sábado, 21 de julho de 2007

Enquanto isso, na América do Norte...

Neste sábado, ChampCar, IRL e MotoGP definiram seus grids de largada para suas respectivas etapas, que serão realizadas amanhã. As três categorias acabaram, como era de se esperar, ofuscadas pela Fórmula 1 neste fim de semana. Mas merecem a atenção do Blog também.

Em Edmonton, Canadá, quem se deu melhor na ChampCar foi o australiano Will Power, vencedor da última etapa do campeonato, em Toronto. Ele fez a pole, logo à frente de um dos seus rivais diretos na luta pelo título, Sebastien Bourdais. O francês, como de costume, é a aposta do Blog.

O feito de Power, porém, não foi fácil. Prova disso é que sua diferença para Justin Wilson, o segundo melhor de hoje, ficou em apenas sete milésimos. O inglês largará de terceiro, atrás de Bourdais, porque o francês foi o pole provisório de ontem.

Ao lado de Wilson, alinha Graham Rahal, filho da lenda do automobilismo norte-americano Bobby Rahal. Logo a seguir, vêm o suíço Neel Jani e o brasileiro Bruno Junqueira, que conseguiu uma ótima sexta colocação, considerando as limitações de seu carro.

O líder do certame, Robert Doornbos, não passou de 11º. Ele tem 164 pontos, contra 163 de Will Power e 162 de Sebastien Bourdais. O título, portanto, está completamente em aberto. E nem chegamos à metade da temporada ainda. Abaixo, o top 10 do grid de Edmonton:

1. Will Power/Austrália/Team Australia, 58.403s
2. Sebastien Bourdais/França/Newman-Haas-Lanigan, 58.596s
3. Justin Wilson/Inglaterra/RSPORTS, 58.410s
4. Graham Rahal/Estados Unidos/Newman-Haas-Lanigan, 58.485s
5. Neel Jani/Suíça/PKV Racing, 58.762s
6. Bruno Junqueira/Brasil/Dale Coyne, 58.846s
7. Simon Pagenaud/França/Team Australia, 58.868s
8. Ryan Dalziel/Escócia/Pacific Coast, 59.256s
9. Alex Tagliani/Canadá/RSPORTS, 59.483s
10. Dan Clarke/Inglaterra/Minardi Team USA, 59.503s

A corrida será transmitida pelo Canal Speed, em VT, a partir das 19 horas deste domingo.


No circuito misto de Mid-Ohio, nos Estados Unidos, a IRL corre pela 12ª vez nesta temporada. O brasileiro Helio Castroneves fez sua sexta pole do ano. Até agora, porém, só venceu uma vez, em St.Petersburg, lá no início do ano.

Em Watkins Glen, há duas etapas atrás, Helinho também largou na frente, mas perdeu o triunfo ao bater sozinho enquanto liderava. Se não repetir o erro, é o grande favorito para a vitória. Só precisará bater o esquadrão da equipe Andretti Green.

Do segundo ao quinto lugar, só pilotos do super-time comandado por Michael Andretti. E os três marmanjos da escuderia foram batidos pela musa Danica Patrick, que demonstra uma evolução cada vez mais impressionante.

Ela vai largar em segundo, com Tony Kanaan, Marco Andretti e o líder do campeonato Dario Franchitti logo atrás, nesta ordem. Na seqüência, em sexto, aparece o vencedor das últimas duas etapas e palpite do Blog, Scott Dixon. Vítor Meira, com vários problemas em seu carro, nem se classificou e sairá de 18º e último. A seguir, o top 10:

1. Hélio Castroneves/Brasil/Penske, 1:06.8375s
2. Danica Patrick/Estados Unidos/Andretti Green, 1:07.1257s
3. Tony Kanaan/Brasil/Andretti Green, 1:07.1757s
4. Marco Andretti/Estados Unidos/Andretti Green, 1:07.3931s
5. Dario Franchitti/Escócia/Andretti Green, 1:07.4037s
6. Scott Dixon/Nova Zelândia/Ganassi, 1:07.4742s
7. Sam Hornish Jr./Estados Unidos/Penske, 1:08.3693s
8. Darren Manning/Inglaterra/A.J. Foyt, 1:08.7000s
9. Buddy Rice/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold, 1:08.8102s
10. Ryan Hunter-Reay/Estados Unidos/Rahal Letterman, 1:08.8743s
18. Vitor Meira/Brasil/Panther, não marcou tempo

A corrida da IRL não terá transmissão pela TV aberta. Detendora dos direitos, a Bandeirantes estará ocupada com os Jogos Pan-Americanos. O que, convenhamos, é até aceitável. Pelo menos, desta vez, avisaram que vão cortar antes mesmo de mostrarem. Para quem tem PlayTV, a largada está marcada para o horário das 14:30.


a espetacular pista de Laguna Seca, Casey Stoner - a aposta do Blog - manteve seu domínio e cravou a pole para o Grande Prêmio dos Estados Unidos da MotoGP. Até com certa facilidade, diga-se de passagem. Em segundo, aparece o vencedor da última etapa, Daniel Pedrosa.

Chris Vermeulen, da Suzuki, vem a seguir, em terceiro. Correndo em casa, o atual campeão Nicky Hayden largará de quarto. Bem melhor do que suas posições usuais nesta temporada de 2007, que está sendo péssima para o americano.

Rival de Stoner no campeonato, Valentino Rossi não passou de quinto. Precisará tirar um coelho da cartola para surpreender amanhã. É difícil, mas não impossível. The Doctor nunca deve ser subestimado.

A corrida de Laguna Seca verá, também, a estréia de Roger Lee Hayden, irmão de Nicky. Correndo pela Kawasaki, ele vai largar em 16º. Mesmo sem muita quilometragem com a moto, esteve próximo de seus companheiros de equipe, Anthony West e Randy de Puniet, que sairão de 12º e 13º, respectivamente.

Atrapalhado por dores na mão direita, o brasileiro Alexandre Barros terminou apenas em 17º. O fim de semana está sendo difícil para sua equipe, a Pramac D'Antin. Seu companheiro de equipe, Alex Hofmann, sofreu uma queda e está fora da etapa. Foi substituído pelo inglês Chaz Davies que, sem experiência, largará de 20º e último. Logo abaixo, os melhores da MotoGP:

1. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1:22.292s
2. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda, 1:22.501s
3. Chris Vermeulen/Austrália/Suzuki, 1:22.590s
4. Nicky Hayden/Estados Unidos/Honda, 1:22.624s
5. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1:22.683s
6. Loris Capirossi/Itália/Ducati, 1:22.914s
7. John Hopkins/Estados Unidos/Suzuki, 1:22.933s
8. Colin Edwards/Estados Unidos/Yamaha, 1:22.943s
9. Shinya Nakano/Japão/Honda, 1:23.006s
10. Marco Melandri/Itália/Honda, 1:23.018s
17. Alexandre Barros/Brasil/Ducati, 1:23.557s

A corrida tem horário marcado para as 18 horas de Brasília, e será transmitida pelo canal Sportv3.

O Blog volta neste domingo, com os comentários sobre a corrida da Fórmula 1 em Nurburgring, incluindo a sessão Análise do Grande Prêmio. Além disso, o Weekend Update também chega em sua primeira edição, destacando a GP2. Nos vemos amanhã!

Bundeswehrzentralkrankenhaus libera Lewis para correr

Não, não fiquei batendo com a testa no teclado para ver o que saía. Isso aí é o nome do hospital alemão para onde Lewis Hamilton foi levado após seu fortíssimo acidente na classificação de hoje. Examinado pelos médicos locais, o inglês recebeu sinal verde para voltar à ativa.

Ainda não é definitivo, porém. No domingo, durante a parte da manhã, Lewis será submetido a um check-up por parte dos doutores da FIA. São eles quem decidirão se Hamilton tem condições ou não de competir.

Considerando sua posição no campeonato e sua aparente tranquilidade ao sair do hospital Bundeswehrzentralkrankenhaus, Lewis deverá estar presente no grid de amanhã. Ao contrário do que muitos supunham inicialmente, incluindo o escriba do Blog. Sinceramente, não achei que, depois da pancada, Hamilton fosse capaz de correr este Grande Prêmio.

De qualquer forma, ninguém pode mais dizer que Lewis não é afetado pelo azar. Essa rara quebra da McLaren, considerando o local e a forma como aconteceu, foi muita má sorte. Fernando Alonso, assistindo a tudo pela televisão enquanto Hamilton era resgastado, deve ter sentido um frio na espinha.

Mas amanhã é outro dia. E o desempenho de Lewis, se ele correr, certamente não será afetado. Pior para seus rivais no campeonato, que vislumbraram, por algumas horas, a chance de encurtar a distância para o inglês na tabela da temporada.

Ainda estão em vantagem, óbvio. Mas, considerando toda a competência de Hamilton, é capaz do piloto da McLaren conseguir exatamente a recupeção que precisa.

Na GP2, Glock é o primeiro a vencer duas vezes

Deu a lógica na corrida da categoria-escola da Fórmula 1. Na primeira bateria do fim de semana, disputada hoje, em Nurburgring, venceu o líder do campeonato - e aposta do Blog - Timo Glock (à esquerda). Completando o podium, vieram o brasileiro Lucas di Grassi e o japonês Kazuki Nakajima.

A corrida não foi das mais emocionantes da história da categoria. A pista de Nurburgring não é daquelas que facilita as ultrapassagens. Entre os líderes, as disputas foram raras. No meio do pelotão, é claro, tivemos os toques e as barbeiragens usuais.

