sábado, 6 de dezembro de 2008

Rubinho ainda tem chance de permanecer na F-1

Quando a Honda anunciou que saía da Fórmula 1, o primeiro pensamento de todo mundo sobre Rubens Barrichello deve ter sido o mesmo.

Agora, já era.

Mas bastou apenas um pouquinho mais para perceber que Rubinho ainda tem lá suas possibilidades de permanecer na F-1.

Já eram pequenas, e continuam sendo remotas.

Só que ainda existem.

Rubinho pode seguir na F-1, mas depende de quem comprar a Honda. Isto é, se alguém comprar a Honda.

Dizem que o empresário David Richards, ex-chefão da BAR, é o favorito.

Poderia, inclusive, fechar o negócio já neste fim de semana, pagando a quantia simbólica de um dólar.

Neste caso, um dos pilotos seria Jenson Button.

E o outro - por que não? - poderia ser Barrichello.

Equipes novatas sempre vêm veteranos experientes como bons olhos.

É só ver os casos de Coulthard, na Red Bull, e de Fisichella, na Force India.


Sua situação, repita-se, continua muito complicada.

Mas, pelo menos por enquanto, Rubens Barrichello ainda não está completamente afastado da Fórmula 1.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Motor único: uma idéia nem tão absurda, afinal

Quem diria, hein?

Max Mosley estava certo.

A Fórmula 1 não pode ser refém das montadoras.

Não pode se permitir ter um grid de 16 ou 18 carros só porque alguns vêem a categoria não como um esporte, e sim como um negócio, um investimento.

O dirigente da FIA tem lá seus métodos estranhos, suas idéias meio estapafúrdias, mas estava certíssimo em avisar sobre o perigo dos custos "insustentáveis".

Apenas algumas horas após o anúncio oficial da saída da Honda, Mosley enviou carta às equipes onde avisa que o seu projeto do motor único deve ser adotado até 2010.

Aquele mesmo projeto que foi criticado por todos.

Pilotos, públicos, dirigentes.

Até pelo escriba deste Blog.

De repente, a idéia do motor único não parece tão absurda, afinal.

É verdade que se deve tentar todas as alternativas antes de se adotar o propulsor padronizado.

Entretanto, se disso depender a própria sobrevivência da F-1, não há dúvida de que Mosley precisa levar sua idéia à frente.

Vale lembrar que lá no início, nos idos da década de 50, a F-1 chegou a correr com carros de Fórmula 2 durante duas temporadas porque não havia outra opção melhor.

É claro que houve prejuízos, só que a categoria se fortaleceu e, muitos anos depois, chegou ao ponto onde se encontra atualmente.

A F-1 passa por uma crise quase sem precedentes.

Deve-se evitar ao máximo a hipótese do motor único.

Mas o importante é que a Fórmula 1 sobreviva no fim.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Acabaram os vexames da Honda

Sim, os vexames da Honda acabaram. A partir de agora, não mais.

Nesta quinta-feira, pegando de surpresa os próprios funcionários da equipe, explodiu a notícia de que a montadora japonesa está deixando a Fórmula 1 no fim do ano.

Tal como aconteceu quando a Jaguar se retirou da categoria, no fim de 2004, os boatos se confirmaram em questão de horas.

Além dos desempenhos medíocres, pesou para a saída da Honda os efeitos da crise econômica mundial, que fizeram um grande estrago nas contas da montadora.

Quando se viram em dificuldades, os executivos japoneses da Honda, sem pensar duas vezes, tomaram a decisão.

Sentados em suas salas com ar condicionado, no alto de algum arranha-céu de Tóquio, decidiram que a equipe Honda deveria encerrar suas atividades.

E a Fórmula 1 que se vire, é claro.

Há de se questionar os métodos de Max Mosley para cortar custos.

O discurso do presidente da FIA, porém, estava totalmente correto.

A Fórmula 1 precisa estudar soluções emergenciais para reduzir gastos.

Caso contrário, o futuro da categoria estará em sério risco.

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Para os pilotos brasileiros, a iminente saída da Honda é um golpe baixo.

Menos para Bruno Senna, que ainda tem tempo para se recuperar.

Muito mais para Rubinho, cujas últimas esperanças de continuar na Fórmula 1 vão desaparecendo.

Em entrevista ao Fantástico, há duas semanas, o veterano afirmou que iria chorar bastante quando fosse se aposentar da Fórmula 1.

Será isso o que está fazendo neste exato instante?

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Sobre o futuro da Honda: pelo que disseram, a equipe sediada em Brackley pode permanecer na Fórmula 1, desde que se encontre um comprador até o Natal.

É verdade que a economia mundial está em recessão.

Mas parece sempre haver alguém disposto a investir na F-1.

