sábado, 15 de setembro de 2007

Empresário de Alonso garante que espanhol continua na McLaren em 2008

Os especialistas que apostavam numa mudança de equipe para Fernando Alonso no fim desse ano tomaram um balde de água fria hoje. Em entrevista à rede inglesa BBC, o empresário do espanhol, Luis Garcia Abad, garantiu que não há nenhum tipo de negociação entre o bi-campeão e outras escuderias da Fórmula 1. E que Alonso irá, sim, continuar na McLaren em 2008.

A boataria envolvendo o nome do espanhol já era intensa há algumas semanas. Após a última reunião do Conselho Mundial de FIA, então, ganhou ainda mais força. É de conhecimento geral que Alonso tem uma cláusula em seu contrato com a McLaren que o libera para outras equipes caso ele tenha tido algum tipo de dano à sua imagem.

O caso de espionagem em que o time prateado se meteu, obviamente, encaixa-se no perfil. Com a perda de todos os pontos no Mundial de Construtores, a McLaren perderia, em tese, o poder para segurar Alonso em seus quadro a partir do próximo ano. O bi-campeão foi dado como certo, por alguns, numa das vagas da Renault em 2008.

Segundo os que pensam dessa forma, Alonso mantém um relacionamento nada cordial com Ron Dennis. Tanto que teria tentado, inclusive, chantagear seu chefe no episódio dos e-mails comprometedores, ameaçando entregá-los à FIA. De acordo com essa tese, Dennis não aceitou a intimidação e - ele mesmo - relatou o conteúdo das mensagens ao presidente da entidade, Max Mosley.

Claro que nada disso é confirmado. A única certeza é que existe, sim, a tal cláusula no contrato de Alonso. Entretanto, pelo cenário que se desenha na pista e pela perspectiva que o espanhol teria em outras equipes, ainda acredito que o bi-campeão emplaca o ano que vem na McLaren.

É verdade que a Renault havia prometido para o Grande Prêmio da Itália o anúncio de sua dupla de pilotos de 2008. Não cumpriu, e levantou dúvidas: estaria tentando Alonso? Pois bem, mesmo que o atraso tenha acontecido por essa razão, o mais provável é que o espanhol ainda permaneça na McLaren na próxima temporada.

O depoimento do empresário de Alonso é mais significativo do que qualquer boato. No atual cenário, o bi-campeão continua onde está. Apesar da suposta briga com Ron Dennis, da guerra interna dentro da equipe e do desgaste causado pelo caso da espionagem. Na McLaren, ao menos, Alonso tem a certeza de que vai continuar brigando por vitórias.

Será que na Renault também seria assim?


Depois do veredito final, chegou a hora das explicações. Ontem, a FIA já entregou à imprensa o relatório oficial da reunião do Conselho Mundial. Nesse sábado, foi a vez do próprio presidente da entidade, Max Mosley, apresentar sua opinião sobre todo o caso de espionagem.

Para muitos, foi uma grande surpresa. Ao contrário do que se esperava, Mosley revelou ter sido voto vencido na decisão final. Na opinião dele, o correto era retirar os pontos da McLaren não só no Mundial de Construtores como também no de Pilotos.

Mosley perdeu para o lobby liderado por Bernie Ecclestone - quem mais? - que salvou Lewis Hamilton e Fernando Alonso de uma dura punição. Uma vez mais, o chefão da Formula One Management (FOA), a empresa que controla os direitos da categoria, provou todo o seu poder de influência.

Eram 26 os membros do Conselho Mundial. A maioria representantes de diferentes federações filiadas à FIA. Segunda a lógica, portanto, Mosley deveria ter mais força do que Ecclestone. No fim de tudo, porém, a história foi a mesma de sempre: a vontade de "Tio Bernie" foi realizada. O baixinho de cabelo grisalho é, de fato, o dirigente mais poderoso do automobilismo.

Alguém tem coragem de duvidar disso?


Apagado durante a maior parte da temporada, Nicky Hayden vem dando provas de evolução nas últimas corridas. No treino de classificação para o Grande Prêmio de Portugal da MotoGP, realizado hoje, o atual campeão foi o mais rápido, cravando sua primeira pole position da temporada.

Favorito destacado da imprensa e do Blog, Casey Stoner - líder do campeonato - precisou se contentar com a segunda posição. A diferença entre Hayden e o australiano, porém, foi bem pequena: apenas quatro centésimos. Em terceiro, um pouco mais longe, aparece o heptacampeão Valentino Rossi.

A grande surpresa do dia foi o japonês Makoto Tamada, o quarto. Completando os cinco primeiros do grid vem o espanhol Daniel Pedrosa, enquanto Alexandre Barros conseguiu apenas o 14º lugar. Amanhã, na corrida que tem largada às 11 horas de Brasília e transmissão ao vivo do Sportv2, o brasileiro vai precisar fazer outra prova de recuperação.

Na Fórmula Truck, o pole position da sexta etapa do ano, em Goiânia, foi Walmir Benevides. Ele manteve a ponta dos treinos de ontem e comandou o domínio da Volkswagen. A montadora fez a dobradinha no grid com Felipe Giaffone, primeiro colocado da temporada e aposta do Blog. Roberval Andrade, vice-líder na tabela de pontos, larga em terceiro.

Amanhã, a corrida tem início às 14 horas de Brasília. A Band mostra ao vivo.


Como a maioria de vocês já deve estar sabendo, morreu hoje uma lenda do Mundial de Rally. O escocês Colin McRae, campeão de 1995 e 25 vezes vencedor na categoria, faleceu após sofrer um trágico acidente de helicóptero. O vídeo do dia não poderia ter outro tema. Com vocês, toda a maestria de um gênio do esporte, numa sensacional câmera onboard:



Já falei do desastre, mais especificadamente, neste post. Ao grande McRae, minha sincera e singela homenagem.

Nesse domingo, o Blog volta com a cobertura total dos eventos do fim de semana. A Fórmula 1 tem atenção especial, é claro, incluindo os comentários da corrida e a seção Análise do Grande Prêmio. Além disso, Fórmula Truck, GP2, MotoGP, Nascar também vão estar em foco nas diferentes edições do Weekend Update. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Fernando Alonso (todas) - http://www.gpupdate.net/

Colin McRae (1968-2007)

O mundo do Rally - já entristecido pelo anúncio recente da aposentadoria de Marcus Grönholm - sofreu outro duro golpe na tarde desse sábado. Colin McRae, campeão mundial em 1995, perdeu a vida num acidente de helicóptero ocorrido nas redondezas de Lamark, cidade natal do escocês.

Segundo as primeiras informações, McRae era quem estava pilotando a aeronave. De início, não havia a certeza de que ele estaria entre as vítimas. Mas, infelizmente, a confirmação veio do empresário do campeão, Jean-Eric Freudiger, ao jornal britânico The Telegraph.

Além de McRae, o desastre também causou a morte de seu filho Johnny, de apenas cinco anos. Aparentemente, mais um homem e outra criança não identificados ocupavam o helicóptero, pertencente ao campeão. Sua esposa, Alison, e a filha do casal, Hollie, não estavam na aeronave.

As circunstâncias exatas do acidente ainda não foram esclarecidas. Ao que parece, as condições climáticas eram apropriadas para vôo, com boa visibilidade e vento leve, apesar de céu nublado. Em seu pronunciamento ao The Telegraph, o empresário Jean-Eric Freudiger disse não acreditar na hipótese de falha humanda. Para ele, McRae era "um piloto muito seguro".

Por hora, precisamos esperar por mais informações. Colin McRae foi campeão mundial de Rally em 1995, com a Subaru, conquistando um total 25 vitórias na categoria entre 1993 e 2002. Ele abandonou o WRC há quatro anos, passando a dedicar-se a outras competições.

Disputou o Rally Dacar e também as 24 horas de Le Mans, sempre com destaque. Além disso, lançou a bem-sucedida série de videogames Colin McRae Rally. Figura muito popular no seu meio, sua morte representa uma trágica perda para o esporte.

Colin McRae tinha 39 anos de idade.