Na largada, Lucas di Grassi saiu muito bem e tomou a ponta. Porém, o pole Timo Glock se manteve em segundo, sabendo que tinha mais carro para ultrapassar o brasileiro nos pit stops. E não deu outra. Depois que os dois pararam, o alemão recuperou a primeira posição.

Glock não perderia mais a liderança até o final. Nesse meio tempo, só se viu ameçado quando ficou preso atrás do lento Jason Tahinci, que ainda não havia feito sua troca de pneus. Di Grassi e Nakajima, que vinham logo atrás, colaram no alemão.

Não demorou muito, entretanto, para que o líder do campeonato fizesse a manobra para cima de Tahinci e abrisse distância na frente. Di Grassi (à esquerda), o grande rival de Glock na temporada, se contentou em segundo, pensando no campeonato. E Nakajima conseguiu o seu terceiro podium consecutivo, em mais um excelente resultado que confirma a evolução do japonês.

Os outros brasileiros tiveram um dia discreto. Saindo de trás, Bruno Senna (à direita) fazia boa corrida de recuperação até encontrar Adam Carroll pela frente. Numa manobra estabanada, o sobrinho de Ayrton acabou tirando o irlandês da prova. Como punição, tomou um drive-through, que o derrubou na classificação. No final, Bruno foi 15º.

Alexandre Negrão, por sua vez, terminou três posições acima de Senna, em 12º, também sofrendo para compensar um péssima posição de largada. Xandinho ficou longe dos pontos, mas, ao menos, mostrou potencial para a bateria de amanhã.

Com a vitória, Timo Glock tornou-se o primeiro piloto a vencer sua segunda corrida no ano. De quebra, lidera o campeonato com 51 pontos. Lucas di Grassi, porém, não está muito atrás, com 45. Depois, vêm Luca Filippi, Giorgio Pantano e Bruno Senna, com 35, 28 e 24, respectivamente. Xandinho Negrão tem apenas um ponto até agora.

Como o grid é invertido, o pole da corrida deste domingo será o oitavo de hoje, Javier Villa. O espanhol, que já venceu neste ano, terá como companhia na primeira fila o sul-africano Adrian Zaugg, parceiro de Bruno Senna na equipe Arden. A bateria acontece às 5 horas da manhã do Brasil. Segundo a NET Digital, o Sportv2 mostra, em VT, às 8.

A classificação da corrida de hoje está logo abaixo:

1. Timo Glock/Alemanha/iSport, 1h01:32.032
2. Lucas di Grassi/Brasil/ART, + 2.274
3. Kazuki Nakajima/Japão/DAMS, + 2.723
4. Giorgio Pantano/Itália/Campos, + 18.937
5. Kohei Hirate/JapãoTrident, + 19.706
6. Pastor Maldonado/Venezuela/Trident Racing + 33.680
7. Adrian Zaugg/África do Sul/Arden, + 35.779
8. Javier Villa/Espanha/Racing Engineering, + 36.960
9. Nicolas Lapierre/França/DAMS, + 37.478
10. Roldán Rodriguez/Espanha/Minardi by Piquet, + 56.548
11. Vitaly Petrov/Rússia/Campos, + 1:00.889
12. Alexander Negrao/Brasil/Minardi by Piquet, + 1:01.420
13. Sakon Yamamoto/Japão/BCN, + 1:01.925
14. Ernesto Viso/Venezuela/Racing Engineering, + 1:02.849
15. Bruno Senna/Brasil/Arden, + 1:03.189
16. Ho-Pin Tung/China/BCN, + 1:08.460
17. Jason Tahinci/Turquia/FMS, + 1 volta
18. Mike Conway/Inglaterra/Super Nova, + 1 volta*
19. Borja Garcia/EspanhaDurango, + 2 voltas
Não completaram:
Andy Soucek/Espanha/DPR, volta 29
Karum Chandhok/Índia/Durango, volta 26
Adam Carroll/Irlanda/FMS, volta 18
Andreas Zuber/Áustria/iSport, volta 5
Christian Bakkerud/Dinamarca/DPR, volta 2
Luca Filippi/Itália/Super Nova, volta 1
Sebastien Buemi/Suíça/ART, volta 1
*= ganhou um ponto extra por ter feito a melhor volta da corrida.

O Blog volta logo comentando a situação de Lewis Hamilton e os resultados das categorias que correm na América do Norte neste fim de semana. Nos vemos daqui a pouco!

Acabou o conto de fadas

Lewis Hamilton caiu na real. Mais cedo ou mais tarde, o inglês teria um contratempo. Que, aliás, foi dramático e inesperado. O automobilismo, por mais que muitos digam o contrário, ainda é um esporte completamente imprevisível.

Na manhã de sábado, Kimi Raikkonen mostrou sua força pela primeira vez. Fez o melhor tempo na sessão da treinos livres, seguido de Lewis Hamilton e Fernando Alonso. Felipe Massa, mais uma vez, foi superado por uma das BMW - desta vez, Robert Kubica. O brasileiro não passou de 5º.

A classificação, porém, é sempre outra história. A primeira parte transcorreu sem surpresas. O estreante Markus Winkelhock não se entendeu com sua Spyker e terminou um segundo e meio mais lento do que o penúltimo colocado, seu companheiro de equipe Adrian Sutil.

Numa horroroso 20º, fechou o escocês David Coulthard. O escocês deve ter tido algum tipo de problema, provavelmente. Os outros eliminados de cara foram a dupla da Toro Rosso, Vitantonio Liuzzi e Scott Speed, 19º e 18º, respectivamente, e o inglês Jenson Button. Mais uma vez, sua Honda não andou e ele foi 17º.

Na segunda parte da classificação, ficaram pelo caminho os dois pilotos da Super Aguri e da Williams, limitados pela pouca velocidade de seus carros. Além deles, Rubens Barrichello e Giancarlo Fisichella não passaram para a superpole. O brasileiro pelas deficiências da Honda, o italiano por sua própria incompetência.

Chegávamos, então, à fase final do treino. Finalmente, as coisas iriam esquentar. As primeiras voltas, com os pilotos gastando gasolina, foram interessantes pelo jogo psicológico entre Lewis Hamilton e Felipe Massa, que tentavam intimidar um ao outro. A dupla trocou os pneus e retornou à pista. Agora, era para valer. Aí, o imponderável atuou.

Quando contornava o "s" recentemente renomeado de "Schumacher", Lewis Hamilton sofreu uma grave falha mecânica. Sua suspensão dianteira direita não suportou o atrito com a pista e se espatifou no pior momento possível. Justamente no ponto de maior velocidade da sessão de curvas.

A quebra causou um rasgo no pneu dianteiro direito. Lewis, então, perdeu qualquer controle do carro. Seguiu reto e bateu, de frente, na barreira de pneus. Uma pancada fortíssima. Bandeira vermelha, treino interrompido, momentos de tensão na McLaren.

Hamilton sai sozinho do carro, mas não suporta ficar sobre seus próprios pés. Deita na pista e é levado, de maca, soro e ambulância, ao hospital do autódromo. Sua participação na corrida de amanhã, desde já, está muito ameaçada. Acabou o conto de fadas do inglês.

O show, é claro, não poderia parar. O acidente de Lewis aconteceu a 5:13 do final do treino. onsiderando que Nurburgring é uma das pista mais longas do calendário, só restaria tempo para uma só volta rápida por parte do pelotão.

Dos líderes, Felipe Massa saiu antes e estabeleceu a volta mais rápida. Batida, alguns segundos depois, por Kimi Raikkonen. Fernando Alonso fez a primeira e terceira melhores parciais, mas um erro na segundo tirou a pole do espanhol. Teve de se contentar com o segundo.

Massa foi terceiro, e na seqüência, como de costume, veio a dupla da BMW. Desta vez, Nick Heidfeld, correndo em casa, bateu Robert Kubica. Mark Webber, Heikki Kovalainen, Jarno Trulli, Ralf Schumacher e Lewis Hamilton ocuparam as posições seguintes, nesta ordem.

A seguir, o grid de largada para o Grande Prêmio da Europa:

1. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:31.450s
2. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:31.741s
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:31.778s
4. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW Sauber, 1:31.840s
5. Robert Kubica/Polônia/BMW Sauber, 1:32.123s
6. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:32.476s
7. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:32.478s
8. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:32.501s
9. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:32.570s
10. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:33.833s
11. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:31.978s
12. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:31.996s
13. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:32.010s
14. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:32.221s
15. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:32.451s
16. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:32.838s
17. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:32.983s
18. Scott Speed/Estados Unidos/Toro Rosso, 1:33.038s
19. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:33.148s
20. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:33.151s
21. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:34.500s
22. Markus Winkelhock/Alemanha/Spyker, 1:35.940s

Se não bastasse o escândalo de espionagem, agora a McLaren tem de lidar com o forte acidente de Lewis Hamilton. O clima na equipe não é dos melhores: o inglês, dificilmente, correrá amanhã. As esperanças do time de Ron Dennis estão em Fernando Alonso. O espanhol está sob intensa pressão. E já errou, inclusive, neste treino de classificação.

Sem Hamilton, a Ferrari tem uma chance de ouro de recuperar terreno para seus principais rivais. Kimi Raikkonen apareceu como o principal candidato à vitória, saindo de primeiro. Felipe Massa, que ganhou todas as suas corridas largando da pole, precisa provar que consegue triunfar saindo de trás.

