sábado, 15 de dezembro de 2007

O sábado no mundo da velocidade

Dia de noticiário pouco agitado na Fórmula 1. De importante, mesmo, apenas a confirmação de que a Honda deve seguir oferecendo suporte técnico e financeiro para Super Aguri, numa atitude essencial para a sobrevivência da simpática equipe do ex-piloto Aguri Suzuki. Segundo a revista Auto Motor und Sport, o apoio da Honda continua na temporada 2008, mas não está garantido depois disso.

Nas palavras da reportagem, a situação da Super Aguri está "totalmente aberta". Ao que parece, o desejo da Honda é colocar sua "filial" à venda para empresários dispostos a invertir na Fórmula 1. Por enquanto, porém, a Super Aguri permanece sendo sustentada pela montadora japonesa. Agora, é esperado para as próximas semanas o anúncio da dupla de pilotos da Aguri para 2008. Takuma Sato está praticamente assegurado, enquanto Anthony Davidson e Luca Filippi brigam pela outra vaga.

Enquanto isso, Mark Webber encontrou jornalistas durante um evento na Alemanha, e falou bastante sobre as suas expectativas para a próxima temporada. Comentando as perspectivas da Red Bull, o australiano foi claro: "Seria ótimo lutar com a BMW pelo terceiro lugar no Mundial de Construtores, mas a briga vai ser muito acirrada. Se o nosso carro for confiável, vamos evoluir. Em condições normais, porém, uma vitória ainda está fora de questão".

Sobre o amigo Fernando Alonso, Webber também deu seus pitacos: "Ele vai começar o ano bastante motivado, mas não deve alcançar o mesmo sucesso que teve na McLaren". Webber, um sujeito que às vezes fala demais, foi muito sensato dessa vez. Apostar em vitórias para a Red Bull, pelo menos no curto prazo, é muito arriscado. E a posição de Alonso é esta mesmo: na Renault, o espanhol dificilmente vai ter condições de levar o título...

Por fim, vale mencionar que a "brincadeira" de Michael Schumacher com um táxi na última semana pode sair caro para o alemão. Para quem não conhece a história: atrasado para pegar um avião, Schumi pediu ao motorista do táxi onde estava para assumir a direção. Uma vez no comando, o heptacampeão "realizou ultrapassagens fantásticas e correu a toda velocidade nas curvas", segundo o relato do taxista Tuncer Yilmaz, que ficou no banco do carona.

Pois bem: o diário Bild relata neste sábado que o diretor de tráfego da cidade de Coburg - local das peripéricas de Schumacher com o táxi - está ameaçando processar o alemão por "ofensa contra as leis de trânsito". Se for condenado, Schumi pode até perder a carteira de motorista. Nesse caso, o heptacampeão talvez precisasse passar por um curso de reciclagem.

Alguém aí teve a sensação de já ter visto isso antes?



A Corrida dos Campeões definiu hoje os confrontos do torneio individual durante um sorteio que contou com a presença da imprensa. Logo de cara, alguns duelos acirrados já vão acontecer. Ganhador do evento em 2004, o finlandês Heikki Kovalainen, por exemplo, pegou uma baita pedreira: o novato Sebastian Vettel.

Outro confronto bem interessante envolve os dominadores de duas das principais categorias norte-americanas: Jimmie Johnson, bicampeão da Nascar, e Sebastien Bourdais, tetra da ChampCar. Por sua vez, o heptacampeão Michael Schumacher - aposta do Blog - vai enfrentar o norueguês Henning Solberg, do Mundial de Rally. Vencedor da Corrida dos Campeões no ano passado, o sueco Mattias Ekström corre contra o vice-campeão do Mundial de Rally, Marcus Grönholm.

No campeonato entre equipes, a rivalidade histórica entre Inglaterra e Escócia será testada já na primeira fase. O cruzamento, aliás, colocou em lados opostos os astros Jenson Button e David Coulthard. Além da batalha entre ingleses e escoceses, a disputa entre Alemanha (Schumacher e Vettel) e Estados Unidos (Johnson e Travis Pastrana) também deve ser bastante interessante.

Atual campeã entre as nações e palpite do Blog, a Finlândia (Kovalainen e Grönholm) estréia contra o combinado da Escandinávia (Ekström e Tom Kristensen). Durante os últimos dois dias, os pilotos tiveram a primeira chance de treinar na pista montada dentro do estágio de Wembley, em Londres. Amanhã, a competição acontece no estilo mata-mata, com o vencedor avançando e o derrotado sendo já eliminado.

A seguir, os cruzamentos do torneio individual:

Michael Schumacher (ex-Fórmula 1) x Henning Solberg (Mundial de Rally)
Jenson Button (Fórmula 1) x Alister McRae (Mundial de Rally)
Jimmie Johnson (Nascar) x Sebastian Bourdais (ex-ChampCar, atual Fórmula 1)
David Coulthard (Fórmula 1) x Petter Solberg (Mundial de Rally)
Heikki Kovalainen (Fórmula 1) x Sebastien Vettel (Fórmula 1)
Andy Priaulx (Mundial de Turismo) x Yvan Muller (Mundial de Turismo)
Mattias Ekstrom (DTM) x Tom Kristensen (Le Mans/DTM)
Marcus Gronholm (Mundial de Rally) x Travis Pastrana (Motocross)

Logo abaixo, os confrontos do campeonato entre equipes:

França x Noruega (Bourdais x H.Solberg/Muller x P.Solberg)
Finlândia x Escandinávia (Kovalainen x Kristensen/Grönholm x Ekström)
Escócia x Inglaterra (Coulthard x Button/McRae x Priaulx)
Estados Unidos x Alemanha (Johnson x Schumacher/Pastrana x Vettel)

A Corrida dos Campeões de amanhã tem início às 15 horas de Brasília. Já tentei vários links diferentes para o canal Eurosports, que vai transmitir o evento ao vivo. Até agora, nenhum funcionou. Se alguém puder ajudar, o escriba do Blog agradece muito!


O título da Fórmula Truck é uma possibilidade apenas remota para Roberval Andrade, mas o vice-líder da temporada 2007 tem um excelente chance de, ao menos, fechar o ano com uma vitória. Neste sábado, Andrade cravou a pole position para a etapa de amanhã da Truck, em Brasília, que encerra o atual campeonato da categoria.

Já fora da briga pelo troféu de campeão, o veterano Renato Martins conseguiu uma ótima segunda posição no grid, com um tempo apenas um décimo mais lento do que o de Andrade. Logo na seqüência, Jonathas Borlenghi larga de terceiro, enquanto Leandro Totti estabeleceu a quarta melhor marca.

Ao mesmo tempo, o primeiro colocado na tabela de pontos, Felipe Giaffone, teve um dia bastante difícil. Num dos treinos da manhã, ele perdeu o controle de seu Volkswagen e acertou a barreira de pneus, paralisando as atividades de maneira momentânea. No treino classificatório, porém, Giaffone se recuperou e marcou o quinto tempo, um bom resultado diantes das circunstâncias.

Por sua vez, o palpite do Blog, Geraldo Piquet, teve um desempenho discreto. Vencedor em Brasília no ano passado, o filho mais velho de Nelsão foi apenas o 12º, mas subiu para oitavo depois que nada menos do que onze pilotos foram desclassificados por excesso de fumaça. A seguir, o grid da largada para a etapa de amanhã da Fórmula Truck:

1. Roberval Andrade/São Paulo/Scania, 1:12.356s
2. Renato Martins/São Paulo/Volkswagen 1:12.447s
3. Jonathas Borlenghi/São Paulo/Volkswagen, 1:12.678s
4. Leandro Totti/Paraná/Ford, 1:13.199s
5. Felipe Giaffone/São Paulo/Volkswagen, 1:13.690s
6. Djalma Fogaça/São Paulo/Ford, 1:13.888s
7. José Maria Reis/Goiás/Scania, 1:14.053s
8. Geraldo Piquet/Distrito Federal/Mercedes, 1:14.189s
9. Valmir Benavides/São Paulo/Volkswagen, 1:14.326s
10. André Carreira/Paraná/Volvo, 1:14.759s

Com transmissão ao vivo da Band, a finalíssima da Truck está marcada para as 14 horas de Brasília, neste domingo.


