sábado, 14 de março de 2009

BMW, Toyota e Brawn GP: qual delas pode derrotar Ferrari e McLaren?

A temporada 2009 da Fórmula 1 passa longe de ter um favorito destacado.

Até o ano passado, McLaren e Ferrari eram sempre as apostas mais seguras.

Dessa vez, nenhuma das duas equipes começa o ano com absoluta certeza de que tem um carro para brigar pelo título até o fim.

Principalmente a McLaren, que já admitiu dificuldades com o novo modelo MP4/24.

Na Ferrari, o sentimento é um pouco mais otimista, mas o time de Maranello também prefere adotar uma postura cautelosa.

Neste sábado, o chefe de equipe Stefano Domenicali avisou que as novas regras foram uma "pequena desvantagem" e, de certa forma, deu a entender que a Ferrari vai iniciar a temporada um pouco atrás de alguns adversários.

Mas quem seriam esses adversários?

Qual equipe vai aparecer para quebrar a hegemonia de Ferrari e McLaren?

A BMW, diriam alguns.

Sim, a equipe alemã está ali na briga. Mas, assim como a Ferrari, também não quer ser considerada a grande favorita.

O polonês Robert Kubica, por exemplo, garantiu que havia carros mais rápido que o da BMW nos testes de Barcelona, na semana passada.

Pode ser blefe de Kubica, mas não é provável.

O fato é que a BMW parece ter alcançado Ferrari e McLaren. O problema é que agora pode haver outros adversários mais à frente.

A ambiciosa Toyota pode ser uma surpresa.

Também na semana passada, um engenheiro não identificado da equipe afirmou à revista Auto Motor und Sport que os japoneses têm a certeza de que possuem o melhor carro do momento.

Embora a fonte não seja muito confiável -afinal de contas, que engenheiro era esse? - a Toyota não pode ser descartada na lista de potenciais candidatas à vitória no GP da Austrália.

Glock e Trulli não são lá pilotos cotados para levar um título algum dia, mas podem muito bem andar no pelotão de frente.

Por fim, há também a Brawn GP, grande sensação da pré-temporada, que já se tornou uma equipe a ser observada.

Sobre o desempenho de Button e Rubinho, muito já foi falado.

Mas bem pouco se sabe de verdade.

No momento, o panorama é mesmo esse.

BMW, Toyota e Brawn GP. As três candidatas a encerrar a supremacia de Ferrari e McLaren.

Em qual delas você aposta?

quinta-feira, 12 de março de 2009

Brawn GP - De lanterna a favorita em apenas quatro dias

Como não ficar espantado com o desempenho que a Brawn GP apresentou nesta semana?

Para encerrar a bateria de testes em Barcelona com chave de ouro, Rubens Barrichello foi o mais rápido desta quinta-feira e impôs quase oito décimos de vantagem para o segundo colocado, Nico Rosberg.

De forte candidata a lanterna do grid, a Brawn passou a favorita de muita gente em apenas quatro dias.

Difícil dizer se a equipe vai manter a superioridade impressionante até o GP da Austrália, mas é fato que Rubinho e Button não vão apenas fazer número no grid deste ano.

A Brawn GP chacoalhou a pré-temporada mais chata do passado recente e tornou inúteis todos os palpites que já haviam sido dados sobre o próximo campeonato.

Ninguém mais sabe direito o que está acontecendo.

Será que a Brawn vem em condições de disputar vitórias e, quem sabe, até o título?

Ainda não dá para saber.

Mas que ninguém esqueça de um detalhe.

Quando o regulamento técnico de 2009 começou a ser pensado, as equipes precisaram escolher um representante para liderar o grupo de estudos responsável por elaborar as novas regras.

E quem foi escolhido?

Um certo Ross Brawn.

Some-se a isso o fato de a Honda ter começado o desenvolvimento de seu carro de 2009 já em fevereiro do ano passado e dá para concluir que o desempenho da Brawn GP não é tão inexplicável assim.

Nessa altura, os executivos da montadora japonesa devem estar suando frio.

Talvez a maior bobagem da Honda, nesses tempos de crise, tenha sido retirar sua equipe da Fórmula 1.

Se arrependimento matasse...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Crise na McLaren?