Como sempre, os pilotos da BMW foram até o seu limite. Desta vez, Nick Heidfeld - papai pela segunda vez na madrugada deste sábado - bateu seu companheiro Robert Kubica. O alemão, porém, deve estar mais pesado que o polonês. Amanhã, a dupla deve fazer sua costumeira corrida à parte. Longe dos líderes mas distanciados do resto do pelotão.

A Renault mostra sinais de fraqueza neste fim de semana. Sem qualquer problema aparente, Giancarlo Fisichella simplesmente não foi rápido o bastante para chegar à superpole. E Heikki Kovalainen foi facilmente batido pelas BMW e, também, pela Red Bull de Mark Webber. A equipe francesa precisa de recuperação.

Pela segunda corrida consecutiva, a Williams não consegue botar nenhum de seus pilotos na parte final da classificação. Nico Rosberg e Alexander Wurz, porém, estiveram muito próximos disso. Trabalhando bem a tática e aproveitando a ausência de Hamilton, dá para chegar nos pontos.

Mostrando evolução desde o último Grande Prêmio, na Inglaterra, os pilotos da Toyota conseguiram chegar, juntos, à superpole. Jarno Trulli cai de rendimento nas corridas, mas Ralf Schumacher, se não quebrar, tem excelentes chances de pontuação amanhã.

Os dois pilotos da Red Bull estão em situação inversa. Mark Webber fez ótimo trabalho e vai largar da terceira fila. Já David Coulthard não passou de um desastroso 20º, apenas à frente da dupla da Spyker. O australiano pode pontuar na corrida, enquanto o escocês deverá fazer figuração.

Depois de sinalizar uma queda nos últimos fins de semana, a Super Aguri conseguiu uma leve recuperação. Tanto Anthony Davidson quanto Takuma Sato resistiram e passaram à segunda parte da classificação. De qualquer forma, suas chances de pontuação continuam sendo remotas.

A Honda, como de costume, foi muito mal no sábado. Jenson Button não passou da primeira parte do treino. Rubens Barrichello, por sua vez, fez bem melhor e foi oito décimo mais rápido do que o companheiro. Amanhã, se tiver uma tática inteligente, o brasileiro pode chegar nos pontos.

Desmotivados, os pilotos da Toro Rosso não têm mais o que fazer. Outra vez, nenhum dos dois passou à segunda parte da classificação. Scott Speed, nesta oportunidade, bateu Vitantonio Liuzzi. Na corrida, o objetivo dos dois é nada mais do que chegar na frente do outro.

Por fim, a Spyker teve um dia normal. Como sempre, seus pilotos sairão da última fila. Adrian Sutil vem mostrando um bom trabalho e bateu, com sobras, seu companheiro novato, Markus Winkelhock. O estreante até pode culpar a inexperiência pela última colocação. Mesmo assim, foi lento demais neste sábado.

A corrida da GP2 está atrasada em virtude do acidente de Lewis Hamilton. O Sportv acaba de anunciar que transmitirá a corrida em VT, a partir de 12:30. O Blog volta logo mais com os comentários sobre a etapa. Até!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Resumo de uma pacata sexta feira - Parte II

Se as corridas do fim de semana repetirem os resultados dos primeiros treinos de hoje, o Blog conseguirá um extraordinário recorde no acerto de seus palpites. Três das minhas apostas lideraram as atividades desta sexta. E todos os meus outros chutes também se mantiveram próximos do grupo da frente.

Já comentei a Fórmula 1 pela manhã, mas vale ressalar que o palpite do Blog, Kimi Raikkonen, foi o segundo do dia, tendo liderado o treino da tarde. Ele só ficou atrás do inglês Lewis Hamilton, que cravou o melhor tempo da sexta na primeira sessão.

Mas vamos deixar de lado a principal categoria do automobilismo e nos concentrar em outras ao redor do mundo. Também em Nurburgring, Alemanha, a GP2 realiza as duas próximas etapas de seu calendário. E, na classificação, minha bola de cristal funcionou perfeitamente.

As duas apostas do Blog, Timo Glock (à direita) e Lucas di Grassi, terminaram com os dois melhores tempos e dividirão a primeira fila amanhã, na bateria inicial. A chuva atrapalhou muitos pilotos, que não conseguiram treinar pela manhã e foram para o treino de definição do grid sem acertos confiáveis.

Alguns dos prejudicados foram os outros brazucas do grid, Bruno Senna e Alexandre Negrão. O sobrinho de Ayrton não passou de 16º, uma posição à frente de Xandinho. A seguir, uma resumida tabela de tempos:

1. Timo Glock/Alemanha/iSport International, 1:40.977s
2. Lucas di Grassi/Brasil/ART, 1:41.536s
3. Giorgio Pantano/Itália/Campos, 1:41.696s
4. Adrian Zaugg/África do Sul/Arden, 1:41.720s
5. Andreas Zuber/Áustria/iSport International, 1:41.757s
6. Kazuki Nakajima/Japão/DAMS, 1:41.830s
7. Adam Carroll/Irlanda/FMSI, 1:41.866s
8. Pastor Maldonado/Venezuela/Trident, 1:41.963s
9. Mike Conway/Inglaterra/Super Nova, 1:41.964s
10. Luca Fillipi/Itália/Super Nova, 1:42.075s
16. Bruno Senna/Brasil/Arden, 1:42.496s
17. Xandinho Negrão/Brasil/Minardi by Piquet, 1:42.528s


Na cidade de Edmonton, no Canadá, a ChampCar teve seus primeiro dia de treinos hoje. Pela quarta vez seguida, aposto em Sebastien Bourdais. Nas três oportunidades anteriores, ele não venceu nenhuma vez.

Mas é óbvio que, mais cedo ou mais tarde, o francês vai desencantar. E, nesta sexta, ele já deu uma demonstração de sua força. Cravou o melhor tempo e assegurou a pole provisória, que vale um ponto extra no campeonato. Seus principais rivais da temporada, Will Power e Robert Doornbos, foram 5º e 10º, respectivamente.

O brasileiro Bruno Junqueira, por sua vez, terminou num ótimo quarto lugar. Abaixo, os dez primeiros:

1. Sebastien Bourdais/França/Newman-Haas-Lanigan, 58.709s
2. Simon Pagenaud/França/Team Australia, 58.974s
3. Graham Rahal/Estados Unidos/Newman-Haas-Lanigan, 59.112s
4. Bruno Junqueira/Brasil/Dale Coyne, 59.127s
5. Will Power/Austrália/Team Australia, 59.155s
6. Justin Wilson/Inglaterra/RSPORTS, 59.174s
7. Neel Jani/Suíça/PKV Racing, 59.465s
8. Alex Tagliani/Canadá/RSPORTS, 59.483s
9. Oriol Servia/Espanha/Forsythe, 59.582s
10. Robert Doornbos/Bélgica/Minardi Team USA, 59.941s


No circuito misto de Mid-Ohio, a IRL teve seus primeiros treinos do fim de semana. O melhor foi o líder do campeonato, Dario Franchitti, que parece viver uma fase iluminada. Os brasileiros foram muito bem.

Tony Kanaan e Helio Castroneves foram 2º e 3º. E Vítor Meira também não ficou longe, em 7º. A aposta do Blog, o neo-zelandês Scott Dixon, fechou em 5º. A seguir, o top 10:

1. Dario Franchitti/Escócia/Andretti Green, 1:07.362s
2. Tony Kanaan/Brasil/Andretti Green, 1:07.567s
3. Helio Castroneves/Brasil/Penske, 1:07.689s
4. Sam Hornish Jr./Estados Unidos/Penske, 1:07.755s
5. Scott Dixon/Nova Zelândia/Chip Ganassi, 1:07.977s
6. Marco Andretti/Estados Unidos/Andretti Green, 1:08.070s
7. Vitor Meira/Brasil/Panther, 1:08.285s
8. Danica Patrick/Estados Unidos/Andretti Green, 1:08.336s
9. Buddy Rice/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold, 1:08.510s
10. Darren Manning/Inglaterra/A.J. Foyt, 1:08.588s


Para terminar, a MotoGP abriu suas atividades no circuito de Laguna Seca, também nos Estados Unidos. Talvez a melhor atração do fim de semana, após a Fórmula 1, seja essa corrida da categoria, numa pista histórica e reconhecidamente espetacular.

O palpite do Blog, Casey Stoner, terminou o dia como o melhor. Seu grande rival no campeonato, Valentino Rossi, fechou em 6º. O brasileiro Alexandre Barros não foi bem e não passou de 16º. Logo abaixo, os tempos desta sexta:

1. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1:22.997s
2. Marco Melandri/Itália/Honda, 1:23.177s
3. John Hopkins/Estados Unidos/Suzuki, 1:23.452s
4. Colin Edwards/Estados Unidos/Yamaha, 1:23.535s
5. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda, 1:23.548s
6. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1:23.550s
7. Chris Vermeulen/Austrália/Suzuki, 1:23.576s
8. Nicky Hayden/Estados Unidos/Honda, 1:23.768s
9. Loris Capirossi/Itália/Ducati, 1:23.912s
10. Makoto Tamada/Japão/Yamaha, 1:23.965s
16. Alexandre Barros/Brasil/Ducati, 1:24.457s


Amanhã, o Blog volta ao longo do dia comentando os resultados dos treinos e corridas desta sábado. Até!