O vídeo do dia é um trecho do G.P. da Alemanha de 1975, disputado no espetacular traçado antigo de Nurburgring. As imagens são sensacionais por vários motivos, como o desfile de verdadeiras lendas do automobilismo - do calibre de Niki Lauda, Emerson Fittipaldi e Carlos Reutemann - a demonstração de dificuldade da pista apelidada de "Inferno Verde", e os sons arrepiantes dos motores da década de 70. Conferida obrigatória:


Esse eu vi no Blig do Gomes

Neste domingo, o Blog volta comentando as atividades de A1GP, Corrida dos Campeões e Fórmula Truck. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Fórmula 1 - www.gpupdate.net
Corrida dos Campeões - www.raceofchampions.com
Fórmula Truck - www.formulatruck.com.br

Na A1GP, Alemanha e Suíça saem na frente em Zhuhai

As equipes da Alemanha e da Suíça estabeleceram hoje as poles para a rodada dupla de Zhuhai, quarta etapa da temporada 2007-08 da A1GP. O circuito chinês estréia neste fim de semana como sede da "Copa do Mundo do Automobilismo" e, por isso mesmo, representa um grande desafio para pilotos e equipes.

No treino classificatório para a Sprint Race - a prova mais curta - a Alemanha (à esquerda) não teve adversários. Comandada por Michael Ammermüller, a equipe germânica cravou o melhor tempo do fim de semana, superando a líder do campeonato Suíça (Neel Jani) em dois décimos. Logo a seguir, veio a Irlanda (Adam Carroll), que havia liderado os treinos de sexta.

Algumas horas mais tarde, os alemães não mantiveram o mesmo ritmo e não passaram de quinto na classificação para a Feature Race, com um tempo seis décimos mais lento. Sem desperdiçar a oportunidade, a Suíça bateu a Grã-Bretanha e marcou o melhor tempo. Na seqüência, em terceiro, veio a principal surpresa do dia: a Índia (Narain Karthikeyan).

Por sua vez, as apostas do Blog tiveram desempenhos medianos. A França (Löic Duval) larga de quarto e sétimo, enquanto o Brasil (Sérgio Jimenez) ficou apenas em 12º e 14º. O curioso é que a equipe brasileira conseguiu a proeza de ficar empatada até na casa dos milésimos com o Líbano (Chris Alajajian), na primeira classificação, e com a Nova Zelândia (Jonny Reid), na segunda. Em ambas as oportunidades, o time brazuca levou vantagem por ter estabelecido o tempo antes.

Sair de posições intermediárias, porém, certamente não era o objetivo do Brasil. Semanas após conquistar um podium em Sepang, Sérgio Jimenez (à direita) mostrou-se decepcionado com a queda de rendimento em Zhuhai: "Estou realmente chateado com as minhas posições no grid. Tivemos problemas com o pedal do freio, que não conseguimos resolver até os treinos classificatórios. Agora, é trabalhar durante a noite e tentar ganhar posições nas corridas".

Até agora, a líder da temporada 2007-08 da A1 GP é a Suíça, que tem 61 pontos. Logo a seguir, aparecem França, com 53, e Nova Zelândia, somando 46. O Brasil conseguiu uma boa evolução após a última rodada dupla, em Sepang, e vem no oitavo posto, com 22 pontos. Pelo visto, porém, a equipe brasileira deve perder posições na tabela de classificação se não encontrar um bom ritmo para as provas de amanhã.

A seguir, os grids de largada para a rodada dupla de Zhuhai, na China:

Sprint Race:
1. Alemanha/Michael Ammermuller, 1:23.203s
2. Suíça/Neel Jani, 1:23.425s
3. Irlanda/Adam Carroll, 1:23.675s
4. China/Cheng Cong Fu, 1:23.784s
5. Grã-Bretanha/Oliver Jarvis, 1:23.850s
12. Brasil/Sérgio Jimenez, 1:24.141s

Feature Race:
1. Suíça/Neel Jani, 1:23.465s
2. Grã-Bretanha/Oliver Jarvis,1:23.650s
3. Índia/Narain Karthikeyan, 1:23.767s
4. França/Loic Duval, 1:23.784s
5. Alemanha/Michael Ammermuller, 1:23.890s
14. Brasil/Sérgio Jimenez, 1:23.328s

A RedeTV mostra os melhores momentos das corridas a partir das 11 horas de domingo. Até o fim do dia, o Blog volta comentando as atividades da Fórmula Truck, o sorteio dos confrontos da Corrida dos Campeões e as principais notícias do dia. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: www.gpupdate.net

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Confirmado: Kovalainen é da McLaren em 2008

Mais uma peça se encaixa no quebra-cabeças da Fórmula 1. Nesta sexta, a McLaren finalmente confirmou o acerto com Heikki Kovalainen para a temporada de 2008, encerrando uma novela que já durava um mês e meio. O finlandês derrotou a concorrência do piloto de testes da equipe inglesa, Pedro de la Rosa, e assinou um contrato de longa duração com o time.

"Nós tínhamos uma série de opções, mas optamos pela mais competitiva. Hamilton e Kovalainen vão formar uma dupla formidável", disse o chefe de operações da McLaren, Martin Whitmarsh. Além dele, o principal diretor da Mercedes, Nobert Haug, também elogiou a contratação: "Kovalainen não só é um piloto rápido, mas também muito consistente".

Dispensado da Renault após o acerto entre a equipe francesa e Fernando Alonso, Kovalainen naturalmente fez o caminho inverso, ocupando a vaga do bicampeão na McLaren. Falando sobre a sua nova casa, o finlandês mostrou-se bastante animado: "Até agora, fiquei impressionado com a dedicação e o compromisso com a vitória demonstrados pela McLaren. Estou realmente ansioso".

Por sua vez, Lewis Hamilton desejou boa sorte ao novo companheiro, e garantiu estar motivado para correr ao lado de Kovalainen: "Juntos, nós vamos fazer de tudo para que a McLaren entre forte na disputa pelo título do ano que vem. Espero que Kovalainen goste tanto da sua temporada de estréia pela McLaren quanto eu".

No comunicado divulgado em seu site, a McLaren também confirma que Pedro de la Rosa segue no seu cargo de piloto de testes, e que o inglês Gary Paffett permanece como o "número quatro" da equipe. Para terminar, o time prateado revelou que o modelo MP4/28 - aquele que vai ser usado em 2008 - não terá uma apresentação oficial, indo direto para a pista em meados de janeiro.

Agora, restam apenas quatro vagas disponíveis para a próxima temporada da Fórmula 1, nas lanternas Super Aguri e Force India. Na equipe japonesa, Takuma Sato já está praticamente garantido, enquanto Anthony Davidson e Luca Filippi lutam pela segunda vaga. Ao mesmo tempo, Adrian Sutil é o franco favorito para um dos cockpits da Force India, e deve ter Giancarlo Fisichella ou Christian Klien ao seu lado em 2008.

O anúncio da contratação de Heikki Kovalainen pela McLaren, porém, encerra a disputa nas equipes de ponta. Considerando seu desempenho no aguaceiro do G.P. do Japão, o finlandês é um piloto realmente técnico, e dificilmente encontrará problemas em se adaptar às regras de 2008, que proibem o controle de tração. Lewis Hamilton, portanto, não vai ter moleza na próxima temporada.

A disputa interna na McLaren será muito equilibrada.



Dentre os pilotos que chegaram perto da vaga agora ocupada por Heikki Kovalainen, Pedro de la Rosa, Adrian Sutil e Nico Rosberg foram os mais mencionados. A McLaren, porém, chegou a procurar um nome que nem foi citado nas especulações: Rubens Barrichello. É isso mesmo. Segundo o Flávio Gomes, Rubinho recebeu uma sondagem do time prateado, mas recusou porque a Honda prometeu mantê-lo até o fim de 2009. Ao que parece, Rubinho está mesmo com prestígio dentro da equipe japonesa.

Fora da McLaren, Fernando Alonso vai ter um ano muito difícil em 2008. Pelo menos, essa é a opinião do colombiano Juan Pablo Montoya, em entrevista à rádio Caracol. "Se a Renault andar como neste ano, nem Ayrton Senna seria capaz de conquistar uma vitória", falou Montoya. De fato, é improvável que Alonso consiga vencer o campeonato do ano que vem. Mas a Renault dificilmente vai repetir um desempenho tão ruim quanto o de 2007.

Enquanto isso, Lewis Hamilton levou hoje uma baita cutucada do empresário de Kimi Raikkonen, David Robertson: "Hamilton deveria ter corrido nas últimas provas de 2006, mas se adaptou tão mal aos pneus Michelin que a McLaren precisou promover Pedro de la Rosa". Além disso, Robertson também afirmou que Raikkonen já deveria ter três títulos, que a saída de Fernando Alonso foi um erro da McLaren e que de la Rosa seria o escolhido para ocupar o lugar do bicampeão. Como se vê, uma das apostas já foi para o espaço...

Para terminar o giro pelas notícias da Fórmula 1, vale registrar que o espanhol Roldán Rodríguez pediu uma superlicença à FIA, dando um indício de que deve ser contratado pela Force India como piloto de testes para 2008. Na Honda, a disputa pelo cargo de test driver será definida até o fim do mês, segundo revelou hoje o dirigente Nick Fry. Entre os favoritos, estão o inglês Mike Conway, o austríaco Andreas Zuber e o italiano Luca Filippi.



