus Pirelli - incluindo Alesi - conseguiram resultados espetaculares. A expectativa geral, porém, era que o pelotão da Goodyear se recuperasse na sessão final de classificação, no sábado.

Mas choveu. E o grid foi definido com os tempos de sexta. Na pole estava o austríaco Gerhard Berger, o novo companheiro de Ayrton Senna na McLaren. Completando a primeira fila - quem diria! - vinha a Minardi de Pierluigi Martini, naquela que seria a melhor posição de largada da história da equipe italiana.

Em terceiro, outra zebra: Andrea de Cesaris, com uma Dallara. Logo atrás, finalmente, apareciam Jean Alesi e Ayrton Senna, com o francês à frente do brasileiro. Nelson Piquet fechava os seis primeiros no grid, em sua corrida de estréia pela Benetton.

Na largada, Alesi conseguiu um pulo sensacional, e era segundo antes da curva inicial - uma esquina com angulação de 90º. Aproveitando um momento de hesitação de Berger, o francês colocou por dentro e tomou a liderança.

Ao mesmo tempo, Senna fazia uma saída conservadora e ganhava apenas uma posição na primeira volta, superando Martini. Algumas voltas depois, passou de Cesaris, estabelecendo-se em terceiro.

Na ponta, Alesi andava forte e parecia ser capaz de manter-se na primeira colocação. Até quando, pelo menos, seus pneus Pirelli durassem. Senna diminuiu um pouco o ritmo, enquanto Berger tentava acompanhar o líder de perto.

Foi então que o austríaco cometeu um erro na nona volta, batendo de traseira num dos muros de Phoenix e precisando dirigir-se ao boxe. Ele ainda voltaria para a corrida, estabelecendo a volta mais rápida mas abandonando mais tarde em virtude de um problema de embreagem.

Senna não apertava, deixando Alesi apreciar o primeiro lugar. O brasileiro esperou até que os Pirelli da Tyrrell do francês ficassem desgastados. Finalmente, depois que a corrida já tinha 30 voltas completadas, Ayrton partiu para o ataque. Aí começou uma disputa espetacular.

Senna não teve problemas para encostar na Tyrrell de Alesi. Depois de passar um tempo estudando a trajetória do francês, Ayrton escolheu o final da reta principal para fazer sua manobra. Em Phoenix, era basicamente o único ponto de ultrapassagem possível.

Os dois abriram juntos a 34ª volta. Senna pegou o vácuo de Alesi e freou quase dentro da curva. Por causa do esforço e de uma ondulação na pista, a McLaren perde um pouco de equilíbrio e balança minimamente. Ayrton é obrigado a dar uma leve aliviada no acelerador, perdendo velocidade de saída.

É a chance que Alesi esperava. Assim como havia feito com Berger, na largada, o francês aproveita um momento de distração de Senna e coloca por dentro na curva seguinte, uma esquerda de 90º. Ayrton só percebe a aproximação da Tyrrell no último momento. Precisa abrir e permite a ultrapassagem.

Uma volta depois, Senna tentaria de novo. Alesi perde tempo ao ultrapassar o retardatário Gregor Foitek, e Ayrton não desperdiça a oportunidade. Coloca por dentro e, dessa vez, altera a trajetória na próxima curva para não tomar o troco novamente.

Alesi, sem desistir, faz de tudo para recuperar a liderança. Chega a ficar lado a lado com Senna algumas esquinas depois, mas o brasileiro da McLaren consegue se manter na frente. Quando os dois chegam no grampo de Phoenix - a curva mais fechada da pista - o francês tenta por dentro.

Toma uma vigorosa fechada de Senna e precisa freiar para não bater. Nesse instante, o brasileiro ganhava a batalha, finalmente. Até o fim da corrida, o piloto da McLaren abriria uma vantagem de 30 segundos. Com poucas voltas para a bandeirada, Ayrton diminui o ritmo e Alesi volta a se aproximar. A diferença entre os dois no final fica em oito segundos e meio.

Nos anos seguintes ao duelo de Phoenix, Senna ganharia mais algumas dezenas de corridas, venceria mais dois títulos e se consagraria como um dos maiores nomes da história do esporte, antes de encontrar a morte em Imola. Já Alesi sofreria anos numa Ferrari sempre em dificuldades. Encerraria a carreria com apenas uma vitória, no Canadá, em 1995.

