sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

McLaren aposta na "bigorda" para ter sucesso em 2010

Apenas um dia após o lançamento do novo carro da Ferrari, a McLaren não perdeu tempo e já mostrou sua arma para a próxima temporada.

Nesta sexta-feira, a equipe inglesa apresentou sua máquina para 2010 - o MP4/25 - na sede de sua principal patrocinadora, a Vodafone, na Inglaterra.

Ao contrário do que muita gente esperava, a McLaren manteve o padrão visual dos últimos anos, repetindo a pintura prateada que caracteriza a equipe desde 1997.

Em 2010, a antiga parceira da escuderia, a Mercedes, vai correr com equipe própria e também terá um carro prateado.

Apesar disso, a McLaren preferiu não fazer mudanças bruscas e permanece com a mesma identidade.

Em compensação, o projeto do MP4/25 apresenta mudanças bem claras em relação ao antecessor MP4/24.

A mais clara delas é a introdução de uma grande "bigorna" na parte de trás do carro, comprida o bastante para chegar até a asa traseira:



Novidade introduzida pela Red Bull em 2008, a "bigorna" andava meio esquecida nos últimos meses, mas a McLaren tratou de revivê-la com o MP4/25.

Resta saber se a equipe inglesa vai optar por usá-la em todas as corridas da temporada.

Mesmo quando a "bigorna" se tornou moda, ainda havia algumas provas do calendário em que sua utilização se tornava ineficiente. É provável, portanto, que a McLaren também tenha preparado uma versão convencional do MP4/25.

De resto, o novo modelo apresenta características que serão comuns a todos os carros deste ano, como o aumento da distância entre-eixos e as laterais arredondadas para acomodar o crescimento do tanque de combustível.

Além disso, o MP4/25 também possui o mesmo bico fino e alongado que a Red Bull introduziu no ano passado e outras equipes - como a Ferrari - já incorporaram.

Assim como a rival italiana, a McLaren teve cuidado para não divulgar fotos da traseira do seu carro, talvez para esconder alguma inovação na parte dos difusores.

De qualquer maneira, o mistério não vai durar muito tempo.

A McLaren se junta às adversárias na segunda-feira, em Valência, para os primeiros testes de pré-temporada.

Junto dela estará a Ferrari, que não conseguiu fazer o "shakedown" do seu novo F10 porque as condições do tempo em Mugello não deixaram.

As duas rivais, pelo visto, vão estrear suas novas máquinas no mesmo dia.

E, já de cara, vão travar o primeiro duelo do ano.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ferrari apresenta sua "Red Bull vermelha"

A temporada de 2010 já começou.

Nesta quinta-feira, a Ferrari deu o pontapé inicial para o próximo campeonato ao apresentar sua máquina para este ano, a F10.

De cara, o novo modelo mostra semelhanças indiscutíveis com o carro que a Red Bull usou no ano passado, o RB5.

Principalmente no desenho do bico do carro - mais fino e alongado, seguindo exatamente o padrão introduzido pela Red Bull.

A nova Ferrari tem também características que serão comuns a todos os modelos deste ano: distância entre-eixos mais comprida e laterais mais arredondadas para acomodar um tanque de combustível maior.

Ao mesmo tempo, o F10 também leva a herança de seu antecessor, o F60 - a asa traseira, por exemplo, é quase a mesma do ano passado, embora ainda possa sofrer mudanças durante os testes de pré-temporada.

O lançamento do F10 foi transmitido ao vivo pela internet, mas pouco internautas conseguiram, de fato, ver a apresentação do novo carro.

Nada menos do que três milhões de acessos teve o site da Ferrari durante o evento, o que naturalmente fez sair do ar a página da equipe italiana.

No Brasil, quem acordou às sete e meia da manhã teve que esperar alguns minutos a mais até que as primeiras fotos começassem a pipocar pela internet.

Ficou um ar de frustração, mas pelo menos a Ferrari compensou com mais um carro bonito e elegante.

Se vai ser vencedor, é outra história.

Mas, com Massa recuperado e o bicampeão Alonso a bordo, o torcedor ferrarista tem bons motivos para ficar confiante.

