sábado, 20 de junho de 2009

Vettel é o piloto a ser batido no GP da Inglaterra

Justamente em sua corrida natal, Jenson Button parece que vai falhar.

Neste sábado, o líder do campeonato teve um desempenho muito discreto no treino classificatório para o GP da Inglaterra e larga apenas do sexto lugar. A pole é do alemão Sebastian Vettel.

Pela primeira vez no ano, a Red Bull dá a impressão de ter uma vantagem confortável para os adversários. Vettel, se não fizer bobagem, deve vencer a corrida deste domingo com folga.

Dos dez melhores da classificação, o piloto germânico é o mais pesado. E, mesmo assim, fez a pole com boa distância para os adversários.

O que chegou mais próximo de Vettel foi Rubens Barrichello, que conquistou um bom segundo lugar com o carro da Brawn.

Rubinho finalmente superou Button - e, dessa vez, com autoridade - mas não é o favorito para a vitória amanhã.

Se quiser vencer, Barrichello precisa fazer uma boa largada. Precisa mesmo. Sua única chance é passar Vettel no início e abrir vantagem para fazer o pit stop e retornar à frente do alemão.

Talvez o piloto que mais chances de bater Vettel seja Mark Webber, o outro piloto da Red Bull.

O problema é que o australiano foi atrapalhado por Kimi Raikkonen em sua volta rápida e não passou de terceiro no grid.

"Ele deve ter bebido vodka. Não sei o que ele estava fazendo ali no meio da pista", bradou Webber, muito irritado com Raikkonen.

Agora, paciência. Webber vai largar da segunda fila, mais leve do que Vettel, e dificilmente quebrará, em Silverstone, seu longo tabu de vitórias.

Rápido como sempre aos sábados, Jarno Trulli pôs sua Toyota em quarto e tem tudo para somar mais uns pontinhos.

Surpresa mesmo foi o quinto lugar de Kazuki Nakajima, o melhor resultado da carreira do japonês. Ainda sem pontos no ano, o piloto da Williams deve sair do zero amanhã. Basta não cometer erros.

Logo atrás de Button, num decepcionante sexto, Nico Rosberg alinha do sétimo lugar, também um pouco desapontado.

O "top 10" é completado por Timo Glock, Kimi Raikkonen e Fernando Alonso, três pilotos que devem batalhar para aproveitar as migalhas da zona de pontuação.

Felipe Massa errou no "Q2" e não passou de 11º. O acerto com o carro que sai mais de frente não deu certo dessa vez. Superado por Raikkonen, o vice-campeão mundial não tem muito a esperar da corrida de amanhã.

Outro que também tem baixas expectativas para a prova é Nelsinho Piquet.

Correndo numa pista que conhece muito bem, o brasileiro da Renault ficou apenas em 14º no grid. Não foi tão ruim como em outras ocasiões. Mas, de novo, o resultado foi abaixo do potencial do carro e do piloto.

Ruim mesmo, porém, foi o dia de Adrian Sutil e Lewis Hamilton.

O alemão destruiu o carro por uma falha no freios. Saiu meio tonto, foi levado ao hospital, mas já está liberado para correr.

Com o acidente do alemão, Hamilton perdeu sua última oportunidade de volta rápida e ficou somente em 19º. O xodó da torcida precisa de um milagre para conseguir um bom resultado em casa.

Amanhã, largada para o GP da Inglaterra às 9h de Brasília.

Vettel, na pole, é o piloto a ser batido.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Racha na Fórmula 1 confirmado

Ainda não dá para falar muito. Não me recuperei muito bem da surpresa até agora.

Sim, quebrei a cara.

Duvidava que o racha na Fórmula 1 poderia ser sério. Pois era sim.

E, pelo visto, as equipes vão organizar seu próprio campeonato em 2010, passando por cima da intransigente FIA.

