quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Boato de fim de ano: Alonso e Vettel na Ferrari em 2010

A Fórmula 1 encerra o ano de 2008 da maneira que mais gosta: com mais um boato infundado, desses que só aparecem quando o noticiário da categoria anda realmente sem muitas novidades.

De acordo com a rádio espanhola Cadena Ser, a Ferrari sonha em unir num futuro bem próximo Fernando Alonso e Sebastian Vettel, que poderiam formar a dupla de titulares da equipe já em 2010.

Ou seja: mesmo com contratos para mais duas temporadas, Felipe Massa e Kimi Raikkonen seriam sumariamente demitidos no fim de 2009.

Dá para acreditar nisso?

Será que logo a Ferrari, a equipe que menos trocou de pilotos nos últimos 15 anos, está pensando em demitir seus dois titulares de uma vez só?

E não são titulares qualquer.

Massa foi o piloto que mais evoluiu em 2008 e Raikkonen, apesar de tudo, é um campeão do mundo.

Imaginar Alonso ou mesmo Vettel como piloto da Ferrari num futuro nem tão distante não é nenhum absurdo.

Mas não dá para imaginar mudanças radicais no curto prazo.

Antes de 2011, a Ferrari muito dificilmente vai mexer na sua dupla de titulares.

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Este é o último post do Blog neste ano de 2008.

Os desejos deste espaço para 2009 já foram explicados aqui, mas vale sempre a pena renovar os votos de feliz ano novo.

A você amigo do Blog F1 Grand Prix, obrigado pela audiência e um 2009 muito especial!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Continua a novela para encontrar um comprador para a Honda

Até a segunda semana de janeiro, o Blog continua em "operação-padrão", num ritmo um pouco mais lento do que o normal

Quem acreditou na história da compra da Honda pelo bilionário mexicano Carlos Slim caiu no conto do vigário.

Este Blog, inclusive.

Apenas dois dias após o jornal La Stampa publicar que Slim já havia adquirido o espólio da escuderia japonesa, o próprio empresário veio a público desmentir os rumores.

Além dele, os dirigentes da Honda também negaram qualquer negociação com Slim.

A novela para encontrar um comprador para a Honda continua.

O mais provável é que a escuderia encontre um salvador, mas não será tão fácil quanto parece.

O difícil não é entrar na Fórmula 1, e sim se manter na categoria.

Antes que o investimento comece a dar resultado, é preciso um orçamento generoso para evitar fracassos.

E, do jeito que a economia anda, pouca gente parece disposta a arriscar.

Ainda assim, há candidatos "de calibre", como definiu o chefe de equipe da Honda, Nick Fry.

Seriam eles o dono da Prodrive, David Richards, o magnata grego Achilleas Kallakis e um grupo suíço não identificado.

Richards parece realmente querer voltar à Fórmula 1, mas lhe faltam recursos financeiros.

De Kallakis e do tal grupo suíço não identificado, é muito difícil fazer qualquer previsão.

Novidades na novela Honda, só em 2009.

Até a virada do ano, dificilmente a Fórmula 1 será sacudida por mais uma alguma notícia interessante.

sábado, 27 de dezembro de 2008

E a Honda encontrou seu salvador...

Ao que tudo indica, terminou a procura por um comprador para a Honda.

E o salvador vem do México.

Trata-se de Carlos Slim, magnata das telecomunicações, ex-taxista, hoje o segundo homem mais rico do mundo.

Segundo o jornal La Stampa, faltam apenas alguns detalhes para que o mexicano faça o anúncio oficial da compra do espólio da Honda.

De quebra, Slim deve anunciar a dupla da pilotos da nova equipe: Jenson Button e Bruno Senna.

A permanência do inglês já era esperada e merecida.

Button, por mais que tenha sido ofuscado por Hamilton nos últimos dois anos, é um excelente piloto e merece o seu lugar na Fórmula 1.

Por outro lado, Bruno Senna deverá ser favorecido pelo apoio da Embratel, subsidiária da Telmex, empresa controlada pelo chefão Carlos Slim.

Agora, é esperar para ver quanto tempo vai demorar o anúncio oficial e qual será o nome do novo time.

Em seu caminho até a lista dos maiores bilionários do planeta, Slim ficou conhecido por comprar companhias quase quebradas para as recuperar e vendê-las mais tarde.

Deve ser este o plano ao entrar na F-1.

Para comprar a Honda, Slim desembolsou apenas a quantia simbólica de um dólar.

Não será surpresa se vender o time daqui a três ou quatro anos por um valor vários milhões mais caro.

A Telmex Racing, ou seja qual for o nome da nova equipe, não será uma equipe para permanecer décadas na Fórmula 1.

Ao mesmo tempo, também não terá uma trajetória tão curta quanto uma Midland ou Spyker, por exemplo.

Mas o importante é que Slim decidiu investir na categoria e, em 2009, a equipe está garantida.

Por ora, todos no mundo da F-1 agradecem apenas ao mexicano por evitar que a categoria enfrentasse um grande vexame.

Porque um grid de 18 apenas carros seria absolutamente ridículo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O delírio de Briatore

O chefe da Renault, Flavio Briatore, não entende absolutamente nada de corridas.

Entende, isso sim, de como comandar uma equipe para transformá-la em vencedora.

Mas de corridas, em si, Briatore não sabe nada.

Antes de ser recrutado por Luciano Benetton para liderar a equipe Benetton de Fórmula 1, na virada dos anos 80 para 90, Briatore jamais havia assistido a uma GP inteiro.

Natural, portanto, que tenha uma idéia distorcida do que representa a categoria.

Nesta sexta-feira, Briatore propôs que a Fórmula 1 passe a ter duas baterias por fim de semana, seguindo o modelo adotado pela GP2.

O grid da segunda prova seria invertido, de acordo com o resultado da primeira.

Tudo para favorecer o "espetáculo".

Mas será que a Fórmula 1 é feita apenas de "espetáculo"?

Na visão de Briatore, a categoria serve exatamente para isto: promover um show, expor patrocinadores e, acima de tudo, ganhar dinheiro.

Será que é só isso?

É claro que não.

Briatore se esquece do princípio fundamental da F-1: apontar, ao fim de cada ano, o melhor piloto e a melhor equipe do planeta.

Quando mais "espetaculares" ficam as regras, mais distorcidos ficam os resultados de cada corrida.

Até que ponta vale a pena influenciar o andamento normal de um GP apenas para criar uma falsa sensação de "emoção"?

É isso o que os dirigentes precisa definir.

Pequenas mudanças, como adotar um novo modelo para o treino classificatório e abolir os pit stops, são válidas e bem-vindas.

Entretanto, promover a revolução que Briatore deseja vai além de um certo limite.

A idéia do chefe da Renault não passa de um pequeno delírio.

Daqui a pouco, Briatore vai sugerir que o safety car a entre na pista toda vez que o líder abrir mais de dez segundos de vantagem.

Melhoraria o "espetáculo", é verdade.

Mas transformaria a Fórmula 1, agora sim, num autêntico circo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os votos do Blog F1 Grand Prix para 2009

A Fórmula 1 está de férias, e não há quase nenhum assunto a ser discutido no momento.

A disputa pelas vagas na Toro Rosso e a dúvida sobre os supostos compradores da Honda são responsáveis pela tímido movimento do noticiário nos últimos dias.

E vai continuar assim até a segunda semana de janeiro.

O Blog não vai tirar férias, mas o ritmo vai ficar mais reduzido até a virada do ano.

A partir do início do Rally Dacar e da apresentação dos carros para a temporada 2009, este espaço volta a ser atualizado diariamente.

Até lá, seguimos em "operação-padrão", como os controladores de vôo.

A você amigo do Blog F1 Grand Prix, meu muito obrigado pela audiência ao longo de todo este ano.

O espaço já passou a marca de 270 mil visitas, muito mais do que eu poderia esperar quando comecei em junho do ano passado.

Em 2009, estaremos juntos mais uma vez.

Que o próximo ano seja recheado de boas notícias para o esporte a motor.

Que o automobilismo brasileiro ganhe algum alento nas categorias de base.

Que a Stock Car supere a desconfiança e se firme como um campeonato de grande prestígio nacional e internacional.

Que os pilotos brasileiros continuem fazendo bonito no Japão, nos Estados Unidos, na Europa e no resto do mmundo.

Que Rubens Barrichello, Bruno Senna e Lucas di Grassi consigam ficar ligados à Fórmula 1 de alguma maneira.

Que Nelsinho Piquet encontre sua regularidade e enfrente Fernando Alonso de igual para igual.

E que Felipe Massa prossiga em sua evolução e possa encerrar o jejum brasileiro de 18 anos sem título mundial.

São estes os votos do Blog F1 Grand Prix para 2009.

Nos vemos por aí!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mesmo com prejuízos, Toyota continua na F-1

Um Feliz Natal para você, amigo do Blog F1 Grand Prix! Este espaço volta a ser atualizado na noite do dia 25

Ao contrário da Honda, a Toyota não vai jogar a toalha.

No início desta semana, a montadora que mais vende carros no mundo anunciou o pior balanço financeiro em 71 anos.

