sábado, 8 de novembro de 2008

Nelsinho ficou devendo em sua estréia na F-1?

O novato Nelsinho Piquet teve seu contrato renovado com a Renault, e isso já não é novidade para ninguém.

Contestado durante boa parte do ano, Nelsinho chegou a ter a demissão cogitada, mas ganhou um voto de confiança da equipe.

No total, o piloto marcou apenas 19 pontos, contra 61 do companheiro Fernando Alonso.

Em treinos de classificação, uma lavada: Alonso 18 a 0.

Mas será que Nelsinho foi mal mesmo?

Não dá para negar que o novato brasileiro foi um dos pilotos mais cometeu erros ao longo do ano. Além disso, a temporada de Nelsinho ficou marcada por uma incômoda irregularidade.

Apesar de tudo isso, é fácil demais taxar a estréia de Nelsinho na Fórmula 1 como um ''fracasso''.

O brasileiro esteve longe de ser brilhante, mas não foi ruim a ponto de merecer uma dispensa da Renault nessa altura da carreira.

Primeiro de tudo, é preciso lembrar que ter um piloto do nível de Alonso como companheiro de equipe não é nada fácil.

Nelsinho enfrentou o espanhol em condições bem diferentes do que Hamilton, por exemplo.

O inglês era, sim, o favorito da maioria da equipe na disputa interna.

Já Nelsinho foi até deixado um pouco de lado por causa da urgência da Renault em conseguir bons resultados, o que forçou a escuderia francesa a apostar todas as fichas em Alonso.

A presença do bicampeão não é desculpa para os deslizes de Nelsinho ao longo de 2008, mas é um importante atenuante.

Nos últimos dias, Nelsinho afirmou que acreditar ter feito um bom trabalho em sua estréia na F-1.

Não dá para concordar totalmente com essa afirmação. Nelsinho mostrou, porém, que é realmente um bom piloto quando as coisas não saem do seu controle.

Seria prematuro demais ''queimar'' Nelsinho nessa altura. O brasileiro merecia outra chance e a Renault acertou na renovação de contrato.

Mas Nelsinho tem de mostrar mais serviço em 2009 para realmente se firmar na Fórmula 1.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Senna ou Di Grassi: qual é a melhor escolha para a Honda?

A Honda terá um piloto brasileiro em 2009.

Dificilmente será Rubens Barrichello.

Nos próximos dias 17 e 19, a equipe japonesa vai avaliar em Barcelona os pretendentes Bruno Senna e Lucas di Grassi.

Um deles vai ficar com a vaga de Rubinho em 2009.

O teste de Di Grassi foi confirmado nesta sexta. Antes, no início da semana, a Honda já havia divulgado que iria testar com Senna.

A disputa já começou. Qual dos dois é a melhor opção para o time japonês?

À primeira vista, Di Grassi é a escolha mais segura.

Piloto regular, inteligente e de apurado senso técnico, Di Grassi está totalmente pronto para a Fórmula 1.

O problema é que o seu nome é desconhecido até mesmo no Brasil.

Por outro lado, Senna chega com toda a força do sobrenome e um potencial bastante desconhecido.

Pode ser que o sobrinho de Ayrton já tenha atingido o máximo de sua capacidade.

Mas pode ser que Bruno, como afirmou Jenson Button, ''chegue para pilotar um F-1 e seja incrivelmente rápido logo de cara''.

Ao perdedor do duelo, restaria a Toro Rosso.

Na equipe italiana, Di Grassi seria o azarão numa disputa que inclui Sato, Buemi, Grosjean, Bourdais e até Barrichello.

Por sua vez, Senna entraria como um dos favoritos na briga, beneficiado pelo generoso suporte de seus patrocinadores.

Seja como for, será preciso esperar pelos testes de Barcelona, que serão determinantes para a Honda escolher quem fica com a vaga.

Se o desempenho de Di Grassi for superior, ele leva.

Mas, se a performance dos dois ficar mais ou menos no mesmo nível, a tendência é que a Honda prefira Senna.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Hamilton foi vítima de racismo no Brasil?

A imprensa inglesa se esforçou para criar uma situação que não existiu.

Durante todo o fim de semana do GP Brasil, sites e tablóides britânicos publicaram reportagens dando a entender que Lewis Hamilton estaria sendo vítima de manifestações racistas por parte de torcedores brasileiros.