Resumo de uma pacata sexta feira

Kimi Raikkonen foi o mais rápido na segunda sessão de treinos livres, a única que eu vi, mas o melhor tempo da sexta ficou com Lewis Hamilton, que cravou 1:32.515s na parte inicial do dia. Como sempre, foi um duelo à parte entre Ferrari e McLaren. Os pilotos das duas equipes monopolizaram as quatro primeiras posições.

No primeiro treino da sexta, foram poucas escapadas e ação de menos. No fim, quem se destacou foi a BMW, que conseguiu ficar em 4º e 5º, com Nick Heidfeld batendo Robert Kubica. Antes de começar a segunda sessão, um dilúvio caiu sobre Nurburgring.

A chuva complicou as atividades da GP2, mas não afetou tanto a Fórmula 1. Quando a principal categoria do automobilismo voltou à pista, esta já tinha secado e estava consideravelmente mais lenta. Os pilotos de ponta não baixaram seus tempos, mas o resto do pelotão, no geral, melhorou.

Takuma Sato, Scott Speed, Vitantonio Liuzzi e - pasmem - Lewis Hamilton deram suas escapadinhas. O inglês, aliás, saiu da pista duas vezes, mas conseguiu voltar em ambas as oportunidades.

O estreante Markus Winkelhock não teve a mesma sorte. Na única vez em que rodou, ficou preso na caixa de brita. Apesar disso, foi um primeiro dia razoavelmente bom para o alemão. Ele ficou oito décimos atrás de seu companheiro Adrian Sutil, é verdade. Mas ainda possui bastante espaço para evolução.

A seguir, os tempos combinados das sessões:

1. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:32.515s - Primeira Sessão
2. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:32.751s - Primeira Sessão
3. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:32 .942s - Primeira Sessão
4. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:32.975s - Primeira Sessão
5. Robert Kubica/Polônia/BMW, 1:33.205s - Primeira Sessão
6. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:33.590s - Segunda Sessão
7. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:33.668s - Segunda Sessão
8. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:33.746s - Segunda Sessão
9. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:33.830s - Segunda Sessão
10. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:33.845s - Segunda Sessão
11. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:34.062s - Primeira Sessão
12. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:34.124s - Primeira Sessão
13. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:34.235s - Segunda Sessão
14. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:34.264s - Segunda Sessão
15. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:34.357s - Segunda Sessão
16. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:34.431s - Segunda Sessão
17. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:34.446s - Segunda Sessão
18. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:34.554s - Segunda Sessão
19. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:34.907s - Primeira Sessão
20. Scott Speed/Estados Unidos/Toro Rosso, 1:35.320s - Segunda Sessão
21. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:36.340s - Primeira Sessão
22. Markus Winkelhock/Alemanha/Spyker, 1:37.166s - Primeira Sessão

A McLaren terminou com o melhor tempo do dia, mas não tem o carro mais rápido. Fernando Alonso e Lewis Hamilton vão precisar de sorte e muita competência se quiserem levar para casa uma vitória. Ao menos, o escândalo de espionagem não parece estar afetando o desempenho da dupla da equipe inglesa.

Segundo colocado do dia, Kimi Raikkonen inverteu a ordem das coisas na Ferrari. Agora, é Felipe Massa quem encontra sérias dificuldades para andar no ritmo do companheiro. De qualquer forma, o resultado de hoje não serve de muito parâmetro. Os dois ainda devem evoluir ao longo do fim de semana.

A dupla da BMW, Nick Heidfeld e Robert Kubica, chegou a ameaçar na primeira sessão as duas equipes mais fortes. Na segunda, porém, o time dirigido por Mario Theissen caiu de produção e perdeu até da Toyota. Se tudo correr como normal, os dois pilotos da BMW devem ser, pela enésima vez, 5º e 6º na classificação de amanhã.

Atual campeã de pilotos e construtores, a Renault vai em queda livre. É verdade que os tempos de um treino de sexta não servem como muita referência. Mas 16º e 17º foi demais. Os franceses correm sério risco de serem batidos pela Toyota neste Grande Prêmio.

Discreta e eficiente, a Williams não apareceu muito nesta sexta. Nico Rosberg chegou a estar entre os cinco primeiros da segunda sessão, mas perdeu posições no final. E Alexander Wurz, como sempre, ficou lá no meio do pelotão.

Quem vem em franca ascensão é a Toyota. Hoje, Ralf Schumacher e Jarno Trulli foram, respectivamente, 7º e 8º. O alemão reage depois das críticas e, para o Blog, marca pontos no domingo. Já o italiano deve, como de costume, chegar à superpole e cair de rendimento na corrida.

A Red Bull, por sua vez, não vem evoluindo no ritmo esperado. Já está sendo superada pela Honda e, nesse ritmo, raramente irá voltar a pontuar. Neste fim de semana, David Coulthard e Mark Webber precisarão de muita sorte para terminar entre os oito primeiros.

Depois de sinalizar uma queda, a Super Aguri volta a se recuperar. Takuma Sato e Anthony Davidson bateram, de longe, seus principais rivais: a dupla da Toro Rosso. E, de quebra, conseguiram se misturar ao bolo intermediário.

De contratos renovados, Jenson Button e Rubens Barrichello foram melhor do que o usual em treinos de sexta. O inglês fechou entre os dez primeiros, em oitavo, e o brasileiro não ficou muito longe, em 12º. A Honda pode esperar pontos no domingo. Ainda mais se chover.

Arriscados de perder o emprego no ano que vem, Vitantonio Liuzzi e Scott Speed parecem estar sem qualquer motivação. O desempenho da dupla da Toro Rosso, hoje, foi ainda pior do que o normal. Ficarem longe do pelotão intermediário e terminaram juntos, em 19º e 20º.

Por fim, a esforçada Spyker fechou a tabela de tempos. O novo líder da equipe, Adrian Sutil, fez o que pôde, correndo em casa, ou seja, numa pista que conhece bem. Seu companheiro estreante, Markus Winkelhock, sentiu dificuldades de adaptação mas, no geral, até que foi bem.

O Blog volta mais tarde para comentar os treinos das outras categorias que correm neste fim de semana. Na GP2, só para constar, as apostas do Blog formam a primeira fila do grid, com Timo Glock em primeira seguido de Lucas di Grassi. Pelo menos um palpite eu acerto. Até mais!

Agenda do Fim de Semana (20 a 22/07)

Como sempre, a Agenda do Fim de Semana chega para apontar tudo que acontecerá de mais importante no mundo da velocidade durante os próximos três dias. A Fórmula 1 é, obviamente, o grande destaque. Mas não será a única atração:

Sábado, 21 de julho de 2007
GP2: Primeira bateria da rodada dupla de Nurburgring (às 11 horas no Sportv2)

Domingo, 22 de julho de 2007
ChampCar: Etapa de Edmonton (às 4 horas no Speed, se o canal mostrar ao vivo)
FÓRMULA 1: Grande Prêmio da Alemanha (às 9 horas na TV Globo)
GP2: Segunda bateria da rodada dupla de Nurburgring (às 8 horas no Sportv2, horário ainda a confirmar)
IRL: Etapa de Mid-Ohio (às 2:30 da tarde. Band não transmite e BandSports não sei)
MotoGP: Grande Prêmio dos Estados Unidos (segundo a NET, sem transmissão do Sportv. Vamos esperar para confirmar isso)

É claro que as atenções vão se concentrar na Fórmula 1. Alguns dias atrás, num post aqui do Blog, eu disse que apostaria na McLaren. Mas com o aumento das acusações contra a equipe ao longo da semana, volto atrás.

Vou num palpite seguro. Kimi Raikkonen. O finlandês é, hoje, o piloto do "G4" em melhor forma e ainda vem em ascensão. Felipe Massa não me parece capaz de bater seu companheiro e, para Fernando Alonso e Lewis Hamilton, falta um pouquinho mais de colaboração do carro.

Para os pontos, além da BMW, chuto Ralf Schumacher. O alemão corre em casa e, se sua Toyota não quebrar, deve chegar entre os oito primeiros. Sua equipe, aliás, tem chances de bater a Renault, que se mantém estacionada no desenvolvimento do carro.
Palpite do Blog para a corrida: Kimi Raikkonen.

A GP2, como sempre, faz a preliminar da Fórmula 1. No sábado, a corrida será às 11 horas e o Sportv2 mostra. Segundo a NET, a prova de domingo terá transmissão do canal às 8 horas, em VT. Um horário estranho, para mim. Ainda a confimar.

De qualquer forma, já tenho meus favoritos. Um deles é o ainda líder do campeonato, o alemão Timo Glock, que precisa de recuperação e corre em casa. O outro é o brasileiro Lucas di Grassi (à direita), vice-líder da temporada mas que ainda deve uma vitória.
Palpites do Blog para as corridas: Timo Glock e Lucas di Grassi.

A MotoGP corre em Laguna Seca, o mais espetacular circuito dos Estados Unidos. Ainda não sei se o Sportv mostra - a programação deste domingo não aparece no site do canal. Depois de três apostas seguidas em Valentino Rossi, vou, sem muita convicção, de Casey Stoner desta vez.
Palpite do Blog para a corrida: Casey Stoner.

Ainda na América do Norte, a ChampCar realiza sua terceira etapa consecutiva no Canadá. Desta vez, na cidade de Edmonton. Como sempre, aposto em Sebastien Bourdais. Mais cedo ou mais tarde, vou acertar.
Palpite do Blog para a corrida: Sebastien Bourdais.