Pela primeira vez, a Toyota fechou o ano no vermelho, com US$ 1,7 bilhão de prejuízo.

Em entrevista coletiva no Japão, o presidente da montadora disse que a crise financeira mundial é daquelas que só acontecem "uma vez a cada 100 anos".

Apesar disso, garantiu que não vai retirar o investimento que a Toyota faz no esporte a motor.

Em 2009, a fábrica vai continuar na Nascar, em corridas de rally ao redor do planeta e, é claro, na Fórmula 1.

Ao que tudo indica, a Honda será a única equipe a desistir da categoria antes do início do próximo campeonato.

Muita gente apostava que Toyota, Renault, Red Bull ou Force India também deixariam a F-1.

Os temores, felizmente, não se concretizaram.

Agora, falta saber se os restos da Honda serão comprados por algum aventureiro.

Caso contrário, a F-1 terá o grid mais reduzido dos últimos 40 anos.

Um campeonato com somente 18 carros é ridículo para uma categoria do porte da Fórmula 1.

Mas, ao menos, grid ainda menor do que este não haverá.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Bilionário mexicano pode colocar Bruno Senna na Fórmula 1

Entre os pilotos, talvez o maior prejudicado pela retirada da Honda tenha sido Bruno Senna.

Há duas semanas, o brasileiro era considerado o grande favorito para a segunda vaga de titular na equipe japonesa, ao lado de Jenson Button.

Barrichello e Di Grassi ainda estavam teoricamente no páreo, mas a Honda estava quase contratando Senna.

Com a retirada da montadora, ele e Button ficaram à pé.

O inglês não deve demorar a recuperar uma vaga na Fórmula 1.

Muito provavelmente, será titular caso a Honda seja comprada, independente do novo dono.

A situação de Senna, por outro lado, ficou bem mais difícil.

Equipes novas não costumam dar espaço a pilotos inexperientes e o brasileiro, mesmo contando com bons patrocinadores, se viu forçado a procurar outros caminhos.

Permanecer na GP2 por mais uma temporada parecia ser a escolha inevitável de Senna.

Então, nesta segunda-feira, veio uma notícia que pode mudar o destino do novato brasileiro.

De acordo com o jornal inglês The Sun, o bilionário mexicano Carlos Slim está interessado em comprar a estrutura da Honda para promover seus negócios na America Latina.

Slim controla a Embratel, uma das principais patrocinadoras de Bruno Senna.

Caso o bilionário compre a Honda, portanto, não há dúvidas sobre quem seria um dos pilotos.

No momento, ainda é cedo para saber se o interesse de Slim é realmente sério.

Basta lembrar da suposta investida da Peugeot-Citroen, logo negada pela montadora francesa.

Mas Slim é um fã do automobilismo, que já apóia a A1GP e patrocina vários pilotos e categorias ao redor do planeta.

Para os torcedores de Bruno Senna, ainda não dá para comemorar a estréia na Fórmula 1 em 2009.

O interesse de Slim, entretanto, é motivo para ficar bastante otimista.

domingo, 21 de dezembro de 2008

O vídeo onboard de Timo Glock no GP Brasil

Demorou quase um mês e meio para cair na internet o vídeo onboard de Timo Glock no GP Brasil.

Antes tarde do que nunca. As imagens estão aqui.

Nas últimas voltas da prova de Interlagos, o alemão arriscou e permaneceu com pneus de seco em meio à pista molhada.

Se a chuva não tivesse apertado no fim, Glock não teria sido ultrapassado por Hamilton e o título da Fórmula 1 estaria nas mãos de Massa.

Mas o alemão não conseguiu manter o ritmo e terminou superado por Hamilton na última curva da última volta.

Não demorou muito e Glock começou a ser acusado de ter tirado o pé de propósito para beneficiar Hamilton, a McLaren e a Mercedes.

Muita gente defendeu Glock, mas os protestos não cessaram.

Será que o alemão teve alguma culpa?

Com as imagens da câmera onboard de sua Toyota, dá para cravar sem medo de errar.

Não, Glock não teve nem um milésimo de culpa na perda do título de Massa.

Pelas imagens onboard, percebe-se claramente a dificuldade que Glock teve para manter o carro na pista.

Era óbvio que estava numa situação extremamente complicada e não tinha como segurar Hamilton.

Pela maneira como tudo aconteceu, o pobre Glock levou a culpa.

Uma grande injustiça.

Glock não tirou o título de Massa.

Muito pelo contrário: o alemão quase deu o troféu de campeão ao brasileiro.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Toyota pode demitir Trulli e efetivar japonês

O blog não será atualizado neste sábado e volta ao ritmo normal no domingo

Desde a saída da Honda, os bastidores da Fórmula 1 andavam meio calados.

Os poucos rumores que surgiram foram logo desmentidos, como o suposto interesse da Peugeot-Citroen em entrar na categoria.

Mas nesta sexta-feira veio à tona uma notícia surpreendente.

Pode ser que seja apenas boato. Aliás, o mais provável é que não passe de mera especulação mesmo.

Mas, segundo o site Grand Prix - responsável pelo furo da retirada da Honda - a Toyota pensa em promover um "troca-troca" de pilotos para a próxima temporada.

Sai o italiano Jarno Trulli, entra o japonês Kamui Kobayashi.

Na equipe desde 2005, Trulli não estaria agradando aos chefões da equipe e seria substituído por Kobayashi, protegido pela Toyota desde o início da carreira.

Kobayashi é membro do programa de jovens pilotos da Toyota, que deve ser desativado para cortar custos.

Piloto de testes da equipe, o japonês ficaria sem emprego com a proibição total dos ensaios coletivos.

A saída, então, seria lançá-lo como titular.

Embora inexperiente, Kobayashi é um piloto realmente promissor.

Seus desempenhos mais recentes na GP2 Asiática provam que ele pode, sim, se tornar um piloto de Fórmula 1 razoável para bom.

Ao nível do compatriota Kazuki Nakajima, por exemplo.

Apesar disso, é difícil acreditar que a Toyota vai mandar o esforço Trulli embora assim tão de repente.

O italiano está na equipe há quatro temporadas, obteve os melhores resultados da Toyota na F-1 e marcou mais pontos do que o parceiro Timo Glock neste ano.

Será mesmo que a Toyota pensa em demitir Trulli?

Vamos ver quanto tempo vai demorar para alguém da equipe desmentir a informação.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Rubinho não desiste do sonho do título

Rubens Barrichello saiu das sombras e deu sua primeira longa entrevista desde o anúncio da retirada da Honda da Fórmula 1.

Ao site inglês Autosport, Rubinho repetiu o mantra de que continua motivado e com gás para disputar a próxima temporada da categoria.

Disse também que ainda sonha em disputar o título e garantiu que merece ganhar um campeonato.

Sobre as perspectivas para 2009, Rubinho enfatizou que alguém vai comprar a estrutura da Honda e que confia num acerto com a nova equipe.

Por fim, afirmou que não está interessado num acordo curto, de apenas uma temporada. O objetivo de Rubinho é assinar por, no mínimo, dois anos.

Pode parecer estranho, mas as chances de Rubinho permanecer na F-1 talvez tenham até aumentado com a saída da Honda.

Na equipe japonesa, o veterano já estava praticamente descartado. Suas chances de permanecer eram, de fato, mínimas.

Mas, dependendo do novo dono da Honda, Rubinho pode ganhar uma nova chance.

Equipe novas adoram pilotos experientes. Não é necessário dizer que Rubinho se encaixa no perfil.

Apesar de tudo isso, as chances continuam claramente contra o veterano.

Sonhar com o título da Fórmula 1 é algo que está na cabeça de todo piloto presente em categorias de algum destaque internacional.

Mas acreditar cegamente que isso vai se realizar é algo bem diferente.

Rubinho, bem perto de ficar de fora da F-1, ainda mantém a fé inabalável em ganhar um título.

Será que ele vai chegar lá realmente?

O escriba deste Blog sempre foi um grande admirador do talento de Rubens Barrichello.

Mas é preciso ser realista.

É quase certo que Rubinho nunca mais terá a chance de ganhar um campeonato.

Muito provável que não volte a vencer um GP.

Talvez nem chegue perto de disputar uma vitória.

Ou até mesmo de alinhar num grid da Fórmula 1 de novo.

Para Rubinho, o título da categoria continua sendo o maior objetivo.

Mas já na hora de perceber que o grande sonho, infelizmente, jamais vai se realizar.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

FIA estuda "convidar" equipes de ponta a correr com três carros em 2009

Quando a Fórmula 1 começa a entrar numa fase de falta de notícias, o mesmo assunto volta à tona repetidas vezes.

Nesta semana, por exemplo, reapareceu a idéia de introduzir três carros por equipe para compensar a saída da Honda.

De acordo com a revista Motorsport Aktuell, a FIA poderia "convidar" times como McLaren e Ferrari a inscrever um terceiro bólido nas corridas de 2009.

Assim, a entidade honraria contratos com emissoras de televisão que obrigam a Fórmula 1 a ter , no mínimo, 20 carros no grid.

