sábado, 9 de maio de 2009

Briga pela vitória na Espanha deve ficar só entre Button e Vettel

A boa fase de Jenson Button parece não terminar nunca.

Durante a maior parte do treino classificatório deste sábado, o inglês teve um desempenho discreto, na moita, quase sempre longe das primeiras posições.

Então, quando valia mesmo, o líder do campeonato deu o pulo do gato e conquistou a pole para o GP da Espanha deste domingo.

Mais uma performance extraordinária de Button, que vive realmente uma fase iluminada e já tem meio caminho andado para somar mais um triunfo amanhã.

Sebastian Vettel, que parecia seguro na pole position, caiu para a segunda posição no grid.

Apesar disso, ainda é o grande adversário de Button na luta pela vitória em Barcelona.

Na segunda fila, dois brasileiros: Rubens Barrichello e Felipe Massa. Um decepcionado e o outro esperançoso.

Rubinho não escondeu a surpresa com o bom desempenho de Button. Não consegue acompanhar o ritmo do companheiro e parece não entender a razão de sua inferioridade.

Ainda está na briga, mas a sua situação vai ficando cada vez mais difícil. Button já é praticamente o líder da equipe.

Por outro lado, Massa pode comemorar o quarto lugar.

A Ferrari ainda não é a equipe que era até o ano passado, mas o vice-campeão mundial já voltou à briga por pódios, ao menos.

E, com o KERS, Massa pode sonhar com uma largada voadora amanhã. Se chegar à primeira curva na liderança, talvez possa até quebrar o jejum de triunfos da equipe vermelha, embora essa tarefa seja bastante complicada.

Em quinto, Mark Webber já vai ficando em segundo plano dentro da própria equipe.

Se já não consegue acompanhar Vettel aos sábados, sua especialidade, será ainda mais difícil no domingo.

As Toyota não foram brilhantes, mas tiveram mais um desempenho consistente.

Timo Glock é o sexto e Jarno Trulli, o sétimo. Em condições normais, os dois pontuam com tranquilidade amanhã.

Logo atrás, Fernando Alonso teve que levar o carro da Renault ao limite para chegar ao oitavo posto. Correndo em casa, o bicampeão certamente esperava mais.

Outro que saiu frustrado foi Nelsinho Piquet.

Dessa vez, o brasileiro andou bem. Ficou bem perto de Alonso, mas foi eliminado no "Q2" por centésimos.

Apesar de tudo, já mostrou potencial e ainda pode chegar aos pontos amanhã, o que reduziria bastante a pressão sob seus ombros.

Mais atrás, a McLaren teve um desempenho pífio numa pista que não favorece seu carro.

Lewis Hamilton não passou de 14º e Heikki Kovalainen apareceu somente em 18º.

E o dia foi péssimo para os pilotos finlandeses. Vítima de mais um erro da Ferrari, Kimi Raikkonen alinha só de 16º.

O "Homem de Gelo", porém, tem sua parcela de culpa. A equipe errou em não liberar Raikkonen para uma segunda volta rápida, mas o finlandês já poderia ter feito um tempo bom o suficiente na primeira tentativa.

Favoritos para amanhã?

A princípio, só mesmo Button e Vettel.

Barcelona não é uma pista que permite muitas surpresas e os dois parecem alguns furos acima da concorrência.

Deve ficar só entre os dois a luta pela vitória.

A não ser que chova, é claro.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Palpitão do Grande Prêmio da Espanha

Vai começar a fase europeia da temporada e o campeonato da Fórmula 1 permanece muito difícil de prever.

A Brawn GP partiu na frente, mas foi rapidamente alcançada pelas adversárias.

Embora tenha vencido a última corrida, no Bahrein, já não é a equipe hegemônica do grid.

Na Espanha, simplesmente não há favoritos.

Este Blog, que vinha apostando na Brawn desde o GP da Austrália, vai mudar de palpite dessa vez.

Para a corrida deste domingo, minha aposta vai para Sebastian Vettel.

O alemão da Red Bull, ganhador da prova da China, não tem nenhum retrospecto especial na pista de Barcelona.

Mas o homem por trás do carro da Red Bull, Adrian Newey, costuma se dar muito bem no circuito espanhol.