Na GP2, Lapierre vence e di Grassi se aproxima de Glock

O francês Nicolas Lapierre venceu a primeira bateria da rodada dupla da GP2 em Spa-Francorchamps, mas o homem mais feliz ao fim do dia era Lucas di Grassi (à esquerda). Com seu terceiro lugar, o brasileiro recuperou-se no campeonato e aproximou-se do líder, Timo Glock, que não passou de 17º após ter sofrido com problemas na largada.

Na segunda posição veio Luca Filippi, o terceiro colocado na tabela de pontos. Atrás de di Grassi, Javier Villa, Mike Conway, Andy Soucek, Karum Chandhok e Ho-Pin Tung completaram a zona de pontuação. Xandinho Negrão quebrou a duas voltas da bandeirada, quando era sexto, enquanto Bruno Senna abandonou ao sair da pista.

Como de costume, a largada da GP2 foi confusa e teve vários carros parados no grid com problemas eletrônicos. Dessa vez, entre as vítimas estavam Timo Glock (à direita) e Bruno Senna. Os dois conseguiram voltar, mas perderam muito tempo. Além deles, Andreas Zuber e Kazuki Nakajima também não conseguiram sair do lugar.

Lucas di Grassi deu seu típico salto na primeira curva, passando de quarto para segundo. Por muito pouco, o brasileiro não tomou a ponta de Nicolas Lapierre, que havia largado da pole. Outros que saíram bem foram Adam Carroll, de sétimo para terceiro, e Xandinho Negrão, da 11ª posição ao sexto posto.

Além de Timo Glock, mais um favorito teve problemas logo de início: Giorgio Pantano. O italiano - quarto colocado no campeonato - desistiu com uma quebra de embreagem na segunda volta. Na frente, Lucas di Grassi pressionava Nicolas Lapierre (à esquerda), à espera de um erro do francês.

A oportunidade veio pouco antes da parada de ambos. Lapierre entrou mal na nova chicane Bus Stop, perdendo tempo e velocidade na reta de largada. Di Grassi chegou a colocar de lado, mas não arriscou-se além da conta. O francês manteve a posição na pista e, mais tarde, depois que ambos visitaram os boxes ao mesmo tempo.

Enfrentando dificuldades com pneus pouco aquecidos, di Grassi perdeu posições para Luca Filippi (à direita) e Adam Carroll, descendo para a quarta posição. Sem chances de atacar, o brasileiro poupou o carro e esperou pelos acontecimentos. Então, a sete voltas do final, veio um lance de sorte.

Dando o máximo para encostar em Filippi, Carroll rodou na segunda perna da curva Pouhon, indo de encontro à barreira de proteção. Era o fim da corrida do irlandês. Com isso, Lucas di Grassi passava para terceiro. Logo depois, Bruno Senna - nessa altura, andando na rabeira do pelotão - cometeria um erro parecido.

O sobrinho de Ayrton saiu da pista no "s" de Fagnes e bateu com certa velocidade. A suspensão dianteira direita de seu carro ficou completamente destruída, num péssimo desfecho para uma bateria que se desenhava promissora. Na prova de domingo, Bruno (à esquerda) vai largar das últimas posições do grid.

Até a bandeirada, não houve mais trocas de posições entre os líderes. Nicolas Lapierre venceu com facilidade e Luca Filippi foi segundo pela terceira corrida consecutiva. Para Lucas di Grassi, foi seu sexto podium da temporada e a 14ª vez em que ele finalizou nos pontos. Um desempenho notável.

Timo Glock, ao menos, somou um ponto ao cravar a volta mais rápida da corrida. Agora, ele tem 79 pontos, contra 73 de Lucas di Grassi. A seguir, aparecem Luca Filippi, com 58, e Giorgio Pantano, que tem 49. Bruno Senna é o oitavo, com 34, e Xandinho Negrão vem na 18ª posição, somando 8 pontos.

Logo abaixo, a classificação da corrida de hoje da GP2:

1. Nicolas Lapierre/França/DAMS, 26 voltas em 53:01.942s
2. Luca Filippi/Itália/Super Nova, a 4.836s
3. Lucas Di Grassi/Brasil/ART, a 7.994s
4. Javier Villa/Espanha/Racing Engineering, a 8.782s
5. Mike Conway/Inglaterra/Super Nova, a 17.157s
6. Andy Soucek/Espanha/DPR, a 29.016s
7. Karum Chandhok/Índia/Durango, a 30.418s
8. Ho-Pin Tung/China/BCN, a 31.899s
9. Vitaly Petrov/Rússia/Campos, a 42.753s
10. Sebastien Buemi/Suíça/ART, a 48.106s

A primeira fila da bateria de amanhã, com grid invertido, vai ser formada pelos imprevisíveis Ho-Pin Tung e Karum Chandhok. Lucas di Grassi sai em sexto, Timo Glock larga de 17º, Xandinho Negrão aparece em 19º e Bruno Senna é apenas o 24º. A largada está marcada para as 5 horas da matina, com transmissão ao vivo do Sportv.

Até o fim do dia, o Blog volta comentando as atividades de MotoGP e Fórmula Truck, além das principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: www.gpupdate.net

Kimi Raikkonen é pole e Ferrari monopoliza primeira fila do Grande Prêmio da Bélgica

Contrariando as expectativas de muitos - incluindo a do escriba do Blog - a Ferrari reagiu e dominou o treino classificatório do Grande Prêmio da Bélgica, em Spa-Francorchamps. Kimi Raikkonen cravou a pole position, com seu companheiro de equipe, Felipe Massa, apenas dezessete milésimos atrás.

Para a McLaren, restou a segunda fila. Fernando Alonso chegou perto, mas conseguiu apenas o terceiro lugar. Por outro lado, Lewis Hamilton foi uma certa decepção. O inglês não passou de um apático quarto após perder tempo atrás de Robert Kubica na sua última volta rápida.

O polonês da BMW, aliás, bateu seu parceiro Nick Heidfeld na disputa interna da equipe. Porém, Kubica teve um problema de motor no treino da manhã e, com a substituição do propulsor, vai perder dez posições no grid. Amanhã, ele sai de 15º.

Assim, Nico Rosberg sobe para quinto, sua melhor posição de largada do ano. Completando os dez primeiros, aparecem Nick Heidfeld, Mark Webber, Jarno Trulli, Heikki Kovalainen e Giancarlo Fisichella, nessa ordem. Por sua vez, Rubens Barrichello não passou de 18º, a 0.999s de Jenson Button, que foi o 13º.

Já no treino da manhã, a Ferrari mostrava que tinha um carta na manga. Raikkonen fez o primeiro tempo, seguido de Massa, Alonso e Hamilton. A ordem se manteria à tarde, mas muita coisa ainda aconteceria nesse meio tempo.

Para começar, Felipe Massa tomou um susto no início da classificação. Quando ela já estava em andamento, mecânicos da Ferrari retiraram, subitamente, a carenagem traseira do carro para fazer ajustes de última hora. Não ficou claro se era um problema ou um acerto, mas o fato é que Massa continuou rápido.

Ele foi o segundo na primeira parte do treino, perdendo apenas para Fernando Alonso, por dois milésimos. Kimi Raikkonen foi terceiro e Lewis Hamilton veio em quarto. Na seqüência, os de sempre: Kubica-Heidfeld-Rosberg-Kovalainen.

Os eliminados na primeiro degola foram Sebastian Vettel, Rubens Barrichello, Takuma Sato, Adrian Sutil, Anthony Davidson e Sakon Yamamoto. Notável, aliás, o equilíbrio da Fórmula 1. A diferença do primeiro àquele altura - Alonso - para Davidson, o 21º, foi de apenas 2.1s. E isso na pista mais longa do calendário.

No segundo período da classificação, Raikkonen deu mostras de sua força e fez o melhor tempo de todo o fim de semana: 1:45.070s. Dessa vez, foi Hamilton quem chegou mais perto, seguido de Massa e Alonso.