Se o plano é verdadeiro e se tem chances de ir adiante, não dá para saber.

Muito provável que não.

Mas seria uma solução bastante interessante para deixar as provas da F-1 mais animadas.

É verdade que a categoria passa por um momento de corte de custos frenético e a introdução de um terceiro carro obviamente aumentaria os gastos de cada equipe.

A idéia, entretanto, agradaria à imensa maioria dos fãs da F-1 ao redor do mundo.

No momento, é bem fantasioso imaginar a categoria com mais de 20 carros no grid e três bólidos por equipe em 2009.

Mas não custa nada torcer por isso...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ferrari começa pré-temporada em ritmo lento

Ainda é cedo, muito cedo, para prever qualquer tipo de derrocada no ano que vem.

Mas, se há uma equipe que começou a pré-temporada num ritmo um pouco mais lento do que as demais, essa equipe é a Ferrari.

Nesta semana, a escuderia italiana juntou-se à rival McLaren para uma bateria de testes no novíssimo autódromo do Portimão, em Portugal.

Até agora, o time prateado está dando uma lavada em termos de tempo.

Resultados de pré-temporada, porém, não devem ser levados muito em conta.

Mais importante é que a Ferrari, até agora, vem tendo problemas seguidos para finalizar seu cronograma de testes.

Na segunda, Felipe Massa passou mal por causa de uma gripe e deu só 31 voltas.

Nesta terça, o piloto de testes Luca Badoer teve problemas de motor e precisou encostar o carro também antes do tempo.

O italiano era o responsável por testar a durabilidade de novos componentes. Pelo visto, o teste não deu muito certo.

Ainda é bem cedo para cravar que a Ferrari terá uma queda de rendimento em 2009.

Mas é bom prestar atenção no progresso da equipe italiana ao longo de janeiro.

Vale ressaltar que o próprio diretor técnico Aldo Costa admitiu dificuldades, no mês passado, com o novo dispositivo "Kers".

O presidente da FIA, Max Mosley, até criticou a Ferrari por ser contra o dispositivo, que estaria sendo uma pedra no sapato do time de Maranello nessa altura do desenvolvimento do F2009.

Se os prognósticos mais pessimistas sobre a Ferrari vão se confirmar, não dá para saber ainda.

O Blog aposta que a equipe italiana pode até cair de nível, mas jamais deixará de figurar entre as candidatas à vitória em 2009.

Apesar disso, a Fórmula 1 é uma ciência totalmente inexata.

Do jeito que a próxima temporada promete surpresas, não seria um choque tão gigantesco se a Ferrari perdesse espaço para equipes como BMW, Toyota e Red Bull.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Peugeot e Citroen na Fórmula 1? Sei não...


Para quem não sabe, o PSA é um conglomerado que inclui duas das principais montadoras francesas, a Citroen e a Peugeot.

De acordo com a reportagem de uma revista belga, o PSA teria ficado animado com o corte de custos promovido pela FIA e estaria disposto a adquirir a Honda, com apoio do governo francês.

A dupla de pilotos seria formada por Jenson Button e, como não poderia deixar de ser, Sebastien Bourdais.

Depois que a notícia explodiu, nenhum representante da PSA veio a público desmentir os boatos.

Sinal de que a informação pode ter algum fundo de verdade.

Mesmo assim, ainda é muito cedo para acreditar que Peugeot e Citroen estarão na Fórmula 1.

Para começar, a temporada de 2009 não terá sequer um GP da França.

Embora seja uma das mais tradicionais nações da história do esporte a motor, a França perdeu espaço e o público interessado na F-1 caiu bastante, apesar do sucesso recente da Renault.

Além disso, o momento de recessão na economia mundial é um grande indicador de que a notícia pode não passar de mera especulação.

Seria realmente estranho ver uma montadora como a Peugeot-Citroen decidir entrar na F-1 neste momento de tanta turbulência.

Nesta segunda, por exemplo, a Suzuki seguiu o exemplo da Honda e anunciou que vai retirar sua equipe do Mundial de Rally.

Ou seja: o período é de se evitar qualquer tipo de investimento "desnecessário".

Para a F-1, contar com uma empresa forte como a Peugeot-Citroen seria uma prova da importância da categoria.

Mas, no cenário atual, o melhor é manter uma postura bem cautelosa sobre a possibilidade de a montadora francesa ingressar na F-1.

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Atualização

E então, logo na manhã desta terça-feira, a Peugeot-Citroen negou qualquer interesse de entrar na Fórmula 1.

Era o mais esperado.

Para quem torce pela permanência da estrutura da Honda na F-1, a esperança é o empresário David Richards, ex-BAR.

No momento, Richards parece ser o único sério candidato a adquirir a herança da escuderia japonesa.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Grid da F-1 em 2009 praticamente fechado

A Force India parece ter adiado o anúncio de sua dupla de pilotos apenas para criar um suspense a mais.

A imprensa espanhola, que garantiu existir um acordo entre a equipe e o veterano Pedro de la Rosa, errou feio mais uma vez.

Agora, o grid da Fórmula 1 para 2009 está praticamente fechado.

Na teoria, ainda há quatro vagas a serem preenchidas.

Na prática, pode ser apenas uma só.

Se a Honda não for vendida - o que vai contra a expectativa deste Blog - faltaria apenas a Toro Rosso anunciar seus pilotos.

Dentro da escuderia italiana, o novato suíço Sebastien Buemi é nome quase certo.

As dúvidas sobre seu potencial se dissiparam na semana passada, quando Buemi dominou os testes de Jerez do início ao fim.

É bom este suíço, e merece uma chance na F-1.

A outra vaga da Toro Rosso está entre Takuma Sato e Sebastien Bourdais.

Em termos de performance, a equipe parece preferir o francês, mas o japonês tem mais facilidade para arranjar patrocínios.

Com o corte de custos, Bourdais ganhou força, só que a disputa com Sato ainda não está terminada.

Para todos os demais pilotos, resta torcer para que algum aventureiro compre a Honda.

Button, Barrichello e Bruno Senna seriam, aparentemente, os três nomes mais fortes.

Mas há quem aposte que até o austríaco Alexander Wurz pode pintar como surpresa, já que a sua experiência como piloto de testes seria muito imporante para um time novato.

Seja o que for, o grid da F-1 provavelmente será fechado mais cedo do que o habitual.

O anúncio na Toro Rosso é esperado até o Natal.

E, caso a Honda seja comprada, o mais prudente seria decidir logo os pilotos para não perder tempo antes da proibição total dos testes coletivos.

Agora, é esperar.

Dentro de mais umas algumas poucas semanas, todos os nomes que estarão na Fórmula 1 em 2009 já serão conhecidos.

sábado, 13 de dezembro de 2008

E a Fórmula 1 sobreviveu... mais uma vez


É bastante coisa, então vamos por partes.

Para começar, os motores.

A partir de 2010, serão padronizados entre as equipes independentes. E, já no ano que vem, terão vida útil prolongada e mil giros a menos para evitar gastos para as escuderias.

De fato, mudanças que vão proporcionar uma bela economia.

É de se lamentar, porém, a perda de relevância dos motores num carro de Fórmula 1.

São todos iguais e inquebráveis. Até o barulho é rigorosamente o mesmo.

Enzo Ferrari dizia que considerava o motor mais importante do que o próprio carro. Pelo visto, os dirigentes da Fórmula 1 não compartilham da mesma opinião.

Mas criticar é muito fácil.

Se a F-1 precisava economizar, é no motor que se fazem os cortes mais imediatos.

As medidas realmente não agradam, mas foram necessárias.

Agora, será que vai fazer diferença?

Ainda é cedo para saber. Em termos de motor, as equipes sempre acham um "jeitinho" de mudar uma coisa aqui, outra ali...

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Luca Badoer, Pedro de la Rosa, Marc Gene e companhia que se preparem.

Os treinos coletivos dos intervalos das corridas foram totalmente proibidos.

Acabaram os testes, acabaram os pilotos de testes.

Se é para cortar gastos, proibir os treinos coletivos era uma das soluções mais óbvias.

Apesar disso, a medida é para ser lamentada.

Primeiro porque esvazia o noticiário da F-1, especialmente nos períodos de férias.

E segundo porque reduz ainda mais o universo de pilotos que faz parte da categoria.

Tanto o veterano que ainda se agarra à F-1 quanto o novato que tenta fazer sua estréia perdem a única vitrine para mostrar serviço.

A partir de agora, testes só nas sextas-feiras de GP.

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Para 2010, dá-lhe padronização.

Os sistemas de rádio e telemetria serão iguais.

Informações de pneus e combustíveis passam a ser compartilhados.

Até o ''Kers'', que mal estreou, pode ser idêntico para todo mundo.

A Fórmula 1 vai ficando mais parecida com a GP2, mas ainda está muito acima da categoria-escola.

Por mais que vários elementos estejam padronizados, a F-1 ainda é o berço da tecnologia no esporte a motor.

Os dirigentes sabem disso, e já indicaram que vão tentar preservar a vocação que a F-1 tem para ser um desafio tecnológico.

Tomara.