A Irlanda liderou hoje os primeiros treinos livres para a rodada dupla de Zhuhai da A1GP. Comandada por Adam Carroll, a equipe irlandesa adaptou-se muito bem à pista chinesa, que estréia como sede da "Copa do Mundo do Automobilismo". No fim do dia, a Irlanda foi meio segundo mais rápida do que o Canadá (Robert Wickens), que veio logo a seguir.

Em terceiro, apareceu a Alemanha (Michael Ammermüller), com Holanda (Jeroen Bleekemolen) e a anfitriã China (Cheng Cong Fu) mais atrás. Das apostas do Blog, a França (Löic Duval) foi a melhor, em sexto. Por sua vez, o Brasil (Sérgio Jimenez) não passou de nono lugar. Amanhã, a A1GP define os grids para as corridas da madrugada de sábado para domingo de Brasília.

Na GP2, começa lentamente a confirmação dos pilotos que vão disputar a próxima temporada. Nesta sexta, a DAMS anunciou o belga Jerome D'Ambrosio, campeão da Fórmula Master em 2007. Ele vai fazer dupla com o japonês Kamui Kobayashi, piloto de testes da Toyota. Contratado da Red Bull na Fórmula 1, o suíço Sebastien Buemi vai correr pela Arden, enquanto o francês Romain Grosjean já está garantido na ART. Por fim, o brasileiro Alberto Valério e o italiano Davide Valsecchi formam a dupla da Durango.

Por fim, vale mencionar a entrevista que Valentino Rossi concedeu hoje ao site Motor Cycle News, em que faz fortes críticas à introdução de aparatos eletrônicos na MotoGP. Para o heptacampeão, "quando alguém que acabou de sair das 250cc consegue andar no ritmo dos pilotos mais experientes logo de cara, existe algo de errado com o esporte". Nas palavras de Rossi, "esse foi o caminho escolhido. Discordo, mas preciso aceitar".

Ao menos, a Fórmula 1 está fazendo justamente o contrário. Com a eliminação do controle de tração, sem dúvida alguma, o piloto vai fazer mais diferença.



O vídeo do dia é uma espetacular filmagem onboard da Ferrari de Nigel Mansell, no G.P. do Japão de 1990. Para nossa sorte, o locutor local fica calado na maior parte do tempo, deixando apenas o som magnífico do motor Ferrari. As imagens mostram ainda momentos cruciais daquela corrida, como a batida de Ayrton Senna e Alain Prost na primeira curva, a rodada de Gerhard Berger na segunda volta e o abandono do próprio Mansell, na metade da corrida. O desespero do inglês, socando o volante do carro, é uma cena clássica:


Antes que eu me esqueça: esse eu vi no ótimo blog do André Arrais.

Neste sábado, o Blog volta falando de A1GP e Fórmula Truck. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Heikki Kovalainen I - http://www.mclaren.com/

MotoGP e Stock Car com grids quase definidos para 2008

A Federação Internacional de Motociclismo divulgou hoje a numeração oficial dos pilotos para a temporada 2008. Na prática, a única mudança que realmente interessa é a do campeão Casey Stoner. Após levar o título de 2007 com uma facilidade surpreendente, o australiano da Ducati vai abandonar seu 27 no ano que vem, passando a ostentar o disputadíssimo numero 1.

De maneira geral, a maioria dos pilotos continua com a mesma numeração. Valentino Rossi, por exemplo, vai permanecer com o tradicional 46, que ele utiliza desde os seus tempos de 125cc. Na realidade, a lista da FIM serve mais para aqueles que não acompanharam o troca-troca de pilotos na MotoGP nos últimos meses, e estão querendo se atualizar.

Até agora, 18 dos 20 nomes que vão disputar a categoria em 2007 já estão confirmados. A solitária equipe que ainda não anunciou sua dupla para a próxima temporada é o Team Roberts, justamente o time mais fraco do pelotão. Nas escuderias de ponta, as escolhas já foram feitas há semanas. A seguir, a relação quase completa dos pilotos da MotoGP em 2008:

Ducati Marlboro
1. Casey Stoner (Austrália)
33. Marco Melandri (Itália)

Repsol Honda
26. Daniel Pedrosa (Espanha)
69. Nicky Hayden (Estados Unidos)

Rizla Suzuki
7. Chris Vermeulen (Austrália)
65. Loris Capirossi (Itália)

FIAT Yamaha
46. Valentino Rossi (Itália)
48. Jorge Lorenzo (Espanha)

Honda Gresini
3. Alex de Angelis (Itália)
56. Shinya Nakano (Japão)

Team Alice Ducati
24. Toni Elias (Espanha)
50. Sylvian Guintoli (França)

Kawasaki
13. Anthony West (Austrália)
21. John Hopkins (Estados Unidos)

Yamaha Tech 3
5. Colin Edwards (Estados Unidos)
52. James Toseland (Inglaterra)

Honda LCR
14. Randy de Puniet (França)

Jir Scot Team Honda
4. Andrea Dovizioso (Itália)

Team Roberts
A definir
A definir


Enquanto isso, a Stock Car Brasil também já está com o grid quase pronto para o ano que vem. A partir de 2008, passa a valer a regra que criou uma espécie de "rebaixamento" na categoria. Na próxima temporada, apenas as 16 equipes melhores colocadas neste ano, mais a campeã da Stock Car Light, vão fazer parte da divisão principal.

Embora vários pilotos ainda não tenham sido anunciados, a lista com os nomes para 2008 foi divulgada ontem no Blog Victal, já com grande parte das vagas preenchida. Antes de prosseguir, vale registrar os meus parabéns ao Victor Martins, pelo ótimo trabalho de apuração. Pelo visto, dos 34 cockpits disponíveis para 2008, nada menos do que 31 já foram ocupados.

Falta apenas definir a dupla da RC3 Bassani e o segundo piloto da Nascar. Nos times mais fortes, poucas mudanças. Bicampeã entre as equipes, a RC Competições, por exemplo, mantém Cacá Bueno e Antonio Jorge Neto pelo terceiro ano consecutivo. Logo abaixo, a lista provisórios dos pilotos da Stock Car em 2008:

RC Competições
Cacá Bueno (Rio de Janeiro)
Antonio Jorge Neto (São Paulo)

Andreas Mattheis Motorsport
Marcos Gomes (São Paulo)
Valdeno Brito (Paraíba)

Biosintética Action Power
Ricardo Sperafico (Paraná)
Tarso Marques (Paraná)

Vogel
Thiago Camilo (São Paulo)
Guto Negrão (São Paulo)

JF Racing
Giuliano Losacco (São Paulo)
Átila Abreu (São Paulo)

Red Bull Racing
Daniel Serra (São Paulo)
Hoover Orsi (Mato Grosso do Sul)

Terra Avallone Racing
Rodrigo Sperafico (Paraná)
Felipe Maluhy (São Paulo)

Officer Pamplona's Motorsports
Duda Pamplona (Rio de Janeiro)
Nonô Figueiredo (São Paulo)

AMG Motorsports
Ingo Hoffmann (São Paulo)
Lico Kaesemodel (Paraná)

Boettger Competições
Alceu Feldmann (São Paulo)
Allam Khodair (São Paulo)

WA Matheis Racing
Ricardo Maurício (São Paulo)
Williams Starostik (Paraná)

Sky Action Power Racing
Luciano Burti (São Paulo)
Thiago Marques (Paraná)

L&M Racing
Pedro Gomes (São Paulo)
Ricardo Zonta (Paraná)

RC3 Bassani
A definir
A definir
Favoritos para as vagas: David Muffato (Paraná), Chico Serra (São Paulo), Rubem Fontes (Goiás)

Hot Car
Popó Bueno (Rio de Janeiro)
Antonio Pizzonia (Amazonas)

Nascar
Christian Conde (São Paulo)
A definir
Favorito para a vaga: Juliano Moro (Rio Grande do Sul)

Nova RR Competições
Norberto Gresse Filho (São Paulo)
André Bragantini Jr. (Paraná)

Até o fim do dia, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

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Agenda do fim de semana (14 a 16 de dezembro)

Este fim de semana é o último do Blog antes da rápida parada para as festas de natal e passagem de ano. Fechando 2007 com chave de ouro, então, temos uma trinca de atrações completamente diferentes nos próximos três dias. Agora, é hora de conferir a sempre útil agendinha:

Domingo, 16 de dezembro de 2007

A1 GP: Rodada dupla de Zhuhai
Corrida dos Campeões: Taça das Equipes e definição do "Campeão dos Campeões"
Fórmula Truck: Etapa de Brasília

Sem dúvida alguma, o destaque especial vai para a Corrida dos Campeões. Dessa vez, o evento vai ser organizado em pleno estádio de Wembley, no coração de Londres. O "elenco" é estelar. Apenas da Fórmula 1, vêm Jenson Button, David Coulthard, Heikki Kovalainen, Sebastian Vettel e Sebastien Bourdais, além do heptacampeão Michael Schumacher. A concorrência deles, porém, é bastante pesada, contando com piloto do calibre de Marcus Grönholm, Jimmie Johnson e Mattias Ekström, por exemplo.

