sábado, 14 de fevereiro de 2009

Alonso mostra que novo carro da Renault não é uma tragédia

Mais uma semana de pré-temporada se passou e a tarefa de fazer previsões para o próximo campeonato da Fórmula 1 ficou ainda mais difícil.

Antes dos ensaios de Jerez e Bahrein, um palpite ganhava força: se havia uma equipe que saíra em desvantagem em relação às demais, era a Renault.

Durante os primeiros três dias de ensaios, os desempenhos discretos de Nelsinho Piquet e Fernando Alonso reforçaram essa teoria.

Então, no quarto e último dia de treinos, Alonso mostrou a que veio e estabeleceu o terceiro tempo na classificação geral, segundo entre os que usaram carros de 2009.

O espanhol ficou atrás apenas de Hamilton, mas a distância foi pequena: dois décimos somente.

Na verdade, Alonso foi o mais rápido dos pilotos que usaram os modelos deste ano.

Hamilton, vale registrar, andou com a asa dianteira da McLaren de 2008, o que permite um ganho de alguns décimos por volta.

O desempenho de Alonso, portanto, foi realmente animador.

Seria prematuro e ingênuo afirmar que a Renault superou os supostos problemas e vem para desafiar Ferrari e McLaren em 2009.

Mas a escuderia francesa também não parece ter uma bomba nas mãos, como vinham dizendo.

Agora, resta esperar pela próxima semana de testes coletivos, que talvez traga respostas.

Por enquanto, realmente não dá para arriscar nenhuma previsão.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Ex-Honda" mais perto do grid em 2009

Ainda não há nada anunciado, mas o sentimento geral na Fórmula 1 é de franco otimismo sobre as chances de a "ex-Honda" correr em 2009.

Nesta quinta-feira, uma reportagem do site Grand Prix chegou a afirmar que a equipe já teria fechado contrato com Bruno Senna e Jenson Button para este ano.

O brasileiro negou qualquer acordo.

O site Grand Prix, porém, é um dos veículos de maior credibilidade na Inglaterra.

Foi o primeiro a noticiar, inclusive, a saída da própria Honda em dezembro do ano passado.

Portanto, a reportagem desta quinta-feira é um bom presságio.

Apesar de Bruno Senna não ter sido contratado ainda, as coisas estão se encaminhando.

Pelo visto, a "ex-Honda" terá motores Mercedes, cedidos a um preço razoável, comando de Ross Brawn e Nick Fry, além de suporte financeiro da... Honda.

Sim, isso mesmo.

A montadora concluiu que é mais barato manter a equipe em funcionamento durante certo tempo do que arcar com todas as demissões de funcionários.

Assim, a "ex-Honda" está mais perto de viajar para o GP da Austrália, mas o árduo trabalho do time está só no início.

O dinheiro só é suficiente para esta temporada, e olhe lá.

Além disso, os testes que a equipe perdeu vão fazer diferença.

De qualquer maneira, apenas o fato de começar o campeonato já é boa notícia para a equipe.

Pelo visto, a Fórmula 1 felizmente terá mesmo 20 carros no grid em 2009.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Schumacher não sabe brincar

Michael Schumacher é daqueles que não sabe brincar.

Quando arruma uma distração nova, por mais boba que seja, ele precisa ser o melhor nisso.

O alemão se retirou da F-1 em 2006 e, desde então, resolveu usar as corridas de moto como hobby.

Começou como simples brincadeira - um teste pela Ducati aqui, uma corrida amadora ali, e Schumacher foi se animando.

Ele não tinha nenhum interesse de iniciar uma nova carreira.

Mas, se iria se divertir em duas rodas, precisava entrar para ganhar.

Foi esse sentimento que levou Schumacher a um teste no desconhecido circuito espanhol de Cartagena, nesta semana.

Era a oportunidade para o alemão testar a moto Honda CBR1000, que ele pretende usar no próximo Campeonato Alemão de Superbikes.

Um campeonato que Schumacher leva como diversão - mas qualquer diversão motorizada, no caso do alemão, é algo sério.

E foi assim que, nesta quarta-feira, ele perdeu o controle em alta velocidade, saiu da pista e bateu feio.