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Os reabastecimentos serão proibidos em 2010.

Mas os pit stops, na teoria, continuam liberados.

Ou seja: quem quiser trocar pneus, ainda pode.

Voltamos a meados da década de 8o.

Uma época em que, como dizia Nelson Piquet, o piloto fazia sua estratégia durante a corrida, e não antes dela.

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Você prefere o sistema de "medalhas" ou o atual sistema de pontuação?

O modelo de classificação baseado em "nocautes" ou aquele que vigorava até o ano de 2002?

Corridas mais curtas, com 75 minutos, ou mais longas, chegando aos 90 atuais?

Pois bem: a FIA quer saber.

Através de uma "pesquisa de mercado", a entidade vai determinar quais propostas levam a melhor.

O Blog vota no atual sistema de pontuação, na classificação em "nocautes" e nas corridas de 90 minutos.

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No fim das contas, a Fórmula 1 está próxima de superar mais uma de suas crises cíclicas.

Dessa vez, detonada por fatores externos, mas originada no modelo insustentável que a própria categoria criou.

Há quem duvide do próprio futuro da F-1.

Se mais uma ou duas equipes seguirem o exemplo da Honda, sabe-se lá o que pode ocorrer.

Mas isso muito dificilmente vai acontecer.

O pacote de medidas chega como remédio para as equipes que pensavam em deixar a F-1.

Ao menos por enquanto, a categoria está a salvo.

A Fórmula 1 sobreviveu, mais uma vez.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Sebastien Loeb quer ir para a Fórmula 1 em 2010... será que dá?

Por motivo de viagem, este Blog ficará sem atualizações até o próximo sabado

Ele é o atual pentacampeão do Mundial de Rally.

Recordista de vitórias e de títulos na categoria.

No último domingo, venceu o Rally da Grã-Bretanha e completou sua coleção de troféus, já que a etapa britânica era a única onde ele nunca havia triunfado antes.

Para Sebastien Loeb, está começando a perder a graça.

Nesta quarta-feira, o piloto francês confessou numa entrevista a um jornal de seu país que sonha com uma transferência para a Fórmula 1 em 2010.

Em 2009, já está sob contrato com a Citroen.

Mas para o ano seguinte... quem sabe?

Loeb pilotou o carro da Red Bull em Barcelona, há duas semanas, e teve um desempenho impressionante.

Ficou em oitavo, entre 17 pilotos.

Com um programa de testes, como ele mesmo ressalta, daria para estrear na F-1 em 2010.

O problema é a idade.

Loeb já tem 34 anos, muito além do que o normal para os novatos da F-1.

Se Sebastien Bourdais já era considerado velho ao estrear pela Toro Rosso com 28 anos, imagine então o que os chefes de equipe pensam de Loeb.

O francês, porém, é realmente um talento excepcional.

Se forçar uma ida para a Fórmula 1, será que alguma equipe topa?

Vale registrar, apenas como curiosidade, que o argentino Juan Manuel Fangio disputou sua primeira corrida de F-1 aos 38 anos e se aposentou aos 47.

Eram outros tempos. Corridas mais longas, é verdade, mas exigência física bem menor.

Capacidade para correr na F-1, Loeb tem.

Resta saber se alguma equipe terá coragem de apostar nele.

Quer saber? Valia a pena arriscar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Três carros por equipe: uma idéia interessante, mas inviável

A Williams quer radicalizar.

Nesta terça-feira, o chefe executivo da escuderia inglesa, Adam Parr, lançou uma idéia bastante polêmica em entrevista ao jornal The Guardian.

De acordo com Parr, a F-1 deve perder mais uma equipe até o início da próxima temporada.

Como a Honda já saiu, ficariam apenas 16 carros no grid, um dos mais reduzidos da história da categoria.

Para resolver o problema, é aí que entra a sugestão de Parr: liberar as equipes para disputar as corridas com três carros cada uma.

Dá para acreditar nisso?

Por enquanto, não.

Para começar, a idéia de Parr parece contraditória.

Num momento em que as equipes fazem de tudo para cortar gastos, colocar um terceiro carro na pista seria garantia de mais despesas.

A Red Bull, por exemplo, precisaria alinhar seis bólidos - três da equipe principal e outros três da Toro Rosso.

Além disso, não há a menor garantia de que outra equipe vá deixar a F-1 até 2009.

Apesar de todos os boatos, as cinco montadoras restantes reafirmaram o compromisso com a categoria, assim como Force India, Red Bull, Toro Rosso e a própria Williams.

O regulamento da F-1 estabelece que o número máximo de carros é 24.

Ou seja: com nove equipes, não dá para incluir o terceiro bólido porque, nesse caso, seriam 27 pilotos em cada corrida.

Delírio ou não do diretor da Williams, a idéia do terceiro carro é daquelas que logo dão início a um festival de cogitações.

E aí, qual seria o terceiro piloto da Ferrari?

E o da McLaren?

Na Renault, será que Lucas di Grassi formaria o trio com Alonso e Nelsinho?

Bruno Senna encontraria um espaço? E Rubens Barrichello?

Enfim, perguntas que não podem ser respondidas.

O mais provável é que o plano do terceiro carro, embora tenha sido realmente incluído na pauta da Associação das Equipes, não receba o aval da entidade e nem da FIA.

Uma pena, porque seria bem interessante ter um grid lotado de carros e recheado de novas caras.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ex-dirigente da BAR é a esperança para comprar a Honda

Em tempos de crise, toda cautela é pouca.

Mas, pelo visto, a Honda já tem alguns compradores em potencial negociando para adquirir o time nos próximos dias.

O mais forte e conhecido deles é David Richards, ex-chefão da BAR, que admitiu nesta segunda-feira que está considerando a compra da estrutura da Honda.

Um homem de competência inegável, Richards transformou a BAR numa equipe de ponta em 2004, antes de se afastar a partir do momento que a Honda desejou ter mais controle.

Depois disso, ensaiou uma volta à F-1 com a Prodrive, mas desistiu porque a FIA não cumpriu as promessas que fizera sobre mudanças de regulamento.

Agora, é a bola da vez para assumir o controle da Honda.

Na verdade, Richards não seria exatamente o comprador da escuderia.

O inglês ocuparia a posição de chefe de equipe, indicado pelo grupo que comprar a estrutura da Honda.

Quem pode ser? Aí, sim, é que está a dúvida.

Dizem que o Magma Group, que tentou adquirir a Super Aguri no início do ano, e o empresário Trever Carlin, dono de equipe na F-3, seriam os nomes que estariam negociando com Richards para dar prosseguimento ao projeto de compra da Honda.

O problema é justamente convencer Richards.

Porque o esperto inglês sabe que o difícil não é adquirir a estrutura da Honda, e sim mantê-la.

De que adianta ter uma fábrica gigantesca e computadores super modernos se não há dinheiro e profissionais para tocar o barco?

Por tudo isso, Richards mantém a cautela.

Não há dúvida de que o inglês deseja realmente voltar à F-1.

Mas só vai fazer isso se tiver garantias de sucesso.

Para os ex-funcionários da Honda, Richards é uma luz no fim do túnel.

Se o dirigente desistir do negócio, dificilmente haverá outro comprador.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Título merecido para Ricardo Maurício na Stock Car

A temporada da Stock Car encerrou-se neste domingo com a consagração de Ricardo Maurício.

Piloto de grande talento, Ricardinho foi um entre vários brasileiros que tentaram a sorte na Europa no início da década e tiveram que desistir da aventura por falta de apoio financeiro.

Retornou ao Brasil e, logo em sua segunda temporada na Stock, já levou o primeiro título na categoria.

Uma conquista realmente muito merecida.

Com cinco vitórias ao longo do ano, Ricardinho igualou a marca de Chico Serra, em 2001, de maior número de triunfos num só campeonato.

É verdade que Ricardinho não teve a mesma regularidade do rival Marcos Gomes, que terminou mais provas e somou mais pódios, mas contou com a ajuda de algo sempre indispensável nas corridas de automóvel.

A sorte.

Na oitava volta, dois carros rodaram à frente de Marcos Gomes, que não teve como desviar e bateu.

Abandonou duas voltas depois e o título caiu no colo de Ricardinho.

Que, naquela altura, perdia terreno em virtude de um choque com Antonio Pizzonia, mais cedo na corrida.

Não fosse o azar de Marcos Gomes, e o campeonato certamente teria outro destino.

Mas, da maneira como terminou, veio a coroar o esforço e a perseverança de um digno campeão.

Vale registrar também o espetacular pódio de Ingo Hoffmann, que finalizou na terceira posição em sua despedida da Stock.


Um momento emblemático, que representa uma mudança de era na Stock.

A partir do ano que vem, a categoria vem com um novo carro, mais bonito, seguro e moderno.

A tendência é que o crescimento da Stock continue a pleno vapor, embora a época seja de crise em todos os cantos.

Muitos não gostam da Stock e a criticam, com razão, pelo excesso de preocupação com o "espetáculo" e a grande diferença dos carros para os modelos usados na rua.

Apesar disso, é preciso reconhecer o peso que a Stock ganhou no passado recente.