Quando uma equipe de ponta vai mal num teste de pré-temporada, ninguém dá muita importância.

Quando esse desempenho ruim se prolonga durante alguns dias, os primeiros rumores já começam a pipocar.

E, se a equipe em questão não mostra sinais de melhora, logo aparecem os apressados profetas do apocalipse.

É isso o que está acontecendo com a McLaren neste ano.

Em pouco mais de dois meses de testes, o time prateado não liderou nenhuma sessãozinha de ensaios.

Nem em Portugal, nem em Jerez e muito menos em Barcelona, onde todas as dez equipes da F-1 treinam nesta semana.

A McLaren não só vive um jejum da primeira posição como também tem ficado bem longe dos líderes a cada dia.

Na sessão desta quarta, por exemplo, o campeão Lewis Hamilton terminou em décimo e último.

O que está acontecendo com a McLaren? Será que a equipe está mesmo em apuros?

Numa entrevista despretenciosa, o diretor da Mercedes, Norbert Haug, colocou mais lenha na fogueira ao dizer que a McLaren "não está onde gostaria de estar" nesse ponto da pré-temporada.

Diante da suposta "crise", o chefão Ron Dennis tratou minimizar os boatos e garantiu que a equipe estará na briga pelo título da próxima temporada.

A declaração, entretanto, não serviu para eliminar as dúvidas sobre o time prateado.

Da mesma maneira que a Brawn GP surpreende ao andar tão bem em Barcelona, a McLaren decepciona com seu desempenho excessivamente discreto.

Há quem diga que a equipe se perdeu e vai começar o ano em desvantagem para as adversárias.

Difícil acreditar nisso.

Uma escuderia com a experiência e a reputação da McLaren não despenca assim tão radicalmente de um ano para o outro.

É verdade que as regras "zeraram o jogo", mas o time de Woking, assim como os adversários, também começou a se preparar para as mudanças com muita antecedência.

A McLaren tem estrutura, corpo técnico excelente e um piloto de primeiro nível para superar as dificuldades iniciais.

Os resultados discretos na pré-temporada são, basicamente, resultado da escolha pouco comum que a equipe fez para os testes.

Ao contrário de realizar simulações de GPs e treinos classificatórios, a McLaren se concentra nas famosas "long runs", em que o desempenho do carro é totalmente mascarado.

Se existe uma equipe que ainda não mostrou tudo o que pode nesta pré-temporada, é a McLaren.

Está claro que o time prateado está escondendo o jogo.

Mas aí vem a outra pergunta, mais uma daquelas que só será respondida lá no GP da Austrália.

Quando "jogo" terá a McLaren para esconder?

Ninguém, nem mesmo os engenheiros da própria equipe, deve saber a resposta.

terça-feira, 10 de março de 2009

Brawn GP impressiona e rouba a cena nos testes

Os testes coletivos em Barcelona prosseguem e, até agora, o assunto principal é o desempenho impressionante da nova Brawn GP.

A performance discreta da McLaren, as quebras contínuas na Ferrari e o potencial da BMW ficaram em segundo plano diante do surpreendente ritmo da recém-criada equipe.

Na segunda-feira, Button foi o líder durante boa parte do dia e caiu para quarto no fim, quando alguns pilotos fizeram simulações de classificação e andaram com o tanque quase vazio.

Nesta terça, Rubinho assumiu o carro e testou melhor ainda: terminou em terceiro lugar, embora tenha tido uma pequena quebra pela manhã.

Os resultados da Brawn GP são animadores por dois motivos.

O primeiro, e mais óbvio: mesmo começando atrasada, a equipe se credencia a fazer parte do pelotão intermediário e, quem sabe, lutar por pontos já nas primeiras corridas.

O segundo: apesar do pouco tendo de preparação, a Brawn GP praticamente não teve problemas de confiabilidade e já andou bastante em somente dois dias de testes - Rubinho, por exemplo, deu 111 giros nesta terça.

Mas será que a Brawn GP está blefando?

Não seria tão estranho assim. Para uma equipe que está só começando, é muito importante passar uma boa impressão para tentar conseguir alguns novos patrocinadores.

Só que este não parece ser o caso.

Em entrevista à Auto Motor und Sport, Ross Brawn disse que os adversários ficariam surpresos se soubessem com quanto combustível a equipe vem treinando.