No dia da corrida, o inglês foi vaiado de forma estrondosa toda vez que aparecia no telão.

Além disso, foi hostilizado pelos torcedores quando passava com o carro na frente das arquibancadas.

Para a imprensa inglesa, tudo isso foi um absurdo.

Agora vamos ser francos: alguém esperava outra reação da torcida?

Nesta quinta, o chefão Bernie Ecclestone resumiu toda a história: não houve manifestações racistas contra Hamilton no Brasil e os jornalistas britânicos exageraram, sim, ao relatar as vaias contra o piloto da McLaren.

Disse Ecclestone: ''O público está livre para torcer por quem quiser''.

Pronto, é simples assim.

Talvez justamente por causa da torcida tão cega por Hamilton, a imprensa britânica não aceitou que o comportamento dos brasileiros foi absolutamente normal.

No início do ano, na Espanha, fanáticos por Alonso erraram na dose e se vestiram de macaco durante os treinos coletivos de Barcelona. Entidades não governamentais protestaram e a FIA obrigou o circuito espanhol a tomar medidas para que o incidente não se repetisse.

Agora, porém, a situação é bem diferente.

Não há nenhum motivo para criar polêmica sobre manifestações racistas contra Hamilton no Brasil.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Alonso e Nelsinho garantidos na Renault em 2009

Tudo fica como está na Renault.

A equipe francesa anunciou nesta quarta aquilo que todos já sabiam: Fernando Alonso e Nelsinho Piquet renovaram contrato e permanecem na próxima temporada como titulares da escuderia.

O contrato do brasileiro tem só mais um ano de duração. Ou seja: agora é matar ou morrer.

Em 2009, Nelsinho precisa provar que merece um lugar na Fórmula 1.

Nas categorias de base, ele sempre teve melhor desempenho em seu segundo ano. Resta torcer para que a história se repita na F-1.

A permanência de Alonso já era esperada, mas a novidade foi o tempo de duração do novo contrato do espanhol.

O compromisso vai até o fim de 2010, mas provavelmente tem um cláusula de desempenho que a Renault não quis revelar no comunicado oficial.

Alonso sonha com a Ferrari. Entretanto, as portas de Maranello permanecem fechadas e só devem se abrir mesmo no fim de 2010.

Mas, se algo aparecer antes disso, o bicampeão estará preparado.

Por hora, Alonso joga suas fichas na evolução da Renault.

Se a equipe francesa mantiver o ritmo das provas finais deste ano, não se engane.

Alonso seria candidato ao título de 2009.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Bruno Senna cada vez mais próximo da Honda

A Honda confirmou no início desta semana que vai realizar um teste com Bruno Senna no fim do mês, em Barcelona.

Todos já esperavam pelo anúncio, mas ele veio num momento em que o nome de Bruno ganha cada vez mais força na equipe japonesa.

As informações mais recentes garantem que Bruno já está praticamente escolhido como o sucessor de Rubens Barrichello, que já teria sido descartado pela Honda.

Agora, a ameaça para Bruno é outro brasileiro: Lucas di Grassi.

Em Barcelona, Di Grassi vai acompanhar Bruno no "vestibular" que os dois vão prestar para a Honda.

A situação é simples: se o desempenho dos dois for parecido, Bruno fica com a vaga.

Não só pelo enorme potencial e pelos resultados promissores nas categorias de base. Mas também, é claro, pela grande força que o seu sobrenome tem, especialmente em países como Brasil e Japão.

Se quiser ficar com o segundo cockpit da Honda, Lucas di Grassi precisa realmente impressionar a escuderia japonesa.

No momento, o favorito na disputa é Bruno.

Mas, de qualquer maneira, é quase certo que o substituto de Rubinho será mesmo outro brasileiro.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Análise do Grande Prêmio - Brasil/Interlagos (02/11/2008)

Antes de tudo, fica aqui o meu grande agradecimento a todos os comentários nos posts anteriores.

Por causa da viagem de retorno ao Rio de Janeiro - que atrapalhou o ritmo das notícias no Pit Stop e também atrasou a postagem da Análise do GP Brasil - não tive tempo de responder a cada uma das mensagens.