O automobilismo brasileiro já é recheado de problemas e não dá para menosprezar aquilo que dá certo.

Que a Stock permaneça crescendo em força e importância nos próximos anos.

Com Ricardinho Maurício, Marquinhos Gomes e os diversos talentos que o esporte a motor brasileiro, apesar de tudo, continua sempre a produzir.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Rubinho ainda tem chance de permanecer na F-1

Quando a Honda anunciou que saía da Fórmula 1, o primeiro pensamento de todo mundo sobre Rubens Barrichello deve ter sido o mesmo.

Agora, já era.

Mas bastou apenas um pouquinho mais para perceber que Rubinho ainda tem lá suas possibilidades de permanecer na F-1.

Já eram pequenas, e continuam sendo remotas.

Só que ainda existem.

Rubinho pode seguir na F-1, mas depende de quem comprar a Honda. Isto é, se alguém comprar a Honda.

Dizem que o empresário David Richards, ex-chefão da BAR, é o favorito.

Poderia, inclusive, fechar o negócio já neste fim de semana, pagando a quantia simbólica de um dólar.

Neste caso, um dos pilotos seria Jenson Button.

E o outro - por que não? - poderia ser Barrichello.

Equipes novatas sempre vêm veteranos experientes como bons olhos.

É só ver os casos de Coulthard, na Red Bull, e de Fisichella, na Force India.


Sua situação, repita-se, continua muito complicada.

Mas, pelo menos por enquanto, Rubens Barrichello ainda não está completamente afastado da Fórmula 1.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Motor único: uma idéia nem tão absurda, afinal

Quem diria, hein?

Max Mosley estava certo.

A Fórmula 1 não pode ser refém das montadoras.

Não pode se permitir ter um grid de 16 ou 18 carros só porque alguns vêem a categoria não como um esporte, e sim como um negócio, um investimento.

O dirigente da FIA tem lá seus métodos estranhos, suas idéias meio estapafúrdias, mas estava certíssimo em avisar sobre o perigo dos custos "insustentáveis".

Apenas algumas horas após o anúncio oficial da saída da Honda, Mosley enviou carta às equipes onde avisa que o seu projeto do motor único deve ser adotado até 2010.

Aquele mesmo projeto que foi criticado por todos.

Pilotos, públicos, dirigentes.

Até pelo escriba deste Blog.

De repente, a idéia do motor único não parece tão absurda, afinal.

É verdade que se deve tentar todas as alternativas antes de se adotar o propulsor padronizado.

Entretanto, se disso depender a própria sobrevivência da F-1, não há dúvida de que Mosley precisa levar sua idéia à frente.

Vale lembrar que lá no início, nos idos da década de 50, a F-1 chegou a correr com carros de Fórmula 2 durante duas temporadas porque não havia outra opção melhor.

É claro que houve prejuízos, só que a categoria se fortaleceu e, muitos anos depois, chegou ao ponto onde se encontra atualmente.

A F-1 passa por uma crise quase sem precedentes.

Deve-se evitar ao máximo a hipótese do motor único.

Mas o importante é que a Fórmula 1 sobreviva no fim.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Acabaram os vexames da Honda

Sim, os vexames da Honda acabaram. A partir de agora, não mais.

Nesta quinta-feira, pegando de surpresa os próprios funcionários da equipe, explodiu a notícia de que a montadora japonesa está deixando a Fórmula 1 no fim do ano.

Tal como aconteceu quando a Jaguar se retirou da categoria, no fim de 2004, os boatos se confirmaram em questão de horas.

Além dos desempenhos medíocres, pesou para a saída da Honda os efeitos da crise econômica mundial, que fizeram um grande estrago nas contas da montadora.

Quando se viram em dificuldades, os executivos japoneses da Honda, sem pensar duas vezes, tomaram a decisão.

Sentados em suas salas com ar condicionado, no alto de algum arranha-céu de Tóquio, decidiram que a equipe Honda deveria encerrar suas atividades.

E a Fórmula 1 que se vire, é claro.

Há de se questionar os métodos de Max Mosley para cortar custos.

O discurso do presidente da FIA, porém, estava totalmente correto.

A Fórmula 1 precisa estudar soluções emergenciais para reduzir gastos.

Caso contrário, o futuro da categoria estará em sério risco.

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Para os pilotos brasileiros, a iminente saída da Honda é um golpe baixo.

Menos para Bruno Senna, que ainda tem tempo para se recuperar.

Muito mais para Rubinho, cujas últimas esperanças de continuar na Fórmula 1 vão desaparecendo.

Em entrevista ao Fantástico, há duas semanas, o veterano afirmou que iria chorar bastante quando fosse se aposentar da Fórmula 1.

Será isso o que está fazendo neste exato instante?

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Sobre o futuro da Honda: pelo que disseram, a equipe sediada em Brackley pode permanecer na Fórmula 1, desde que se encontre um comprador até o Natal.

É verdade que a economia mundial está em recessão.

Mas parece sempre haver alguém disposto a investir na F-1.

E a Honda, convenhamos, seria vendida a preço de banana para o primeiro que aparecesse.

Dizem na Inglaterra que o empresário David Richards - ex-chefe da BAR, líder do fracassado projeto da Prodrive e atualmente chefe de equipe da Subaru no Mundial de Rally - estaria estudando a compra da Honda.

Se for em frente, Jenson Button terá a salvo seu lugar em 2009.

Resta saber quem seria o outro piloto.

Rubinho?

Sim, ainda resta uma chance...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Alonso ameaça se aposentar caso regra do motor único seja aprovada

A proposta do motor único na F-1, lançada pelo presidente da FIA Max Mosley, já recebeu críticas de todos os lados.

Basicamente, ninguém gostou.

Nem o público.

Nem as equipes.

Muito menos os pilotos.

Nesta quarta-feira, Alonso expressou o sentimento geral entre os titulares da F-1.


Sejamos honestos: dificilmente Alonso se retiraria da Fórmula 1 apenas por causa disso.

Mas a forte declaração do espanhol mostra claramente o grau de insatisfação dos pilotos com as mudanças planejadas pela FIA.

Uma coisa é cortar custos, o que é plenamente necessário.

Outra é pegar a Fórmula 1, berço do desenvolvimento de tecnologias para a indústria automobilística, e transformar a categoria em nada mais do que uma GP2 melhorada.

Dizem que, nesta quinta, Max Mosley vai se encontrar com representantes da Associação das Equipes para discutir a idéia do motor padrão.

Deve enfrentar dura resistência das escuderias, que se uniram de forma inédita para não permitir que a loucura do presidente da FIA seja levada à frente.

De fato, é muito improvável que os propulsores da F-1 sejam padronizados, como quer Mosley.

Mas o dirigente máximo da FIA pode usar o projeto como instrumento de negociação para conseguir que outras de suas idéias sejam aprovadas.

Em outras palavras: Mosley pode aceitar desistir do motor único, desde que as equipes aceitem algumas imposições.

E é isso o que deve acontecer.

O problema é que ninguém conhece, ao certo, as regras que Mosley poderia impor.

É aí que mora o perigo.

Sabe-se lá o que Mosley pode inventar.

Algumas idéias que saem de sua cabeça não têm o mínimo de bom senso.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A última chance de Rubens Barrichello

Rubinho pediu, pediu, pediu e foi atendido.

Não ganhou a vaga de titular na Honda, mas terá uma chance de mostrar que merece o emprego na equipe japonesa em 2009.

Nesta terça-feira, sites brasileiros revelaram que Rubinho foi convocado para os testes de Jerez de la Frontera, entre os dias 8 e 11 de dezembro, onde vai enfrentar o novato Bruno Senna.

Um dos dois ficará com a vaga na Honda, uma vez que o terceiro nome da disputa, Lucas di Grassi, já foi descartado.

Para Rubinho, é agora ou nunca.

Diferentemente de Senna, que é jovem e ainda poderia ter outras opções, Rubinho joga toda a sua sorte nos testes de Jerez.

Se não impressionar a Honda, será obrigado a aceitar a aposentadoria forçada da Fórmula 1.

A Honda vai analisar os dois, mas a vantagem ainda é de Senna.

Assim como no "vestibular" contra Di Grassi, Senna precisa apenas andar próximo do adversário para vencer o duelo.

Para Rubinho, não basta ser mais rápido. É preciso ser bem mais rápido.

Só assim conseguirá convencer a ala da Honda que apóia Senna.

A disputa para a vaga de titular na escuderia japonesa está próxima do fim.

Senna tem tudo para levar a melhor.

Mas as esperanças de Rubens Barrichello seguem vivas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ferrari, o sonho de Sebastian Vettel

Ele tem apenas 26 largadas na Fórmula 1 no currículo, mas já é considerado por muitos um futuro campeão da categoria.

Sebastian Vettel venceu o GP da Itália de forma magistral, numa das melhores performances de um piloto nas últimas décadas.

Em 2009, o alemão vai correr pela Red Bull. E a equipe das bebidas energéticas certamente vai dar um salto de desempenho com o jovem de 21 anos a bordo.

Sobre Vettel, o mais interessante é perceber que o piloto não tem um destino traçado na F-1.