Por fim, teremos corrida da IRL em Mid-Ohio. A etapa não terá transmissão em TV aberta pela Band. Se a Bandsports mostrar ao vivo, será às 2:30 da tarde. Meu palpite é o neo-zelandês Scott Dixon, vencedor das últimas duas corridas.
Palpite do Blog para a corrida: Scott Dixon.

O Blog volta daqui a pouco com os comentários sobre os treinos de sexta da Fórmula 1. Até já!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Honda renova com sua dupla de pilotos de olho em 2008

Foi confirmada, hoje, a renovação do contrato do brasileiro Rubens Barrichello com a Honda. Ele ficará na equipe até o fim de 2008. Depois disso, seu destino é uma total incógnita. Por enquanto, porém, Rubinho está seguro e com grande prestígio no time japonês.

Aproveitando a oportunidade, a Honda anunciou, também, que Jenson Button continuará como titular no ano que vem. É verdade que ele ainda tinha mais tempo de compromisso com a equipe nipônica. Mas, como todos sabemos, contratos não valem lá muita coisa para o inglês.

Depois da péssima temporada que o time vem fazendo neste ano, a confirmação da permanência de ambos os pilotos soa mais como um pedido de desculpas da Honda. Algo como um prêmio pelo esforço e paciência da dupla diante da verdadeira cadeira elétrica que a equipe chama de RA107.

Se tiverem um carro à altura, Button e Barrichello têm totais condições de corresponder. Apesar de estar, atualmente, em completa desmotivação, o inglês tem potencial e pode se tornar um regular ganhador de corridas. Rubinho, por sua vez, não deve ter sua larga experiência descartada, jamais.
Para o ano que vem, as perspectivas para o time nipônico são mais otimistas, apesar da queda acentuada desta temporada. Dinheiro não é problema para a Honda. Se, então, o staff atual não corresponde, a equipe tratou de comprar talento.

Vários engenheiros de times rivais já foram contratados. Entre os principais reforços estão o novo diretor técnico, Jörg Zander, um dos responsáveis pelo crescimento recente da BMW, e o francês Luic Bigois, que vai ocupar o cargo de chefe de aerodinâmica da equipe japonesa.

É claro que a escuderia japonesa também tem seus desfalques. O mais notório deles, o brasileiro Gil de Ferran, que deixou a Honda há alguns dias. Seu trabalho, competente e quieto, vai fazer falta no time.
Enquanto 2008 não chega, os japoneses tentam diminuir o vexame que é a sua atual temporada. Os resultados - é bom que se diga - vêm melhorando nos últimos Grandes Prêmios. Mas ainda estão muito longe do potencial da equipe nipônica.

Por hoje, o Blog termina aqui. Amanhã, logo após o treino de sexta em Nurburgring, sede da próxima etapa da Fórmula 1, entra no ar a Agenda do Fim de Semana, com tudo que de melhor irá acontecer no mundo da velocidade nos próximos três dias e os palpites do escriba. Até!

A McLaren num mar de lama

E a turma de Ron Dennis vai se complicando. Ainda acredito e torço para que a McLaren seja inocente. Mas fica cada vez mais difícil acreditar que o time de Woking não utilizou os dados ilicitamente conseguidos da Ferrari.

Hoje, o mega escândalo de espionagem que abalou a Fórmula 1 ganhou fatos novos. Segundo a revista inglesa Autosport, Nigel Stepney, ex-mecânico chefe da Ferrari e estopim da crise, teria repassado informações sobre o assoalho móvel da equipe italiana para o então desenhista chefe da McLaren, Mike Coughlan, ainda no início do campeonato.

De posse do material, o funcionário da equipe inglesa teria dado início ao protesto que levou à proibição do uso da novidade pela Ferrari. Contrariada, a equipe italiana foi obrigada a retirar de seus carros o fundo que se movia nas retas e dava maior velocidade ao bólido durante os períodos de velocidade plena.

Supostamente, Stepney teria mandado um e-mail para Coughlan com as informações que prejudicaram bastante a Ferrari. Segundo a equipe italiana, não haveria como, de outro modo, a McLaren saber da existência do assoalho. Por isso, a acusação é tão grave. Apesar de tudo, ainda não há como provar que os ingleses, de fato, se aproveitaram dos dados.

Confirmados, mesmo, são os afastamentos do chefe de operações da McLaren, Martin Whitmarsh (à esquerda), e do diretor de engenharia, Paddy Lowe (à direita). Ambos teriam tido contato com o dossiê de 800 páginas que Mike Coughlan teria recebido um tempo mais tarde do episódio do assoalho. Segundo a defesa da dupla, os dois recomendaram esse último a se desfazer das informações.

Mas, apesar da atitude nobre, ambos foram afastados por serem considerados homens de confiança de Coughlan. Whitmarsh, aliás, era o número dois na hierarquia da McLaren, apenas atrás de Ron Dennis. O que só mostra a que ponto chegou a crise na equipe inglesa.

Enquanto isso, Nigel Stepney parece estar pronto para - me desculpem o termo rude - jogar merda no ventilador. Hoje, sua advogada afirmou que seu cliente "é inocente e está pronto a apontar os verdadeiros culpados". Se ele realmente fizer isso, vai respingar em muita gente importante.

A crise que o escândalo de espionagem trouxe à Fórmula 1 toma contornos cada vez mais graves e imprevisíveis. Uma punição rigorosa aos envolvidos, incluindo a própria McLaren, não pode mais ser descartada como antes.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos - Número 10

Começamos, hoje, uma nova contagem na sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Desta vez, o assunto gira em torno das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos. Atuações memoráveis e espetaculares, que serão revistas a partir de agora:

DÉCIMA COLOCADA - Michael Schumacher no G.P. da Espanha de 1996

Em toda a sua carreira, Michael Schumacher venceu 91 vezes. Nenhum desses triunfos, porém, salta aos olhos como "a grande atuação do alemão". A vitória inicial de Schumi pela Ferrari, entretanto, merece um destaque especial.

Naquela corrida da Espanha, em 1996, Schumacher justificou, pela primeira vez, o investimento feito pela equipe italiana nele. O triunfo aconteceu sob circunstâncias adversas da pista, quando o alemão geralmente se sobressai. Mais do que isso, porém: a vitória tem todo um simbolismo, por ter inaugurado a longa e dominadora parceria entre Michael e a Ferrari.

Chegando à sétima etapa daquela temporada, Schumacher já sabia que suas chances de título eram remotas. Nas seis corridas anteriores, tinha marcado apenas 16 pontos, contra 43 do líder da tabela, Damon Hill. Mas o primeiro ano do alemão na Ferrari era considerado, por ele e pela equipe, como um campeonato de aprendizado.

Vencer corridas, e não o título, era o principal objetivo. E Michael ainda estava devendo uma conquista. Nas duas corridas anteriores, em Imola, a casa da Ferrari, e em Mônaco, o alemão havia largado na pole. Na primeira, Schumacher terminou na segunda posição, atrás de Hill.

Nas ruas de Monte Carlo, porém o alemão cometeu um erro grosseiro ainda na primeira volta. Bateu, abandonou, e deixou os torcedores da Ferrari em dúvida de sua capacidade. Será que o investimento valeria a pena?

Em Barcelona, no circuito de Montmeló, Schumacher era o terceiro no grid. Na sua frente, a dupla da Williams, Hill e Jacques Villeneuve. Seriam os pilotos da escuderia inglesa os favoritos? Não, porque chovia horrores.

E, nestas condições, as apostas recaíam sobre Michael. O alemão, como esperado, correspondeu, vencendo. Mas, naquela corrida, fez muito mais do que simplesmente chegar em primeiro. Deu um verdadeiro show.

Na largada, Schumacher saiu muito mal e cai para sexto. Villeneuve liderava, seguido de Jean Alesi. Hill encontrava grandes dificuldades na pista molhada e vinha só em terceiro. O spray era gigantesco e a chuva, incessante.

Logo, os acidentes começaram a acontecer. Antes do fim da primeira volta, David Coulthard, Pedro Lamy, Ricardo Rosset e Giancarlo Fisichella já estavam fora. No segundo giro, Olivier Panis e Eddie Irvine, o companheiro de Schumacher, eram os próximos a abandonar.

Nessa altura, o alemão já havia passado Rubens Barrichello, pulando para quinto. E, logo depois, ganharia mais uma posição, quando Damon Hill saiu da pista pela primeira vez. O inglês ainda daria outras duas escapadas antes de abandonar, na 12ª volta, sem conseguir se entender com as péssimas condições da pista.

Schumacher, pouco a pouco, começava a demonstrar a sua superioridade. Superou Gerhard Berger, passando para terceiro, e fazendo a volta mais rápida no processo. O alemão, então, encostou em Alesi, na luta pelo segundo lugar.

Pelas próximas voltas, Michael estudou a manobra. Ele escolheu o cotovelo Seat para executar a ultrapassagem. No nono giro, de maneira calculada e precisa, o alemão deixava Alesi para trás até com relativa facilidade.

Em comparação com os outros pilotos, Michael parecia estar correndo em outra categoria. Não demorou muito, colou no líder Villeneuve. O canadense, por sinal, fazia uma excelente corria, considerando sua falta de experiência na chuva.

Mas por melhor que Villeneuve estivesse, não seria o suficiente para segurar Schumacher. Na 12ª volta, o alemão passou o canadense e pegou a liderança, que não perderia mais. Até o final da corrida, foi um passeio de Michael.