Naquele G.P. dos Estados Unidos, porém, muitos chegaram a jurar que estavam ali o atual campeão e a futura estrela. Não era para ser. Mas, pelo menos, os dois deram um show que nenhum fã da Fórmula 1 vai esquecer tão cedo.

Por causa da disputa nua e crua pela vitória, pela raça, garra e ousadia do francês e pelo desempenho técnico e inteligente do brasileiro, Ayrton Senna e Jean Alesi levam o décimo lugar na lista dos Dez Maiores Duelos da História.

A seguir, o vídeo da disputa, narrado em emocionante japonês. Desculpem, não achei em outra língua:



Amanhã, a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta com o número 9 da lista dos Dez Maiores Duelos da História. E hoje, ao longo do dia, o Blog retorna comentando as principais notícias do dia. Nos vemos por aí!

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Na Honda, a esperança é a última que se suicida

Quer dizer então que a Honda, após meses e meses de dinheiro jogado fora no desenvolvimento no modelo desse ano, descobre de repente que nenhuma mudança dava certo porque o túnel de vento da equipe estava, simplesmente, com a calibragem errada? Caramba! Isso é que eu chamo de incompetência...

O erro foi achado por dois técnicos recém-contratados pelo time japonês. Loic Bigois, vindo da Williams, e John Owen, ex-BMW, foram os que notaram o problema no equipamento da Honda. Segundo eles, é por isso que o "desenvolvimento" da equipe não vem dando resultados na pista.


Pobres Rubens Barrichello e Jenson Button. Os dois não devem saber o que fizeram para merecer esse destino. Durante toda a temporada 2007, foram uma dupla de formiguinhas trabalhadoras, lutando para manter a foco e a motivação apesar dos péssimo resultados.


E agora, somente a um terço do fim do ano, percebem que todo o esforço foi em vão. Receber uma notícia como essa nessa altura do campeonato é uma verdadeira facada nas costas. Deve dar vontade de desistir.


Mas existe, pelo menos, uma razão para manter o otimismo: a preparação do modelo 2008, ao que parece, não foi afetada pelos problemas do túnel de vento. Será no ano que vem a Honda consegue se recuperar? Caso fracasse, sinceramente, não há muito o que fazer.


Os japoneses têm uma milenar tradição de cometer suicídio como forma de não cair nas mãos dos inimigos ou recuperar a honra diante da derrota. Depois de tudo que passou nesse ano, a honra da Honda já foi para o espaço. A esperança é a última que morre, é verdade. Mas, do jeito que as coisas vão, ela vai querer mesmo é se suicidar.


Nos últimos dias, surgiu a notícia de que a Super Aguri, que tomou calote de seus principais patrocinadores, poderia estar em sérias dificuldades financeiras. O time já estaria, inclusive, considerando a venda de parte considerável de suas ações. Um empresário espanhol, Alejandro Agag, seria o principal interessado. Mas, claro, não há como confirmar essas informação.


Pois bem, nessa terça vazou para a imprensa que a Spyker - lanterna do grid na atual temporada - também estaria procurando compradores. Segundo boatos, a equipe não vem resistindo ao desempenho ruim até agora nesse ano, e estaria perdendo patrocinadores. O time laranja já teria começado, inclusive, a analisar as primeiras propostas.

A Fórmula 1, dos anos 80 para cá, transformou-se no esporte mais caro do mundo. E, por mais que equipes e dirigentes lutem contra o crescimento nos gastos, fica difícil lutar contra essa tendência praticamente irreversível. Os problemas recentes de Super Aguri e Spyker provam que, não interessa o tamanho do esforço, os times pequenos acabam sucumbindo no final.

Menos mal que a Prodrive finalmente foi a público, hoje, para anunciar que seus planos vem progredindo muito bem, obrigado. Pelo visto, o time vai formar uma parceria com a McLaren, e estaria esperando uma esfriada no caso de espionagem para mostrar seus planos.

David Richards, o chefão da nova equipe, disse que fará um pronunciamento "assim que estivermos prontos". Já não era sem tempo. A Prodrive tem grande tradição em campeonatos de rally e turismo. Mas é uma incógnita na Fórmula 1. Daqui a um ano, será ela uma surpresa como a BMW ou uma figurante como a Spyker? Vamos esperar para ver.



O Rally dos Sertões vai caminhando para o seu final, mas as dificuldades não diminuem. Nessa terça, os participantes enfrentaram 504 km - 241 de especial - entre Barra e Lençóis, cidades do interior da Bahia. No percurso predominou o piso de cascalho, com erosões ocasionais.