Hamilton, por exemplo, está intrinsicamente ligado à McLaren.

Raikkonen e Massa só devem conquistar títulos pela Ferrari.

Até mesmo Alonso, que já foi ligado a dezenas de equipes, parece ter apenas duas opções viáveis para os próximos anos: Renault e, a partir de 2010, Ferrari.

Vettel, por outro lado, tem um futuro imprevisível.

O alemão é um futuro campeão mundial. Tudo bem. Mas por qual equipe?

A Red Bull, por mais que gaste milhões na F-1, não parece capaz de algum dia chegar ao topo.

Talvez até consiga vencer, como já fez a "filial" Toro Rosso, mas não dá para pensar muito em título.

Ou seja: Vettel terá de escolher, daqui a dois ou três anos, a equipe que o levará a disputar campeonatos.

Depois da longa e arrastada novela sobre o futuro de Alonso, já dá para prever uma grande disputa pelo "passe" de Vettel.

O alemão, que nem empresário tem, será o objeto de desejo mais cobiçado da Fórmula 1.

Para onde iria Vettel?

Quem sabe McLaren ou BMW, aproveitando as raízes alemãs?

Talvez Toyota e Honda, caso as japonesas encontrem o caminho das primeiras posições?

Será que já passou pela cabeça de Vettel a Renault, que já tem uma parceria com a Red Bull?

Nenhuma delas, porém, desponta como a favorita no momento.

Caso Vettel se mantenha valorizado do mercado no curto prazo, a equipe que provavelmente venceria o leilão pelo piloto chama-se Ferrari.

Perguntaram a Vettel, nesta segunda, o que ele acharia de pilotar pelo time de Maranello.

"Correr pela Ferrari seria um sonho", respondeu Vettel.

McLaren, BMW, Toyota, Honda, Renault e companhia podem oferecer o mundo ao jovem alemão.

Quando Vettel precisar fazer sua escolha, entretanto, a Ferrari já vai despontar como a sua primeira opção.

A Fórmula 1 mudou de maneira radical ao longo das últimas décadas.

O que não muda é o fascínio que o cavalinho rampante continua exercendo sobre os jovens pilotos da categoria.

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O próximo ano será o mais difícil para a BMW desde que a montadora entrou na Fórmula 1 com equipe própria, em 2006.

Sob o comando do competente Mario Theissen, a escuderia alemã manteve uma evolução constante.

Neste ano, alcançou o ponto máximo ao vencer o GP do Canadá, com o excelente Kubica.

A BMW terminou a temporada em terceiro, sem nenhuma falha mecânica e bem próxima de McLaren e Ferrari.

O "problema" é justamente este.

Quanto melhor os resultados, maior a cobrança e a pressão por resultados.

Em 2009, os altos executivos da montadora já avisaram: querem o título da Fórmula 1.

E o chefe de equipe Mario Theissen confessou, pela primeira vez, que não se sente confortável com a pressão que está sofrendo.

Mas a Fórmula 1 é assim mesmo. Um dos ambientes mais instáveis do planeta.

Se Theissen queria tranqüilidade, deveria ter escolhido outra profissão, como ele mesmo reconheceu.

Agora, é esperar para ver o que a BMW vai trazer em 2009.

Não dá para prever ainda se a equipe irá mesmo disputar o título.

Se depender da ambição dos alemães, porém, Ferrari e McLaren podem ir se preparando para uma batalha tríplice pelo troféu de campeão no ano que vem.

domingo, 30 de novembro de 2008

Rubinho vence Desafio, mas derrapa fora da pista

Dentro da pista, Rubinho mostrou por que é, sem exagero, um dos melhores kartistas da história do automobilismo brasileiro.

O veterano venceu o Desafio das Estrelas de kart com categoria, derrotando Lucas di Grassi por apenas um ponto.

Pena que, longe do volante, Rubinho continue derrapando.

Em entrevista ao Sportv, o piloto reclamou bastante das atitudes de Schumacher e Di Grassi. Disse que o alemão parecia estar num "tanque de guerra" e que Di Grassi teria tentado colocá-lo para fora.

Desnecessário, Rubinho. De novo, totalmente desnecessário.

Toques numa corrida de kart são absolutamente normais. Numa disputa de nível tão alto, raras são as ultrapassagens em que os dois karts não se esbarram um no outro.

Durante a primeira bateria, o italiano Vitantonio Liuzzi precisou abandonar porque recebeu um belo "chega-pra-lá" do próprio Rubinho.

Liuzzi não reclamou. Bem que Rubinho poderia ter tido a mesma atitude.

E assim, mesmo num momento de vitória, Rubinho conseguiu de novo irritar os torcedores.

É como disse Schumacher: reclama na derrota e também na vitória.

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O Desafio das Estrelas de kart foi um grande sucesso.

O anfitrião Felipe Massa terminou apenas em terceiro, mas conseguiu uma bela vitória na segunda categoria.

Num momento tão complicado para Santa Catarina, o Desafio das Estrelas serviu como um impulso para a população.

O evento também ajudou a divulgar o drama dos desabrigados fora do país, o que precisa ser levado em consideração.

Na semana passada, houve quem defendesse o cancelamento da corrida por causa das tragédias em Santa Catarina.

Ainda bem que os organizadores decidiram ir em frente.

sábado, 29 de novembro de 2008

Para Massa, Senna precisa agarrar chance de estrear na F-1

A fase não é mesmo muito boa para Rubens Barrichello.

Dias após declarar que Bruno Senna deveria aceitar a vaga de piloto de testes na Honda, Rubinho foi contrariado pelo vice-campeão mundial Felipe Massa.

Em entrevista coletiva em Florianópolis, Massa mostrou ter uma opinião exatamente contrária à de Rubinho.


Além disso, Massa também comparou a situação de Senna à de Hamilton.

Disse que o inglês começou na F-1 muito cedo, na McLaren, e logo se destacou. Portanto, Senna não deveria se intimidar com a possibilidade de acertar para ser titular da Honda.

Entre Senna e Hamilton, porém, há uma enorme abismo.

O inglês foi um piloto cirurgicamente preparado desde a época de kart.

Aos 13 anos de idade, assinou o primeiro contrato com a McLaren. Sempre recebeu assessoria de primeira e chegou à Fórmula 1 jovem, mas totalmente pronto.

A trajetória de Bruno Senna é bem oposta.

Após a morte do tio, Bruno ficou anos longe das pistas. Não disputava nem corridas de kart.

Somente em 2004, a partir de um teste com um carro de F-Renault, o piloto começou a engrenar a carreira.

De lá para cá, foram apenas quatro anos. Muito pouco para qualquer jovem promessa ainda em formação.

Senna não está no mesmo nível de Hamilton quando o inglês estreou na Fórmula 1.

Entretanto, isso não quer dizer que o brasileiro não esteja pronto para a categoria.

Se Bruno terá ou não sucesso quando começar a correr na F-1, ainda não dá para saber.

Mas a resposta virá em breve.

Porque Bruno, mais cedo ou mais tarde, vai ganhar a chance de ser titular na categoria.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rubinho está com inveja de Bruno Senna?

Rubens Barrichello e Bruno Senna são adversários na briga pela vaga da titular da Honda para 2009.

Um deles vai ficar à pé na próxima temporada.

Dizem que a chance de Rubinho perder a disputa é muito maior. Mas, no instável mundo da Fórmula 1, nunca há como ter certeza.

Há seis dias, em entrevista ao Fantástico, o veterano afirmou que a melhor opção para Senna seria assinar como piloto de testes para ganhar experiência e só depois estrear como titular.

Na última quinta, Rubinho repetiu essas palavras no programa matinal ''Hoje em Dia'', da TV Record, e disse ainda que torce muito pelo sucesso de Senna na F-1.

A repercussão de suas declarações não foi muito boa.

E não demoraram a surgir comentários sobre uma suposta "inveja" que Rubinho teria de Bruno Senna.

Será que o veterano está mesmo com dor-de-cotovelo por causa do novato?

Pois bem: Rubinho, como já repetiu diversas vezes, tem enorme gratidão por tudo que a família Senna fez pela sua carreira.

Fica difícil imaginar o veterano trabalhando para sabotar a carreira do sobrinho daquele que foi seu grande mentor e herói.

Não, Rubinho não guarda rancor de Bruno Senna.

Está fazendo campanha, sim, para ganhar a disputa pela Honda.

Mas não há, em suas declarações, qualquer intenção de desestabilizar Bruno.

Acontece que Rubinho, mais uma vez, foi ingênuo.

Quando perguntado sobre o que recomendaria a Bruno Senna, caiu na armadilha de recomendar a vaga de piloto de testes ao novato.

Tudo bem, é a opinião dele. E certamente há muitos que pensam o mesmo, que Senna não está preparado para estrear na F-1.

O problema é que Rubinho disputa a vaga com Senna.

E deveria evitar fazer análises polêmicas sobre um jovem piloto que nem chegou à F-1 e já causa um ''frisson'' entre os torcedores brasileiros.

Muitos que torcem por Bruno ficaram com raiva de Rubinho.