Sua condução, segura e perfeita, era um show à parte. Não raramente, o alemão deixava sua Ferrari escorregar pela pista, apenas para segurar a derrapagem controlada no último momento possível.

A oposição não tinha o que fazer. Rubens Barrichello, de todos os outros, foi o melhor. O brasileiro era o segundo colocado, até sofrer uma quebra quando faltavam apenas vinte voltas para o fim.

Na frente, Michael abria uma vantagem superior a meia pista. Ao cruzar a linha de chegada, tinha 45 segundos de distância para Alesi, que superou Villeneuve na batalha pelo segundo lugar. Apenas seis pilotos completaram a corrida, que teve praticamente duas horas de duração.

Pareceu fácil, mas não foi. Se não bastasse a chuva, Schumacher ainda teve outras dificuldades. A partir da 18ª volta, o motor da Ferrari começou a fazer um barulho estranho, que levou o alemão a fazer um pit stop extra.

No fim da corrida, descobriu-se que, na maior parte do Grande Prêmio, Michael correu com dois cilindros a menos, o que significava um prejuízo de 10 km/h de velocidade nas retas. Mesmo assim, o alemão continuou a ser amplamente superior à concorrência, abrindo distância até o final. Um desempenho simplesmente assombroso.

Schumacher dominou por absoluto em condições advervas, circunstância em que os verdadeiros grandes pilotos aparecem. Pela sua exibição de outro nível, por ter superado as dificuldades do carro e da pista, e pelo fato de ter, nessa corrida, inaugurado sua longa relação de vitórias com a Ferrari, Michael Schumacher leva o décimo lugar da nossa lista.

A seguir, um vídeo com um trecho da corrida, narrado em inglês:



A sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na semana que vem, com os números 9, 8 e 7 do nosso ranking. Daqui a pouco, o Blog retorna comentando as notícias do dia. Até já!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Nelsinho cada vez mais próximo da estréia pela Renault

"Ele tem uma boa chance de assumir o carro da Renault no ano que vem". Foi com essas palavras que o chefão da equipe francesa, Flavio Briatore, se referiu, hoje, ao brasileiro Nelson Angelo Piquet . A cada dia que passa, fica mais claro que o desejo do dirigente italiano é efetivar Nelsinho como piloto titular da atual campeã de construtores.

Envolvido recentemente em uma série de boatos que o colocaram como titular na Williams, Nelsinho não precisa, ainda, forçar a entrada na Fórmula 1 pela porta dos fundos. Na outrora grande equipe inglesa, ele estaria condenado, no máximo, ao meio do pelotão.

Basta esperar mais um pouco e a chance na Renault vai acabar pintando. É fato que os franceses não estão completamente satisfeitos com a atual dupla de pilotos. Heikki Kovalainen até vem mostrando evolução, após um início de ano muito instável.

Mas Giancarlo Fisichella não acompanha o nível da equipe. É mediano. E nada mais do que isso. Depois de dois anos e meio numa equipe grande do pelotão, o italiano só conseguiu uma dupla de vitórias, além de alguns podiuns ocasionais.

É muito menos do que dele se espera. Além disso, o contrato de Fisichella com a Renault acaba no fim do ano. É estranho que, até agora, a mídia tenha dado como maior possibilidade a renovação do italiano com a equipe francesa.

Porque, pela lógica, Fisico não merece um novo compromisso. Finalmente, porém, Flavio Briatore parece ter começado o processo de fritura do italiano. Que, sejamos honestos, já poderia ter se iniciado muito antes.

Para o Blog, a Renault cai em si e vai na escolha óbvia. Para o ano que vem, Heikki Kovalainen e Nelson Angelo Piquet será a dupla da equipe francesa. E escrevam o que estou dizendo: Nelsinho estréia ainda esse ano no G.P. do Brasil, última corrida da temporada da Fórmula 1 em 2007.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos - Essas ficaram de fora

Terminamos, ontem, a contagem das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos. Momentos geniais e fantásticos da Fórmula 1, guardados com carinho por qualquer fã da velocidade. A lista final ficou assim:

AS DEZ MAIORES MANOBRAS DE ULTRAPASSAGEM DE TODOS OS TEMPOS

1. Nelson Piquet sobre Ayrton Senna - G.P. da Hungria de 1986
2. Mika Hakkinen sobre Michael Schumacher - G.P. da Bélgica de 2000
3. Ayrton Senna sobre Niki Lauda - G.P. de Mônaco de 1984
4. Kimi Raikkonen sobre Giancarlo Fisichella - G.P. do Japão de 2005
5. Gilles Villeneuve sobre Alan Jones - G.P. da Holanda de 1979
6. Juan Pablo Montoya sobre Michael Schumacher - G.P. do Brasil de 2001
7. Michael Schumacher sobre Kimi Raikkonen - G.P. do Brasil de 2006
8. Nigel Mansell sobre Nelson Piquet - G.P. da Inglaterra de 1987
9. Jacques Villeneuve sobre Michael Schumacher - G.P. de Portugal de 1996
10. Fernando Alonso sobre Michael Schumacher - G.P. da Hungria de 2006

Mas não foram só essas manobras que fizeram história na categoria. A seguir, uma breve lista com outras ultrapassagens espetaculares, que foram consideradas mas acabaram fora do ranking. Vamos a elas:

Emerson Fittipaldi sobre Jackie Stewart e François Cevert - G.P. da Argentina de 1973
Não há vídeo nem fotos documentando essas duas ultrapassagens. Mas, segundo o próprio Emerson, sua exibição naquele dia foi a melhor de sua carreira, batendo suas outras 13 vitórias na Fórmula 1 e as duas de Indianapolis. Pelo que consta, as manobras foram feitas no único setor possível da pista de Buenos Aires, onde havia uma gigantesca poça de óleo.

Rene Arnoux sobre Gilles Villeneuve, Gilles Villeneuve sobre Rene Arnoux,Rene Arnoux sobre Gilles Villeneuve, Gilles Villeneuve sobre Rene Arnoux e assim sucessivamente - G.P. da França de 1979
No circuito de Dijon, nas três voltas finais, Villeneuve e Arnoux travam o maior duelo da história da Fórmula 1. De maneira espetacular, trocam de posição várias vezes em manobras agressivas e espetaculares. Só não entra na lista porque não se trata de uma ultrapassagem só, mas de várias feitas uma após a outra.

Nigel Mansell sobre Ayrton Senna - G.P. da Hungria de 1989
Saindo de 12º no grid, Mansell vence após esplêndida corrida de recuperação. Ganha a liderança ao aproveitar um descuido de Senna, que hesita diante de um retardatário. Mais um momento brilhante do Leão Inglês.

Jean Alesi sobre Ayrton Senna - G.P. dos Estados Unidos de 1990
Com a Tyrrell muito inferior à McLaren de Senna, Alesi luta bravamente contra o brasileiro. Consegue reagir com uma ultrapassagem ousada e espetacular logo depois de ter perdido a liderança para Ayrton. Não foi o suficiente, porém: Jean perderia de vez o primeiro lugar na volta seguinte, tendo de se contentar com o segundo posto.

Nigel Mansell sobre Gerhard Berger - G.P. do México de 1990
De todas que ficaram de fora, aquela que tirei da lista com mais pesar. Mansell passa Berger por fora, de forma absolutamente sensacional, a duas voltas do fim na perigosa curva Peralta do circuito da Cidade do México. Só na entra no ranking porque optei pela manobra que o inglês fez sobre seu maior rival, Nelson Piquet, em Silverstone, 1987.

Alain Prost sobre Nelson Piquet e Jean Alesi - G.P. dos Estados Unidos de 1991
Prost mostra que também sabe passar e, numa manobra só, supera Piquet e Alesi para ganhar o segundo lugar no G.P. dos Estados Unidos de 1991. Ultrapassagem calculada do francês, naquele que talvez foi seu único momento realmente bom na sua última temporada pela Ferrari.

Nigel Mansell sobre Alain Prost - G.P. de Mônaco de 1991
Mansell apronta mais uma vez. Em Mônaco, na chicane após o Túnel, consegue uma manobra dificílima sobre Prost, num ponto de ultrapassagem quase impossível. Uma prova da agressividade que é a marca do inglês.

Nigel Mansell sobre Ayrton Senna - G.P. da Espanha de 1991
Os dois candidatos ao título do ano ficam lado a lado em segundos de tirar o fôlego, até Mansell finalmente concluir a manobra no fim da reta. Um toque de rodas ficou assustadoramente próximo, mas a habilidade dos dois impediu o contato.

Ayrton Senna sobre Damon Hill - G.P. do Brasil de 1993
Correndo em casa, Senna vence após aplicar um belíssimo "x" em Hill. Foi, talvez, a manobra plasticamente mais bela da história da Fórmula 1.

Ayrton Senna sobre Michael Schumacher, Karl Wendlinger, Damon Hill e Alain Prost - G.P. da Europa de 1993
Numa primeira volta antológica, Senna supera todos os seus rivais em aproximadamente um minuto. Só não entrou na lista porque o escriba do Blog considerou que poderia descaracterizar o ranking. Afinal de conta, não foi uma, mas várias manobras espetaculares, feitas em uma seqüência alucinante.

Michael Schumacher sobre Jean Alesi - G.P. da Europa de 1995
Depois de estar mais de trinta segundos atrás de Alesi, Schumacher se recupera para vencer na pista mais próxima de sua cidade natal. Uma manobra difícil e calculada, na chicane que, hoje, leva o nome do heptacampeão.