Nas motos, o brasileiro Jean Azevedo foi o mais rápido do dia. Apesar do resultado, ele está apenas em 29º na classificação geral, prejudicado por problemas em duas das especiais dos Sertões.

O líder é outro brazuca, Zé Hélio (à esquerda), que terminou em segundo nessa terça. Com isso, ampliou para pouco mais de 19 minutos a vantagem para Cyril Despres. O francês - bi-campeão do Dacar e aposta do Blog - foi o quarto melhor do dia.

Nos carros, a dupla Paulo Nobre/Filipe Palmeiro ganhou mais uma especial. Mesmo assim, ainda está em quarto, a 52 minutos dos líderes, Maurício Neves/Clécio Maestrelli. Hoje, eles não passaram de sexto, mas ainda têm uma vantagem de 20 minutos para os adversários mais próximos, Reinaldo Varela/Marcos Macedo.

Por fim, nos caminhões, o trio Edu Piano/Solon Mendes/Davi Fonseca (à direita) caminha rumo a uma vitória tranqüila. Depois da etapa de hoje, em que terminaram em segundo, abriram uma ótima vantagem para 1 hora e 36 minutos para Amable Barrasa/José Papacena Neto/Raphael Bettoni. Os melhores do dia foram Ricardo Domingues/Fausto Dallape/Henrique Oliveira, quartos no geral.

Amanhã, no antepenúltimo dia de competição real, pilotos e equipes percorrerão 478 km, 170 deles contando para a tabela de tempos, entre Lençóis e Senhor do Bonfim. Sem sair do estado da Bahia, o trajeto inclui terra batida, cascalho e grandes obstáculos para a navegação.






Pelo e-mail blogf1grandprix@hotmail.com, recebi uma mensagem do amigo Renan Oliveira. Ele esteve na etapa inaugural da GT3 Brasil, em Tarumã e gravou algumas cenas das corridas. Vale a pena conferir o barulho magnífico dos carros e a animação da arquibancada:


Caso você tenha algum vídeo ou sugestão de post, não deixe de mandar para o endereço do Blog. Nessa quarta, volto inaugurando a nova lista da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Começaremos a acompanhar a contagem dos Dez Maiores Duelos da História. Até amanhã!

Kimi e Massa: a guerra que nunca houve

Voltemos um pouco no tempo. Até o início da atual temporada, mais precisamente. As duas principais candidatas ao título, McLaren e Ferrari, acabam de anunciar suas duplas de pilotos para a temporada que está prestes a começar.

Na escuderia do cavalinho, que acaba de perder Michael Schumacher, entra o finlandês Kimi Raikkonen como companheiro do brasileiro Felipe Massa. Dois pilotos rápidos, de estilo mais agressivo do que técnico, e com motivação de sobra. Afinal, de acordo com os prognósticos, são eles os grandes favoritos ao título. Primeiro piloto? Pode esquecer.

Já a equipe prateada, pela primeira vez desde 1994, tem duas novidades em relação ao início do ano anterior. O bi-campeão Fernando Alonso mudou-se da Renault procurando estabilidade numa equipe vencedora. Já o seu companheiro é um desconhecido para o público em geral, o novato inglês Lewis Hamilton. Qual deles seria o líder do time? O espanhol, óbvio.

Passados dois terços da temporada, nenhuma das duas equipes escolheu um primeiro piloto. Ao menos, por enquanto. Mas o grau de tensão entre as duplas é completamente antagônica. Se entre Hamilton e Alonso a guerra é aberta e declarada, Kimi e Massa mantém uma relação amistosa e profissional.

Quem diria! No início do ano, ninguém poderia prever que a McLaren encontraria todos esses problemas para controlar seus pilotos. A expectativa geral, naquele época, era que a dupla da Ferrari se confrontasse frontalmente, gerando atritos inevitáveis e tudo aquilo que nós vemos hoje... nos seus rivais prateados.

Coisas do automobilismo, Kimi Raikkonen e Felipe Massa, pintados como arquiinimigos antes do G.P. da Austrália, não entraram em atrito desde que passaram a correr juntos na Ferrari. A rivalidade entre os dois é praticamente inexistente. A guerra nunca houve. Situação estranha e que, honestamente, não dá para aceitar.