É claro que ainda restam muitas perguntas no ar - como ficam os contratos em vigor com TV, pilotos, autódromos, patrocinadores... enfim, com todos aqueles envolvidos com a Fórmula 1?

Dá para simplesmente jogar tudo no lixo para começar uma nova categoria?

A guerra não termina hoje, com certeza.

Mas o capítulo desta quinta-feira foi o mais dramático até agora.

A Fórmula 1, de fato, corre um risco muito sério de se desfigurar.

Tomara que isso não ocorra, mas a esperança de um acordo entre a FIA e a Fota ficou bem mais longe depois dos acontecimentos de hoje.

Domingo tem GP da Inglaterra. Nessa altura, porém, ninguém mais dá bola para isso...

Palpitão do Grande Prêmio da Inglaterra

Este fim de semana será o "canto do cisne" para um dos circuitos mais tradicionais do planeta.

Pela última vez, o autódromo de Silverstone vai sediar o GP da Inglaterra. A partir do ano que vem, e até 2020, a casa da prova inglesa será Donington Park.

A análise do que vai acontecer na corrida deste domingo esbarra num dilema interessante.

Em tese, a sequência de curvas de média e alta velocidade de Silverstone favorece o carro da Red Bull, que claramente se adapta bem aos circuitos mais rápidos.

A aposta inicial para a vitória, portanto, ficaria limitada a Sebastian Vettel e Mark Webber.

Entretanto, não dá para subestimar um sujeito que venceu seis das sete primeiras provas do campeonato. Ainda mais quando ele está correndo em casa.

Diante de sua torcida, Jenson Button estará mais motivado do que nunca. Mesmo se o seu carro não for tão superior quanto em outras corridas, é óbvio que o inglês não pode ser descartado entre os candidatos ao triunfo em Silverstone.

Em algumas das vitórias que já acumulou neste ano, Button passeou sobre a concorrência e deu a impressão de que ainda não forçou o máximo do carro.

Ele precisou trabalhar duro para vencer na Malásia e na Espanha, mas conquistou triunfos relativamente fáceis na Austrália, no Bahrein, em Mônaco e na Turquia.

Somente na China, onde a chuva favoreceu a Red Bull, Button terminou derrotado. Em pista seca, o piloto da Brawn GP ainda está invicto neste ano.

Diz a previsão do tempo que pode chover no sábado, mas que a corrida será disputada num dia de sol. Ponto para Button.

Por enquanto, neste ano, o Blog só acertou seus palpites quando apostou em Button. Não há por que mudar agora.

O palpite do Blog para o GP da Inglaterra é que Button vai vencer mais uma, mas terá uma oposição forte dos pilotos da Red Bull.

Rubens Barrichello fará mais uma corrida mediana e somará mais alguns pontinhos, sem desafiar a liderança de seu companheiro de equipe na Brawn GP.

A Renault, em meio à ameaça de abandonar a Fórmula 1, terá um de seus melhores fins de semana no ano. Numa pista que conhece muito bem, Nelsinho Piquet marcará seus primeiros pontos da temporada.

A prova de Silverstone será difícil para a Ferrari, que vai lutar para chegar na zona de pontuação. Palpite: Raikkonen chega, Massa não.

E a Toyota, com o incansável Jarno Trulli, também vai acumular mais uns pontinhos. Se chover, porém, o italiano fica para trás.

Logo abaixo, o palpitão completo para o GP da Inglaterra:

Vitória:
Jenson Button
Pole Position: Mark Webber
Melhor Volta: Rubens Barrichello
Grid aleatório (9º lugar): Nico Rosberg
Tempo da pole: 1:20.325
Primeiro abandono: Adrian Sutil
Zona de pontuação:
1. Jenson Button
2. Sebastian Vettel
3. Rubens Barrichello
4. Mark Webber
5. Fernando Alonso
6. Jarno Trulli
7. Kimi Raikkonen
8. Nelsinho Piquet

Os primeiros treinos do GP da Inglaterra acontecem nesta sexta-feira, às 6h e às 10h de Brasília. No sábado e no domingo, a classificação e a corrida estão marcadas para o tradicional horário de 9h.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

FIA e Fota bem perto de acordo

Está terminando a novela.