Principalmente agora que a Ferrari aderiu ao conceito da Red Bull do engenheiro Adrian Newey.

Em 2009, mesmo sem o difusor duplo e apesar da falta de potência dos motores Renault, Newey produziu um carro bom o suficiente para manter a Red Bull na briga pelo título até a penúltima prova.

O RB5, durante boa parte do ano, foi o carro mais rápido do grid.

Natural, portanto, que os adversários usem o modelo como fonte de inspiração para este ano.

Foi isso o que fez a Ferrari. Agora, resta saber se a "Red Bull vermelha" vai levar Maranello de volta aos seus dias de glória.

Para quem não viu ainda, as fotos da nova Ferrari estão logo abaixo:











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A Campos pode ter uma mulher como companheira de Bruno Senna em 2010.

Ao menos, é isso o que afirma uma reportagem publicada nesta quinta-feira no site ItaliaRacing.net.

O nome dela é Maria de Villota, uma espanhola de 30 anos que vinha correndo como representante do Atlético de Madrid na Fórmula Superliga.

Filha do ex-piloto Emilio de Villota - um obscuro "reject" que tentou a sorte na Fórmula 1 no fim dos anos 70 e não teve nenhum sucesso - a piloto também tem experiência na Fórmula 3000 Europeia, no Mundial de Turismo e até no Campeonato Alemão de Turismo, o DTM.

Em nenhuma dessas categorias, porém, Maria de Villota conseguiu qualquer resultado de relevância.

Segundo a reportagem do ItaliaRacing.net, a espanhola teria ficado surpreendida com o interesse da Campos.

O objetivo da equipe ao contratá-la seria ganhar atenção e atrair mais patrocinadores para fechar o orçamento de 2010.

Se for isso mesmo, é um sinal de que a Campos já está chegando num ponto de desespero.

Maria de Villota está muito longe do nível aceitável para correr na Fórmula 1. Não por ser uma mulher - não tem nada a ver com isso - mas simplesmente porque não alcançou resultados de respeito em qualquer das categorias que disputou.

Contratá-la seria como abrir mão de um dos carros, já que De Villota chegaria sempre entre os últimos colocados. Nesse caso, as esperanças da Campos seriam depositadas apenas em Bruno Senna.

Vale destacar que a última mulher a correr na Fórmula 1 foi a italiana Giovanna Amati. Ela tentou por três vezes se classificar para GPs com a Brabham, no início de 1992, e não chegou nem perto do objetivo.

A outrora vencedora Brabham, perto da falência, tentou usar Amati para ganhar publicidade. Não deu certo, e a equipe nem conseguiu terminar a temporada antes de fechar as portas.

Espera-se que a Campos não tenha o mesmo destino.

Porque trazer Maria de Villota para a equipe seria um sinal claro de que as coisas realmente não estão bem.

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A Renault teve seu "annus horribilis" em 2009, e agora luta para se recuperar da tragédia que foi a última temporada.

O time já contratou o polonês Robert Kubica e deve fechar com um piloto pagante para a segunda vaga - o russo Vitaly Petrov, vice da GP2 no ano passado, é o grande favorito.

Ao mesmo tempo, o controle da Renault F1 foi vendido para os investidores do grupo Genii Capital, que agora possuem 75% da escuderia. A montadora Renault, de fato, tem apenas 25% das ações.

Com a mudança de gestão, a escuderia francesa deve vir com novidades para 2010.

E a primeira delas pode ser uma drástica mudança na pintura que a Renault vem usando nos últimos anos.

Para a próxima temporada, a ideia dos novos donos da Renault F1 é reviver o design utilizado pelos carros da equipe nos anos 70 e 80, quando a escuderia revolucionou a Fórmula 1 ao introduzir os motores turbo.

Amarelo e preto seriam as cores principais, e o carro ficaria mais ou menos assim:



Lindo, sem dúvida. E, para os fãs da Fórmula 1, um irresistível volta ao passado.

Se a Renault quer apagar da lembrança do público o desgaste causado pelo escândalo de Cingapura, recuperar sua primeira época de sucesso seria mesmo uma ótima opção.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Campos vive montanha-russa e permanece cheia de incertezas

É impressionante o número de informações desencontradas sobre o futuro da equipe Campos.