Os "nocauteados": Giancarlo Fisichella, Ralf Schumacher , David Coulthard, Jenson Button, Vitantonio Liuzzi e Alexander Wurz. Todos, à exceção do inglês, ameaçados de ficar de fora da Fórmula 1 no curto e médio prazos. Coincidência ou não?

A situação era completamente indefinida quando chegou a superpole. Após o período inicial de queima de combustível, Massa foi o primeiro a fazer uma volta rápida. Ele errou em La Source, Stavelot e na nova Bus Stop, não conseguindo um tempo competitivo. Raikkonen foi primeiro, com Hamilton em segundo.

Alonso rodou em Rivage e, por muito pouco, não jogou todo o seu trabalho para o espaço. Mas o santo do espanhol é forte. Ele conseguiu voltar à pista sem danos aparentes ao carro, embora tenha precisado fazer ajustes na asa dianteira no momento em que parou nos boxes. Os quatro protagonistas da temporada voltaram, então, para uma última tentativa.

Massa melhorou seu tempo anterior em um segundo e parecia o favorito à pole. Mas Raikkonen se superou e bateu o companheiro por uma diferença minúscula. Alonso ficou a menos de um décimo do finlandês, em terceiro, enquanto Hamilton não chegou perto de disputar a primeira posição.

Foi a terceira pole de Raikkonen no ano. Agora, ele está empatado com Alonso e Hamilton nesse quesito. O líder da estatística é Massa, com cinco. Logo abaixo, o grid de largada para o Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1:

1. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:45.994s
2. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:46.011s
3. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:46.091s
4. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:46.406s
5. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:47.334s
6. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:47.409s
7. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:47.524s
8. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:47.798s
9. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:48.505s
10. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:46.603s
11. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:46.618s
12. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:46.800s
13. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:46.955s
14. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:47.115s
15. Robert Kubica/Polônia/BMW, 1:46.996s*
16. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:47.394s
17. Sebastian Vettel/Itália/Toro Rosso, 1:47.581s
18. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:47.954s
19. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:47.980s
20. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:48.044s
21. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:48.199s
22. Sakon Yamamoto/Japão/Spyker, 1:49.577s
* = punido com a perde de dez posições no grid por ter trocado o motor

Se quiser vencer, Fernando Alonso precisa, no mínimo, superar Felipe Massa na largada. O espanhol foi rápido na classificação e poderia ter conseguido a pole não fosse sua escapada na curva Rivage. Ali, o bi-campeão perdeu um pouco do acerto do carro, algo que fez diferença no final. Lewis Hamilton, por outro aspecto, foi claramente o mais lento do "G4". Culpa do tráfego ou do inglês mesmo?

Outra pergunta importante: a Ferrari está mais leve? Acho que não. O que aconteceu foi que muita gente - eu, inclusive - errou a previsão. Agora, Kimi Raikkonen é o grande favorito para a vitória. Felipe Massa vai precisar quebrar um tabu - o de ainda não ter triunfado em corridas em que não largou da pole - para bater seu companheiro de equipe.

O sábado foi razoavelmente ruim para a BMW. Robert Kubica fez um bom trabalho na classificação, mas vai precisar trocar o motor. Saindo de 15º, o polonês ainda tem boas chances de pontuar, mas não deve passar de sétimo ou oitavo. Já Nick Heidfeld esteve mais lento que o normal. Provavelmente, o alemão larga pesado amanhã.

Os pilotos da Renault vão dividir a quinta fila e devem partir para uma parada apenas. A maior indicação dessa possibilidade é que Heikki Kovalainen ficou muito longe dos outros na superpole, sendo sete décimos mais lento que o piloto imediatamente à sua frente. O finlandês é a principal esperança da equipe, que não tem em Giancarlo Fisichella um piloto muito competitivo.

Dia ótimo e promissor para a Williams. Nico Rosberg foi quinto, seu melhor resultado em grids da temporada. O alemão faz um grande trabalho e, segundo especulações recentes, poderia até correr pela McLaren no ano que vem. Bem diferente é a posição de Alexander Wurz. Saindo de 16º, o austríaco não pode esperar muito da corrida de amanhã. Nem de sua carreira na Fórmula 1, aliás.

Mark Webber conseguiu uma ótima posição de largada e voltou a bater - pela 13ª vez em 14 corridas - seu companheiro David Coulthard. É inegável o talento do australiano para voltas lançadas. Se mantiver o bom ritmo amanhã, pontua. Para o escocês, resta esperar pelos acontecimentos.

A Toyota, que havia mostrado potencial na sexta, voltou ao seu patamar normal nesse sábado. Jarno Trulli, como de costume, chegou à superpole e bateu Ralf Schumacher, sem maiores dificuldades. A equipe japonesa só pontua se o italiano não cair de produção. Para o irmão de Michael, está difícil...

Em queda livre continua a Super Aguri, cujos pilotos dividem com a dupla da Spyker as últimas duas filas do grid. Pela primeira vez em sete corridas, Takuma Sato bateu Anthony Davidson. Mas o japonês não tem motivos para comemorar seu 19º lugar. Menos animado ainda está o inglês, que não passou de 21º.

Rubens Barrichello ainda não baixou ao nível do "quarteto maravilha" - Coulthard, Fisichella, Ralf e Wurz - mas precisa tomar cuidado para não chegar lá. Batido em quase um segundo por Jenson Button, o brasileiro teve um desempenho bem ruim. Culpa, em parte, do péssimo balanço da Honda. Mas se Button consegue um 13º no grid, por que Rubinho não?

O italiano Vitantonio Liuzzi reagiu após ter sido o último da sexta-feira e terminou a classificação em 14º lugar. Um ótimo resultado, para os padrões da Toro Rosso. O novato Sebastian Vettel, é preciso dizer, também fez um bom trabalho. Por pouco não passou da primeira parte do treino, fechando em 17º.

Por alguns instantes, Adrian Sutil chegou a ser o 12º no grid. Mas, como sempre, a Spyker vai ficando para trás à medida que seus rivais vão melhorando seus tempos. O modelo "B" da equipe laranja trouxe evolução, mas ainda não foi o bastante para competir em igualdade com o resto. A propósito: Sakon Yamamoto bateu pela manhã e foi 1.4s mais lento que qualquer outro piloto na classificação.

Amanhã, o Grande Prêmio da Bélgica tem largada marcada para as 9 horas da manhã, com transmissão da Rede Globo. Em instantes, o Blog volta comentando a corrida da GP2, as atividades de MotoGP e Fórmula Truck, além das últimas notícias do mundo da velocidade. Até já!

Crédito das fotos: http://www.f1-live.com/

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Resumo de uma pacata sexta-feira

De longe, o fato mais importante do dia foi a revelação, pela FIA, do relatório completo da reunião do Conselho Mundial realizada ontem. Foram confirmadas as trocas de e-mails entre Fernando Alonso e Pedro de la Rosa, além da relação, digamos, "íntima" de Mike Coughlan e Nigel Stepney.

As informações davam conta não só de aspectos técnicos da Ferrari, como também da esfera esportiva. A McLaren ficou sabendo, inclusive, a tática da equipe de Maranello no G.P. da Austrália, primeira corrida da temporada. No total, Mike Coughlan e Nigel Stepney trocaram 235 mensagens de SMS e 35 telefonemas.

Um e-mail de Pedro de la Rosa a Mike Coughlan, em especial, chama mais atenção. Nele, o piloto de testes da McLaren pergunta pela distribuição de peso no "carro vermelho", já que gostaria de testá-la no simulador do time prateado. Uma semana depois, de la Rosa repassou as informações a Fernando Alonso, que também ficou sabendo dos dados secretos.

Max Mosley, presidente da FIA, fez um acordo com os pilotos da McLaren, garantido-lhes um veredito favorável em caso de cooperação. Foi isso que salvou Fernando Alonso e Lewis Hamilton. Caso contrário, provavelmente, seus pontos teriam sido caçados.

A entidade máximo do automobilismo, aliás, merece elogios pela transparência ao fim do processo. Na sua página na internet, a FIA disponibilizou um documento de 14 páginas, detalhando o encontro e a decisão do Conselho Mundial. Quem tiver paciência de ler o texto inteiro pode clicar aqui.