Como bem demonstram Hamilton e Alonso, a vontade desesperadora de bater o próprio companheiro de equipe é um belo de um impulso. Será que não estaria faltando - quem sabe? - só um pouquinho de sangüe na disputa da Ferrari?

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos - Essas ficaram de fora

Foram quatro semanas de contagem até que a lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos ficasse completa. Para quem não acompanhou por inteiro ou não lembra a ordem exata, o ranking ficou assim:

AS DEZ MAIORES PERFORMANCES INDIVIDUAIS DE TODOS OS TEMPOS

1. Juan Manuel Fangio - G.P. da Alemanha de 1957
2. Ayrton Senna - G.P. da Europa de 1993
3. Jim Clark - G.P. da Itália de 1967
4. Gilles Villeneuve - G.P. da Espanha de 1981
5. Stirling Moss - G.P. de Mônaco de 1961
6. Nigel Mansell - G.P. da Hungria de 1989
7. Jackie Stewart - G.P. da Alemanha de 1968
8. John Watson - G.P. de Long Beach de 1983
9. Damon Hill - G.P. da Hungria de 1997
10. Michael Schumacher - G.P. da Espanha de 1996

Evidentemente, existiram muitos outros fantásticos desempenhos através da história da Fórmula 1. Por motivos variados, porém, eles acabaram ficando de fora da lista. A seguir, então vamos dar uma passada por mais algumas dessas exibições memoráveis:

Giuseppe Farina - G.P. da Inglaterra de 1950
Na primeira corrida da história da Fórmula 1, Nino Farina faz pole, marca a volta mais rápida e vence a prova de maneira incontestável. Por toda o simbolismo do G.P., aquele que deu início à maior categoria do automobilismo mundial, o desempenho do italiano merece uma menção especial.

Mike Hawthorn - G.P. da França de 1953
No veloz circuito de Reims, Mike Hawthorn conquista a primeira vitória de um inglês na Fórmula 1. Ele interrompe uma série de none triunfos consecutivos de Alberto Ascari, seu companheiro na Ferrari. Além disso, derrota em luta direta as Maserati de Juan Manuel Fangio e Jose Froilan González, que terminam centímetros atrás do inglês.

Stirling Moss - G.P. da Alemanha de 1961
Meses depois da histórica vitória em Mônaco (número cinco da lista), Stirling Moss executa outra obra-prima. Dessa vez, no perigoso e sensacional circuito de Nurburgring. Mais uma vez, o inglês, com uma Lotus inferior, bate os pilotos da Ferrari no braço.

Jacky Ickx - G.P. da Alemanha de 1967
Com um carro de Fórmula 2, Jacky Ickx marca o terceiro tempo nos treinos. Na corrida, saindo alguns segundos depois dos pilotos da categoria principal, chega à quarta posição. Ultrapassa vários pilotos da Fórmula 1 e está prestes a conseguir um resultado fenomenal quando tem problemas de suspensão. Mesmo assim, deixa a sua marca.

Jean-Pierre Beltoise - G.P. de Mônaco de 1972
Em meio ao aguaceiro de Monte Carlo, Jean-Pierre Beltoise, uma magnífica zebra, faz uma exibição perfeita e ganha uma corrida de Fórmula 1 pela primeira e única vez na carreira. Naquele dia, o francês superou os pilotos de Lotus, Tyrrell, McLaren e Ferrari, todos com carros considerados mais fortes. Foi o último triunfo da tradicional B.R.M. na categoria.

Jackie Stewart - G.P. da África do Sul de 1973
Após sofrer um grande acidente nos treinos, Jackie Stewart larga apenas da 16ª posição do grid. Passa seis na primeira volta, três até a terceira, mais quatro até a sexta, chegando à liderança ao abrir o sétimo giro. Até o fim, não perderia mais a ponta.

Emerson Fittipaldi - G.P. do Brasil de 1978
Essa vale mais para nós, brasileiros. Correndo em casa, no finado autódromo de Jacarepaguá, Emerson Fittipaldi leva o Copersucar ao sétimo lugar no grid. Na corrida, conta com a sorte para ir subindo de posição, até chegar ao segundo posto. A torcida tenta secar Carlos Reutemann, gritando "quebra, quebra!" a cada vez que o argentino passa. Não adianta, mas o podium de Emerson é um belíssimo resultado.

