sábado, 29 de novembro de 2008

Para Massa, Senna precisa agarrar chance de estrear na F-1

A fase não é mesmo muito boa para Rubens Barrichello.

Dias após declarar que Bruno Senna deveria aceitar a vaga de piloto de testes na Honda, Rubinho foi contrariado pelo vice-campeão mundial Felipe Massa.

Em entrevista coletiva em Florianópolis, Massa mostrou ter uma opinião exatamente contrária à de Rubinho.


Além disso, Massa também comparou a situação de Senna à de Hamilton.

Disse que o inglês começou na F-1 muito cedo, na McLaren, e logo se destacou. Portanto, Senna não deveria se intimidar com a possibilidade de acertar para ser titular da Honda.

Entre Senna e Hamilton, porém, há uma enorme abismo.

O inglês foi um piloto cirurgicamente preparado desde a época de kart.

Aos 13 anos de idade, assinou o primeiro contrato com a McLaren. Sempre recebeu assessoria de primeira e chegou à Fórmula 1 jovem, mas totalmente pronto.

A trajetória de Bruno Senna é bem oposta.

Após a morte do tio, Bruno ficou anos longe das pistas. Não disputava nem corridas de kart.

Somente em 2004, a partir de um teste com um carro de F-Renault, o piloto começou a engrenar a carreira.

De lá para cá, foram apenas quatro anos. Muito pouco para qualquer jovem promessa ainda em formação.

Senna não está no mesmo nível de Hamilton quando o inglês estreou na Fórmula 1.

Entretanto, isso não quer dizer que o brasileiro não esteja pronto para a categoria.

Se Bruno terá ou não sucesso quando começar a correr na F-1, ainda não dá para saber.

Mas a resposta virá em breve.

Porque Bruno, mais cedo ou mais tarde, vai ganhar a chance de ser titular na categoria.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rubinho está com inveja de Bruno Senna?

Rubens Barrichello e Bruno Senna são adversários na briga pela vaga da titular da Honda para 2009.

Um deles vai ficar à pé na próxima temporada.

Dizem que a chance de Rubinho perder a disputa é muito maior. Mas, no instável mundo da Fórmula 1, nunca há como ter certeza.

Há seis dias, em entrevista ao Fantástico, o veterano afirmou que a melhor opção para Senna seria assinar como piloto de testes para ganhar experiência e só depois estrear como titular.

Na última quinta, Rubinho repetiu essas palavras no programa matinal ''Hoje em Dia'', da TV Record, e disse ainda que torce muito pelo sucesso de Senna na F-1.

A repercussão de suas declarações não foi muito boa.

E não demoraram a surgir comentários sobre uma suposta "inveja" que Rubinho teria de Bruno Senna.

Será que o veterano está mesmo com dor-de-cotovelo por causa do novato?

Pois bem: Rubinho, como já repetiu diversas vezes, tem enorme gratidão por tudo que a família Senna fez pela sua carreira.

Fica difícil imaginar o veterano trabalhando para sabotar a carreira do sobrinho daquele que foi seu grande mentor e herói.

Não, Rubinho não guarda rancor de Bruno Senna.

Está fazendo campanha, sim, para ganhar a disputa pela Honda.

Mas não há, em suas declarações, qualquer intenção de desestabilizar Bruno.

Acontece que Rubinho, mais uma vez, foi ingênuo.

Quando perguntado sobre o que recomendaria a Bruno Senna, caiu na armadilha de recomendar a vaga de piloto de testes ao novato.

Tudo bem, é a opinião dele. E certamente há muitos que pensam o mesmo, que Senna não está preparado para estrear na F-1.

O problema é que Rubinho disputa a vaga com Senna.

E deveria evitar fazer análises polêmicas sobre um jovem piloto que nem chegou à F-1 e já causa um ''frisson'' entre os torcedores brasileiros.

Muitos que torcem por Bruno ficaram com raiva de Rubinho.

Mais uma vez, o veterano falou algo desnecessário.

Rubinho não tem inveja de Bruno Senna. Mas sua declaração realmente pegou mal.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sistema de ''medalhas'' deve ser barrado pela FIA

Dizem que os dirigentes da FIA não têm nada de sensatos.

São especialistas em bolarem regras esdrúxulas, sem sentido, que mais confudem o público do que deixam a Fórmula 1 mais interessante.

Dessa vez, porém, os homens da entidade estão perto de acertar em cheio.