Vamos começar pelo torneio entre as equipes. Nesse caso, minha aposta é na Finlândia, que manteve a mesma formação que rendeu o título do ano passado: Kovalainen e Grönholm. O ex-piloto da Renault é um "especialista" na Corrida dos Campeões, tendo surpreendido todos ao vencer entre os pilotos na edição de 2004. Afinal, Kovalainen era um ilustre desconhecido naquela época. Por sua vez, Grönholm vai aposentar-se no fim do ano, e vai querer uma despedida bastante especial...

No individual, é muito mais difícil escolher um favorito. Mas, como já deu certo uma vez, vou repetir minha aposta do Desafio das Estrelas de Kart. Uma vez mais, jogo minhas fichas no alemão. De volta em 2007, Schumacher quer se recuperar da estúpida bobagem que cometeu na Corrida dos Campeões de 2004. Na ocasião, ele só foi eliminado porque contou errado o número de voltas, e parou antes do tempo. Dessa vez, porém, duvido que ele repita o mesmo erro.
Palpite do Blog para a vitória (individual): Michael Schumacher
Palpite do Blog para a vitória (equipes): Finlândia

Enquanto isso, a A1GP realiza a quarta rodada dupla de sua temporada 2007-08. Caracterizada pelo intenso equilíbrio, a categoria ainda faz sua estréia num novo circuito: Zhuhai, na China. Acertar o palpite, portanto, é bem difícil. Mas lá vai: aposto na França - presente em metade dos podiuns deste ano, apesar de ainda não ter vencido - e no Brasil. Exatamente. Sem querer ser otimista demais, mas a equipe brasileira foi muito bem na última etapa, em Sepang. E, numa pista que ninguém conhece, pode surpreender.
Palpite do Blog para as vitórias: França e Brasil

Por fim, a Fórmula Truck encerra sua temporada 2007 com a prova de Brasília. Na disputa pelo título, o palpite óbvio do Blog é em Felipe Giaffone, que só perde o troféu de campeão se "der uma de Hamilton". Para a vitória, aposto em Geraldo Piquet, vencedor da etapa brasiliense no ano passado. Além disso, o filho mais velho de Nelsão ainda tem outra razão para estar bastante motivado: em Brasília, ele corre em casa.
Palpite do Blog para a vitória: Geraldo Piquet
Palpite do Blog para o título: Felipe Giaffone

Ao longo do dia de hoje, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

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Corrida dos Campeões - www.raceofchampions.com
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

McLaren pede desculpas e FIA já admite dar por encerrado primeiro caso de espionagem

Antes tarde do que nunca. Meses depois de receber uma multa de 100 milhões de dólares pela posse de informações secretas da rival Ferrari, a McLaren finalmente reconheceu o dano que o caso de espionagem causou à Fórmula 1, e pediu desculpas pelo envolvimento no escândalo. Além disso, o time prateado admitiu que o dados chegaram, sim, a circular dentro da própria equipe.

"Pelas investigações da FIA, ficou claro que as as informações privadas da Ferrari estavam amplamente difundidas pela McLaren, ao contrário do que havíamos anunciado. Lamentamos que as nossas próprias investigações não tenham detectado o problema, e pedimos desculpas ao Conselho Mundial da FIA, à Ferrari e a todos os fãs da Fórmula 1. Aceitamos a punição e garantimos que episódios como esse não se repetirão", diz a carta.

Na realidade, o comunicado que a McLaren distribuiu hoje é uma versão resumida de uma mensagem enviada à FIA no dia 5 de dezembro, pouco antes da última reunião do Conselho Mundial. A entidade, aliás, mostrou-se sensibilizada pela boa vontade da McLaren, e pretende encerrar todas as investigações sobre o caso. Para quem não lembra, a própria FIA havia marcado uma vistoria no novo modelo da McLaren, à procura de acessórios "inspirados"em idéias da Ferrari.

Agora, porém, parece que a inspeção não se faz mais necessária. Ao menos, essa é a opinião do manda-chuva da FIA, Max Mosley, em nota publicada no site da entidade: "Considerando a carta divulgada pela McLaren, o presidente da FIA pede aos membros do Conselho Mundial que cancelem a audiência do caso e encerrem as investigações, pelo bem do esporte". De forma surpreendente, a decisão de Mosley encontrou suporte até na Ferrari.

Em comunicado distribuído à imprensa, porém, a equipe vermelha confirma que os processos judiciais movidos contra a McLaren - tanto na Itália quanto na Inglaterra - não vão ser abandonados. De qualquer maneira, o sentimento geral na comunidade da Fórmula 1, nesse momento, é terminar as investigações de espionagem, evitando maiores danos à imagem da categoria.

A McLaren, portanto, deve escapar de uma punição pior, mas sai com a reputação bastante arranhada. E, nesta quinta, o time prateado ainda levou outro golpe: a perda do patrocínio da seguradora Mútua Madrileña, uma das apoiadoras mais importantes da equipe. A saída da instituição espanhola, é claro, também tem ligação com o rompimento de Fernando Alonso com o time prateado. Segundo diz na sua carta, a McLaren garante estar determinada a "concentrar-se de vez no campeonato de 2008".

Mas, com todos os acontecimentos das últimas semanas, vai ser difícil para a escuderia de Ron Dennis se manter totalmente focada. Falta ainda escolher um segundo piloto, por exemplo...



A disputa pela vaga aberta na McLaren ainda pode demorar alguns meses para ser decidida, mas já tem um candidato a menos. De acordo com uma longa reportagem do jornal Marca, publicada hoje, o time prateado já descartou Adrian Sutil, considerado um dos três nomes mais fortes na disputa. Segundo a reportagem, a McLaren desistiu do alemão depois que a Force India exigiu o pagamento de uma multa de 10 milhões de euros.

Assim, Sutil parece condenado a continuar no time indiano, já que ainda têm mais um ano de contrato. E a briga pelo segundo posto na McLaren fica somente entre dois pilotos: Heikki Kovalainen e Pedro de la Rosa. A princípio, o finlandês parecia ter mais chances, mas um forte lobby dos engenheiros da McLaren ameaça mudar o jogo. Falando ao próprio Marca, porém, de la Rosa manteve um postura não muito animada:

"Continuo cauteloso. Não sabemos o que vai acontecer e que não quero me iludir", disse de la Rosa. Na opinião do Marca, a demora no anúncio do novo piloto da McLaren favorece o espanhol, em detrimento a Kovalainen. O finlandês, por sua vez, teria uma outra opção caso as conversas com o time prateado fracassem: a Toyota, que poderia dispensar o italiano Jarno Trulli.

Alheio às especulações, Lewis Hamilton deu uma entrevista bastante otimista à revista Auto Bild Motorsport. "Tenho convicção de que serei campeão um dia. Em 2008? Não sei ainda. Só espero que tenhamos outros concorrentes, além da Ferrari", falou Hamilton. Pelo visto, o inglês confia plenamente em suas capacidades. E é exatamente aí onde está o risco.

Afinal, excesso de confiança é algo que não costuma cair bem na Fórmula 1...


A Williams anunciou hoje que o novato Nico Hulkeberg é o novo piloto de testes da equipe, substituindo o indiano Narain Karthikeyan. O alemão de 20 anos - cuja carreira é planejada por Willi Weber, o mesmo empresário de Michael Schumacher - destacou-se bastante na última temporada da A1 GP, quando venceu várias corridas em seqüência e levou o time Alemanha ao título. Agora, o objetivo de Hulkenberg é ganhar experiência para tentar uma vaga na Fórmula 1 para 2009.

Enquanto isso, o presidente da FIA, Max Mosley, revelou que a sonhada volta dos pneus slicks - prometida para 2009 - pode não acontecer. Em entrevista ao site Autosport, Mosley disse: "Se a redução da influência da aerodinâmica não ocorrer e as velocidades de curva continuarem a aumentar, os compostos ranhurados vão permanecer". Uma pena. Embora não sejam a solução para todos os problemas da Fórmula 1, os slicks certamente animariam bastante as corridas.