Se não acontecer nenhuma reviravolta nos próximos dias, a FIA e a Fota devem anunciar um acordo nesta sexta-feira.

O chefão Max Mosley deve ceder no valor do teto orçamentário, que provavelmente será aumentado para 100 milhões de euros no ano que vem.

E as equipes, em contrapartida, se compreteriam a baixar o valor para 45 milhões em 2011.

É isso. Semanas e semanas de discussão para um acordo que, no fundo, todos sabiam que iria sair de qualquer maneira.

Por enquanto, permanece o suspense. Mas tudo leva a crer que o fim da novela está mesmo muito próximo.

Essa é a torcida de todos que gostam desse esporte que tanto insiste em ser ofuscado pela política nos bastidores.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Estaria a Renault tentando melar o acordo entre FIA e Fota?

Este blog ficou sem atualizações por três dias seguidos - culpa da minha falta de tempo e de um insistente problema de conexão com a internet.

Tudo resolvido, vamos em frente.

O mundo do esporte a motor andou um pouco agitado.

Nas 24 Horas de Le Mans, a Peugeot conquistou uma dobradinha histórica, dando fim ao domínio da Audi na corrida de longa duração mais famosa do planeta.

Na MotoGP, Valentino Rossi derrotou Jorge Lorenzo num duelo épico para ganhar o GP da Espanha, certamente uma vitória das mais espetaculares de sua carreira.

No México, uma tragédia: na etapa de Puebla da Corona Series - espécie de Nascar mexicanizada- o piloto Carlos Pardo morreu num acidente violentíssimo, na última volta de uma prova que liderava.

E na Fórmula 1?

Quase nada de novo. A briga entre a FIA e a Associação das Equipes (Fota), infelizmente, ainda domina o noticiário.

No capítulo mais recente da disputa, a FIA acusou um integrante da Fota de estar trabalhando para evitar um acordo entre as duas partes.

Mas quem seria o "traidor"?

Segundo a FIA, ele não é integrante das equipes que estiveram presentes numa reunião realizada entre as entidades na quinta-feira passada.

No encontro, dirigentes de Brawn, Ferrari, Red Bull, Toyota marcaram presença.

A Toro Rosso, embora ausente, certamente não é a casa do "traidor" porque segue todas as posições da Red Bull.

Por sua vez, Williams e Force India não participaram da reunião, mas já se comprometeram com a FIA.

Sobram, portanto, BMW, McLaren e Renault.

A escuderia alemã, liderada pelo discreto Mario Theissen, não tem perfil de provocar tumulto. E, considerando seus resultados recentes, não tem influência para melar o acordo sozinha.

Já a McLaren, desde o "episódio da mentira" no GP da Austrália, também não tem poder para enfrentar a FIA.

E a Renault? Da equipe francesa, uma postura mais agressiva não seria nenhuma surpresa.

Nas últimas semanas, o chefão da Renault, Flavio Briatore, foi muito claro ao criticar as regras da FIA, que chegou a classificar como "piada".

Depois disso, a Renault enviou uma carta informando que pode, sim, deixar a Fórmula 1 em 2010.

No caso da equipe francesa, não é blefe. A Renault não aceita acordo com a FIA.

Se a ideia do teto orçamentário for aprovada - mesmo que o limite seja aumentado e não fique em 40 milhões de libras - a Renault pode muito bem arrumar as malas e ir para casa.

É difícil convencer Flavio Briatore de qualquer coisa. E será difícil fazê-lo aceitar um meio-termo entre as propostas de FIA e Fota.

Não dá para saber se a Renault é a equipe que está impedindo o acordo entre as duas entidades.

Mas, conhecendo Briatore, parece que é.