O veterano chefão da empresa que gerencia os direitos comerciais da categoria encantou-se com a idéia de definir o campeão através do número de vitórias, e não de pontos.

Garantiu que tinha o apoio de todas as equipes, mas tudo indica que isso não é verdade.

Fato é que os delegados da FIA não parecem ter sido convencidos por Ecclestone e devem barrar o fantasioso sistema de ''medalhas''.

O modelo proposto por Ecclestone, é preciso reconhecer, não é de todo ruim. E, se fosse adotado, poderia realmente ajudar as corridas a ficarem um pouco mais emocionantes.

O problema é que a idéia carece de bom senso.

Como assim premiar somente os três primeiros de cada corrida?

No fim do campeonato, McLaren e Ferrari dominariam pelo menos 80% das medalhas...

Será que realmente todas as equipes estão apoiando o novo sistema?

Não dá para acreditar nisso.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Alonso na Ferrari, a novela que nunca acabará

Fernando Alonso anunciou no início do mês que vai permanecer na Renault em 2009.

Parecia que os insistentes boatos sobre o futuro do espanhol iriam tirar férias junto com o piloto.

Mas bastaram poucos dias para que a novela "Para onde vai Alonso?" voltasse a ganhar novos capítulos.


Mais importante do que a própria notícia é a declaração do presidente do banco, que afirma com todas as palavras: "Nós queremos trabalhar com Alonso".

Em 2009, o bicampeão está garantido como titular da Renault, e isso não há mais como mudar.

O acordo de Alonso é de dois anos, mas há certamente uma cláusula de desempenho ou uma multa rescisória que poderia liberar o espanhol para a Ferrari em 2010.

O Santander, pelo visto, não hesitaria em bancar a contratação de seu piloto preferido.

O "problema" é que a Ferrari já tem dois pilotos contratados até o fim de 2010.

Massa está em alta na equipe e Raikkonen é um campeão do mundo. Nenhum dos dois parece ter qualquer motivo para temer uma demissão.

Entretanto, a Fórmula 1 é um dos ambientes mais instáveis do planeta.

Ainda é cedo, muito cedo, para cravar onde Alonso vai correr em 2010.

A principal possibilidade é mais um ano na Renault. Se o Blog precisasse apostar agora, seria este o palpite.

Como sempre, porém, é bom manter um pé atrás.

Muitos jamais levaram a sério os boatos que ligavam Alonso à Ferrari.

Mas, com a chegada do Santander à equipe de Maranello, a contratação do espanhol torna-se uma possibilidade plausível, embora não a curto prazo.

Nada muda por enquanto, só que Alonso certamente não vai permanecer para sempre na Renault.

--

E um último comentário.

O Santander vai para a Ferrari.

O Santander é o principal patrocinador de Bruno Senna.

Sim, é totalmente absurdo pensar que Senna vá ser contratado pela Ferrari pelos próximos um ou dois anos, pelo menos.

Mas vai dizer que essa possibilidade não passa pela cabeça?

Senna na Ferrari seria a jogada de marketing perfeita para qualquer patrocinador.

Se o novato for bom mesmo, já se sabe qual será a equipe que vai lhe oferecer um contrato daqui a alguns anos...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Di Grassi, o "plano B" da Honda

O assunto já cansa, mas é o que há de interessante na Fórmula 1 no momento.

Enquanto a Honda não agendar um novo teste com Lucas di Grassi, Bruno Senna e, quem sabe, Rubens Barrichello, ficaremos aqui na mesma discussão sobre quem tem mais chances de conseguir a vaga na equipe japonesa.

Pois bem: a novidade do dia em toda essa novela é a entrevista que Di Grassi concedeu ao site Grande Premio, fazendo um balanço dos testes de Barcelona.

A primeira e mais importante afirmação de Di Grassi é que os ensaios no circuito espanhol, de fato, tiveram condições diferentes para ele e Senna.

Enquanto o sobrinho de Ayrton pegou o carro num cenário mais favorável, Di Grassi encontrou um modelo mal acertado e mais difícil de guiar.

Daí veio a diferença de tempo entre os dois, na casa de oito décimos.

Depois do testes, com a aparente "vitória" de Senna, não foram poucos os que preveram que a batalha pela vaga na Honda já teria praticamente terminado.

Inclusive o escriba deste Blog, que cravou Senna como vencedor do "vestibular" e virtual companheiro de Jenson Button em 2009.

Só que, como sempre, as coisas são bem mais complicadas do que parecem na Fórmula 1.