Num dia, a escuderia espanhola encontra a salvação. No outro, o cenário fica ainda mais tenebroso e parece não haver mais possibilidade de disputar o campeonato que nem começou.

A semana da Campos foi iniciada com a notícia de que dois experientes engenheiros - Toni Cuquerella, que trabalhou com Robert Kubica na BMW, e Xavi Pujolar, ex-Williams - foram contratados para fazer parte da equipe em 2010.

Uma boa novidade, é claro. Que logo foi esquecida após uma entrevista do chefe de estratégia da escuderia, Daniel Eisen, à agência AP.

Na entrevista, Eisen não esconde que a equipe passa por dificuldades e revela que a Campos só deve estrear seu carro no GP do Bahrein, chegando à primeira corrida do ano sem realizar nenhum teste com o novo modelo.

Ruim, sem dúvida. Mas o noticiário logo ficou ainda pior.

Da imprensa alemã, vieram informações preocupantes. Segundo a revista Auto Motor und Sport, a equipe Campos tem apenas mais alguns dias - até 1º de fevereiro - para tentar resolver seus problemas financeiros.

Caso contrário, perderia a vaga na temporada de 2010 para a obscura Stefan Grand Prix, uma equipe que comprou o que restou da Toyota e se prepara para correr como se tivesse vaga na Fórmula 1.

A Stefan Racing é apoiada pelo todo-poderoso Bernie Ecclestone e só espera a desistência de uma das escuderias com vaga no grid para alinhar na próxima temporada.

De acordo com a imprensa inglesa, Adrian Campos tentou vender sua equipe à própria Stefan GP, que recusou a oferta porque considerou o preço muito alto.

O ex-piloto espanhol também teria oferecido seu time ao empresário Tony Teixeira, idealizador da categoria A1GP - aquela que corre com os carros nas cores dos países e que não conseguiu realizar sua última temporada por falta de dinheiro.

Ao entrar com uma sociedade na Campos, o objetivo de Teixeira seria trazer publicidade para a A1GP e tentar reviver o campeonato.

Mas, até agora, nada. Campos e Teixeira não anunciaram nenhum acordo e, pelo visto, as negociações parecem um pouco emperradas.

Neste momento, ninguém tem realmente certeza se a equipe terá condições de disputar a Fórmula 1 em 2010, embora o próprio Adrian Campos e também Bruno Senna continuem garantindo que a escuderia vai chegar lá.

O carro da equipe está pronto e já foi aprovado no "crash test" da FIA. Mas falta pagar a Dallara, empresa que construiu o modelo, e arranjar uma série de patrocinadores para assegurar o financiamento ao longo do ano.

As conversas com possíveis investidores como Tony Teixeira são a esperança da Campos.

Se nada der certo, porém, talvez a vaga da equipe espanhola caia mesmo de graça no colo da Stefan GP.

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Informação relevante que vem da revista francesa Auto Hebdo: o russo Vitaly Petrov já fechou acordo com a Renault e será o companheiro de Robert Kubica em 2010.

Claro, a notícia não é confirmada ainda.

Mas, vindo de uma publicação de credibilidade como a Auto Hebdo, ganha bem mais importância.

A revista francesa tem boas fontes dentro da Renault e foi a primeira a noticiar, por exemplo, o acordo entre a montadora do losango e a Genii Capital, empresa que comprou e agora administra a equipe Renault de Fórmula 1.

A contratação de Petrov ainda não é oficial, mas já está claro que o russo tomou a dianteira na disputa.

Segundo informações do jornalista inglês Joe Saward, Petrov deve trazer até 21 milhões de euros de patrocinadores de seu país para a Renault.

Seria um valor nada desprezível, bem acima do que os outros pilotos pagantes podem oferecer.

E Petrov, embora não seja nada brilhante, foi vice-campeão da GP2 no ano passado e tem capacidade de competir de maneira bastante razoável na Fórmula 1.

Em termos de custo-benefício, o russo é mesmo uma boa opção para a Renault.

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As equipes já aprovaram e a Fórmula 1 tem uma nova regra para os pneus em 2010.

Uma novidade que, na realidade, não deve lá fazer tanta diferença.