Eddie Irvine sobre Michael Schumacher e Jacques Villeneuve - G.P. do Japão de 1997
Na pista de Suzuka, que conhece com a palma da mão, Irvine passa seu companheiro Schumacher e o líder Villeneuve em uma só manobra. Por fora, no trecho de esses velozes após a reta principal. Ultrapassagem estudada e milimétrica.

Michael Schumacher sobre Mika Hakkinen - G.P. da Itália de 1998
Cego pela fumaça do motor estourado de Coulthard, Hakkinen perde tempo e deixa Schumacher encostar. Na raça, o alemão passa o finlandês na primeira perna da curva di Lesmos, colocando um belíssimo "x" no rival.

Rubens Barrichello sobre Ralf e Michael Schumacher - G.P. da Espanha de 2000
Nas voltas finais, Barrichello se aproveita da luta entre os irmãos e passa os dois ao mesmo tempo, numa única manobra sortuda mas também certeira e corajosa.

David Coulthard sobre Michael Schumacher - G.P. do Brasil de 2001
Na parte derradeira da corrida, Coulthard passa Schumacher com a ajuda do retardatário Tarso Marques, que fica entre os dois. O escocês vence brilhantemente na chuva, estado em que o alemão era considerado bem melhor.

Rubens Barrichello sobre Kimi Raikkonen - G.P. da Inglaterra de 2003
Com garra e ousadia, Barrichello supera Raikkonen na luta pelo primeiro lugar, seguindo na direção da vitória. A manobra é feita em dois tempos, primeiro na chicane Abbey e depois na velocíssima curva Bridge.

Juan Pablo Montoya sobre Michael Schumacher - G.P. da Bélgica de 2004
Na antiga configuração da Bus Stop, Montoya mais uma vez bate Schumacher. Desta vez, com uma manobra por fora, ousada e dificílima.

Fernando Alonso sobre Michael Schumacher - G.P. do Japão de 2005
Alonso supera Schumacher na perigosa curva 130R. A manobra é feita por fora, de forma corajosa e decidida. Não seria a única do espanhol sobre o alemão no dia. Uma outra, também por fora mas desta vez no fim da reta principal, viria mais tarde.

Certamente, não foram só essas as ultrapassagens que merecem menção. Mas a falta de espaço impede o escriba do Blog de citar outras. A seguir, temos um dos melhores vídeos sobre o assunto na Internet, com várias manobras da história da Fórmula 1. Algumas já comentadas aqui e outras não:



Amanhã, estarei, finalmente, numa arquibancada dos Jogos Pan-Americanos, assistindo as provas de remo na Lagoa Rodrigo de Freitas. Com isso, a sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta só a partir da parte da tarde, com o número 10 da nova lista das Dez Maiores Perfomances Individuais de Todos os Tempos.

Ainda hoje, porém, o Blog volta com um último post sobre uma importante notícia do dia. Até já!

Mercado de pilotos começa a se agitar

Com a demissão de Christijan Albers da Spyker, a Fórmula 1 teve confirmado seu segundo troca-troca do ano. Agora há pouco, foi anunciado que o alemão Markus Winkelhock (à esquerda) será o substituto do holandês. Entretanto, ele está garantido apenas no Grande Prêmio da Europa, próxima corrida do calendário.

Será a primeira corrida de Markus, filho de Manfred, ex-piloto da Fórmula 1 na década de 80 e tragicamente morto num acidente com carros de turismo. O tio do estreante, Joachin, também se aventurou na categoria com a fraca equipe AGS, em 1989, sem conseguir se classificar para nenhuma corrida.

Menos badalado do que outros herdeiros de pilotos, como Nico Rosberg, Nelson Angelo Piquet e Bruno Senna, Markus Winkelhock já não é tão jovem assim - conta 27 anos. Mas a Spyker acertou na sua escolha. Melhor dar chance a um estreante do que manter um piloto que não tem mais nada a mostrar, como Albers.

Depois da corrida de Nurburgring, o piloto que ocupará o segundo cockpit da equipe holandesa continua uma incógnita. Pode ser Giedo van der Garde, Christian Klien ou o próprio Winkelhock. Piloto de testes da Spyker, o espanhol Adrian Vallés é outro candidato, tendo afirmado em entrevista, hoje, que pode correr a partir do Grand Prêmio da Hungria.

Enquanto isso, a Toro Rosso acena com a possibilidade de colocar os quase-xarás Sebastien e Sebastian como titulares ano que vem. Para o francês Bourdais (à esquerda), finalmente uma chance na Fórmula. Nessa altura, o tri-campeão da ChampCar não tem mais nada a perder. Para o Blog, deveria aceitar o convite.

Seu companheiro de equipe seria o alemão Vettel (à direita). De forma contrária, ele ainda é muito jovem e corre o risco de jogar a carreira fora se entrar como titular da Toro Rosso em 2008. Andar no fim do pelotão é receita para queimar um piloto. E a promessa alemã não precisa apressar sua entrada na Fórmula 1 já agora.

Para a sucursal da Red Bull, a confirmação da dupla seria excelente. Sebastien Bourdais e Sebastian Vettel são muito rápidos e serviriam muito bem à equipe. Pena que o carro, dificilmente, acompanhará o nível dos pilotos.

Por fim, outro alemão, Michael Ammermüller (à esquerda), perdeu seu emprego na GP2. Será substituído pelo suíço Sebastien Buemi na equipe ART. Não se sabe, ainda, se a troca aconteceu por razões médicas ou se, de fato, houve uma demissão.

Superado pelo brasileiro Lucas di Grassi ao longo do ano, Ammermüller é uma grande promessa do automobilismo alemão. Chegou a ser chamado, com certo exagero, de "o outro Michael". Ainda tem contrato como piloto de testes da Red Bull, mas sua carreira começa a se complicar com a confirmação de sua saída da ART, uma das maiores equipes da GP2.

O Blog volta ainda hoje com a sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Hoje, uma olhada nas manobras que não entraram na lista das maiores ultrapassagens. E, a partir de amanhã, o início do novo ranking: As Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos. Nos vemos logo mais!

A McLaren pagou??

(Esse post estava programado para ir ao ar ontem. Mas não foi em virtude do acidente aéreo em Congonhas. As notícias, portanto, não são do dia de hoje. Já receberam, porém, as atualizações necessárias).

Notícia grave que chega do jornal britânico Daily Mail. Segundo o periódico, a McLaren pagou para ter o dossiê com informações sigilosas da Ferrari. A informação chega do relatório dos promoteres italianos, que investigam o imbróglio na corte de Modena.

Ainda segundo o jornal, a polícia da Itália vai quebrar o sigilo bancário de Nigel Stepney, ex-mecânico chefe da Ferrari. Segundo os promores, teria sido ele o homem pago para entregar os dados da Ferrari para a McLaren.

Ao mesmo tempo, o periódico italiano La Gazzeta dello Sport noticia informações técnicas do dossiê. Segundo o jornal, os dados repassados incluíam a telemetria de corridas deste ano e análises do comportamento dos pneus, dos motores e do modelo F2007.

Também ontem, porém, o espanhol Joaquin Verdegay, membro da corte especial da FIA, declarou que muito dificilmente a McLaren será considerada culpada no caso. Para ele, é quase impossível afirmar com certeza se os ingleses utilizaram os dados da Ferrari.

Quem acompanha o caso pelos jornais, como o escriba do Blog, não tem como formar opinião baseado no que leu até esse ponto. A McLaren pagou? Usou mesmo as informações da rival? Simplesmente não dá para saber.

De qualquer forma, as acusações feitas ontem são as mais graves de todo o caso até agora. A partir de agora, a honestidade da McLaren ficará, constantemente, em xeque. Uma pena, porque um dos campeonatos de maior emoção dos últimos tempos ganha uma mancha que dificilmente será limpada.

A Red Bull anunciou a contratação de Geoff Willis (à esquerda), ex-Williams e Honda, como o novo diretor-técnico da equipe das bebidinhas energéticas. Ele vai reeditar com Adrian Newey a dupla que estava presente na época de ouro da Williams, quando dominaram a Fórmula 1 na década de 90.

Eis, aí, um time a ser observado. A Red Bull, em médio prazo, tem tudo para se tornar uma equipe grande. Faz contratações estudadas e não desperdiça dinheiro como Honda e Toyota. Só faltam, agora, pilotos bons de verdade.

Ao mesmo tempo, a BMW sofre com vários baixas no seu staff técnico. Os profissionais estão sendo contratados por equipes rivais, impressionadas com o salto que a ex-Sauber deu esse ano. Não é, ainda, suficiente para temer uma queda no rendimento do time de Heidfeld e Kubica.

Mas, na Fórmula 1, tudo anda muito rápido e não será surpresa se a BMW experimentar, num futuro próximo, uma baixa no seu rendimento. Pelo menos, a equipe mantém como principal dirigente o competente Mario Theissen (à direita), capaz de conduzir o time mesmo com os desfalques no setor técnico.

Indianapolis perdeu a Fórmula 1, mas ganha a MotoGP a partir do ano que vem. O circuito a ser utilizado por Valentino Rossi, Casey Stoner e companhia foi revelado ontem, em sites como o Grande Premio. E não será aquele que a Fórmula 1 usava.

Em sentido anti-horário, ou seja, o mesmo do oval, a pista aproveita trechos do circuito misto e também a reta principal. As motos não farão, porém, nenhuma das curvas inclinadas de Indianapolis em plena aceleração, ao contrário do que acontecia na Fórmula 1.