Nelson Piquet - G.P. da Hungria de 1986
No travado circuito de Hungaroring, que fazia sua estréia na Fórmula 1, Nelson Piquet ganha após realizar a maior manobra de ultrapassagem de todos os tempos sobre Ayrton Senna. Ele passa por fora, travando os pneus mais de uma vez. Sozinha, a manobra já vale a corrida inteira.

Nigel Mansell - G.P. da Inglaterra de 1987
Em luta direta contra o seu grande rival, Nelson Piquet, Nigel Mansell ganha na frente das eufóricas arquibancadas de Silverstone. O inglês tira uma diferença de trinta segundos após fazer uma parada não programada e ultrapassa o brasileiro a duas voltas do final. Sua gasolina acaba na volta de desaceleração e a torcida invade a pista. É a glória de Mansell.

Jean Alesi - G.P. dos Estados Unidos de 1990
Correndo com uma Tyrrell, Jean Alesi pula de quarto para primeiro logo na largada. Mesmo com o carro inferior, lidera com autoridade por 34 voltas, antes de ser superado por Ayrton Senna. O francês luta, mas acaba tendo de ceder a posição. De qualquer maneira, termina o dia consagrado.

Alain Prost - G.P. do México de 1990
Naquela que foi, talvez, a sua maior de suas 51 vitórias, Alain Prost ganha após largar de 13ª no grid. Vai recuperando-se lentamente até assumir a ponta a nove voltas do final. Foi um dia perfeito para o francês, que ainda viu seu grande rival, Ayrton Senna, quebrar pouco antes da bandeirada.

Ayrton Senna - G.P. do Brasil de 1991
Sofrendo de um grave problema de câmbio, Ayrton Senna é obrigado a pilotar as últimas voltas em Interlagos apenas com a sexta marcha. Sem tirar as mãos do volante, consegue manter um ritmo impressionante. Ele segura Riccardo Patrese e ganha pela primeira vez na frente de sua torcida.

Olivier Panis - G.P. de Mônaco de 1996
Assim como Beltoise em 1972, Olivier Panis vence na chuva de Mônaco. Uma espetacular zebra numa corrida memorável, em que só três carros recebem a bandeirada final. O francês larga de 13º, faz ultrapassagens na pista, troca de pneus biscoito para de seco no momento certo e conta com a sorte para chegar ao primeiro lugar. Foi a última vitória da Ligier na Fórmula 1.

Rubens Barrichello - G.P. da Alemanha de 2000
Triunfo magnífico e emocionante de Rubinho. Largando de 18º do grid, ele chega à quarta posição antes de sua primeira parada. Ajudado por um doido que invade a pista e provoca a entrada do safety car, faz seu último pit stop e volta em terceiro. Quando começa a chover, Barrichello fica na pista e consegue se manter à frente de Mika Hakkinen. Talvez, a maior primeira vitória de um piloto na história.

Michael Schumacher - G.P. do Brasil de 2006
Na derradeira corrida de sua genial carreira, Michael Schumacher sofre um furo de pneu e cai para último. Então, começa uma recuperação sensacional que o leva ao quarto lugar. Com direito a 17 ultrapassagens no total, incluindo uma antológica sobre Kimi Raikkonen.

A partir de amanhã, o Blog começa a sua nova lista: os Dez Maiores Duelos da História. Tema escolhido por enquete, vai falar de disputas memoráveis e emocionantes que ficaram na história da Fórmula 1. Alguém já tem favorito?

Nessa terça, ao longo do dia, o Blog volta comentando as notícias mais recentes do mundo do automobilismo. Até mais tarde!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Deixa nas mãos deles que eles resolvem

A edição mais recente da revista Autosport traz uma reportagem que vai deixar todo fã da Fórmula 1 estusiasmado. Segundo a publicação, as equipes da categoria devem assinar um acordo que vai facilitar as ultrapassagens a partir da temporada de 2009, através de mudanças aerodinâmicas a serem adotadas por todas as escuderias.

Liderando o projeto estão três das mentes mais brilhantes da Fórmula 1 atual. Rory Byrne (à esquerda), da Ferrari, Pat Symonds, da Renault, e Paddy Lowe, da McLaren. Cada um deles, peças importantíssimas no staff técnico de suas respectivas equipes.

Por que não pensaram nisso antes? Solução óbvia e que, provavelmente, renderá ótimos resultados. Afinal, Byrne, Symonds e Lowe são verdadeiros gênios da engenharia e conhecem tudo de um carro de Fórmula 1.