Obrigado mesmo pelos elogios e também pelas críticas. São o combustível para que este Blog continue sendo atualizado diariamente, sempre com cuidado e atenção. Valeu mesmo!

Agora, vamos lá:

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Análise dos pilotos:

Felipe Massa. Em Interlagos, atuação absolutamente perfeita. Nota 10
Fernando Alonso. Se o carro fosse este desde o início, teria disputado o título. Nota 9
Kimi Raikkonen. Corrida muito discreta, uma síntese do que foi o seu ano. Nota 8
Sebastian Vettel. Fechou com brilhantismo uma temporada para ele espetacular. Nota 9
Lewis Hamilton. Controlou os nervos e conquistou um título merecido. Nota 8
Timo Glock. Não tinha mesmo como segurar Hamilton. Nota 8
Heikki Kovalainen. Se Hamilton dependesse dele... Nota 5
Jarno Trulli. Excelente classificação, corrida burocrática. Nota 6
Mark Webber. Praticamente não foi notado na pista. Nota 6
Nick Heidfeld. Foi o primeiro a colocar pneus de chuva. Não deu certo. Nota 4
Robert Kubica. Passou metade da prova brigando com Sutil pelo 16º lugar. Nota 2
Nico Rosberg. Performance mediana. Preocupou-se apenas em completar. Nota 5
Jenson Button. Arriscou uma tática de três paradas. Não fez a menor diferença. Nota 5
Sebastien Bourdais. Teve a prova estragada ao ser jogado para fora por Trulli. Nota 4
Rubens Barrichello. Será que este foi o adeus? Nota 5
Adrian Sutil. Segurou Kubica por mais de 30 voltas. Nota 5
Kazuki Nakajima. Fez das suas ao tirar Coulthard da pista na largada. Nota 3
Giancarlo Fisichella. Chegou a andar entre os líderes, mas teve problemas nos boxes. Nota 6
David Coulthard. Abandonou a F-1 em boa hora. Nota 4
Nelsinho Piquet. O piloto mais irregular do campeonato. Nota 2

Análise das equipes:

Ferrari. O título de construtores ficou como consolação. ****
McLaren. Enfim, encerrou o período de nove temporadas sem título. ****
BMW. Fora dos pontos pela primeira vez no ano. *
Renault. Se mantiver a evolução, Alonso logo vai brigar por título.****
Toyota. A tática ousada quase mudou o destino do campeonato. ***
Toro Rosso. Um ano acima de qualquer expectativa. ****
Red Bull. Terminou o campeonato atrás da "filial". *
Williams. Depois da pré-temporada promissora, teve um ano de desilusões. *
Honda. Será que tem jeito em 2009? *
Force India. Até que Fisichella teve uma performance decente. **

Análise da corrida:

As últimas duas voltas já valeram por toda a corrida. Jamais uma decisão de campeonato havia tido um desfecho tão eletrizante. O GP Brasil de 2008 já entrou no hall das maiores corridas da história da F-1.
Nível da corrida: Excelente

Análise do campeonato:

A temporada de 2008 assistiu a uma disputa imprevisível entre Hamilton e Massa, que também incluiu Raikkonen e Kubica. O inglês conquistou um título muito merecido, uma recompensa após a grande decepção do ano passado. Já Massa perdeu o campeonato, mas saiu bastante fortalecido. Fica a promessa de mais um campeonato emocionante no ano que vem.
Nível do campeonato: Excelente

Balanço dos Palpites:

Vitória: Felipe Massa. Na mosca!
Pole: Lewis Hamilton. O pole foi Massa
Decepção do GP: Williams. Corrida muito fraca da equipe inglesa, que fechou a temporada de maneira melancólica
Primeiro abandono: Giancarlo Fisichella. Não quebrou, mas terminou em último
Zona de pontuação:
1. Felipe Massa. Na mosca!
2. Lewis Hamilton. Terminou em quinto
3. Kimi Raikkonen. Na mosca!
4. Robert Kubica. Terminou no fim do pelotão
5. Fernando Alonso. Marcou pontos em segundo
6. Sebastian Vettel. Marcou pontos em quarto
7. Nick Heidfeld. Terminou fora dos pontos
8. Nelsinho Piquet. Bateu no início


Até que enfim, um fim de semana no qual o Blog conseguiu se dar bem nos palpites. Acertei a vitória de Massa no GP Brasil e o título para Hamilton. No chute, também "previ" o terceiro lugar de Raikkonen. É claro que foi impossível fugir de alguns erros. Mas, no geral, o Blog fechou bem a temporada de palpites.
Nível dos palpites: Bom.