Não dá para dizer que os dois postulantes principais têm praticamente a mesma chance.

Senna, como a maioria vem falando, possui realmente uma vantagem. Mas ela é reversível.

Se Di Grassi derrotar Senna de forma categórica no próximo duelo entre os dois, mostrando que está claramente mais preparado do que o rival, será o escolhido.

A Honda tende para Senna. Mas ainda não tem a segurança necessária para contratá-lo.

Senna ainda terá outras oportunidades para ganhar de vez a confiança da Honda.

Precisa mostrar velocidade, consistência e bom conhecimento técnico.

Caso a Honda não o aprovar, a equipe vai para Di Grassi.

Que, no momento, parece cumprir o papel de um autêntico "plano B" dentro da escuderia japonesa.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Rubinho e a fama de "chorão"


Como sempre, o veterano mantém uma postura de peito aberto, falando exatamente o que pensa e sente.

Admite uma certa inferioridade para Schumacher, mas garante que era prejudicado pela equipe quando os dois estavam em condições iguais.

Repete que ainda "tem gás" para disputar a próxima temporada e que continua com muita vontade de pilotar na Fórmula 1.

Elogia o potencial de Bruno Senna, ressalta que o novato tem boas perspectivas na Fórmula 1, mas diz que Senninha ainda não possui experiência para estrear na categoria.

Por fim, Rubinho reconhece que a decisão sobre a aposentadoria será bem difícil e que, no dia seguinte após abandonar as pistas, vai "chorar muito".

Sobre a relação com Schumacher, é preciso exaltar a postura de Rubinho. Que, pela primeira vez, admite não ter estado ao nível do alemão durante seu período na Ferrari.

Também vale elogiar a transparência de Rubinho ao não esconder, em momento nenhum, que a sua vontade é mesmo continuar na Fórmula 1.

E a crítica à inexperiência de Senna, por mais que muitos possam interpretar como "inveja" ou "ele está querendo secar o novato", é inteiramente válida.

A lamentar, apenas, a infeliz frase com a qual Rubinho encerra a entrevista.

Dizer que vai "chorar muito" no dia em que abandonar a Fórmula 1 era totalmente desnecessário.

Rubinho se preocupa tanto em mostrar quem é que, de vez em quando, acaba exagerando.

E é este o caso.

Para alguém que já tem a injusta fama de "chorão", de "reclamão" e de "mimado", declarações como essa servem apenas para aumentar o tom dos deboches.

A impressão que dá é que Rubinho estava indo tão bem na entrevista, tão bem... até o deslize no momento final.

Rubinho, "chorão" você não é.

Mas convencer os outros disso vai ficar cada vez mais difícil.

domingo, 23 de novembro de 2008

GP da França não deve retornar ao calendário antes de 2011

No ano que vem, pela primeira vez desde 1955, o Grande Prêmio da França não será disputado.

Por causa da crise econômica mundial, a prova foi retirada do calendário da F-1 sem piedade.

Berço da Federação Internacional de Automobilismo, a França também foi a sede do primeiro Grande Prêmio da história, disputado em 1906 e vencido por um húngaro chamado Ferenc Scisz.

É verdade que o único francês a conquistar um título mundial foi Alain Prost, mas é indiscutível que a França é uma das nações mais tradicionais do automobilismo.

Agora, infelizmente, parece fadada a passar um bom período longe da Fórmula 1.

Confirmada a saída de Magny Cours, seis projetos surgiram para salvar o GP da França.

Apenas um deles, que previa uma corrida dentro do parque da EuroDisney, poderia ser concretizado até 2010.

Não mais.

Argumentando que o plano é "economicamente inviável", os responsáveis pela idéia - entre eles, o próprio Alain Prost - anunciaram que o projeto de uma corrida da F-1 na EuroDisney fracassou.

Portanto, o GP da França está afastado do calendário até 2011, no mínimo.

Uma pena.

A Fórmula 1 não vai sentir falta de uma pista como Magny Cours, de traçado insosso, repetitivo e quase sem pontos de ultrapassagem.

Mas a França tem um peso histórico que a categoria não poderia ignorar.

Não há nada de errado em realizar provas em paraísos financeiros como Cingapura, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e companhia.

Só que já se está chegando quase ao ponto do exagero.

Os dirigentes da Fórmula 1 não podem esquecer de seu público mais fiel e tradicional.

A categoria precisa preservar sua tradição para não perder a própria identidade.