Mais uma vez, o veterano falou algo desnecessário.

Rubinho não tem inveja de Bruno Senna. Mas sua declaração realmente pegou mal.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sistema de ''medalhas'' deve ser barrado pela FIA

Dizem que os dirigentes da FIA não têm nada de sensatos.

São especialistas em bolarem regras esdrúxulas, sem sentido, que mais confudem o público do que deixam a Fórmula 1 mais interessante.

Dessa vez, porém, os homens da entidade estão perto de acertar em cheio.


O veterano chefão da empresa que gerencia os direitos comerciais da categoria encantou-se com a idéia de definir o campeão através do número de vitórias, e não de pontos.

Garantiu que tinha o apoio de todas as equipes, mas tudo indica que isso não é verdade.

Fato é que os delegados da FIA não parecem ter sido convencidos por Ecclestone e devem barrar o fantasioso sistema de ''medalhas''.

O modelo proposto por Ecclestone, é preciso reconhecer, não é de todo ruim. E, se fosse adotado, poderia realmente ajudar as corridas a ficarem um pouco mais emocionantes.

O problema é que a idéia carece de bom senso.

Como assim premiar somente os três primeiros de cada corrida?

No fim do campeonato, McLaren e Ferrari dominariam pelo menos 80% das medalhas...

Será que realmente todas as equipes estão apoiando o novo sistema?

Não dá para acreditar nisso.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Alonso na Ferrari, a novela que nunca acabará

Fernando Alonso anunciou no início do mês que vai permanecer na Renault em 2009.

Parecia que os insistentes boatos sobre o futuro do espanhol iriam tirar férias junto com o piloto.

Mas bastaram poucos dias para que a novela "Para onde vai Alonso?" voltasse a ganhar novos capítulos.


Mais importante do que a própria notícia é a declaração do presidente do banco, que afirma com todas as palavras: "Nós queremos trabalhar com Alonso".

Em 2009, o bicampeão está garantido como titular da Renault, e isso não há mais como mudar.

O acordo de Alonso é de dois anos, mas há certamente uma cláusula de desempenho ou uma multa rescisória que poderia liberar o espanhol para a Ferrari em 2010.

O Santander, pelo visto, não hesitaria em bancar a contratação de seu piloto preferido.

O "problema" é que a Ferrari já tem dois pilotos contratados até o fim de 2010.

Massa está em alta na equipe e Raikkonen é um campeão do mundo. Nenhum dos dois parece ter qualquer motivo para temer uma demissão.

Entretanto, a Fórmula 1 é um dos ambientes mais instáveis do planeta.

Ainda é cedo, muito cedo, para cravar onde Alonso vai correr em 2010.

A principal possibilidade é mais um ano na Renault. Se o Blog precisasse apostar agora, seria este o palpite.

Como sempre, porém, é bom manter um pé atrás.

Muitos jamais levaram a sério os boatos que ligavam Alonso à Ferrari.

Mas, com a chegada do Santander à equipe de Maranello, a contratação do espanhol torna-se uma possibilidade plausível, embora não a curto prazo.

Nada muda por enquanto, só que Alonso certamente não vai permanecer para sempre na Renault.

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E um último comentário.

O Santander vai para a Ferrari.

O Santander é o principal patrocinador de Bruno Senna.

Sim, é totalmente absurdo pensar que Senna vá ser contratado pela Ferrari pelos próximos um ou dois anos, pelo menos.

Mas vai dizer que essa possibilidade não passa pela cabeça?

Senna na Ferrari seria a jogada de marketing perfeita para qualquer patrocinador.

Se o novato for bom mesmo, já se sabe qual será a equipe que vai lhe oferecer um contrato daqui a alguns anos...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Di Grassi, o "plano B" da Honda

O assunto já cansa, mas é o que há de interessante na Fórmula 1 no momento.

Enquanto a Honda não agendar um novo teste com Lucas di Grassi, Bruno Senna e, quem sabe, Rubens Barrichello, ficaremos aqui na mesma discussão sobre quem tem mais chances de conseguir a vaga na equipe japonesa.

Pois bem: a novidade do dia em toda essa novela é a entrevista que Di Grassi concedeu ao site Grande Premio, fazendo um balanço dos testes de Barcelona.

A primeira e mais importante afirmação de Di Grassi é que os ensaios no circuito espanhol, de fato, tiveram condições diferentes para ele e Senna.

Enquanto o sobrinho de Ayrton pegou o carro num cenário mais favorável, Di Grassi encontrou um modelo mal acertado e mais difícil de guiar.

Daí veio a diferença de tempo entre os dois, na casa de oito décimos.

Depois do testes, com a aparente "vitória" de Senna, não foram poucos os que preveram que a batalha pela vaga na Honda já teria praticamente terminado.

Inclusive o escriba deste Blog, que cravou Senna como vencedor do "vestibular" e virtual companheiro de Jenson Button em 2009.

Só que, como sempre, as coisas são bem mais complicadas do que parecem na Fórmula 1.

Não dá para dizer que os dois postulantes principais têm praticamente a mesma chance.

Senna, como a maioria vem falando, possui realmente uma vantagem. Mas ela é reversível.

Se Di Grassi derrotar Senna de forma categórica no próximo duelo entre os dois, mostrando que está claramente mais preparado do que o rival, será o escolhido.

A Honda tende para Senna. Mas ainda não tem a segurança necessária para contratá-lo.

Senna ainda terá outras oportunidades para ganhar de vez a confiança da Honda.

Precisa mostrar velocidade, consistência e bom conhecimento técnico.

Caso a Honda não o aprovar, a equipe vai para Di Grassi.

Que, no momento, parece cumprir o papel de um autêntico "plano B" dentro da escuderia japonesa.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Rubinho e a fama de "chorão"


Como sempre, o veterano mantém uma postura de peito aberto, falando exatamente o que pensa e sente.

Admite uma certa inferioridade para Schumacher, mas garante que era prejudicado pela equipe quando os dois estavam em condições iguais.

Repete que ainda "tem gás" para disputar a próxima temporada e que continua com muita vontade de pilotar na Fórmula 1.

Elogia o potencial de Bruno Senna, ressalta que o novato tem boas perspectivas na Fórmula 1, mas diz que Senninha ainda não possui experiência para estrear na categoria.

Por fim, Rubinho reconhece que a decisão sobre a aposentadoria será bem difícil e que, no dia seguinte após abandonar as pistas, vai "chorar muito".

Sobre a relação com Schumacher, é preciso exaltar a postura de Rubinho. Que, pela primeira vez, admite não ter estado ao nível do alemão durante seu período na Ferrari.

Também vale elogiar a transparência de Rubinho ao não esconder, em momento nenhum, que a sua vontade é mesmo continuar na Fórmula 1.

E a crítica à inexperiência de Senna, por mais que muitos possam interpretar como "inveja" ou "ele está querendo secar o novato", é inteiramente válida.

A lamentar, apenas, a infeliz frase com a qual Rubinho encerra a entrevista.

Dizer que vai "chorar muito" no dia em que abandonar a Fórmula 1 era totalmente desnecessário.

Rubinho se preocupa tanto em mostrar quem é que, de vez em quando, acaba exagerando.

E é este o caso.

Para alguém que já tem a injusta fama de "chorão", de "reclamão" e de "mimado", declarações como essa servem apenas para aumentar o tom dos deboches.

A impressão que dá é que Rubinho estava indo tão bem na entrevista, tão bem... até o deslize no momento final.

Rubinho, "chorão" você não é.

Mas convencer os outros disso vai ficar cada vez mais difícil.

domingo, 23 de novembro de 2008

GP da França não deve retornar ao calendário antes de 2011

No ano que vem, pela primeira vez desde 1955, o Grande Prêmio da França não será disputado.

Por causa da crise econômica mundial, a prova foi retirada do calendário da F-1 sem piedade.

Berço da Federação Internacional de Automobilismo, a França também foi a sede do primeiro Grande Prêmio da história, disputado em 1906 e vencido por um húngaro chamado Ferenc Scisz.

É verdade que o único francês a conquistar um título mundial foi Alain Prost, mas é indiscutível que a França é uma das nações mais tradicionais do automobilismo.

Agora, infelizmente, parece fadada a passar um bom período longe da Fórmula 1.

Confirmada a saída de Magny Cours, seis projetos surgiram para salvar o GP da França.

Apenas um deles, que previa uma corrida dentro do parque da EuroDisney, poderia ser concretizado até 2010.

Não mais.

Argumentando que o plano é "economicamente inviável", os responsáveis pela idéia - entre eles, o próprio Alain Prost - anunciaram que o projeto de uma corrida da F-1 na EuroDisney fracassou.

Portanto, o GP da França está afastado do calendário até 2011, no mínimo.

Uma pena.

A Fórmula 1 não vai sentir falta de uma pista como Magny Cours, de traçado insosso, repetitivo e quase sem pontos de ultrapassagem.

Mas a França tem um peso histórico que a categoria não poderia ignorar.

Não há nada de errado em realizar provas em paraísos financeiros como Cingapura, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e companhia.

Só que já se está chegando quase ao ponto do exagero.