Ao mesmo tempo, Rubens Barrichello foi muito elogiado por dois dos principais nomes da cúpula da Honda. Primeiro, o diretor Nick Fry assegurou ao site Autosport que Rubinho "está treinando duro e parece bastante motivado". Mais tarde, também falando ao Autosport, Ross Brawn endossou as palavras de Fry e garantiu: "Com o carro certo, Rubinho ainda pode vencer corridas". A conclusão óbvia das entrevistas: em 2008, apoio é o que não vai faltar a Rubinho na Honda.

Por fim, vale mencionar uma ótima notícia para os fãs brasileiros: depois de Cingapura, a Austrália também pode se tornar o próximo país lá do outro lado do mundo a realizar o seu G.P. à noite. Segundo informações dos organizadores da prova australiana, os pilotos Mark Webber, da Fórmula 1, e Michael Doohan, ex-MotoGP, realizaram testes com iluminação artificial no circuito de Calder. Um relatório foi enviado à FIA e à FIM, que agora estão decidindo sobre o assunto.

Desde já, o Blog torce pela corrida noturna. Quanto mais G.Ps. à luz da lua, mais horas de sono para nós aqui no Brasil...



O vídeo do dia retrata um episódio que eu, sinceramente, não conhecia. Faltando apenas doze voltas para o fim do G.P. de Mônaco de 1975, James Hunt e o francês Patrick Depailler disputam de maneira acirrada o quinto lugar, até que o inglês erra e bate na curva Mirabeau. É aí que acontece a cena curiosa: irritado com o abandono, Hunt quase sai no tapa com um comissário de pista, e depois ainda espera Depailler passar para mostrar o que pensou do acidente. Vale a conferida:



Nesta sexta, o Blog volta com a seção Agenda do fim de semana, apresentando os destaques do mundo da velocidade para os próximos três dias. E, mais tarde, comentários sobre as principais notícias do esporte a motor. Até amanhã!

Crédito das fotos: www.motorsport.com

Corrida dos Campeões é no próximo domingo

O estádio de Wembley já está pronto para um dos eventos mais especiais do automobilismo mundial: a Corrida dos Campeões. Organizada desde 1988, a competição ganhou importância nos últimos anos, e agora reúne grandes nomes das mais diversas categorias do esporte a motor. A edição 2007 da prova acontece no próximo domingo, numa pista montada dentro do estádio de Wembley, em Londres.

No total, dezesseis pilotos vão tomar parte no evento, dividido em duas competições: individual e por equipe. Em ambas, as disputas são no estilo mata-mata, com o vencedor avançando e o derrotado sendo eliminado. Os duelos acontecem numa melhor-de-três, sempre com carros diferentes a cada rodada.

Dessa vez, serão cinco as máquinas à disposição dos pilotos no evento. O destaque principal é o Ford Focus WRC, o mesmo que a marca americana utiliza no Mundial de Rally. Além do Focus, também vale destacar o Aston Martin Vantage, que faz sua estréia na Corrida dos Campeões. Por fim, Fiat Punto Abarth, Solution F Touring Cup e um protótipo especialmente preparado para a competição completam a lista dos carros.

Em relação aos pilotos, mais uma vez um nome deve roubar a cena: Michael Schumacher. Aproveitando bem a vida de aposentado, o alemão reaparece na Corrida dos Campeões, após um desempenho apenas mediano na edição de 2004. Além de Schumi, outros cinco pilotos da Fórmula 1 estarão presentes: Jenson Button, David Coulthard, Sebastian Vettel, Sebastien Bourdais e Heikki Kovalainen.

Apesar de formarem um elenco de respeito, os representantes da Fórmula 1 não contam com todo o favoritismo. Acostumados a pilotor máquinas parecidas com as que vão ser usadas na Corrida dos Campeões, nomes como Marcus Grönholm e Mattias Ekström podem surpreender. O sueco, aliás, venceu a última edição do evento, quando derrotou o francês Sebastien Loeb na final.

Infelizmente, o Brasil não terá transmissão direta do evento. De qualquer maneira, é esperado que a ESPN mostra os melhores momentos da competição na próxima semana. A Corrida dos Campões começa às 15 horas de Brasília, no domingo, e vai ter cobertura ao vivo da Eurosport para vários países europeus. Desde já, o escriba do Blog agradece se algum internauta conseguir um link bom para o canal. Todos que tentei até agora não funcionaram...

Logo abaixo, a relação completa dos pilotos confirmados para a edição 2007 da Corrida dos Campeões:

Alemanha - Michael Schumacher (Fórmula 1) e Sebastian Vettel (Fórmula 1)
Escócia - David Coulthard (Fórmula 1) e Alister McRae (Mundial de Rally)
Estados Unidos - Jimmie Johnson (Nascar) e Travis Pastrana (XGames)
Escandinávia - Tom Kristensen (Le Mans/DTM) e Mattias Ekström* (DTM)
Finlândia** - Heikki Kovalainen (Fórmula 1) e Marcus Grönholm (Mundial de Rally)
França - Sebastien Bourdais (Fórmula 1) e Yvan Muller (Mundial de Turismo)
Inglaterra - Jenson Button (Fórmula 1) e Andy Priaulx (Mundial de Turismo)
Noruega - Petter Solberg (Mundial de Rally) e Henning Solberg (Mundial de Rally)
* = atual campeão
** = atual campeã por equipes, com a mesma formação deste ano

As imagens a seguir são de um vídeo promocional da Corrida dos Campeões. Para quem não conhece o evento, vale a pena conferir:



Como não poderia deixar de ser, o Blog vai acompanhar as atividades da Corrida dos Campeões durante o próximo fim de semana. Meus palpites já estão escolhidos. Querem saber quais são? Esperem a Agenda de amanhã...

Crédito das fotos: http://www.raceofchampions.com

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História - Número 2

Continuamos, hoje, a última lista do ano da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. No momento de "decisão" do ranking, não há como fugir da polêmica. Antes de ir em frente, porém, lembro a todos vocês: o objetivo principal da lista não é alimentar rivalidades, mas sim reviver e celebrar as trajetórias dos grandes nomes do automobilismo brasileiro. Agora, sim, vamos lá:

10. Gil de Ferran
9. Christian Heins
8. Ingo Hoffmann
7. Felipe Massa
6. José Carlos Pace
5. Rubens Barrichello
4. Chico Landi
3. Emerson Fittipaldi
SEGUNDO COLOCADO - Nelson Piquet

Sabem de uma coisa? Eu prefiro Nelson Piquet. Se tivesse vivido na década de 80, é provável que Piquet fosse meu piloto favorito. Para começar, ele é carioca, como eu. Mas essa não seria a única razão. Dono de uma personalidade muito bem-humorada - ao menos, quando a imprensa estava longe - Piquet fugia do estereótipo normal de um piloto de Fórmula 1. E, dentro da pista, era um dos grandes gênios da história, vencendo corridas às vezes de forma dominante, às vezes usando de toda a sua malandragem.

Apesar de tudo, é simplesmente impossível colocar Piquet em primeiro lugar nesta lista. Mesmo tenha conseguido formar a sua própria leva de torcedores fanáticos - os chamados "piquetistas - Piquet nunca chegou a ter o impacto de um outro brasileiro que correu na mesma época. Conquistou três títulos, mas não ganhou o mesmo status de ídolo do que o "outro". Isso, convenhamos, é indiscutível. Por este motivo principal, Piquet não fica no topo do ranking.

De qualquer maneira, o segundo posto é o mínimo que Piquet merece. Considerendo a sua origem, somente o fato de ter seguido carreira no automobilismo já é louvável. No início de sua carreira, Piquet precisou enfrentar a objeção da família, que mantinha um estilo de vida muito tradicional. Seu pai, Estácio Souto Maior, foi deputado federal e ministro da saúde, e via com restrições a rotina rebelde e "alternativa" do filho.

Por causa do trabalho de seu pai, Piquet mudou-se para Brasília, e cresceu junto com a nova capital do país. Naquela época, segundo suas próprias palavras, a cidade "era um autódromo". Não demorou muito e Piquet encontrou seu ambiente: as oficinas, onde ele começou a se desenvolver como piloto e mecânico. Ao mesmo tempo, participava das primeiras competições automobilísticas de sua trajetória, já se destacando com facilidade.

s histórias dessa fase de Piquet são fantásticas. Certa vez, ele foi passar o Carnaval em Salvador e, na volta, viu-se sem dinheiro para pagar a gasolina. A solução era passar direto pelo posto e entrar como se estivesse vindo no sentido contrário. Aí, o truque era fácil: depois de enchido o tanque, bastava pedir para o pobre frentista pegar "aquela lata logo ali, pertinho, na parede do fundo do posto". Quando a vítima estava de costas, Piquet entrava no carro e saía em disparada.