Se a FIA procurava um grupo de pessoas que pudessem transformar a situação das ultrapassagens nas corridas de hoje, encontrou. Como está escrito lá no título: deixa nas mãos deles que eles resolvem. A não ser, é claro, que a rigidez política de suas equipes entre no meio.

Em se tratando de Fórmula, ainda há, infelizmente, uma boa chance disso acontecer...


Cansei dos boatos envolvendo o nome de Fernando Alonso. Já escrevi aqui, repetidas vezes, que duvido que o espanhol vá sair da McLaren no ano que vem. Na minha opinião, simplesmente não valeria a pena.

O que Alonso prefere: ser o líder numa equipe sem chances de vencer o título ou disputar o campeonato sem as regalias de primeiro piloto? É claro que qualquer piloto com a extrema competitividade que caracteriza a personalidade do espanhol escolheria a segunda opção.

É melhor, para o bi-campeão, ficar na McLaren do que partir numa aventura arriscada com Renault ou BMW, por exemplo. Mesmo assim, os jornais - especialmente espanhóis - continuam a publicar históricas em que ligam o nome de Alonso à várias outras equipes da Fórmula 1.

O último boato, vindo do Marca, fala que o piloto da McLaren poderia se reunir com Flavio Briatore (à direita) no próximo G.P. da Turquia. O dirigente da Renault quer muito contar com Alonso, embora o próprio espanhol não goste da possibilidade de retornar a sua antiga equipe.

A reportagem diz ainda que, se as conversas não dessem certo, o bi-campeão estaria a caminho da BMW. Por favor, menos. São três semanas de intervalo entre as corridas da Hungria e da Turquia. Será que a indústria de boatos da Fórmula 1 não consegue ficar só um pouco calada?


Os pilotos e equipes do Rally dos Sertões enfrentaram um dia difícil nessa segunda. O trajeto do dia, entre São Raimundo Nonato (PI) e Barra (BA) teve um predomínio de areia pesada, criando um obstáculo extra para os participantes. No total, foram 493 km de deslocamento, sendo 394 de especial.

Nas motos, Cyril Despres venceu a etapa de hoje e descontou parte da diferença para Zé Hélio (à esquerda) na classificação geral. O francês foi pouco menos de cinco minutos mais rápido do que o brasileiro no percurso de hoje. Na tabela de tempos, sua desvantagem é de apenas 14 minutos.

Quem não está mais na luta pela vitória é Juca Bala. O brazuca caiu na etapa de ontem e fraturou a clavícula, além de trincar um dos ossos da mão direita. As poucas esperanças de que ele continuasse dissiparam-se hoje, quando ele nem chegou a largar para o trajeto do dia.

Entre os carros, a dupla mais rápida no estágio de hoje foi Paulo Nobre/Filipe Palmiero (à direita). Mesmo assim, os dois estão apenas em quarto na classificação. Na ponta continuam Maurício Neves/Clécio Maestrelli, que agora têm cerca de 19 minutos e meio de vantagem para Reinaldo Varela/Marcos Macedo, os vice-líderes.

Até agora, 22:00 da noite, ainda não saiu o resultado oficial dos caminhões. Antes da largada de hoje, o trio Edu Piana/Solon Mendes/Davi Fonseca liderava com aproximadamente quarenta minutos de distância para Amable Barrasa/José Papacena Neto/Raphael Bettoni.

Faltam apenas quatro etapas para o fim dos Sertões 2007. Amanhã, serão 504 km - 241 de especial - entre Barra (BA) e Lençóis (BA). O percurso, segundo o site da competição, é "bom de se guiar". No trajeto predomina o cascalho e pode-se desenvolver altas velocidades.

Crédito das fotos - Site oficial do Rally dos Sertões 2007 :


Passadas 11 das 17 etapas da Fórmula 1, apenas seis pilotos ainda podem ganhar o título. Hamilton, Alonso, Raikkonen e Massa são os verdadeiros candidatos enquanto Heidfeld e Kubica têm chances apenas matemáticas. Estatística absolutamente inútil, é verdade. Mas mostra que, mais uma vez, Rubinho e Coulthard vão ter de deixar para o ano que vem...

Nessa quarta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, com uma passada nas grandes atuações que não entraram na lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos. E, a partir de quarta, começamos o novo ranking, escolhido por voto popular: os Dez Maiores Duelos da História. Até amanhã!