Sinceramente, espero deixar o caso de espionagem para trás. Já dei minha opinião em textos anteriores e não mudo. Para os dirigentes da FIA, não interessava se a McLaren era culpada ou não. Eles buscaram apenas uma solução conciliatória, que agradasse a todos. Simples assim. Até a Ferrari aceitou o veredito. Por que forçar mais, então?

Eram interesses demais em jogo. O Conselho Mundial não podia, simplesmente, tirar a McLaren do campeonato com uma simples canetada. Os dirigentes da FIA foram sensatos. A continuidade do campeonato foi mantida, e a batalha entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso vai prosseguir.

Aos fãs da Ferrari que não aceitaram a decisão até agora, deixo uma pergunta feita pelas F1 Girls: se fosse ao contrário - a equipe italiana como acusada - será que Felipe Massa e Kimi Raikkonen correriam risco de receber uma punição severa? Eu respondo: óbvio que não.

Vamos seguir com o campeonato, que continua indefinido. Estará o provável título de Hamilton ou Alonso manchado? Talvez. Mas nunca saberemos até que ponto os dois envolveram-se com o caso. Independentemente da vantagem que eles possam ter conseguido da Ferrari, ambos fazem um grande trabalho dentro da pista.

Para terminar a discussão do caso de espionagem, uma constatação: o tempo passa mas a influência de Bernie Ecclestone continua a mesma. Hoje, o chefão da FOM revelou ter feito lobby pela absolvição de Hamilton e Alonso. Segundo ele, alguns membros do Conselho Mundial queriam, sim, a cassação dos pontos da dupla da McLaren.

Mas a vontade de Bernie Ecclestone prevaleceu. Mais uma vez.



Faltam apenas duas rodadas duplas para o fim do campeonato da GP2. No treino de classificação dessa sexta, em Spa-Francorchamps, o pole position foi uma completa zebra: Nicolas Lapierre. O francês, apenas 15º na tabela de pontos, superou em apenas 0.012s o italiano Luca Filippi, que completa a primeira fila.

Bruno Senna, que havia sido o mais rápido no treino da manhã, rodou na sua melhor volta e vai largar de terceiro. Ainda assim, um ótimo resultado para o sobrinho de Ayrton. Logo atrás dele, vem outro brasileiro: Lucas di Grassi, um dos postulantes ao título da temporada.

Em quinto aparece o austríaco Andreas Zuber, seguido por Timo Glock, o líder do campeonato. O alemão tem 78 pontos, onze a mais do que Lucas di Grassi. Os dois protagonistas do ano são as apostas do Blog para a vitória.

Completando os dez primeiros, vêm Adam Carroll, Kazuki Nakajima, Vitaly Petrov e Giorgio Pantano. Por sua vez, Xandinho Negrão, o outro brazuca da GP2, fechou o dia na 11ª posição. A previsão da prova de amanhã é de clima seco e ameno. Dificilmente a chuva vai aparecer.

Mesmo assim, a corrida tem tudo para ser imprevisível, acidentada e emocionante. Como de costume, na categoria. A largada está marcada para as 11 horas de Brasília e terá transmissão, ao vivo, do Sportv2.


A MotoGP abriu, hoje, suas atividades do Grande Prêmio de Portugal, a ser realizado no circuito do Estoril. Como era de se esperar, Casey Stoner - aposta do Blog e campeão virtual da temporada - terminou o dia como o mais rápido. O australiano foi três centésimos melhor do que Makoto Tamada, que surpreendeu ao ser segundo.

Valentino Rossi não passou de terceiro, com Daniel Pedrosa e Randy de Puniet logo atrás. O brasileiro Alexandre Barros fechou o dia em nono. Amanhã, será realizado o treino de classificação para a prova de domingo.

A Nascar, por outro lado, já tem grid definido para sua 27ª etapa da temporada, a primeira do play off. Na pole, o único dos pilotos classificados para a fase final que ainda não venceu na temporada: Clint Bowyer. Ele foi seguido por Martin Truex Jr., Kurt Busch, Jimmie Johnson e Ryan Newman. Tony Stewart, meu palpite, aparece em sexto, enquanto Juan Pablo Montoya foi apenas o 31º.

Em Goiânia, a Volkswagen dominou os primeiros ensaios da sexta etapa da temporada 2007 da Fórmula Truck, conseguindo os três primeiros lugares. Valmir Benevides foi o mais rápido, com Felipe Giaffone - líder do campeonato e aposta do Blog - em segundo. Amanhã, a categoria realiza seus treinos de classificação na parte da tarde.


Marcus Grönholm, bi-campeão do Mundial de Rally, anunciou sua aposentadoria nessa sexta. O finlandês, que lidera a atual temporada, vai abandonar a carreira no fim do campeonato, junto com seu co-piloto de longa data, Timo Rautianen. O Blog presta sua homenagem com as imagens abaixo, feitas de uma câmera instalada no carro de Grönholm durante o Rally da Noruega deste ano:



No gelo, sua especialidade, Grönholm dá uma aula de pilotagem. Sua saída de cena é uma pena para os fãs da velocidade. Mas, antes da aposentadoria, o finlandês ainda tem uma última missão: bater Sebastien Loeb pelo título da temporada 2007. Até o fim desse ano, o Mundial de Rally vai continuar muito emocionante.

Nesse sábado, a partir da parte da tarde, o Blog volta comentando o treino de classificação da Fórmula 1, a primeira bateria do fim de semana da GP2, as atividades das outras categorias e as principais notícias do dia. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Fernando Alonso, Max Mosley e Lewis Hamilton - http://www.gpupdate.net/
Bernie Ecclestone - http://www.f1-live.com/
Nicolas Lapierre e Timo Glock - http://www.gpupdate.ent/
Clint Bowyer - http://www.nascar.com/

McLaren confirma favoritismo e começa Grande Prêmio da Bélgica na frente

A Ferrari bem que tentou. No primeiro treino livre do dia, Kimi Raikkonen foi o mais rápido, com um tempo meio segundo mais rápido do que o de Lewis Hamilton, o segundo colocado. Na sessão da tarde, porém, deu a lógica e a McLaren retomou o comando, com Fernando Alonso fechando a sexta na liderança.

O espanhol rodou em 1:46.654s, um tempo um décimo melhor do que o de seu companheiro de equipe. Hamilton vinha numa volta muito boa, nos últimos minutos do treino da tarde, mas errou na nova chicane "Bus Stop" e terminou apenas em segundo. Das Ferrari, o mais rápido foi Felipe Massa, em terceiro.

Kimi Raikkonen caiu para a quarta posição, seguido pela dupla da Toyota. A equipe japonesa deu uma boa demonstração de força, colocando Jarno Trulli em quinto e Ralf Schumacher na sexta posição. Completando os dez melhores do dia, vieram Nick Heidfeld, Giancarlo Fisichella, Mark Webber e Robert Kubica.

Apesar de ter fechado na terceira posição geral, o dia não foi muito bom para Felipe Massa. Na primeira sessão de treinos, o brasileiro teve algum problema no carro que o tirou da pista na curva Rivage. Durante todo o ensaio da manhã, ele não teve como registrar tempos, ficando bastante prejudicado na busca pelo acerto ideal.

Outros que tiveram uma sexta difícil foram Vitantonio Liuzzi, Sakon Yamamoto, Adrian Sutil e David Coulthard. O italiano da Toro Rosso terminou em último, a mais de uma segundo de seu companheiro de equipe, Sebastian Vettel. Parece completamente desinteressado e ainda deu uma saída da pista na primeira sessão do dia.

Por sua vez, o japonês da Spyker também deu uma escapada, no final do treino da manhã. Apesar disso, Yamamoto impressionou ao terminar na frente de seu companheiro de equipe, Adrian Sutil. O alemão bateu na parte da tarde na curva Malmedy, estragando a suspensão dianteira esquerda de seu carro.