Segundo seu próprio depoimento, Piquet fez isso três vezes na mesma viagem, de Salvador a Brasília. O problema é que o seu pai ficou sabendo, e ele foi obrigado a refazer todo o trajeto, pedindo desculpas e acertando contas. Embora não tenha dado muito certo, essa foi uma das primeiras "malandragens" de Piquet, que se tornariam notórias. De fato, nem a Fórmula 1 escapou de suas "brincadeirinhas"...

O automobilismo chegou com força em Brasília, e Piquet (ou "Piket", como era conhecido na época) logo se transformou num dos nomes mais vitoriosos do meio, ao lado de Alex Dias Ribeiro e Roberto Moreno, por exemplo. Reunindo dinheiro com amigos e serviços, compra um Fórmula Vê para o campeonato de 1974. Dois anos depois, leva o título da competição, e consegue juntar recursos suficientes para uma aventura européia em meados de 1977.

Seu início é típico de um garagista: Piquet monta sua própria equipe, e vai morar na oficina onde o carro fica guardado. Termina em terceiro no seu ano de estréia, e leva o título de 1978, com incrível facilidade. Vence 13 corridas, sendo sete consecutivas, e não demora a receber um convite para correr na Fórmula 1. Sua primeira corrida é no G.P. da Alemanha, pela Ensign. Piquet larga do fim do grid e faz uma prova cautelosa - mas consistente - até quebrar.

Nas duas corridas seguintes, corre pela pequena equipe BS Fabrication, que usava um antigo chassis McLaren. Completa apenas 18 voltas, mas inspira a seguinte frase do chefe do time: "Eu corto o meu pescoço se ele não se tornar um piloto de ponta". De fato, isso estava prestes a acontecer. Antes mesmo do fim do ano, Piquet recebe um convite da Brabham, e faz sua estréia pela escuderia de Bernie Ecclestone já no G.P. do Canadá, que encerra a temporada de 1978.

No ano seguinte, Piquet disputa o campeonato inteiro pela Brabham, marcando apenas três pontos. Apesar disso, corre constantemente entre os primeiros, e se estabelece como uma futura promessa da categoria. Sua dedicação é incrível, e chega a ultrapassar o limite esperado pela Brabham: Piquet vai tantas vezes à fábrica da equipe que acaba proibido de visitá-la mais do que duas vezes por semana...

Em 1980, Piquet começa bem o ano, com um segundo lugar no G.P. da Argentina. Três corridas depois, consegue o primeiro de seus 23 triunfos, após uma performance dominante em Long Beach. Piquet ganha outras duas corridas na temporada, mas perde o título para Alan Jones no G.P. do Canadá. Um ano depois, o troféu de campeão não escapa: após uma reação sensacional, Piquet derrota o veterano Carlos Reutemann na finalíssima do campeonato, em Las Vegas.

Nas temporadas seguintes, seu desempenho oscila junto com a Brabham. Em 1982, Piquet tem um ano desastroso, vencendo apenas uma prova e não passando de 11º na tabela geral. A situação se inverte em 1983: mesmo com um carro inferior, Piquet derrota a Renault e Alain Prost, conquistando seu bicampeonato. Infelizmente, a gangorra de Piquet continua em 1984 e 1985: em todo esse período, Piquet sofre com a falta de confiabilidade do motor BMW, e ganha apenas cinco G.Ps.

Para 1986, Piquet em uma nova casa: a Williams. Após passar anos com o engenheiro Gordon Murray na Brabham, Piquet teria a companhia de outro grande garagista: Frank Williams. O acidente quase fatal de Frank, porém, o coloca para sempre numa cadeira de rodas, e favorece o parceiro de Piquet, Nigel Mansell. A partir daí, o inglês teria toda a preferência da Williams. Apesar disso, Piquet não reclama da situação e inicia uma das maiores rivalidades da história da Fórmula 1.

Em 1986, pior para os dois: lutando entre si, Piquet e Mansell perdem o título para o azarão Alain Prost. Na temporada seguinte, porém, Piquet acumula pontos: no total, são onze podiuns e três vitórias, suficientes para o tricampeonato. Mesmo sofrendo um grave acidente nos treinos para o G.P. de San Marino, Piquet consegue derrotar Mansell. Para 1988, porém, era necessária uma mudança. O ambiente da Williams tornara-se pesado demais, e o time também havia perdido os motores Honda para a McLaren.

Assim, Piquet muda-se para a Lotus, onde o sucesso é escasso. Em dois anos com a decadente equipe, Piquet marca apenas 34 pontos. Chega ao fundo do poço no G.P. da Bélgica de 1989, quando não consegue classificação para a largada. Mas o status de tricampeão ajuda e ele assina com a Benetton para 1990. Mais uma vez, ele mostraria toda a sua boa forma. Em 1990, vence de forma inesquecível no Japão - fazendo dobradinha com o antigo companheiro Roberto Moreno - e também na Austrália, finalizando num excepcional terceiro no campeonato.


Infelizmente, a consistência da Benetton perde-se na temporada de 1991. Piquet ganha sua última prova no Canadá - aproveitando uma quebra de Mansell na última volta - mas não passa de sexto na classificação geral. Com mais de 200 G.Ps. nas costas, é hora de colocar um ponto final em sua carreira. Afastado da Fórmula 1, Piquet tenta uma nova empreitada: seguir os passos de Emerson Fittipaldi e disputar as 500 milhas de Indianapolis.

Um acidente gravíssima quase decepa seus pés, e Piquet é obrigado a se retirar das pistas. Mesmo assim, continua ligado ao automobilismo, correndo esporadicamente e planejando a carreira do segundo dos seis filhos, Nelsinho. Em 2007, após anos afastado de competições regulares, Piquet anuncia sua volta para 2008, quando vai correr com um Ford GT40 na recém-criada GT3 Brasil. Uma chance imperdível de conferir em ação um dos maiores nomes da história do automobilismo não só brasileiro, mas de todo o mundo.

Por ter conseguido seguir carreira no esporte sozinho - sem contar com a ajuda de patrocinadores e nem com o apoio da família no início de sua trajetória - pelo apuradíssimo nível de conhecimento técnico e pela carreira de vitórias na Fórmula 1, coroada com o tricampeonato em 1981, 1983 e 1987, Nelson Piquet leva o segundo lugar na lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História.

Como sempre, o vídeo a seguir é uma homenagem ao protagonista do post. Nas imagens da seqüência, temos os melhores momentos do G.P. Brasil de 1983, quando Piquet venceu de forma dominante. Foi, de fato, uma das atuações mais espetaculares de sua carreita. A narração é de Galvão Bueno:



Edit: O vídeo a seguir entra como um "extra". Retiradas do review da FIA do campeonato de 1983, as imagens são um compacto do G.P. da Holanda. Vale a pena destacar dois momentos, ótimos exemplos da irreverência de Piquet. Aos 25 segundos, ele canta Strangers in the night, feliz com o resultado da classificação. Depois, na marca de 6:08, Piquet prega uma peça engraçadíssima no seu companheiro Riccardo Patrese:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na terça que vem, apresentando o primeiro colocado da lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos (na ordem):

Fontes principais:
"Eu me lembro muito bem", de Nelson Piquet, editado pela DBA
"Fórmula 1 - Pela Glória e Pela Pátria", de Eduardo Correa, editado pela Globo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mercado de pilotos agitado com definição das últimas vagas para 2008

O anúncio da contratação de Fernando Alonso e Nelsinho Piquet pela Renault não encerrou a temporada de boatos da Fórmula 1. Nesta quarta, o jornal suíço Blick jogou no ar mais um possibilidade: o acerto entre a Super Aguri e o novato Luca Filippi, terceiro colocado no último campeonato da GP2. De acordo com a reportagem, o italiano chegaria para ocupar a vaga de Anthony Davidson, como companheiro de Takuma Sato.

Ao que parece, Filippi traz consigo um patrocinío de dez milhões de euros, que seria vital para a endividada Super Aguri. A hipótese de um acerto não é nem um um pouco absurda: na semana passada, Filippi participou dos testes coletivos de Jerez com a própria equipe japonesa, saindo-se razoavelmente bem. Embora ainda seja um pouco irregular, o italiano tem potencial e seria uma boa escolha para a Super Aguri.

Enquanto isso, continua a acirrada briga pelas duas vagas da Force India. Apesar de supostamente estar "estudando uma proposta de uma equipe grande", o alemão Adrian Sutil é um nome quase certo. O seu futuro companheiro, porém, continua uma grande incógnita. Segundo o Victor Martins, Giancarlo Fisichella e Christian Klien ganharam força após os testes de Jerez. O veterano, em especial, chamou a atenção pelo alto conhecimento técnico e surpreendente motivação.