Por hoje, é só. Até mais!

domingo, 2 de novembro de 2008

Diários de Interlagos - Dia 3

Texto originalmente postado no site Pit Stop. O post "Análises do GP" será excepcionalmente publicado apenas nesta segunda, com a nota dos pilotos e a avaliação de equipes, corrida e campeonato

Faltam ainda 20 voltas para o fim da corrida, mas os torcedores em Interlagos já estão desanimados.

Massa lidera, mas Hamilton se mantém tranqüilo em quinto. Resultado que dá o título ao inglês.

Aí, em poucos minutos, nuvens negras chegam ao circuito paulista.

De maneira totalmente espontânea, os torcedores pegam suas capas de chuva e as colocam antes que qualquer pingo d'água caia na pista.

Alguns pegam a capa e começam a girar, como se fosse camisa de time de futebol. Outros gritam: "Ajuda aí, São Pedro!".

E São Pedro ajudou. Em parte.

Transformou o fim do GP Brasil na decisão de campeonato mais emocionante da história. Mas os brasileiros saíram desiludidos com a perda do título para Massa na última curva, da última volta, da última corrida.

Quando o brasileiro cruza a linha de chegada, a comemoração é imediata. Cedo demais.

Hamilton passa o alemão Timo Glock nos instantes finais e sobe para quinto, a posição que precisava para vencer Massa.

Nas arquibancadas, torcedores se abraçam e gritam "é campeão!".

Aos poucos, porém, vão caindo em si.

"Por quê? Como assim?", é a pergunta da maioria. Era mesmo difícil de explicar.

Quando Massa passa, ainda é recebido com entusiasmo pela multidão que entoa um "Ole, ole, ole, ola, Massa, Massa!".

Alguns vaiam Hamilton. Outros aplaudem.

E a Timo Glock, uma bela saraivada de xingamentos e palavrões.

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Os portões se abriram às 6h30 da manhã e, antes das 9h, uns 80% da arquibancada já estavam ocupados. Para agüentar tantas horas de espera, os torcedores se abastecem do combustível preferido de quase todos: a cerveja.

Num ambiente em que há uma mulher para cada 50 homens, é inevitável que algumas cenas se repitam o tempo inteiro.

Quando passam acompanhados na parte debaixo das arquibancadas, os marmanjos sofrem.

- Deixa ele aí e vem pra cá, meu amor!
- Tem lugar aqui do meu ladinho, vai!

Neste ano, com Massa na disputa do título, veio gente do país inteiro. Vi gente do Pará, de Goiás, do Mato Grosso do Sul, além de vários mineiros, gaúchos e cariocas.

Os paulistas ainda eram maioria, mas nem tanto.

Num certo ponto, alguns resolveram tirar onda com um grupo de gaúchos, colocando a orientação sexual dos sulistas em dúvida.

A resposta veio à altura:

- Pu** que pariu... foi São Paulo que elegeu o Clodovil!

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O melhor diálogo que ouvi durante as seis horas de espera nas arquibancadas foi este aí debaixo.

Dois amigos, com cervejinhas na mão. Passa uma ruiva que não chega a ser exatamente uma top model. Mas um deles não se contém.

- Gostosa!

O outro pára, olha, pensa, e responde:

- Hum... acha mesmo?
- Er, por que não?
- Ô meu, essa daí... sei não...
- Ah, é bonita sim!
- Nem tanto.
- Ah é? Gritam "gostosa" para todas as mulheres que passam na arquibancada.
- E daí?
- Só essa que não merece? Sacanagem, meu!
- Foi por isso que você gritou?
- Foi.
(Silêncio. O outro pensa um pouco e, num tom sincero e ligeiramente embrigadado, manda a pérola...)
- Você é mesmo um grande ser humano.

E se oferece a comprar a próxima cervejinha para o amigo.

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Chega a ser ridículo que num evento tão caro e sofisticado como uma corrida de F-1 ainda persistam os escatológicos banheiros químicos de Interlagos.