O único que teve problemas mecânicos na segunda sessão foi David Coulthard. O escocês parou de repente na Stavelot, com um provável problema de câmbio. A falha é o calcanhar de Aquiles da Red Bull, a equipe que tem o carro menos fiável da atual temporada.

As reformas feitas em Spa-Francorchamps, especialmente na parte final do circuito, tornaram a pista ainda mais rápida e interessante. Agora, a reta de largada também é um bom ponto de ultrassagem. A nota baixa fica para a entrada dos boxes: apertada, perigosa e mal localizada.

A classificação de amanhã será muito interessante por causa das características típicas de Spa. O circuito é o mais longo da temporada, tendo aproximadamente sete quilômetros de extensão. Quem errar ou for atrapalhado em sua volta rápida terá menos chances de recuperar-se. Se chover, então, vai sobrar emoção.

Logo abaixo, a classificação dos treinos de sexta do Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1. Apenas Nick Heidfeld, Nico Rosberg e Alexander Wurz fizeram seus melhores tempos na parte da manhã. O resto, andou mais rápido à tarde:

1. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:46.654s
2. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:46.765s
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:46.953s
4. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:47.166s
5. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:47.491s
6. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:47.946s
7. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:48.606s
8. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:48.086s
9. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:48.271s
10. Robert Kubica/Polônia/BMW-Sauber, 1:48.279s
11. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:48.840s
12. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:48.567s
13. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:48.883s
14. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:48.919s
15. Alex Wurz/Áustria/Williams, 1:49.393s
16. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:49.364s
17. Sakon Yamamoto/Japão/Spyker, 1:49.697s
18. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, 1:49.720s
19. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:50.168s
20. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:50.399s
21. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:50.542s
22. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:50.865s

A McLaren saiu na frente e, tudo indica, vai dominar o fim de semana do Grande Prêmio da Bélgica. Lewis Hamilton errou na sua principal volta rápida, perdendo a chance de bater Fernando Alonso. O espanhol, porém, parece mais forte que o inglês. Após os treinos de hoje, o favoritismo está todo com o bi-campeão.

Para a Ferrari, só resta abaixar a cabeça e trabalhar. No cenário atual, está alguns furos abaixo da McLaren. Apesar da saída de pista na primeira sessão, Felipe Massa ainda terminou à frente de Kimi Raikkonen. Na classificação de amanhã, os dois parecem destinados a disputar, no máximo, a terceira posição do grid.

Outra que continua no mesmo patamar é a BMW. A equipe perdeu da Toyota nessa sexta. Mas, muito provavelmente, Nick Heidfeld e Robert Kubica ainda não testaram os limites do carro em Spa. Nesse sábado, mais um duelo pelo quinto lugar entre os dois.

Quem está em franca decadência é a Renault. Após ter sido batida pela Williams em Monza, a atual campeão de pilotos e construtores não conseguiu mais do que um oitavo lugar, com Giancarlo Fisichella. Heikki Kovaleinen, que - já dá para afirmar - é o primeiro piloto do time, ficou apenas em 12º.

De todas as equipes, a única que andou melhor na parte da manhã foi a Williams. Os ingleses concentraram-se em virar tempos rápido na primeira sessão, enquanto que no ensaio da tarde o privilégio foi dos acertos de corrida. Nico Rosberg, outra vez, bateu facilmente Alexander Wurz . Nesse fim de semana, o alemão deve passar o austríaco em pontos.

Mark Webber manteve acesas as esperanças da Red Bull com o oitavo tempo, mas a equipe não tem muito o que esperar do Grande Prêmio da Bélgica. O carro ainda precisa melhorar um pouco para chegar nos pontos com regularidade. O problema principal, porém, é que ele ainda quebra muito. Hoje, a vítima foi David Coulthard, cujo problema de câmbio o relegou à 13ª posição.

Dia bom e promissor para a Toyota. Jarno Trulli e Ralf Schumacher foram repetidamente rápidos na segunda sessão de treinos. O mais provável, porém, é que a equipe tenha dado o seu máximo no dia de hoje. Se não passar muito disso, seus pilotos vão ter dificuldades para pontuar. De qualquer forma, um ótimo início de fim de semana.

Poucas comemorações na Super Aguri. O melhor piloto do time, Takuma Sato, não passou de 19º. Pior ainda foi Anthony Davidson, em 21º. Pelo visto, o calote sofrido por um dos principais patrocinadores está afetando o desempenho da equipe. Uma pena, porque os japoneses têm feito um excelente trabalho com poucos recursos.

O mesmo, obviamente, não se pode dizer da Honda. Depois de mostrar evolução no Grande Prêmio da Itália, a equipe de Jenson Button e Rubens Barrichello voltou a ficar na segunda metade do pelotão. O inglês foi o melhor dos dois, em 14º. Já Rubinho ficou uma boa parte do tempo em último, mas melhorou para 16º nos últimos instantes da segunda sessão.

Como sempre, nada a esperar da Toro Rosso. Vitantonio Liuzzi está francamente desmotivado. Hoje, foi o último. A promissora carreira do italiano na Fórmula 1, infelizmente, já foi comprometida após dois anos inúteis com a filial da Red Bull. Será que Sebastian Vettel vai pelo mesmo caminho? Mais difícil, embora o alemão não tenha passado de 18º nessa sexta.

Por fim, o modelo "B" da Spyker finalmente mostrou potencial. A equipe laranja saiu da rabeira da classificação e conseguiu colocar Sakon Yamamoto em 17º, ótimo para os padrões do time. Por outro aspecto, Adrian Sutil cometeu um raro erro ao sair da pista na sessão da tarde, comprometendo sua posição final. Ainda assim, foi 20º.

Amanhã, o treino de classificação do Grande Prêmio da Bélgica está marcado, como de costume, para as 9 horas de Brasília. Ao longo do dia de hoje, o Blog volta comentando as últimas notícias e especuluções da Fórmula 1, além das atividades das outras categorias que entram na pista nessa sexta. Até mais!

Crédito das fotos: http://www.f1-live.com/

Agenda do fim de semana (14 a 16/09)

Em meio a todo o drama do caso de espionagem que abalou a Fórmula 1, as atividades desse fim de semana ficaram um pouco ofuscadas. Mesmo assim, elas ainda devem trazer bastante emoção aos fãs da velocidade. Hora de conferir a sempre útil agendinha:

Sábado, 15 de setembro de 2007

GP2: Primeira bateria da rodada dupla de Spa-Francorchamps

Domingo, 16 de setembro de 2007

FÓRMULA 1: Grande Prêmio da Bélgica
Fórmula Truck: Etapa de Goiânia
GP2: Segunda bateria da rodada dupla de Spa-Francorchamps
MotoGP: Grande Prêmio de Portugal
Nascar: Etapa de New Hampshire

Como sempre, o destaque tem de ser a Fórmula 1. Tendo superado uma das maiores crises de sua história, a principal categoria do automobilismo mundial ruma para a Bélgica. No magnífico circuito de Spa-Francorchamps, a McLaren chega como a grande favorita. A aposta óbvia é em Lewis Hamilton ou Fernando Alonso.

Mas qual dos dois? Após seus péssimos desempenhos nos últimos palpites da Fórmula 1, o escriba do Blog não leva muita fé na sua escolha. Mesmo assim, lá vai: ganha Alonso, que se aproxima ainda mais de Hamilton na tabela de pontos.

Uma semana depois do vexame de Monza, a Ferrari não deve ter tempo para recuperação. Kimi Raikkonen e Felipe Massa podem até lutar pela pole, mas são candidatos pouco prováveis para a vitória. Só vencem se os pilotos da McLaren tiverem algum tipo de problema.

Ou - e isso é muito mais fácil de acontecer - caso o tempo sempre instável de Spa resolva agir. As primeiras previsões apontam sol. Na pista belga, porém, o clima nunca é garantido. Será que a chuva vai dar as caras no dia da corrida?