Segundo o que foi decidido, os dez primeiros colocados no grid serão obrigados a começar a corrida usando os mesmos pneus com os quais fizeram seus melhores tempos no treino classificatório.

Na prática, significa que a maioria do "top 10" vai iniciar a prova com pneus macios, um pouco mais rápidos e menos resistentes do que os duros.

Como acontecia no ano passado, os pilotos da parte da frente do pelotão serão obrigados a realizar suas paradas um pouco antes, já que os pneus macios se desgastam mais rápido.

A diferença de desempenho em relação aos duros, porém, não deve ser tão drástica assim. A expectativa é que a Bridgestone produza compostos de qualidade semelhante, o que praticamente anularia os efeitos da nova regra.

De qualquer maneira, as equipes continuam pensando em ideias para criar novas variáveis nas corridas.

Ninguém sabe realmente qual será a resistência dos pneus em 2010 - se os pilotos serão capaz de disputar a prova inteira com apenas dois jogos, realizando uma única parada, ou se vão precisar visitar os boxes mais vezes ao longo da corrida.

O objetivo real das equipes é criar uma situação em que cada piloto tenha uma estratégia diferente.

Se a nova regra dos pneus vai dar certo, vamos ter de esperar até o início do campeonato para descobrir.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

USF1 confirma "Pechito" López e Argentina está de volta à Fórmula 1

Nove anos após a apagada passagem de Gaston Mazzacane pelas finadas Minardi e Prost, a Argentina está de volta à Fórmula 1.

Nesta segunda-feira, exatamente como já havia sido noticiado na semana passada, a USF1 anunciou a contratação de José Maria López para a temporada de 2010.

López, o "Pechito", será responsável pelos primeiros testes do novo carro e traz uma considerável ajuda de patrocinadores locais para a novata equipe americana.

O anúncio da contratação foi feito na própria Casa Rosada, sede do governo argentino, o que também não deixa dúvidas sobre o empurrãozinho estatal que López recebeu para fechar com a USF1.

Apesar de ser um piloto pagante - e do longo período de três anos afastado das categorias de fórmula - López tem um currículo razoável e certamente possui potencial para conseguir bons resultados na Fórmula 1.

Seu desempenho, porém, vai depender muito do nível de competitividade de USF1.

A equipe americana é uma completa incógnita. Uma escuderia que escondeu o jogo durante os últimos meses e optou por desenvolver partes importantes do carro - como a caixa de câmbio, por exemplo - totalmente sozinha, sem nenhum tipo de consultoria.

Pode até ser que dê certo. O mais provável, porém, é que a USF1 comece o ano em desvantagem.

Desde já, López é um grande favorito a frequentar as últimas posições do grid.

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A Mercedes apresentou nesta segunda-feira sua pintura para a temporada de 2010, mas o período de lançamento dos novos carros ainda não começou de fato.

Apenas a quarta colocada no campeonato do ano passado, a Ferrari será a primeira a apresentar seu modelo para 2010. O novo bólido será lançado nesta quinta-feira, em Maranello.

Outras equipes, que permaneciam na moita, vão revelando aos poucos os seus planos.

A Toro Rosso, por exemplo, anunciou nesta semana que vai mostrar seu novo carro no dia 1º de fevereiro, em Valência. Na mesma data - e no mesmo local - Mercedes e Williams também apresentam suas máquinas.

O circuito de Valência, inclusive, será palco dos primeiros testes de pré-temporada, marcados para os três primeiros dias de fevereiro. Além de Toro Rosso, Mercedes e Williams, outras quatro equipes - Ferrari, McLaren, Renault e Sauber - também vão estar presentes.

As demais escolheram adiar o lançamento de seus carros e apostar num tempo menor de teste, mas com liberdade para estender o desenvolvimento do novo modelo na fábrica.

É o caso da Red Bull. A vice-campeã do ano passado só vai lançar seu carro no dia 10 de fevereiro, em Jerez de la Frontera.

A estratégia é a mesma que o projetista Adrian Newey costuma usar quase todos os anos. Desde seus tempos na McLaren, Newey gosta de adiar ao máximo a estreia de seus novos modelos.

E a Red Bull, é claro, obedece ao planejamento de sua mais importante figura fora das pistas.