Nos setores "populares", não dá para fugir deles.

Mas é preciso admitir que a situação já foi bem pior.

Num certo ano, alguma mente brilhante distribuiu banheiros químicos femininos e masculinos em igual proporção ao longo do setor A. Não deu outra: em poucas horas, todos já haviam virado unisex.

Em outra temporada, o número de banheiros químicos foi bem menor do que o normal. As filas eram enormes e os "pit stops", bem mais acelerados.

Quem demorava mais de vinte segundos recebia duas pancadas na porta como primeiro aviso. Se não saísse nos instantes seguintes, vinha a ameaça:

- Sai logo ou vou balançar essa p****, hein!

Não dava nem três segundos e o sujeito já saía dali.

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Dunga, Maradona e agora Timo Glock. O alemão da Toyota é o mais novo inimigo de estado da torcida brasileira. Coitado de Glock. Com pneus de pista seca num circuito bastante molhado, o alemão perdeu a quinta posição para Hamilton na última volta e, assim, o inglês roubou o título de Massa.

Um exemplo que ilustra bem a situação.

A cena se dá num ônibus completamente lotado, tomado de torcedores que acabam de sair de Interlagos. Dois sujeitos conversam quase que gritando. Um mais exaltado, o outro com uma cara meio perplexa. Eu estou entre eles.

- Não acredito, meu, não acredito!
- Pois é.
- Na última volta, tudo culpa desse, desse...
- "Tino" Glock.
- É! Esse "Tino" Glock é um, é um...
- Via**.
- É, é um via*** mesmo. Deixou o Hamilton passar, é claro que deixou, praticamente parou o carro.
- Aham...
- Se fosse jogo de futebol ele ia sair escoltado pela polícia. Pena que o pessoal aqui é muito sossegado.
- É mesmo...
- O pior é que o cara do meu lado me agarrou na hora da chegada e começou a pular.
- E você abraçou ele?
- Abracei, ué! Achei que tinha ganhado o campeonato! Se não fosse o via** do "Tino" Glock...

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A pergunta que não quer calar: já pensou se fosse Rubinho no lugar de Glock? Melhor nem imaginar...

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Comentários não necessariamente corretos sobre a corrida deste domingo:

- O carro de Hamilton foi o único que permaneceu com a luz piscando na parte de trás. Parecia até um aviso do tipo "preste atenção que eu estou aqui, não bata em mim por favor!".

- Coulthard deu quatro voltas de instalação antes de alinhar o carro no grid. A maioria dos outros pilotos deu apenas um giro e foi direto para a sua posição de largada. O escocês bateu na primeira volta, mas ainda curtiu um pouco de pilotar na F-1 em seu último dia na categoria.

- A pancada de chuva antes da largada foi tão súbita que algumas equipes precisaram voltar correndo aos boxes para pegar pneus de pista molhada. A Force India foi a que mais sofreu, já que fica localizada lá no fim do pit lane.

- Essa quase ninguém percebeu, mas o prefeito Gilberto Kassab foi anunciado pelo locutor oficial como "presidente de São Paulo" no pódio da corrida.

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Somente quando a prova terminou, os céus desabaram de vez sobre Interlagos.

Um castigo que os torcedores não mereciam.

Aqueles que jogaram a capa de chuva fora ficaram totalmente encharcados.

Para piorar, a fila dos ônibus coletivos, especialmente designados pela prefeitura para atender aos torcedores que saíam do autódromo, não demorou a ficar bem grande.

Mas nada disso foi pior para os torcedores do que a decepção de ver Massa perder o título na última volta.

Talvez nem todos percebam isso agora, ainda no calor da decisão, mas o consolo é que presenciaram uma corrida histórica.

Jamais um campeonato da Fórmula 1 havia sido decidido tão próximo do fim.

Massa perdeu, mas saiu de cabeça ergüida. Em 2009, se tiver um pouco mais de sorte, tem plenas chances de quebrar o jejum de títulos brasileiros na categoria.

O GP Brasil de 2009 está marcado para o dia 1º de novembro. Será a penúltima prova da temporada, duas semanas antes do estreante GP de Abu Dhabi.

Assim como nas temporadas mais recentes, a etapa de Interlagos pode ser a corrida que irá decidir o título.

A partir do próximo mês, já começo a economizar de novo.