Para os pontos, as apostas são as mesmas de sempre. Giancarlo Fisichella precisa usar a experiência para salvar sua carreira na Fórmula 1. Vai conseguir? Acho que não. Meus palpites para a zona de pontuação: as BMW, Heikki Kovalainen e Nico Rosberg. São apostas nem um pouco arriscadas, eu sei. Mas é que eu tenho andando cansado de errar.
Palpite do Blog para a corrida: Fernando Alonso

O belíssimo circuito do Estoril recebe a 14ª prova do calendário da MotoGP. Com uma larga vantagem de 85 pontos sobre Valentino Rossi, Casey Stoner está com uma mão e meia na taça de campeão. O palpite do Blog não poderia ser outro. Sou mais o australiano.
Palpite do Blog para a corrida: Casey Stoner

Como preliminar da Fórmula 1, a GP2 realiza sua antepenúltima rodada dupla do ano. Timo Glock tem onze pontos de distância sobre Lucas di Grassi no campeonato. Os dois são os únicos candidatos ao título. Mais uma vez, não vou inventar: minha aposta é nos dois.
Palpites do Blog para as corridas: Timo Glock e Lucas di Grassi

Começa nesse domingo o play-off da Nascar, reunindo os doze melhores pilotos da temporada até aqui. No oval de New Hampshire, a categoria abre sua fase final, que terá dez corridas no total. Meu favorito é Tony Stewart, bi-campeão em 2002 e 2005, um verdadeiro especialista nesse circuito.
Palpite do Blog para a corrida: Tony Stewart

Por fim, a Fórmula Truck entra na pista pela sexta vez nessa temporada. No Autódromo de Goiânia , o grande favorito é o ex-piloto da IRL Felipe Giaffone, vencedor das últimas três provas. Não sou nenhum especialista na categoria. Meu palpite, então, tinha de ser este: vai dar Giaffone, pela quarta vez consecutiva.
Palpite do Blog para a corrida: Felipe Giaffone

Ao longo do dia, o Bolg volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Os treinos da Fórmula 1 em Spa, as atividades das demais categorias e a repercussão da decisão do Conselho Mundial da Fia. Até mais!

Crédito das fotos:
Fernando Alonso - http://www.gpupdate.net/
Kimi Raikkonen - http://www.gpupdate.net/
Giancarlo Fisichella - http://www.gpupdate.net/

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Ainda sobre a decisão do Conselho Mundial da FIA

Aos poucos, vai baixando a poeira de um dos dias mais agitados da história da Fórmula 1. Com os ânimos um pouco mais acalmados, McLaren e Ferrari soltaram seus respectivos press-releases comentando o veredito do Conselho Mundial da FIA, que retirou os pontos da equipe inglesa no campeonato de construtores e aplicou uma multa de 100 milhões de dólares ao time prateado.

Contrariando as expectativas, a Ferrari declarou-se "satisfeita" com a decisão. Em seu comunicado, a equipe vermelha destacou o "interesse em preservar a imagem do esporte". Agora, a turma de Maranello já deve fechar a fatura do Mundial de Construtores nesse fim de semana, no G.P. da Bélgica. Basta manter a enorme vantagem de 57 pontos que os italianos têm sobre a BMW.

Por outro lado, a McLaren já avisou que vai recorrer da pena aplicada pelo Conselho Mundial. Logo após o término da reunião, Ron Dennis declarou-se "injustiçado" e colocou parte da culpa na imprensa, que, segundo ele, "condenou" a equipe inglesa. Mais longe ainda foi Norbert Haug, o principal dirigente da parceira Mercedes, que falou estar "chocado" com o veredito final dos dirigentes da FIA.

Como era de se esperar, a maioria absoluta dos especialistas discordou da punição. "Faltou coragem" e "saiu barato" foram algumas das opiniões que li por aí. Todas válidas e sinceras. Mas continuo com meu pensamento de que a decisão do Conselho Mundial foi muito acertarda. Num momento de profunda tensão, era preciso ser prático e inteligente. Os membros da FIA fizeram exatamente o que tinham de fazer.

Primeiro ponto: a quem interessava uma sanção pesada à McLaren? A Ferrari, principal acusadora, considerou o veredito do Conselho Mundial satisfatório. Por que, então, levar as coisas mais adiante? É simples assim. Nessas horas, público e imprensa não têm nenhuma importância.

Outra observação essencial: a McLaren não foi julgada pelo uso das informações da Ferrari. A punição que veio foi por conta da posse desse material. Até hoje - por mais que algumas evidências apontem na direção contrária - não foi provado que os ingleses se beneficiaram dos dados de seus rivais. Os dirigentes não iriam tomar uma decisão tão importante baseando-se apenas nessa suposição.

Há ainda duas fortes razões para a absolvição da McLaren. A Mercedes, parceira de longa data da equipe inglesa, é uma delas. Envolvida em todo o imbróglio sem culpa, seus interesses e sua história precisavam ser considerados pelos membros do Conselho Mundial. Não era fácil destruir, com uma canetada só, todo o investimento da fábrica alemã nos últimos treze anos.

Além disso, existe também um outro fator semelhante. O passado limpo da McLaren. Desde 1980 sob a direção de Ron Dennis, o time nunca teve seu nome ligado a nenhuma falcatrua. Parece um argumento fraco, mas não é. Duvido que o chefão da McLaren soubesse das atitudes de Mike Coughlan, o homem que recebeu de Nigel Stepney o dossiê com informações secretas da Ferrari.

Dennis tem um passado grande demais para arriscar-se só agora. Ele ainda comanda as ações da McLaren com mão de ferro, ao contrário do que muitos garantem. É por isso que acho, no mínimo, improvável que os dados da Ferrari tenham sido usados no modelo da equipe inglesa. O grande avanço da McLaren na atual temporada pode ser debitado, perfeitamente, ao excelente staff técnico do time.

Agora, leia e reflita sobre tudo isso aí de cima. Talvez, então, você consiga entender que a pergunta que os membros do Conselho Mundial da FIA julgaram hoje não foi "a McLaren é culpada ou inocente?". A verdadeira questão era outra: "vale a pena punir a equipe inglesa?".

Eu não vejo a situação pelo meu lado. A minha opinião - se o que a McLaren fez é certo ou errado - é completamente irrelevante. O necessário, aqui, é tentar observar a decisão pelo ponto de vista daqueles que comandam a Fórmula 1. E eles acertaram em cheio. Se eu fosse um dos membros do Conselho Mundial, teria feito exatamente o mesmo.

Os dirigentes conseguiram equilibrar todos os interesses em jogo e, de quebra, ainda permitiram que o ano siga com um dos campeonatos mais emocionantes dos últimos tempos. Punir os pilotos da McLaren poderia até ser mais justo (aliás, por favor, o que seria "mais justo"?). Mas criaria um situação insuportável: uma disputa judicial que poderia acabar com o Mundial desse ano.

Para os membros do Conselho Mundial, o que realmente valeu foi manter intacta a marca "Fórmula 1". Porque, no fim das contas, não há nada mais importante do que isso.


Pensam que acabou? Nada disso. Em breve, vem aí "Caso de Espionagem II - O retorno". Dessa vez, quem está em maus lençóis é a Renault, que está sendo acusada pela... McLaren! Incrível. A Fórmula 1 vai se superando a cada dia.

Ao que parece, o nome que está no olho do furacão é o de Phil Mackereth, ex-engenheiro da McLaren. Contratado pela Renault recentemente, ele levou para a equipe francesa três disquetes com informações ultra-secretas do time prateado.

Segunda a McLaren, que já levou o caso à FIA, a Renault aproveitou dados dos sistemas eletrônico e de freios do MP4/22, o polêmico modelo 2007 da equipe inglesa. Embora a acusação seja grave, a expectativa é de que nada aconteça com a atual campeã de pilotos e construtores.

"Ron Dennis está atirando para todos os lados", foi o que disse Flavio Briatore (à direita) na defesa de sua equipe. Um representante da FIA limitou-se a falar que a entidade "vai abrir processo se considerar as acusações fundamentadas". Tudo bem, vamos esperar para ver. Será que a Renault toma uma punição?

Duvido. Repito a pergunta lá de cima: a quem interessa?