Os dirigentes da Fórmula 1 não podem esquecer de seu público mais fiel e tradicional.

A categoria precisa preservar sua tradição para não perder a própria identidade.

sábado, 22 de novembro de 2008

Webber já começou mal a temporada 2009

Você é um piloto com mais de 100 corridas na Fórmula 1 e nenhuma vitória.

No ano que vem, o seu novo companheiro é um jovenzinho extremamente rápido, considerado por muitos um futuro campeão da F-1. Alguém que já venceu corrida e impressionou a todos.

Seu contrato com a equipe termina no fim da próxima temporada. Ou seja: você precisa mostrar serviço. Perder para o jovenzinho é algo que não pode acontecer.

Mas o jovenzinho começa os testes de inverno num ritmo impressionante, enquanto você aproveita as férias no seu país.

Então, durante uma corrida de mountain bike, você quebra a perna e perde todos os demais testes antes do início da temporada.

O jovenzinho, portanto, fica responsável por desenvolver o carro, que chegará com várias novidades porque o regulamento do ano que vem é bem diferente.

Ao mesmo tempo, você, sem poder fazer nada, passará as férias deitado na cama ou sofrendo para andar de um lado para o outro de muletas.

Sem dúvida, quando o campeonato começar, o jovenzinho estará bem mais preparado do que você. E recuperar essa desvantagem não será nada fácil.

É essa a incômoda situação em que se encontra o australiano Mark Webber, que fraturou a perna direita num acidente de mountain biek neste sábado.

Webber vai ficar de molho durante um mês e meio no mínimo, e só deve voltar a pilotar um carro de Fórmula 1 no finalzinho do período de pré-temporada.

Assim, o alemão Sebastian Vettel será o responsável por comandar a Red Bull em todos os testes coletivos de dezembro em janeiro.

Em sua carreira, Webber já enfrentou - e venceu - novatos promissores como Antonio Pizzonia, Justin Wilson, Christian Klien e Nico Rosberg.

Agora, porém, o australiano se vê diante do maior desafio desde que chegou à categoria.

Andar na frente do fenomenal Vettel não é uma tarefa fácil.

E, com o infeliz acidente deste sábado, ficou bem mais complicado.

Ainda faltam cerca de quatro meses para o GP da Austrália do próximo ano.

Mas, para Mark Webber, a temporada 2009 já começou muito mal.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Dirigentes lançam mais uma idéia fantasiosa para o treino classificatório

E eis que os dirigentes da Fórmula 1 aparecem com mais uma "genial" solução para o treino classificatório.

A idéia que circulou nesta sexta é absolutamente fantasiosa.

Aí vai: colocar os 20 carros na pista ao mesmo tempo, com a mesma quantidade de combustível, e ir eliminando o mais lento a cada volta.

Depois de 14 giros, os seis primeiros retornariam aos boxes para um novo jogo de pneus, mas permaneceriam com a mesma quantidade de combustível.

O "sobrevivente" ao fim de 20 voltas seria o pole e ganharia também um ponto extra no campeonato, além de um prêmio em dinheiro.

Alguém aí percebeu algo de errado no sistema?

E se um piloto mais rápido alcançar outro mais lento, perder tempo por causa deste adversário e terminar eliminado porque naquela volta, especificamente, ele pegou tráfego?

É inacreditável que os dirigentes da Fórmula 1 não tenham se dado conta de que 20 carros na pista ao mesmo tempo, em algum momento, vão se cruzar.

Não está óbvio que um piloto vai acabar atrapalhando a volta do outro? Isso faz parte do sistema ou não?

Pois bem, a decisão da Associação das Equipes sobre o assunto sai no dia 4 de dezembro.

Até lá, tomara que os dirigentes percebam o tamanho da bobagem que podem fazer.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Novo carro da Stock será grande atração da categoria em 2009


Nesta semana, a categoria reuniu a imprensa para revelar algumas das novidades da próxima temporada.

Entre elas, o novo calendário - com destaque para uma possível etapa nas ruas de Salvador - e a possiibilidade de usar o álcool como combustível a partir de 2010.

Mas nada chamou mais atenção do que a apresentação do novo carro da Stock.

Com linhas claramente inspiradas no modelo do Campeonato de Turismo Alemão, o carro não lembra em quase nada as chamadas "bolhas" que a categoria usa há oito anos.

Será a grande atração da Stock em 2009.

Além da vantagem no visual, ainda vai proporcionar muito mais segurança aos pilotos, que vão ficar mais ao centro do cockpit para evitar lesões em caso de acidentes laterais.

É verdade o novo bólido da Stock continuará sendo totalmente diferente dos carros de rua - o que para alguns é algo imperdoável - mas o trabalho foi realmente caprichado.

O novo carro deve ser capaz de atrair uma parcela do público que não se interessava pelos modelos um tanto "sem graça" que a categoria vinha usando no passado recente.

Ainda há aspectos que a Stock ainda precisa corrigir, como o confuso sistema de classificação e a falta de patrocínio para a "Corrida do Milhão".

Apesar disso, não resta dúvida de que a Stock começou bem a preparação para 2009.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Senna vence ''vestibular'' e fica bem perto da vaga na Honda

O ''vestibular'' da Honda em Barcelona terminou com um claro vencedor.

Bruno Senna, que já era o favorito na disputa por uma vaga na equipe japonesa, parece ter afastado de vez a ameaça de Lucas di Grassi.

Nesta quarta, Senna conseguiu um promissor oitavo tempo e ficou a somente três décimos do titular da Honda, Jenson Button.

Na terça, Di Grassi havia sido pouco mais de meio segundo mais lento do que o inglês.

Desempenhos semelhantes, mas Senna foi ligeiramente melhor. Como a Honda já estava mais inclinada a acertar com o sobrinho de Ayrton, tudo indica que essa tendência não será mais revertida.

Senna só não estréia na Fórmula 1 em 2009 se perder a vaga na Honda para Rubens Barrichello.

Afastado das especulações nas últimas semanas, Rubinho virou o azarão na disputa contra Senna e Di Grassi, mas ainda tem suas chances.

Resta saber se terá calibre para frear o crescimento de Senna, que reagiu realmente bem à pressão em Barcelona.

Quanto a Di Grassi, parece que vai precisar partir para outra.

Lucas tem garantida sua posição de piloto de testes na Renault, só que ainda tem outras opções.

A porta da Toro Rosso está quase fechada, mas ainda há uma abertura.

A equipe de Penske de Fórmula Indy procura um substituto para Helio Castroneves e Di Grassi poderia ser uma escolha.

Há também a possibilidade de correr mais um ano na GP2. Di Grassi seria o titular da equipe Campos, que o idolatra após o ótimo desempenho da última temporada.

Por fim, o piloto pode permanecer na reserva da Renault, esperando um deslize de Nelsinho ou a sempre cogitada saída de Alonso para fazer sua esperada estréia na F-1.

Na Honda, isso não vai acontecer.

Porque, a não ser que Rubinho consiga uma virada espetacular, Bruno Senna será o companheiro de Jenson Button em 2009.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

F-1 perto de abolir os pontos e adotar as ''medalhas''

Em sua busca incessante para melhorar o ''espetáculo'' da Fórmula 1, os dirigentes da categoria parecem maravilhados com a sua mais nova invenção: o sistema de pontuação baseado no quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos.

Segundo Bernie Ecclestone, o modelo está perto de ser adotado já em 2009.

O campeão seria o piloto com mais vitórias, independente do número de pontos conquistados.

Ainda é cedo para saber se a idéia daria certo. Mas, desde já, não causa uma boa impressão.

Basta ver o número de discrepâncias que geraria se fosse o modelo em vigor desde o início da década de 80, por exemplo.

Nelson Piquet seria um homem sem título mundial.

E Nigel Mansell, seu grande rival, teria três títulos na bagagem.

Alain Prost perderia os campeonatos de 1986 e 1989, mas ganharia os de 1981, 1983 e 1984.

Ayrton Senna teria conquistado um tetra entre 1988 e 1991.

Apenas Michael Schumacher continuaria com seus sete títulos, assim como está hoje.

Campeonatos muito equilibrados como Villeneuve-Schumacher (1997), Hakkinen-Schumacher (1998) e Schumacher-Raikkonen (2003) teriam sido decididos muito antes do tempo.

Ou seja: o modelo das medalhas representa realmente uma forte ruptura com o sistema que está em vigor.

Se os dirigentes o adotarem, tomara que saibam o que estão fazendo...

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Em Barcelona, Di Grassi esteve longe de um desempenho ruim, mas também não foi espetacular.

Ficou a meio segundo de Button, enquanto Vettel liderou as atividades do dia.

Agora, é esperar pelo teste decisivo de Bruno Senna, nesta quarta.

O sobrinho de Ayrton provavelmente vai virar um tempo melhor que o de Di Grassi, já que a pista vai melhorando à medida que os carros passam mais tempo correndo.

O que vai contar, realmente, é a diferença de Senna para Button.

No momento, Senna é o grande favorito à vaga.

Só precisa repetir a performance de Di Grassi para conquistar de vez a preferência da equipe.