E a Honda, convenhamos, seria vendida a preço de banana para o primeiro que aparecesse.

Dizem na Inglaterra que o empresário David Richards - ex-chefe da BAR, líder do fracassado projeto da Prodrive e atualmente chefe de equipe da Subaru no Mundial de Rally - estaria estudando a compra da Honda.

Se for em frente, Jenson Button terá a salvo seu lugar em 2009.

Resta saber quem seria o outro piloto.

Rubinho?

Sim, ainda resta uma chance...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Alonso ameaça se aposentar caso regra do motor único seja aprovada

A proposta do motor único na F-1, lançada pelo presidente da FIA Max Mosley, já recebeu críticas de todos os lados.

Basicamente, ninguém gostou.

Nem o público.

Nem as equipes.

Muito menos os pilotos.

Nesta quarta-feira, Alonso expressou o sentimento geral entre os titulares da F-1.


Sejamos honestos: dificilmente Alonso se retiraria da Fórmula 1 apenas por causa disso.

Mas a forte declaração do espanhol mostra claramente o grau de insatisfação dos pilotos com as mudanças planejadas pela FIA.

Uma coisa é cortar custos, o que é plenamente necessário.

Outra é pegar a Fórmula 1, berço do desenvolvimento de tecnologias para a indústria automobilística, e transformar a categoria em nada mais do que uma GP2 melhorada.

Dizem que, nesta quinta, Max Mosley vai se encontrar com representantes da Associação das Equipes para discutir a idéia do motor padrão.

Deve enfrentar dura resistência das escuderias, que se uniram de forma inédita para não permitir que a loucura do presidente da FIA seja levada à frente.

De fato, é muito improvável que os propulsores da F-1 sejam padronizados, como quer Mosley.

Mas o dirigente máximo da FIA pode usar o projeto como instrumento de negociação para conseguir que outras de suas idéias sejam aprovadas.

Em outras palavras: Mosley pode aceitar desistir do motor único, desde que as equipes aceitem algumas imposições.

E é isso o que deve acontecer.

O problema é que ninguém conhece, ao certo, as regras que Mosley poderia impor.

É aí que mora o perigo.

Sabe-se lá o que Mosley pode inventar.

Algumas idéias que saem de sua cabeça não têm o mínimo de bom senso.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A última chance de Rubens Barrichello

Rubinho pediu, pediu, pediu e foi atendido.

Não ganhou a vaga de titular na Honda, mas terá uma chance de mostrar que merece o emprego na equipe japonesa em 2009.

Nesta terça-feira, sites brasileiros revelaram que Rubinho foi convocado para os testes de Jerez de la Frontera, entre os dias 8 e 11 de dezembro, onde vai enfrentar o novato Bruno Senna.

Um dos dois ficará com a vaga na Honda, uma vez que o terceiro nome da disputa, Lucas di Grassi, já foi descartado.

Para Rubinho, é agora ou nunca.

Diferentemente de Senna, que é jovem e ainda poderia ter outras opções, Rubinho joga toda a sua sorte nos testes de Jerez.

Se não impressionar a Honda, será obrigado a aceitar a aposentadoria forçada da Fórmula 1.

A Honda vai analisar os dois, mas a vantagem ainda é de Senna.

Assim como no "vestibular" contra Di Grassi, Senna precisa apenas andar próximo do adversário para vencer o duelo.

Para Rubinho, não basta ser mais rápido. É preciso ser bem mais rápido.

Só assim conseguirá convencer a ala da Honda que apóia Senna.

A disputa para a vaga de titular na escuderia japonesa está próxima do fim.

Senna tem tudo para levar a melhor.

Mas as esperanças de Rubens Barrichello seguem vivas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ferrari, o sonho de Sebastian Vettel

Ele tem apenas 26 largadas na Fórmula 1 no currículo, mas já é considerado por muitos um futuro campeão da categoria.

Sebastian Vettel venceu o GP da Itália de forma magistral, numa das melhores performances de um piloto nas últimas décadas.

Em 2009, o alemão vai correr pela Red Bull. E a equipe das bebidas energéticas certamente vai dar um salto de desempenho com o jovem de 21 anos a bordo.

Sobre Vettel, o mais interessante é perceber que o piloto não tem um destino traçado na F-1.

Hamilton, por exemplo, está intrinsicamente ligado à McLaren.

Raikkonen e Massa só devem conquistar títulos pela Ferrari.

Até mesmo Alonso, que já foi ligado a dezenas de equipes, parece ter apenas duas opções viáveis para os próximos anos: Renault e, a partir de 2010, Ferrari.

Vettel, por outro lado, tem um futuro imprevisível.

O alemão é um futuro campeão mundial. Tudo bem. Mas por qual equipe?

A Red Bull, por mais que gaste milhões na F-1, não parece capaz de algum dia chegar ao topo.