Desde sua época na Williams, Newey venceu vários GPs em sequência na Espanha.

E, nos últimos anos, o país tem sido palco de exibições fortes e consistentes da Red Bull.

O estilo de carro projetado por Newey, com grande eficiência aerodinâmica, se adapta bem à pista de Barcelona.

É verdade que o modelo da Brawn também é muito bem desenhado, mas a Red Bull evoluiu mais rápido e parece melhor preparada no momento.

Nada disso significa que os pilotos da Brawn vão fazer uma corrida ruim.

Jenson Button e Rubens Barrichello são fortes candidatos à vitória e devem, no mínimo, beliscar um pódio.

Por outro lado, chegar entre os três primeiros seria um resultado excelente para a Ferrari e Felipe Massa.

Mas, consciente das limitações momentâneas do time de Maranello, o vice-campeão mundial sabe que um quarto ou quinto lugar é o melhor que pode esperar na Espanha.

Em situação semelhante está Lewis Hamilton - cuja McLaren tende a não se adaptar muito bem a Barcelona - e o bicampeão Fernando Alonso.

Na minha aposta para a zona de pontuação, incluo os três entre os oito primeiros, mas nenhum deles deve ter muita chance nem de brigar por pódios.

Logo abaixo, o palpitão para o GP da Espanha:

Pole position: Sebastian Vettel
Tempo da pole: 1:21.550
Grid aleatório (6º lugar): Timo Glock
Melhor volta: Sebastian Vettel
Primeiro abandono: Sebastien Bourdais
Zona de pontuação:
1. Sebastian Vettel
2. Rubens Barrichello
3. Jenson Button
4. Mark Webber
5. Felipe Massa
6. Jarno Trulli
7. Lewis Hamilton
8. Fernando Alonso

Primeiro treino às 5h e o segundo às 9h, com transmissão do Sportv.

Por pura falta de tempo, este Blog só deve retornar na manhã de sábado, logo após o treino classificatório. Até lá!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Interlagos salva o automobilismo brasileiro

Se não fosse Interlagos, o esporte a motor no Brasil estaria em crise profunda.

Sorte nossa que o autódromo paulista, administrado com simplicidade e competência, vem sustentando o automobilismo no país.

Além de sediar o GP Brasil de Fórmula 1 - um evento que jamais teria condições de acontecer em outra cidade brasileira - Interlagos agora se prepara para ser palco de duas outras categorias muito especiais.

A primeira é a MotoGP, que pode vir ao Brasil já em 2010.

É verdade que a categoria vive certa crise, com debandada de montadoras e grid enxuto.

Apesar de tudo, é o campeonato que tem o "Doutor" Valentino Rossi e sempre brinda seus fãs com corridas emocionantes e imprevisíveis.

A chegada da MotoGP, que já parece bem encaminhada, é uma excelente notícia.

Outra novidade muito interessante é a etapa da categoria F1 Historic, já confirmada para o próximo dia 16 de agosto.

A prova, que terá transmissão ao vivo da TV Globo, reúne carros da Fórmula 1 nos anos 70 e 80, de escuderias tradicionais como Tyrrell, Brabham e Lotus.

Os pilotos não são lá muito profissionais - alguns são meros milionários aventureiros - mas as corridas costumam ser animadas e os carros são mesmo fantásticos.

A lamentar, apenas, o preço pouco sensato para o evento: nada menos de R$180 é a entrada mais barata.

Se quiser atrair um bom público para o autódromo, a organização teria de cobrar pelo menos um terço disso...

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E Hortência voltou atrás.

Um dia após cometer uma grosseria contra Rubens Barrichello, a ex-jogadora reconheceu que passou do ponto e pediu desculpas.

Menos mal.

Mas não colou o papo de que Hortência é amiga de Rubinho fora da pista.

Tanto que ela errou o nome dele - grafou "Barriquelo", o que deve ser uma tentativa de escrever Barrichello.

Melhor mesmo é deixar o assunto para trás.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Hortência ofende Rubinho de maneira grosseira e desnecessária

Hortência foi uma das maiores jogadoras de basquete que o Brasil já teve.

Uma atleta vencedora, estrela do time que conquistou um heróico vice-campeonato olímpico em 1996.