O sério acidente de Schumacher levou o piloto ao hospital, onde não foram constatadas fraturas nas costelas e nem traumatismo craniano.

Mesmo assim, o susto foi grande.

Saindo do hospital, Schumacher entrou num helicóperto particular e partiu imediatamente para Mônaco.

No Principado, o alemão iria se encontrar com a mulher Corinna, que sempre desejou uma vida normal e bucólica ao lado do agitado marido.

Certamente, o jantar não deve ter sido nada agradável para o heptacampeão...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Toyota e Red Bull mostram potencial

A Fórmula 1 deu início nesta terça-feira a mais uma rodada de testes coletivos, desta vez divididos em duas frentes.

Três equipes decidiram fugir da previsão de chuva para a Europa e viajaram até o Bahrein, onde as condições climáticas são mais estáteis.

No primeiro dia de ensaios, a surpresa: considerada a menos favorita do trio de escuderias, a Toyota superou BMW e Ferrari para liderar os treinos no Oriente Médio.

Com Glock ao volante, a equipe japonesa ficou um décimo à frente da Ferrari de Massa e dois à frente da BMW de Kubica.

Diferenças muito pequenas, que mostram como é difícil fazer previsões nesta altura do ano.

De qualquer maneira, a Toyota já mostrou algum potencial para a próxima temporada da Fórmula 1.

Em Jerez, o dia foi mais animado, com a presença de cinco equipes.

A Toro Rosso, correndo com o carro do ano passado, comandou as atividades com Buemi.

Na sequencia, a Red Bull de Vettel apareceu em segundo lugar, à frente dos representantes de Williams, McLaren e Renault.

Um começo animador para a escuderia das bebidas energéticas, exatamente no primeiro dia de teste do novo modelo RB5.

Por outro lado, o sinal amarelo já deve estar aceso na Renault.

Mais uma vez, assim como já havia acontecido em Portugal, a equipe francesa ficou em último.

Pior: Nelsinho Piquet completou apenas cinco voltas pela manhã por causa de um problema mecânico e, quando esteve na pista, chegou a dar uma rodada sozinho.

Embora seja prematuro prever a derrocada da Renault, está claro que Alonso e companhia não começaram bem o ano.

Será apenas um revés temporário ou o prenúncio de que uma nova Honda vem por aí?

O mais provável é que a Renault se recupere, mas a equipe não tem condições de relaxar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Será que Vettel vai vencer com a Red Bull em 2009?

O australiano Mark Webber é rápido, experiente e já está na Fórmula 1 desde 2002.

Ganhou uma boa reputação por ser um excelente piloto de classificação e por ter superado uma série de companheiros de equipes jovens e promissores, como Pizzonia e Rosberg.

Mas Webber tem uma falha grave no currículo: ele nunca ganhou uma corrida.

Mais do que isso, o australiano nunca teve uma chance real de chegar lá.

É é por essa razão que a Red Bull começa a temporada 2009 depositando suas maiores esperanças em seu outro piloto, um garoto de 21 anos chamado Sebastian Vettel.

Nesta segunda, a equipe austríaca mostrou seu novo carro, o RB5, e prometeu entrar na briga por vitórias.

Algo que a "filial" Toro Rosso já conseguiu em 2008, e exatamente com Vettel.

Fora da pista, a Red Bull conta com o "mago" Adrian Newey, cujos carros dominaram a categoria durante a maior parte dos anos 90.

Embora ainda não tenha feito nada mágico na Red Bull, Newey é a típica raposa que pode surpreender a todos e conseguir um salto de desempenho num ano em que as regras mudam tanto.

Faltava ainda um piloto que pudesse fazer a diferença, mas a Red Bull solucionou o problema ao contratar Vettel.

O que o alemão fez na Toro Rosso no ano passado mostrou que ele é realmente um piloto especial.

Vettel é um jovem muito preparado para a idade que tem, e sabe viver com a pressão que sofre no meio da Fórmula 1.

Na Red Bull, ele terá um companheiro forte e competitivo em Webber, que vai jogar duro dentro da pista e também fora dela.