Se, um dia, a categoria voltar ao maior templo do automobilismo mundial, provavelmente usará essa configuração. Infelizmente, enquanto o dinheiro continuar sendo mais importante que o esporte, muito dificilmente esse cenário irá se realizar.

O Blog volta logo comentando a entrada do alemão Markus Winkelhock na Spyker e a situação atual do mercado de pilotos. E, mais tarde, a sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix revê as manobras que não entraram na lista das maiores ultrapassagens. Até já!

terça-feira, 17 de julho de 2007

Post em OFF - A tragédia de Congonhas

Perde qualquer sentido escrever sobre automobilismo depois do acidente com o avião da TAM desta terça-feira. Já tinha um post pronto para levar ao ar neste final da tarde. Mas acho melhor não publicar nada antes do dia de amanhã. Diante da tragédia - anunciada, por sinal - todo o resto é irrelevante.

O Blog volta nesta quarta. Até mais.

Gil pula fora do barco furado da Honda

A notícia mais importante do dia de ontem, que o Blog comenta com um pequenino atraso, foi a saída do brasileiro Gil de Ferran da Honda. O bi-campeão da ChampCar e vencedor das 500 milhas de Indianapolis ocupava o cargo de diretor-técnico da equipe japonesa desde o início de 2005.

De acordo com o que foi dito, Gil saiu em comum acordo com a Honda. Nem o brasileiro nem a diretoria do time deram maiores explicações sobre as razões do fim do relacionamento. Analisando bem a situação, podemos chegar a algumas conclusões.

Conhecido por seu estilo metódico e pelo perfeccionismo na execução das tarefas, Gil certamente não estava feliz com sua importância secundária na Honda. Ao contrário do que foi prometido quando o brasileiro chegou à equipe japonesa, a maior parte das decisões não passava por ele.

Nick Fry, o diretor-geral da Honda, é quem realmente manda no time. E isso certamente não deixou Gil contente. Não pela necessidade de comandar as pessoas, mas por testemunhar decisões erradas e incompetentes sem poder corrigí-las.

De forma geral, quem perde mais, sem dúvida nenhuma, é a Honda. Enquanto Gil já pode se considerar um profissional com uma história repleta de sucessos, a equipe japonesa ruma perigosamente para o caminho do fracasso. Junta-se à rival Toyota como um time que só joga dinheiro fora, sem resultados efetivos dentro da pista.

Gil não precisa provar mais nada a ninguém. Não fazia sentido, para ele, continuar numa função sem importância dentro da equipe. Azar da Honda, que desperdiça toda a experiência e capacidade do brasileiro.

No barco furado da equipe japonesa, Gil de Ferran não permanece mais.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos, Número 1

O tão esperado post com o grande campeão da nossa lista chega um pouco atrasado por conta da natação nos Jogos Pan-Americanos. Agora que Thiago Pereira já deu seu show, podemos voltar ao automobilismo. Vamos conhecer a manobra antológica que faturou o primeiro lugar no ranking das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos:

10. Alonso sobre Schumacher - Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher - Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet - Inglaterra/1987
7. Schumacher sobre Raikkonen - Brasil/2006
6. Montoya sobre Schumacher - Brasil/2001
5. Villeneuve sobre Jones - Holanda/1979
4. Raikkonen sobre Fisichella - Japão/2005
3. Senna sobre Lauda - Mônaco/1984
2. Hakkinen sobre Schumacher - Bélgica/2000
PRIMEIRA COLOCADA - Nelson Piquet sobre Ayrton Senna, G.P. Da Hungria de 1986

Essa não foi difícil de adivinhar, hein? Pelo menos entre nós, brasileiros, a manobra de Piquet sobre Senna ficou marcada. Epicentro de discussões estúpidas entre piquetistas e sennintas, a ultrapassagem não deve ser lembrada para estimular o debate interminável sobre quem é melhor.

Mas sim para celebrar a maestria da dupla de pilotos, e o duelo antológico que os dois tiveram naquele G.P. da Hungria. Um duelo que alimentou a rivalidade de Piquet e Senna fora da pista. Mas, também, confirmou a genialidade de ambos dentro de um carro de corrida.

O ano de 1986 estava sendo muito mais difícil para Nelson Piquet do que qualquer especialista seria capaz de prever. Depois de vencer a etapa inaugural da temporada, no Rio de Janeiro, o até então bi-campeão mundial tinha entrado numa má fase da qual parecia não ter condições de sair.

Piquet não só amargava um jejum de vitórias como também começara a ser batido pelo seu companheiro de equipe, Nigel Mansell. Uma surpresa até para os ingleses, que fizerem de Mansell seu novo ídolo nacional.

No Grande Prêmio da Inglaterra, nona etapa do ano, Piquet perdeu um duelo direto contra o companheiro. Ali, rompeu com praticamente toda a equipe. A partir daquele ponto, não mais dividiria com Mansell seu acerto do carro, que o inglês copiava, sem vergonha.

A tática rendeu frutos já na corrida seguinte. No Grande Prêmio da Alemanha, Piquet venceu pela primeira vez desde o Brasil. E venceria ainda duas das próximas três corridas seguintes. Um desses triunfos aconteceu na Hungria.

Estreando na Fórmula 1, o circuito de Hungaroring ainda não era tão odiado pelos fãs e pilotos. Mesmo assim, já demonstrava, de cara, sua configuração travada e de baixa velocidade, que tornava as ultrapassagens uma tarefa um tanto complicada.

A classificação seria importante, e nela quem se deu bem foi Ayrton Senna, que conquistou sua sétima pole de 1986. Nelson Piquet era o segundo no grid. Alain Prost, Nigel Mansell, Keke Rosberg e a surpresa Patrick Tambay completavam os seis primeiros, nessa ordem.

Na largada, Senna saiu bem e contornou a curva inicial na frente, sem dificuldades. Atrás dele, Piquet e Prost largaram mal. Mansell se aproveitou disso e pulou para segundo, com seu companheiro logo atrás, em terceiro.

Não demorou muito para que Piquet mudasse a ordem. No início da segunda volta, Nelson passou Mansell, e partiu na caça de Senna. No décimo-segundo giro, numa manobra difícil e ousada, passou Ayrton no final da reta principal, tomando a liderança.

Piquet liderou até a 35ª volta, quando fez seu pit stop programado. Senna voltou ao primeiro posto e, nesse ponto, andou forte para conseguir abrir uma boa vantagem. Depois que fez sua parada, Ayrton se manteve como líder.

Na segunda colocação, Piquet não aceitaria, porém, uma derrota tão facilmente. Colou em Senna e arquitetou sua manobra. Na 55ª volta, Nelson entrou colocado na reta principal atrás da Lotus de Ayrton.

A ultrapassagem convencional consistia em pegar o vácuo do carro da frente e entrar pela linha de dentro, freiando mais tarde para completar a manobra. Piquet tentaria isso. Só que, tendo Senna como adversário, não seria uma tarefa tranqüila.

Nelson não consegue chegar ao fim da reta emparelhado com Ayrton. Mesmo assim, vai em frente. Chega a ultrapassar a Lotus, mas retarda a freiada mais do que podia e permite a recuperação de Senna. Piquet teria de tentar o plano B.

Duas voltas depois, a segunda tentativa. Mais uma vez, Nelson está colado no carro de Ayrton. Só que, como também fizera na outra oportunidade, Senna desloca-se para o meio da pista, deixando Piquet sem espaço para a ultrapassagem.

Então, surpreendentemente, Nelson abre por fora. Por fora? Sim, e lá foi ele. De novo, ele não está lado a lado com Ayrton quando os dois chegam ao ponto de frenagem. Talvez pensando tratar-se de uma tentativa inútil, Senna alivia um pouco antes do que devia. Um erro imperdoável.

Piquet freia no último instante possível, deixando sua Williams deslizar de lado enquanto controla a derrapagem com uma habilidade impressionante. Nos dois ou três segundos seguintes, executa aquela que para muitos - inclusive o escriba do Blog - é a maior ultrapassagem já vista numa corrida de Fórmula 1.

Por duas vezes, sua Williams teima em escapar. Mas Nelson segura com força o carro, travando as rodas em ambas as oportunidades. Parecia impossível. Piquet, porém, conclui a manobra, voltando para a linha normal exatamente na frente de Senna, que ainda tem de tirar o pé para não bater.

Uma ultrapassagem antológica. Para Jackie Stewart, "foi como fazer um looping num Boeing 747". Uma definição que fala por si mesma. Até o fim da corrida, foi um passeio para Nelson. Na bandeirada, tinha 17 segundos de vantagem sobre Ayrton. E conseguia aquela que, muito provavelmente, foi a maior de suas vitórias.

Pela ousadia, pelo controle absolutamente formidável e espetacular de sua Williams, e por ter realizado a manobra em cima do seu grande rival, o provável piloto mais difícil de ser ultrapassado na história da Fórmula 1, Nelson Piquet leva o primeiro lugar na lista da Dez Maiores Manobras de Ultrapassagens de Todos os Tempos.


Como sempre, o vídeo:



Amanhã, uma rápida palavrinha sobre as manobras que não entraram na lista, mas merecem menção. E, a partir de quinta, já começamos o nosso novo ranking. Dessa vez, contaremos as Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos. Alguém já tem favorito?

O Blog volta mais tarde comentando a saída de Gil de Ferran da Honda, anunciada ontem. E, possivelmente, teremos ainda outros posts sobre as notícias desta terça-feira. Nos vemos já!