Além deles, ainda estão na briga Vitantonio Liuzzi, Giedo van der Garde, Franck Montagny, Roldán Rodríguez e - de acordo com uma reportagem de hoje da Rádio Bandeirantes - até o brasileiro Lucas di Grassi. Todos, porém, com bem menos chances. Apesar das evidências, o espanhol Rodríguez continua muito confiante. "Tenho 75% de possibilidade de me tornar piloto da Fórmula 1 em 2008", garantiu ele à imprensa espanhola. Pelo visto, só se for como piloto de testes...

Por fim, resta a disputa pela vaga aberta na McLaren. Principal favorito ao posto, o finlandês Heikki Kovalainen tem o espanhol Pedro de la Rosa como seu maior adversário. De acordo com o diário Sport Bild, Kovalainen é o favorito da cúpula da equipe, mas de la Rosa recebe apoio dos engenheiros da McLaren. Uma outra opção para Kovalainen poderia ser a Toyota, que ainda não tem Jarno Trulli totalmente confirmado para a próxima temporada.

A silly season de 2008 nem terminou, mas os jornais já estão cogitando possibilidades para 2009. E, para variar, o nome de Fernando Alonso volta a ser envolvido numa série de boatos. Agora, foi a vez do Gazzeta dello Sport assegurar que o bicampeão pode aterrissar na Ferrari em 2009. Essa possibilidade, porém, é bastante remota. Até lá, os atuais titulares da equipe vermelha ainda têm contrato.

Alonso na Ferrari? Só a partir de 2010...


Fernando Alonso vai ter bastante trabalho para tornar a Renault uma equipe competitiva. Ao menos, é isso o que garante um dos principais engenheiros do time, Isaac Prada, em entrevista ao site 20 minutos. "Alonso conhece os dois maiores problemas da Renault: a má adaptação aos pneus Bridgestone e o túnel de vento, que apresentou resultados diferentes dos obtidos na pista", disse Prada. Mas será que a experiência de Alonso faz tanta diferença assim?

Na opinião do diretor técnico da Renault, Pat Symonds, a resposta é não. "Alonso é um piloto, e não um engenheiro. A evolução deve ser feita pelo departamento técnico da equipe", disse Symonds ao F1grandprix.it (nota do escriba: não, não conhecia o site e não copiei o nome de lá. Juro!). Além disso, Symonds ainda garantiu que a Renault resolveu os tais problemas com o túnel de vento, e tem tudo para se recuperar em 2008. Agora, é só esperar para ver...

Outra equipe bastante otimista para o ano que vem é a Williams. Um exemplo disso foi a entrevista que o primeiro piloto do time, Nico Rosberg, concedeu ao site Gpupdate.net: "É nossa hora de evoluir. Nosso objetivo é melhorar no Mundial de Construtores e conseguir alguns podiuns ocasionais. Seria difícil de alcançar, mas tenho esperanças". Se a Williams confirmar o progresso demonstrado neste ano, a meta não é tão mirabolante assim.

Para terminar o giro pelas notícias da Fórmula 1, vale registrar uma nota do site Grand Prix, publicada hoje: o Governo da França cogita mudar a sede de sua corrida de Magny-Cours para um novo circuito, que seria construído na histórica cidade de Versalhes. Ao que parece, a pista ficaria na região de Camp de Satory, ao lado da uma das principais estradas francesa: a N12. Desde já, o Blog torce pela mudança.

Mesmo não conhecendo nenhum detalhe sobre o projeto do novo autódromo, uma certeza é óbvia: mais sem-graça do que Magny Cours ele não vai ser.


Depois de Jacarepaguá e Estoril, mais um histórico circuito corre risco de desaparecer: Jarama, na Espanha. Palco da espetacular vitória de Gilles Villeneuve em 1981, a pista pode ser substituído por uma outra, mais moderna e com condições de sediar eventos de maior importância. Atualmente, o circuito de Jarama é considerado obsoleto até para competições regiões. Nesse caso, convenhamos, realmente parece não haver outra saída mais viável.

Na Moto GP, a novidade é que Valentino Rossi resolveu colocar um ponto final a todos as especulações que o colocavam fora da categoria. Falando à revista Motorsport, o heptacampeão garantiu ainda estar comprometido com a MotoGP por um bom tempo: "Nunca pensei em desistir. Fiquei e quero continuar por mais cinco anos, no mínimo", disse Rossi.

Sobre a próxima temporada, o italiano foi claro: "Meu objetivo para 2008 é superar Casey Stoner. Neste ano, ele foi muito mais rápido e mereceu o título". Enquanto o campeonato da MotoGP não recomeça, Rossi tenta encontrar maneiras de ocupar seu tempo. Nos próximos dias, ele vai desfilar pelas ruas de sua cidade natal, Tavullia, com um FIAT 500 totalmente estilizado...

Por fim, vale mencionar que a direção da GT3 Brasil anunciou hoje a realização de duas provas fora do país em 2008. Uma será na cidade argentina de San Jose, enquanto a outra deve ser disputada numa pista montada na paradisíaca Punta del Este, no Uruguai. Para completar um dia de boas notícias, a GT3 ainda recebeu a confirmação de que a equipe Cimed vai participar do campeonato de 2008, alinhando dois carros.

Cada vez mais, a GT3 Brasil está realmente se transformando uma categoria de respeito.


O vídeo do dia é o último da série de filmes apresentados no FIA Gala, a festa da Federação Internacional de Automobilismo que premiou os campeões do ano no esporte a motor. As imagens começam com uma bela homenagem a Colin McRae - morto um acidente de helicóptero em setembro - e seguem com cenas bem editadas da temporada 2007 do Mundial de Rally. Vale a pena conferir:



Nesta quinta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando o número dois da lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Jarama - www.statsf1.com

Nelsinho Piquet: uma rápida opinião

Se quiser ser campeão na Fórmula 1, Nelson Angelo Piquet precisa ganhar um título até 2011. Caso não consiga, muito dificilmente vai levar um troféu depois disso. A princípio, essa é a minha opinião sobre a mais nova promessa brasileira da Fórmula 1, que estréia no ano que vem pela Renault. Considerando que o contrato de Nelsinho com a equipe francesa é de quatro temporadas, é exatamente esse o prazo que ele tem para vencer seu primeiro campeonato.

É claro que é muito difícil prever como vai estar a Fórmula 1 por volta de 2011. Se bobear, a Renault pode nem continuar na categoria até lá. Em condições normais, porém, a escuderia de Nelsinho deve se manter entre as equipes de ponta da Fórmula 1 durante todo esse período. E, mais cedo ou mais tarde, seus pilotos vão ter a oportunidade de disputar o título.

De todos os brasileiros que chegaram à Fórmula 1, Nelsinho é um dos que teve sua carreira mais bem planejada. Por enquanto, quase tudo está correndo de acordo com o plano: a perda do campeonato da GP2 para Lewis Hamilton, em 2006, talvez tenha sido o único contratempo. No mais, Nelsinho disputou as categorias de base no tempo que desejava, e cumpriu um ano como piloto de testes da Renault, exatamente como queria.

Agora, é hora de mostrar serviço. Se for realmente tão bom quanto parece, Nelsinho não vai demorar a se estabelecer como um piloto de ponta na Fórmula 1. No início, porém, seu objetivo deve ser conquistar um espaço na Renault, mesmo tendo Fernando Alonso como companheiro. O importante, agora, não é superar o espanhol, mas ganhar a confiança da equipe.

Em dois ou três anos - talvez, até menos do que isso - Alonso deve deixar a Renault. O destino do bicampeão? Não é certo: pode ser uma BMW, uma Honda, ou até o grande sonho de Alonso: a Ferrari. Com a saída do espanhol, porém, Nelsinho assumiria a liderança da Renault. E, uma vez no comando da equipe francesa, o título seria o único objetivo. Qualquer outro resultado seria uma decepção.

Desde Emerson Fittipaldi, um brasileiro não estreava na Fórmula 1 por uma equipe tão boa. "Emmo" conquistou seu título apenas no seu segundo ano completo na categoria. Será que Nelsinho consegue repetir o feito em tão curto espaço de tempo? Muito difícil. Mas, de todos os brazucas que sonham em fazer sucesso na Fórmula 1 nos próximos anos - incluindo aí Felipe Massa, Lucas di Grassi e Bruno Senna - Nelsinho me parece a melhor aposta para um título.