Talvez até consiga vencer, como já fez a "filial" Toro Rosso, mas não dá para pensar muito em título.

Ou seja: Vettel terá de escolher, daqui a dois ou três anos, a equipe que o levará a disputar campeonatos.

Depois da longa e arrastada novela sobre o futuro de Alonso, já dá para prever uma grande disputa pelo "passe" de Vettel.

O alemão, que nem empresário tem, será o objeto de desejo mais cobiçado da Fórmula 1.

Para onde iria Vettel?

Quem sabe McLaren ou BMW, aproveitando as raízes alemãs?

Talvez Toyota e Honda, caso as japonesas encontrem o caminho das primeiras posições?

Será que já passou pela cabeça de Vettel a Renault, que já tem uma parceria com a Red Bull?

Nenhuma delas, porém, desponta como a favorita no momento.

Caso Vettel se mantenha valorizado do mercado no curto prazo, a equipe que provavelmente venceria o leilão pelo piloto chama-se Ferrari.

Perguntaram a Vettel, nesta segunda, o que ele acharia de pilotar pelo time de Maranello.

"Correr pela Ferrari seria um sonho", respondeu Vettel.

McLaren, BMW, Toyota, Honda, Renault e companhia podem oferecer o mundo ao jovem alemão.

Quando Vettel precisar fazer sua escolha, entretanto, a Ferrari já vai despontar como a sua primeira opção.

A Fórmula 1 mudou de maneira radical ao longo das últimas décadas.

O que não muda é o fascínio que o cavalinho rampante continua exercendo sobre os jovens pilotos da categoria.

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O próximo ano será o mais difícil para a BMW desde que a montadora entrou na Fórmula 1 com equipe própria, em 2006.

Sob o comando do competente Mario Theissen, a escuderia alemã manteve uma evolução constante.

Neste ano, alcançou o ponto máximo ao vencer o GP do Canadá, com o excelente Kubica.

A BMW terminou a temporada em terceiro, sem nenhuma falha mecânica e bem próxima de McLaren e Ferrari.

O "problema" é justamente este.

Quanto melhor os resultados, maior a cobrança e a pressão por resultados.

Em 2009, os altos executivos da montadora já avisaram: querem o título da Fórmula 1.

E o chefe de equipe Mario Theissen confessou, pela primeira vez, que não se sente confortável com a pressão que está sofrendo.

Mas a Fórmula 1 é assim mesmo. Um dos ambientes mais instáveis do planeta.

Se Theissen queria tranqüilidade, deveria ter escolhido outra profissão, como ele mesmo reconheceu.

Agora, é esperar para ver o que a BMW vai trazer em 2009.

Não dá para prever ainda se a equipe irá mesmo disputar o título.

Se depender da ambição dos alemães, porém, Ferrari e McLaren podem ir se preparando para uma batalha tríplice pelo troféu de campeão no ano que vem.

domingo, 30 de novembro de 2008

Rubinho vence Desafio, mas derrapa fora da pista

Dentro da pista, Rubinho mostrou por que é, sem exagero, um dos melhores kartistas da história do automobilismo brasileiro.

O veterano venceu o Desafio das Estrelas de kart com categoria, derrotando Lucas di Grassi por apenas um ponto.

Pena que, longe do volante, Rubinho continue derrapando.

Em entrevista ao Sportv, o piloto reclamou bastante das atitudes de Schumacher e Di Grassi. Disse que o alemão parecia estar num "tanque de guerra" e que Di Grassi teria tentado colocá-lo para fora.

Desnecessário, Rubinho. De novo, totalmente desnecessário.

Toques numa corrida de kart são absolutamente normais. Numa disputa de nível tão alto, raras são as ultrapassagens em que os dois karts não se esbarram um no outro.

Durante a primeira bateria, o italiano Vitantonio Liuzzi precisou abandonar porque recebeu um belo "chega-pra-lá" do próprio Rubinho.

Liuzzi não reclamou. Bem que Rubinho poderia ter tido a mesma atitude.

E assim, mesmo num momento de vitória, Rubinho conseguiu de novo irritar os torcedores.

É como disse Schumacher: reclama na derrota e também na vitória.

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O Desafio das Estrelas de kart foi um grande sucesso.

O anfitrião Felipe Massa terminou apenas em terceiro, mas conseguiu uma bela vitória na segunda categoria.

Num momento tão complicado para Santa Catarina, o Desafio das Estrelas serviu como um impulso para a população.

O evento também ajudou a divulgar o drama dos desabrigados fora do país, o que precisa ser levado em consideração.

Na semana passada, houve quem defendesse o cancelamento da corrida por causa das tragédias em Santa Catarina.

Ainda bem que os organizadores decidiram ir em frente.