Depois que chegou à equipe, Newey foi o grande responsável pelo salto de desempenho da escuderia das bebidas energéticas.

No ano passado - mesmo sem contar com o difusor duplo e apesar da notória falta de potência dos motores Renault - a Red Bull disputou o título até a penúltima corrida e teve o carro mais rápido do grid durante boa parte da temporada.

Considerando que a hierarquia das equipes não deve mudar muito de 2009 para cá, a Red Bull já começa o próximo campeonato como uma das principais favoritas - aliás, não seria nada surpreendente se o time alinhar no GP do Bahrein com o melhor pacote do grid.

E Newey, como sempre, vai escondendo o jogo, adiando a estreia de seu novo modelo.

Se o genial projetista vier com alguma grande inovação aerodinâmica no carro de 2010, seus rivais mal terão tempo de correr atrás.

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A organização da Fórmula Indy finalmente divulgou o traçado oficial para a etapa de rua em São Paulo.

A corrida será realizada no dia 14 de março - mesma data do GP do Bahrein, que abre a temporada da Fórmula 1.

Faltando pouco mais de um mês e meio para a prova, os ingressos ainda não foram colocados à venda, o que só vai acontecer no próximo dia 1º de fevereiro.

O traçado, por sua vez, é uma prova de que o circuito precisou ser montado às pressas e com toques de improvisação.

Pelo menos oito das 11 curvas da pista têm angulação de 90º - ou seja, são basicamente esquinas que serão adaptadas para fazer parte do circuito.

No total, o traçado tem pouco mais de quatro quilômetros de extensão e conta com duas grandes retas, além de um detalhe curioso: ao contrário do que é normal, a reta de largada e chegada não fica no mesmo lugar do boxes, que estão localizados em outro trecho do circuito.

O desenho da pista ficou assim:



Apesar da maneira apressada que foram realizados os preparativos, o Blog fica na torcida para que a corrida seja um sucesso e possa voltar a acontecer nos próximos anos.

Tomara que dê tempo de aprontar tudo - e que a chuva que geralmente castiga a região do circuito faça uma trégua durante a passagem da Indy por São Paulo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mercedes mostra nova pintura e abre temporada de apresentações

A temporada de 2010, enfim, está começando a esquentar.

Nenhum carro que disputará o novo campeonato foi lançado até agora. Nesta segunda-feira, porém, a Mercedes deu um gostinho do que está por vir nas próximas semanas.

Em sua sede na cidade de Stuttgart, na Alemanha, a montadora apresentou a pintura que vai estampar o modelo MGP W01, carro que a equipe usará neste ano.

O evento contou com a presença dos dois pilotos titulares, Michael Schumacher e Nico Rosberg, além dos principais executivos da Mercedes.

Todos muito entusiasmados com a nova equipe, que é quase toda alemã e foi classificada de "Seleção Nacional" pelo próprio presidente da montadora, Dieter Zetsche.

O novo carro será lançado apenas no dia 1º de fevereiro, em Valência, durante a abertura dos testes de pré-temporada - o bólido que a Mercedes apresentou nesta segunda é apenas o modelo do ano passado da Brawn GP, pintado de maneira diferente.

Como sempre, pilotos e dirigentes se revezaram em declarações bastante otimistas. Schumacher, por exemplo, disse que o "único objetivo para 2010 é o título", enquanto Rosberg declarou que correr pela Mercedes "é um sonho".

A pintura ficou bonita, embora não tão impactante. Prateada como as "Flechas de Prata" dos anos 30 e 50, a nova Mercedes vai correr com esta cara:







Em tempo: a primeira apresentação oficial de novo carro acontece nesta quinta-feira, dia 28, quando a Ferrari mostra seu modelo de 2010 em Maranello. Um dia depois, é a vez da McLaren.

Depois de tanta espera, a Fórmula 1 finalmente vai voltar a roncar seus motores..

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Ao contrário do que muita gente esperava, o alemão Nick Heidfeld não foi anunciado como terceiro piloto da Mercedes na apresentação desta segunda.

O ex-titular da BMW, portanto, continua livre no mercado, embora a tendência seja que ele fique mesmo como reserva imediato de Michael Schumacher e Nico Rosberg.