Também muito presente fora das quadras, onde sempre lutou por mais apoio para o seu esporte.

Nada disso, porém, serve de atenuante para a infeliz declaração que ela soltou nesta terça-feira.

Durante um evento da Confederação Brasileira de Basquete, que acaba de trocar de direção, Hortência afirmou que o novo presidente da entidade deve "ter estrela", mas ressaltou que isso não é tudo.

E explicou: "O Rubinho Barrichello, por exemplo, tem estrela, apesar de muitos disserem que não. Ele é milionário, ganha muito dinheiro. O problema é que a estrela dele fica na bunda e se apaga quando ele senta no carro".

O público gargalhou com a piada da ex-jogadora.

Uma pena, porque Rubinho não merece ser tratado dessa maneira.

Pode-se acusar Barrichello de muitas coisas. De falar demais ou de ter dificuldade para aceitar críticas, por exemplo.

O veterano nunca foi campeão mundial, mas isso não diminui o valor de tudo o que já alcançou nas pistas.

Rubinho já tem quase três décadas de carreira. Foi quem, bem ou mal, carregou a sina de ser o principal representante brasileiro na Fórmula 1 durante muitos anos.

Sofreu muito por essa razão.

Mas, apesar de todas as piadas jocosas, Barrichello jamais destratou ninguem em público - e nunca baixou ao nível que Hortência atingiu.

A agressão da ex-jogadora foi gratuita, grosseria e totalmente desnecessária.

Sim, Rubinho tem suas limitações, e não são poucas.

Foi segundo piloto de Schumacher, não realizou o sonho de ser campeão e, nesta temporada, vai perdendo a batalha para Jenson Button.

Mas e daí?

Qual direito que Hortência tem de ofender Rubinho dessa maneira, na frente de todos? Qual motivo ela tinha para classificar o piloto como "bundão"?

É muito fácil criticar Barrichello. Muito, muito fácil.

Quem não sabe nada sobre Fórmula 1 - o que provavelmente é o caso de Hortência - se sente livre para julgar Rubinho com base apenas na ideia geral que se formou no público brasileiro.

Barrichello é um fracassado, um vendido, um zé-ninguém, um pé-de-chinelo...

Fácil, muito fácil, cair na velha ladainha.

Difícil é ter humildade para perceber que a realidade não é bem assim.

Hortência, na posição que tem, deveria ter mais noção de responsabilidade para saber que a sua piada vai comprometer ainda mais a já combalida imagem de Rubinho.

A ex-jogadora provou que não tem muito bom senso.

Dessa vez, agora sim, Rubinho foi a grande vítima da história.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

FIA insiste em apoiar o rejeitado sistema de vitórias

Errar é humano.

Insistir no erro... é burrice.

No início do ano, a proposta da FIA para definir o campeão pelo número de vitórias foi amplamente rejeitada.

Ninguém gostou, ninguém mesmo.

Os pilotos reclamaram, os chefes de equipes também e o público fez até abaixo-assinado.

A FIA voltou atrás rapidamente - uma conduta rara da entidade - e prometeu adotar o polêmico sistema só em 2010.

A sensação era de que a turma de Max Mosley não insistira mais nessa ideia tão infeliz.

Pura ingenuidade.

Nesta segunda-feira, a FIA confirmou que o modelo de vitórias será realmente o que vai definir o campeão no ano que vem.

Mais uma demonstração de autoritarismo e ignorância da entidade.

Será que vão voltar atrás de novo? É até possível.

O que impressiona é a insistência do presidente da FIA, Max Mosley, em agir como se apenas a sua vontade contasse para alguma coisa.

O sistema de vitórias é comprovadamente rejeitado por todo mundo.

Para quê insistir?

O anúncio da FIA cheira a manobra política, mais uma para tentar desestabilizar a Associação das Equipes da F-1 (Fota).

E, como sempre acontece quando a entidade coloca a disputa pelo poder à frente dos interesses do esporte, a Fórmula 1 sai como a grande perdedora.

Vamos torcer para os homens da FIA desistam do modelo de vitórias.

Que eles tenham bom senso.

Coisa complicada, é verdade, mas não custa nada sonhar...