Dario Franchitti (à esquerda), campeão da temporada desse ano da IRL, vai correr na Nascar em 2008. A informação é do site Grande Prêmio, que coloca o escocês como um dos companheiros de equipe de Juan Pablo Montoya na equipe Ganassi.

Ironicamente, Scott Dixon - que perdeu o título para Franchitti na última volta da última corrida ao ficar sem combustível - também é piloto da mesma equipe. O neo-zelandês, porém, deve continuar na IRL na próxima temporada.

Mesmo assim, a categoria já sofre com dois sérios desfalques no ano que vem. Além de Franchitti, o americano Sam Hornish Jr., tri-campeão da IRL, também está de saída para a Nascar. Cada vez mais, as corridas de monopostos vão perdendo importância nos Estados Unidos.

Bom para Franchitti, que agora vai para uma categoria mais segura e de muito maior visibilidade. Por outro lado, a mudança é péssima para a IRL. Após ameçar tornar-se uma competição tão grande quanto a antiga CART, a categoria vai se reduzindo a cada ano que passa.

A única solução, por mais que os dirigentes se recusem a tentar, é uma fusão com a ChampCar. Infelizmente, essa possibilidade á absolutamente nula no curto prazo.


O texto desse post foi alongado e limitou minha procura pelo vídeo do dia. Depois de toda a tensão dos últimos dias, fiquemos com um achado curtinho - apenas seis segundos - mas que vai render boas risadas:



Como se vê, até Michael Schumacher errava de vez em quando. Coitado do mecânico à frente do carro...

Nessa sexta, o Blog volta com a seção Agenda do Fim de Semana, repassando tudo o que vai acontecer de importante nos próximos três dias do calendário da velocidade. E, ao longo do dia, comentários sobre os treinos do G.P. da Bélgica e as demais atividades das categorias que entrarem na pista. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Conselho Mundial (todas): http://www.motorsport.com/
Flavio Briatore - http://www.racing-f1.co.uk/
Dario Franchitti - http://www.indycar.com/

Confirmado: McLaren perde todos os seus pontos no Mundial de Construtores. Pilotos escapam

O "G.P. de Paris" foi mais longo e angustiante do que o esperado. E olhe que eu só comecei a acompanhar as notícias na manhã do Brasil, quando uma boa parte dos trabalhos na sede da FIA já havia sido concluída.

Depois de horas de deliberação, o Conselho Mundial (à esquerda) decidiu por retirar todos os pontos da McLaren no Mundial de Construtores. Além disso, a equipe inglesa vai precisar pagar, num prazo de noventa dias, uma multa de 100 milhões de dólares.

Os pilotos, porém, não receberam nenhuma pena. Pela cooperado com a FIA na condição de testemunhas, Fernando Alonso e Lewis Hamilton foram absolvidos e estão livres para continuar na disputa pelo título desse ano. Não perderam suas pontuações e permanecem na liderança do Mundial de Pilotos.

Por fim, o Conselho Mundial também vai obrigar a McLaren a submeter seu modelo da próxima temporada à inspeção prévia da FIA. E deixou claro que ainda pode aplicar outras sanções num futuro encontro, a ser realizado em dezembro. A equipe inglês tem 24 horas para decidir se recorre ou não da punição. Sinceramente, nem precisa. O time prateado saiu no lucro.

O dia 13 de agosto de 2007 ficará marcado como um dos mais dramáticos da história da Fórmula 1. Como uma perfeita novela, a reunião do Conselho Mundial foi se arrastando sem que ninguém pudesse adivinhar o desfecho. Entre os ouvidos no encontro estavam figuras importantes da duas principias equipes envolvidas no imbróglio.

Pelo lado da Ferrari, o representante principal foi Ross Brawn. Uma grande surpresa, já que o engenheiro sul-africano, em tese, nem é contratado da equipe vermelha. Sua participação parece confirmar os rumores de que ele será o sucessor de Jean Todt, cujas relações com o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, estariam supostamente estremecidas.

A McLaren apareceu com toda a trupe, menos Fernando Alonso. O espanhol ficou em Spa-Francorchamps para a primeira entrevista coletiva do G.P. da Bélgica que - lembram-se? - será realizado nesse fim de semana. Apesar do desfalque, Ron Dennis (à esquerda), Norbert Haug e Lewis Hamilton marcaram presença na defesa do time prateado.

Ao meio dia, horário do Brasil, veio a bomba: a McLaren estava excluída deste e do próximo campeonato da Fórmula 1. Nada mais do que uma das maiores "barrigas" já vistas na história do automobilismo. Culpa de uma assessora de imprensa da FIA, que passou a informação equivocada a uma tonelada de jornalistas reunidos em Spa-Francorchamps, sedentos por notícia.

Vários dos principais portais de automobilismo da internet embarcaram na bobagem. Autosport e GpUpdate foram apenas alguns deles. Logo depois, então, veio a correção: o Conselho Mundial ainda não havia decidido nada. Mais um pouco e, aí sim, veio a decisão definitiva dos dirigentes reunidos em Paris. Para a maioria, ficou leve a punição da McLaren.

Eu discordo. Está de bom tamanho. Não seria justo, em hipótese nenhuma, punir Fernando Alonso e Lewis Hamilton (à direita). E nem seria inteligente, do ponto de vista prático. Os fãs guiam-se por pilotos, e não por equipes (com a Ferrari sendo a óbvia exceção). Alguém vai notar a eliminação da McLaren do Mundial de Construtores? Claro que não.

Por outro aspecto, o impacto de uma desclassificação de Alonso e Hamilton seria devastadora. Grande parte do público - não só espanhol e inglês - poderia desistir da Fórmula 1. Isso já não vai acontecer mais. Como sempre, a categoria sobrevive a uma das maiores crises da história.

A McLaren, apesar de tudo, pode respirar aliviada. As dificuldades, principalmente em conseqüência da milionária multa de 100 milhões de dólares, só serem sentidas no ano que vem. O mais provável é que o desenvolvimento do modelo 2008 seja um pouco comprometido. Mas esse detalhe não é nada perto das outras punições que a equipe inglesa poderia ter sofrido.

Agora, para os fãs da Fórmula 1, falta uma única pergunta a ser respondida. Podemos, finalmente, nos concentrar no campeonato?

Crédito das fotos:
Conselho Mundial - http://www.f1-live.com/

McLaren e Fórmula 1 decidem seu futuro na reunião do Conselho Mundial da FIA

É hoje o dia. Em algumas horas, a decisão final do Conselho Mundial da FIA será revelada aos jornalistas do mundo inteiro. Só aí, então, a McLaren vai saber se é culpada ou absolvida no caso de espionagem que abalou a Fórmula 1. O destino da equipe e também da categoria está nas mãos dos 26 membros do Conselho, sendo dois deles brasileiros.

A acusação a ser julgada na sede da FIA, em Paris (à esquerda), é a seguinte: a McLaren usou informações sigilosas da Ferrari, conseguidas através de um ligação entre Mike Coughlan e Nigel Stepney. O primeiro, ex-desenhista chefe do time inglês. O outro, então diretor esportivo da equipe vermelha.

Ambos já foram demitidos pelas suas antigas escuderias, mas o estrago foi gigantesco. A maioria dos especialistas aposta que a McLaren não tem como sair absolvida. Nesse caso, existem várias hipóteses para a provável punição. Da mais leve à mais pesada, vamos tentar listá-las a seguir:

1. A McLaren é considerada culpada, mas sai apenas com uma advertência. Ou seja, mantém-se a decisão do último Conselho Mundial, realizado em julho.
2. Multa de alguns milhares de dólares para a equipe inglesa.
3. Perda dos pontos no Mundial de Construtores e multa multi-milionária.
4. Perda dos pontos no Mundial de Construtores e suspensão de uma ou mais provas do atual campeonato.
5. Perda dos pontos nos Mundiais de Pilotos e de Construtores e suspensão até o fim de 2007.
6. A McLaren é excluída do campeonato, perdendo todos os pontos nos Mundiais de Pilotos e de Construtores. A equipe também fica suspensa da temporada 2008 da Fórmula 1. Paralelamente, Lewis Hamilton tem retirada a sua super-licença por não ter cooperado com a FIA.