Se quiser correr em 2010, Heidfeld tem poucas opções.

A Toro Rosso confirmou o espanhol Jaime Alguersuari na última sexta-feira e a USF1 está prestes a anunciar a contratação do argentino José Maria López - o que deve ocorrer dentro de alguns dias, ou até nas próximas horas.

Com isso, restam apenas três vagas: uma na Renault, outra na Campos e mais uma na USF1. Todas, em tese, devem ser ocupadas por pilotos pagantes, o que praticamente elimina as chances de nomes como Heidfeld.

Na Campos de Bruno Senna, os favoritos são o russo Vitaly Petrov - que também tem boas possibilidades de acertar com a Renault - e o japonês Kazuki Nakajima.

Seja qual for o escolhido, o patrocínio que ele trará ainda não será suficiente para sanar todas as dificuldades da Campos.

A equipe espanhola segue com problemas financeiros e estaria sofrendo para pagar os serviços da Dallara, empresa encarregada de construir o carro que a escuderia vai usar em 2010.

Na semana passada, o próprio chefe executivo da Dallara, Andrea Pontremoli, veio a público desmentir em entrevista à rede BBC que a Campos esteja atrasada em seus pagamentos.

Segundo a imprensa alemã, porém, as dívidas da equipe com a Dallara já chegam a 3 milhões de euros.

Pelo que foi divulgado até agora, a Campos só deve estrear seu novo carro no dia 17 de fevereiro, durante a terceira e penúltima sessão de testes de pré-temporada.

Se esse cronograma for cumprido, a equipe espanhola será a última escuderia a lançar seu modelo de 2010, e inevitavelmente já começaria o campeonato com certa desvantagem.

Para amenizar o quadro não muito animador, duas notícias publicadas pelo jornal El Mundo Deportivo nesta segunda-feira servem para deixar os torcedores de Bruno Senna um pouco mais otimistas.

A primeira é que a Campos contratou dois engenheiros com boa experiência na Fórmula 1: Toni Cuquerella, que trabalhou com Robert Kubica na BMW, e Xavi Pujolar, ex-Williams.

Não são nomes famosos, mas que mostram que a equipe mantém seu planejamento para 2010 apesar de todos os percalços.

A outra boa notícia é que a Mutua Madrileña, ex-patrocinadora da Renault, deverá ser a principal parceira da Campos em 2010. Se isso for confirmado, a seguradora espanhola proporcionaria o suporte financeiro que a equipe tanto precisa.

Em termos de estrutura e logística, a Campos já tem tudo pronto. Só falta mesmo fechar o orçamento.

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As equipes da Fórmula 1 bateram o martelo e decidiram: o sistema de pontuação vai mudar de novo em 2010 e passará a premiar os dez primeiros colocados em cada corrida.

A mudança foi finalmente aprovada pelas equipes nesta segunda-feira e a distribuição dos pontos ficou assim: 25 para o vencedor, 18 para o segundo lugar, 15 para o terceiro e depois 12-10-8-6-4-3-2-1 até o décimo.

A proposta será enviada à FIA, que deve ratificar a mudança na próxima reunião do Conselho Mundial, marcada para fevereiro.

Além de mudar o sistema de pontuação, as equipes tomaram outras decisões importantes.

O projeto de dar pontos extras para o pole position e o detentor da volta mais rápida na corrida foi descartado. Ao menos, por enquanto: essa ideia ainda pode ser aproveitada mais tarde.

Por outro lado, a proposta de incluir dois pit stops obrigatórios no campeonato deste ano foi enterrada de vez.

Enquanto o campeonato não começa, as equipes seguem discutindo maneiras de tornar as corridas mais interessantes, debatendo principalmente mudanças no regulamento técnico.

Nesse quesito, porém, qualquer alteração significativa só poderia ser aprovada para 2011.

Para este ano, continuam valendo a maioria das regras do ano passado, incluindo o uso de difusor duplo - o que já está proibido para o ano que vem.

A tendência de 2010, portanto, é que os pilotos enfrentem as mesmas dificuldades das últimas temporadas. Principalmente quando tentarem realizar uma ultrapassagem.