Ou seja, um recado claro: Button e Rubinho não andaram tão leves assim.

Talvez a Brawn GP nem tenha mostrado ainda todo o seu potencial.

Apesar das palavras de Brawn, ainda seria bastante precipitado afirmar que a nova equipe estará brigando na primeira metade do pelotão.

Em compensação, já parece claro que a Brawn GP não será a humilde e simpática lanterninha do grid que muitos chegaram a imaginar.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Fórmula 1 abre testes em Barcelona

Os testes de pré-temporada recomeçaram nesta segunda-feira, em Barcelona, onde as dez equipes da Fórmula 1 treinam juntas até a próxima quinta.

A sessão de ensaios é a penúltima antes do embarque para o GP da Austrália, que está marcado para o fim do mês.

Nesta segunda, deu BMW na cabeça: Nick Heidfeld foi o mais rápido do dia e impôs seis décimos de vantagem para o segundo colocado, Kimi Raikkonen.

É claro que a diferença entre as duas equipes não é real.

A BMW parece vir forte para este ano, mas não tem um carro meio segundo mais rápido do que a concorrência.

Nos ensaios desta segunda, a escuderia alemã simulou treinos classificatórios e isso explica a grande vantagem de Heidfeld.

Mesmo assim, olho nos alemães. A BMW não está de brincadeira neste ano.

Atrás de Ferrari e Toyota, a maior surpresa do dia foi a quarta posição de Jenson Button, com o novo carro da recém-criada Brawn GP.

Um resultado para ninguém se iludir.

A poucas semanas do início do campeonato, a nova equipe precisa de patrocinadores e visibilidade.

É evidente que Button deu o máximo para ficar à frente e, apesar disso, não conseguiu superar três adversários.

O início foi promissor, mas a temporada da Brawn será mesmo muito complicada.

Renault, Red Bull e Williams fizeram treinos medianos, sem ganhar muito destaque.

Assim como Force India e a Toro Rosso, que estreou seu novo modelo e ficou esquecida no meio do pelotão.

Lá atrás, o desempenho da McLaren é que chamou atenção.

Com um novo desenho de asa dianteira, o time prateado ficou em décimo e último, em mais uma performance bastante humilde para este ponto da pré-temporada.

Difícil acreditar que a McLaren errou a mão.

Muito mais provável, realmente, é que a equipe esteja apenas escondendo o jogo.

domingo, 8 de março de 2009

DTM é a melhor escolha para Bruno Senna

Há cerca de quatro meses, quando Bruno Senna começou a pensar sobre o que iria fazer na temporada 2009, havia todo um leque de opções a explorar.

A mais interessante delas, é claro, era a Fórmula 1. Naquela altura, Senna conversava com Honda, Toro Rosso e Force India.

Se as negociações dessem errado, a GP2 ainda seria uma boa possibilidade.

Num cenário ainda mais pessimista, o Campeonato Alemão de Turismo (DTM) e a Le Mans Series restariam como cartas na manga.

Pois bem: já estamos no início de março e, ao que parece, Senna será obrigado a partir para uma das opções menos atraentes.

Na Fórmula 1, ele não tem mais chances.

Na GP2, as equipes de ponta já estão com os pilotos garantidos e Senna não tem mais espaço.

Por isso, em tese, o sobrinho de Ayrton parece ter apenas o DTM e a Le Mans Series como potenciais destinos em 2009.

Das duas categorias, o DTM é tranquilamente a melhor escolha.

Se decidir correr na Alemanha, Senna teria o apoio da Mercedes, uma equipe que fornece motores para McLaren, Force India e Brawn GP.

Permaneceria, portanto, ligado à Fórmula 1 e com boas chances de receber uma ligação para correr em 2010.

Sendo assim, é estranho que Senna possa estar considerando uma aventura na Le Mans Series.

Neste fim de semana, ele fez um teste pela equipe Oreca e foi o último dos quatro pilotos que treinaram no circuito francês de Paul Ricard.

Senna garante que o teste é somente para ganhar experiência.

Tomara que seja.

Porque uma mudança para a Le Mans Series representaria um grande afastamento da Fórmula 1.

Embora o DTM não seja a opção ideal, é muito melhor do que a aventura nas corridas de resistência.