Lá vai a aposta do Blog: se a Renault continuar comprometida com a Fórmula 1, Nelsinho tem tudo para ganhar um campeonato até 2011.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História - Número 3

Continuamos, hoje a última lista do ano da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Chegando ao top 3 no ranking dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História, a polêmica vai estar presente a partir de agora. Antes de ir em frente, lembro a todos vocês: o objetivo principal da lista não é alimentar rivalidades, mas sim reviver e celebrar as trajetórias dos grandes nomes do automobilismo brasileiro. Agora, sim, vamos lá:

10. Gil de Ferran
9. Christian Heins
8. Ingo Hoffmann
7. Felipe Massa
6. José Carlos Pace
5. Rubens Barrichello
4. Chico Landi
TERCEIRO COLOCADO - Emerson Fittipaldi

"Vocês têm de ficar aqui a tarde inteira. Não importa o que aconteça, não saiam de dentro deste círculo". Foi assim que Emerson Fittipaldi, aos cinco anos de idade, passou seu primeiro dia naquela que viria a se transformar na sua segunda casa: o autódromo de Interlagos. Sua mãe, Juze, desenhou um círculo de giz no chão dos boxes e ordenou aos filhos - Wilsinho, aos oito, também estava lá - que não se mexessem até o fim do dia. E assim ficaram os dois. Sem reclamar nem um pouco.

Naquele dia, Emerson conheceu de perto o ambiente das corridas, e se apaixonou à primeira vista. A partir daí, sua trajetória seria recheada de vitórias, nas mais diversas categorias do automobilismo mundial. Emerson foi um pioneiro no esporte a motor nacional: o primeiro a fazer sucesso na Europa, o primeiro a tentar a sorte nos Estados Unidos e o primeiro a despertar o vírus da velocidade em boa parte do público brasileiro.

Analisando apenas suas conquistas, Emerson merece muito mais do que o terceiro lugar. Só não vai além porque simplesmente não há como tirar as duas primeiras posições dos outros dois pilotos que ainda vão aparecer. Embora seja visto com extrema simpatia por quase todos os fãs do automobilismo no Brasil, Emerson não chegou a ter uma torcida tão fanática, tão doentia quanto os outros dois. E isso fez diferença no fim.

Emerson disputa a primeira competição de sua vida aos oito anos: uma corrida de bicicleta, ao redor do parque do Pacaembu. Antes da largada, repete se forma exaustiva: "Vou ganhar essa 'colida', vou ganhar essa 'colida'!". Sua mãe, preocupada, pergunta: "Mas Emerson, e se você não ganhar?". A resposta: "Aí eu vou dar parabéns para quem ganhar!". No fim, não precisou: Emerson vence com larga vantagem para o segundo colocado, conquistando o triunfo inicial de sua vitoriosa trajetória.

Antes de tentar a sorte na Europa, Emerson disputa todo tipo de prova no Brasil. Sua vontade de aprender é quase obsessiva, e lhe rende o primeiro apelido de sua carreira: o "Rato". Nessa fase, Emerson participa regularmente de rachas na madrugada, corre nas competições iniciais de kart no Brasil e, enfim, começa a ter resultados de destaque em campeonatos sérios. Aos 21 anos de idade, em 1967, ganha o campeonato de Fórmula Vê e embarca para a Europa.

Um pouco antes da viagem, porém, Emerson passa por uma das situações mais embaraçosas de sua carreira. Seu irmão, Wilsinho, havia acabado de comprar um Porsche novinho em folha, dos primeiros que chegavam ao Brasil. Emerson pede para "dar uma voltinha" e destrói o carrão, que tinha apenas seis quilômetros rodados. Wilsinho, conhecido pelo seu gênio explosivo, parte para cima de Emerson. Os dois brigam no meio da rua, numa cena cômica, enquanto várias pessoas páram para contemplar aquele Porsche batido no poste...

Depois do pequeno contratempo, Emerson parte para a Europa. Ajudado por um amigo que falava inglês, consegue comprar um chassis Merlyn de Fórmula Ford e arruma emprego na fábrica de Dennis Rowland, que fornece os motores e ajuda Emerson no acerto do carro. Em Snetterton, na primeira corrida de sua vida na Inglaterra, Emerson larga de terceiro e, contrariando todas as expectativas, vence. A partir daí, não pararia mais.

Emerson recebe um convite da Lotus Components - uma subdivisão da Lotus de Fórmula 1 - e disputa a Fórmula 3 Inglesa em 1969. Mesmo correndo apenas metade das provas, Emerson ganha 9 das 11 corridas em que participa, ficando com o título. A porta da Fórmula 1 se abre e, de repente, Emerson se torna o terceiro piloto da Lotus. Sua estréia na Fórmula 1 acontece já em 1970, justamente no G.P. da Inglaterra.

As coisas se precipitam: Jochen Rindt - o líder da Lotus - morre no G.P. da Itália, e Emerson assume o posto de piloto principal da equipe. Em Watkins Glen, no G.P. dos Estados Unidos, vence sua primeira corrida, usando uma tática que se tornaria padrão: economizar ao máximo o carro para se beneficiar dos abandonos e ter condições de atacar no fim. A temporada de 1971 não é boa para Emerson e a Lotus, mas o título de 1972 marca época.

Emerson derrota Jackie Stewart, e se consagra de vez. Ganha cinco corridas, batendo o "escocês voador" com duas corridas de antecipação. Stewart reage em 1973, mas Emerson ainda consegue um triunfo que salva o ano, no G.P. do Brasil. Para 1974, Emerson tem três opções: continuar na Lotus, assumir o lugar do aposentado Stewart na Tyrrell ou assinar com a McLaren. A escolha de Emerson, sem dúvida, é certeira.

Ele acerta com a McLaren e vence o campeonato de 1974. A disputa pelo título é equilibrada, mas Emerson acumula pontos de maneira inteligente e supera seus rivais diretos, Clay Regazzoni e Jody Scheckter. Em 1975, a Ferrari e Niki Lauda estão fortes demais. Ainda assim, Emerson ganha duas corridas, chegando a 14 no total da carreira. Então, surpreendemente, embarca na aventura da equipe Copersucar, o primeiro - e único - time de brasileiro Fórmula 1.

São cinco anos de muitas luta e decepções. De qualquer maneira, alguns momentos gloriosos salvam a trajetória da equipe. No G.P. Brasil de 1978, Emerson está em segundo, e a torcida grita loucamente "Quebra, quebra!", a cada vez que o líder Carlos Reutemann passa pela reta principal de Jacarepaguá. Não funciona, mas o segundo lugar ainda é um excelente resultado para Emerson. Terminada a temporada de 1980, já cansado de andar na parte de trás do pelotão, Emerson abandona a Fórmula 1.

Ainda dirige a Copersucar até o fechamento da equipe, no fim de 1982. Depois, vive como aposentado por um tempo, antes de receber um convite para correr nos Estados Unidos. Seu primeiro patrão é um sujeito chamado Pepe Romero, cujo carro é pintado de rosa e leva o número 24. Mais uma vez, Emerson demonstra uma sensacional capacidade de adaptação. Rapidamente, já se transforma num dos pilotos de ponta da Fórmula Indy. Cinco anos após sua estréia, em 1984, Emerson leva o título de 1989.

Mais importante do que isso: ele vence duas vezes as 500 milhas de Indianapolis, em 1989 e 1993. Consegue cair nas graças dos americanos, que lhe dão um novo apelido: "Emmo". A carreira de Emerson parecia não ter data para terminar, mas um terrível acidente no G.P. de Michigan de 1996 coloca um ponto final na sua trajetória. Por menos de um milímetro, sua vértebra não é atingida, e Emerson não fica tetraplégico.

Mesmo depois de tudo isso, porém, ele ainda faria um último retorno. Em 2005 e 2006, Emerson disputa três provas da G.P. Masters, só perdendo a corrida de estréia da categoria para Nigel Mansell, após um duelo sensacional. Com a falência da G.P. Masters, Emerson retorna à aposentadoria, mas continua ligado ao automobilismo como chefe de equipe na A1 GP. Apenas mais uma prova de sua intensa paixão pelo esporte a motor. Sem dúvida alguma, Emerson Fittipaldi tem lugar cativo na lista dos maiores pilotos brasileiros da história. E sempre entre os primeiros.

Pelo espírito pioneiro, que abriu as portas para outras brazucas na Fórmula 1 e no automobilismo americano, pela carreira de vitórias em todas as categorias pelas quais passou - incluindo o bicampeonato mundial e nas 500 milhas de Indianapolis - e por todas as demonstrações de amor incondicional pelo esporte, Emerson Fittipaldi leva o terceiro lugar na lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História.

Edit: Aliás, acabo de descobrir uma grata coincidência: exatamente hoje, dia 12 de dezembro de 2007, Emerson Fittipaldi completa 61 anos de idade...

Como sempre, o vídeo a seguir é uma homenagem ao protagonistas do post. As imagens mostram as últimas sete voltas das 500 milhas de Indianapolis de 1989, quando Emerson venceu após um duelo espetacular com Al Unser Jr.:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta amanhã, apresentando o número dois da lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade.

Crédito das fotos (na ordem):