Uma parte da imprensa, que adora espalhar o caos, garante que a sexta opção é garantida. Sinceramente, de todas, é aquela que me parece mais fantasiosa. Antes do G.P. da Itália, cheguei a afirmar que a McLaren nem seria considerada culpada. Com os fatos novos dessa semana, mudei de opinião. A turma de Ron Dennis (à direita) não vai dormir tranqüila.

É, realmente, quase impossível que o time prateado saia sem algum tipo de punição. Sendo assim, aposto na opção... 4. Isso mesmo, a pior das que eu considero minimamente realistas. Mais do que isso, para ser honesto, duvido.

Duas importantes observações: a decisão do Conselho Mundial da FIA - seja lá qual for - ainda vai caber recurso. Portanto, não é pequena a chance do resultado do campeonato ficar sub-júdice. Nesse cenário, a maior possibilidade é que tudo fique para ser decidido apenas após o fim da temporada. Se nada de novo aparecer, o provável título da McLaren é mantido.

Além disso, outro lembrete valioso é que a Renault e a Ferrari, acusadas pela equipe inglesa em seu contra-ataque, não serão julgadas amanhã. Isso vai ficar para outra oportunidade. E, até lá, muita coisa vai rolar...

Enquanto os 26 membros do Conselho Mundial da FIA decidem o futuro do esporte, resta a nós esperar. Daqui a instantes, teremos a solução para o caso de espionagem que jogou a Fórmula 1 numa das maiores crises políticas de sua história. Tudo o que for dito antes disso não passa de pura especulação ou mero palpite. E, aliás, falando nele, só para ficar registrado:

Palpite do Blog para a decisão do Conselho Mundial da FIA: a McLaren perde os pontos do Mundial de Construtores e fica suspensa dos Grandes Prêmios da Bélgica e do Japão, recebendo uma severa advertência sobre futuras falcatruas. A dupla da Ferrari se aproxima de Fernando Alonso e Lewis Hamilton e a Fórmula 1 tem um dos melhores finais de campeonato da sua história.

Essas palavras no fim do meu palpite eram dispensáveis, admito. Mas, mesmo na pior das crises, não custa nada ser otimista, certo?

Crédito das fotos:
Entrada do prédio da FIA - http://www.f1-live.com/
Carros vistos por trás - http://www.autosport.com/

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Erros Mais Constrangedores da História - Número Oito

Continuamos a nossa saga pelas maiores bobagens já feitas na história da Fórmula 1. Depois das presenças indispensáveis de Juan Pablo Montoya e de um representante japonês, seguimos com um insólito acidente que envolveu um piloto, digamos, mais sensato. Vamos em frente:

10. Juan Pablo Montoya - Austrália/2006 - Rodou sozinho na volta de apresentação
9. Aguri Suzuki - México/1990 - Destruiu o carro ao aquecer os pneus na pré-classificação
OITAVO COLOCADO - Nick Heidfeld no Grande Prêmio do Brasil de 2002
O erro: Chocou-se com o safety car no treino de aquecimento

Para quem não sabe, Nick Heidfeld é o piloto que mais pontos tem na história da Fórmula 1 sem nunca ter conseguido uma vitória. Apesar dessa pequena falha no seu currículo, o alemão é um piloto genuinamente rápido e valorizado na categoria. Apenas um vez, ainda no início de sua carreira, fez um bobagem realmente vergonhosa. Mas engraçada, também.

Campeão da Fórmula 3000 em 1999, Heidfeld cometeu o erro de assinar com a Prost para o ano seguinte, aquele que seria o da sua estréia na Fórmula 1. Na equipe francesa, ele e seu companheiro, o experiente Jean Alesi, passaram o ano inteiro sem marcar pontos.

Numa oportunidade, no G.P. da Áustria, os dois pilotos bateram enquanto disputavam uma posição intermediária. Foi vergonhoso mas, pelo menos, Heidfeld não estava sozinho nessa bobagem. O mesmo não aconteceria na próxima grande besteira que o alemão cometeria.

No fim de 2000, Heidfeld assinou com a Sauber, e as coisas começaram a melhorar. Em seu primeiro ano com a equipe suíça, o alemão marcou doze pontos e foi o sétimo no campeonato, conseguindo um podium no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos (à esquerda).

Na temporada seguinte, em 2002, ele voltava à pista paulista, palco de seu melhor resultado até ali, querendo manter a boa fase. Afinal, Heidfeld já tinha três pontos de um quarto lugar na corrida anterior, na Malásia. Dessa vez, porém, sua participação no G.P. do Brasil ficaria marcada por outros motivos, nada gloriosos.

O fim de semana havia começado bem para o alemão e a Sauber. No treino de classificação, Heidfeld conseguiu uma boa nona colocação. Seu companheiro de equipe, o então novato Felipe Massa, foi o 12º. As perspectivas de ponto eram boas, mas o treino de aquecimento do domingo pela manhã - o antigo warm-up - mostraria que aquele G.P., em especial, não era o de Heidfeld.

Com alguns minutos de atividade, Enrique Bernoldi perde o controle de seu carro e atinge com força a barreira de proteção na curva do Sol, logo após o "S" do Senna. Sua Arrows fica bastante avariada e o brasileiro não sai do carro, dando a impressão de que poderia ter se machucado.

Instantaneamente, o safety car é liberado para checar as condições de Bernoldi. No exato momento em que chega no carro do brasileiro, porém, ele levanta-se para sair do carro, mostrando estar bem. Enquanto isso, a bandeira vermelha é mostrada porque a Arrows havia ficado num ponto perigoso da pista.

Michael Schumacher é o primeiro a alcançar a cena do acidente. Sem muitos problemas, diminui a velocidade e desvia. Mas logo em seguida vem Heidfeld, numa volta rápida e provavelmente sem saber o que havia acontecido adiante.

O alemão sai do "S" do Senna muito veloz. Só aí percebe a presença da Arrows de Bernoldi e do safety car parados a sua frente. Ele não tem muito tempo de reação. Mete o pé no freio, escorrega o carro e desvia do carro totalmente batido.

Heidfeld procura uma brecha entre o safety car e o lado interno da curva. Conseguiria passar por ali de forma atrapalhada, mas sem causar estrago. Porém, a porta do carro de segurança se abre naquele exato instante.

Ex-piloto de Fórmula 1, Alex Dias Ribeiro era o responsável por dirigir o safety car. Tenta sair do carro para ajudar o médico oficial da Fórmula 1, Sid Watkins, mas é impedido pelo cinto de segurança, que estava fortemente afivelado. Esse detalhe salva sua vida.

A Sauber de Heidfeld acerta a porta do safety car, que já se encontrava aberta. O carro do alemão fica completamente avariado, sem condições para a corrida. Ele é obrigado a usar o modelo reserva que, como de costume, não era muito confiável. Tem problemas de freios e abandona na 61ª volta.

O erro de Heidfeld foi fruto da inexperiência, algo que o alemão, hoje, já tem de sobra. Já são 131 pontos na Fórmula 1, em 128 largadas. Números notáveis. Agora, só falta uma vitória para coroar a carreira. Que, infelizmente, também será lembrada pela besteira incrível que Heidfeld conseguiu fazer naquele Grande Prêmio do Brasil de 2002.

Por ter acabado com seu carro titular na mais insólito das maneiras, pelo erro de novato em não ter obedecido a sinalização de bandeiras amarelas e vermelhas e por ter conseguido a proeza de protagonizar um tipo de acidente inédito para as câmeras de televisão, Nick Heidfeld leva o oitavo lugar na lista dos Dez Erros Mais Constrangedores da História.

A seguir, o vídeo da pataquada:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na semana que vem, com os números 6, 5 e 4 da nossa lista. E hoje, ao longo do dia, o Blog retorna comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Com atenção especial, é claro, para a reunião do Conselho Mundial da FIA. Até mais!

Crédito das fotos (na ordem):