Mas, se existe alguém que pode levar a Red Bull a grandes resultados, esse alguém é Vettel.

Será que o alemão vai vencer com a equipe em 2009?

Não dá para saber, e depende muito mais de como vai se comportar a nova máquina de Adrian Newey.

Caso o engenheiro inglês acerte a mão e proporcione uma melhora de performance na Red Bull, pode ter certeza de que Vettel vai beliscar algumas vitórias.

O alemão ainda não está numa equipe de ponta, mas não fica devendo a nenhum dos pilotos de Ferrari, McLaren e BMW.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

E agora, Bruno Senna?

Bruno Senna começou a carreira tarde e sem a menor experiência no kart, mas já chegou mais longe do que a maioria dos pilotos brasileiros que tenta a sorte no exterior.

O sobrenome ajuda, é claro.

Apesar disso, Bruno provou por mérito próprio que tem potencial para disputar corridas de alto nível e para sonhar com uma vaga no grid da Fórmula 1.

Há cerca de dois meses, o sonho parecia próximo de se tornar realidade.

Bruno teve um desempenho surpreendente em seu primeiro teste na F-1, pela Honda, e estava pertinho de garantir um lugar ao lado do inglês Jenson Button.

Então veio a notícia sobre a súbita retirada da equipe japonesa, que forçou uma mudança nos planos do piloto brasileiro.

Se a Honda encontrar um comprador e disputar a temporada 2009, as chances de Bruno correr pelo time permanecem mais ou menos como estavam.

Diminuem um pouco, é verdade, mas ainda seriam animadoras.

Mas e se a porta da F-1 não se abrir neste ano, para onde vai Bruno Senna?

E agora?

Está claro que Bruno deve ganhar, mais cedo ou mais tarde, uma vaga na Fórmula 1.

Antes que isso aconteça, porém, ele não pode se manter fora de atividade.

Uma transferência para a F-Indy, por exemplo, poderia afastar Bruno da Fórmula 1.

Por isso, o piloto nem considera a hipótese de se mudar para os Estados Unidos no futuro próximo, algo que nomes como Lucas di Grassi estão fazendo no momento.

Para Bruno, o importante é permanecer perto da F-1.

E não há maneira melhor de fazer isso do que continuar na GP2, onde ele foi vice-campeão no ano passado.

Dizem que Bruno pode assinar com a Campos Grand Prix, campeã entre as equipes na temporada passada, só que não há nada confirmado.

O sobrinho de Ayrton teme que qualquer resultado pior do que o alcançado em 2008 seja considerado um fracasso. Por essa razão, Bruno parece relutar em se manter na GP2.

Mas não deveria se preocupar tanto assim.

Em 2009, o nível da GP2 será o mais alto dos últimos anos.

Nomes como o japonês Kamui Kobayashi, o francês Romain Grosjean e o alemão Nico Hulkenberg - todos pilotos de teste na F-1 e já com um pé na categoria - vão disputar o título palmo a palmo.

Há ainda outros novatos de talento, como o holandês Giedo van der Garde ou o português Álvaro Parente, que certamente podem sonhar com a F-1 num futuro próximo.

Se, no meio de toda essa turma, Bruno não repetir o resultado de 2008, não será nenhum vexame.

Basta ao brasileiro continuar entre os líderes para se manter em evidência e, logo que uma porta na F-1 se abrir, Bruno estará lá para aproveitar.

--

Apenas para ilustrar com um exemplo prática.

Em 1999, em seu primeiro ano na antiga Fórmula CART, o colombiano Juan Pablo Montoya ganhou sete corridas e levou o título da categoria.

Na temporada seguinte, ganhou apenas duas corridas, bateu várias vezes e finalizou apenas em nono na classificação geral.

Nem por isso Montoya perdeu o prestígio que havia ganho nos anos anteriores, e assinou contrato para correr pela Williams em 2001.

Assim como Montoya, Senna também é um piloto de impacto, embora por motivos diferentes.

Ao brasileiro, uma temporada competente na GP2 em 2009 já seria suficiente para elevá-lo à Fórmula 1 no ano que vem.