quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Desafio das Férias - Primeira Parte

O Blog F1 Grand Prix sai de férias, mas deixa aos seus leitores uma bela distração: o Desafio das Férias! No total, são seis jogos diferentes. Cada um deles é composto de vinte fotos, contendo dicas para ajudar os viciados e os nem tão viciados assim! Nesta quinta, entram no ar os três primeiros desafios:

- Desafio das Pistas - Clique Aqui
- Desafio dos Novatos - Clique Aqui
- Desafio das Crianças - Clique Aqui

As respostas podem ser enviadas para o e-mail do Blog (blogf1grandprix@hotmail.com) ou colocadas nos comentários dos posts. O gabarito e a relação dos maiores acertadores vai ao ar no dia 27 de dezembro, juntamente com a segunda parte do Desafio, com outros três jogos. Espere que vocês gostem! Agora, boa sorte e boa diversão!

Antes de me despedir, alguns avisos:

- Por enquanto, os comentários vão ficar moderados para que ninguém possa "colar" as respostas do desafio. Mais tarde, no dia 5 de janeiro, o Blog volta a todo vapor, comentando o Rally Dacar, os lançamentos dos novos carros da Fórmula 1, as últimas do mercado de pilotos e os primeiros testes de pré-temporada.

- A todos os leitores do Blog, meu muito, muito obrigado pela participação ao longo deste ano! Os comentários de cada um de vocês representam bastante para mim. Meu objetivo é justamente fazer do Blog um espaço de debate civilizado e de alto nível, como tenho conseguido graças a vocês. Valeu mesmo! E, em 2008, continuaremos juntos!

- Meus sinceros votos de feliz natal e um próspero ano novo para todos vocês! Nos vemos por aí!

Grande abraço,

Gustavo Coelho

Equipe brasileira pronta para o Rally Dakar

Como de costume, o tradicional Rally Dakar será o primeiro evento do calendário automobilístico do ano. A competição começa em Lisboa, no próximo dia 5 de janeiro, e termina no dia 20, em Dacar. Contando com representantes nas três categorias do Dakar - motos, carros e caminhões - a principal equipe brasileira já está pronta para desafiar o deserto africano.

Dessa vez, a Petrobrás Lubrax não vai contar com um de seus mais experientes pilotos, Kléver Kolberg, que não disputa o Dakar pela primeira vez em vinte anos. Em compensação, André Azevedo, outro especialista na competição, está confirmado nos caminhões ao lado de Maykel Justo e do tcheco Mira Martinec. Nos carros, João Franciosi e o navegador Lourival Roldan formam a dupla da equipe, enquanto Jean Azevedo e Rodolpho Mattheis completam o time nas motos.

De acordo com os próprios pilotos, a Petrobrás Lubrax deve contar com cerca de 17 pessoas, entre competidores e mecânicos. No total, o orçamento da equipe é 2,5 milhões de dólares. Vale registrar que a Petrobrás Lubrax é o único time presente nas três categorias do Dakar. Na grande maioria dos casos, as equipes preferem se concentrar em apenas uma das modalidades.

A edição 2008 do Rally Dakar promete ser ainda mais complicada do que as anteriores. Se não bastasse a proibição dos localizadores GPS, a organização do evento também aumentou a extensão da prova. Agora, serão 9.273 quilômetros de deslocamento total, sendo 5.736 deles válidos para as especiais, ou seja, contando para a tabela de tempos.

Equipes e pilotos que conseguirem chegar ao fim vão passar por seis países: Portugal, Espanha, Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia e Senegal. Ao contrário dos últimos anos, os organizadores estão tentando melhorar um aspecto que nunca foi prioridade no Dakar: a segurança. Na edição do ano passado, por exemplo, faleceram durante a competição o sul-africando Elmer Symons e o francês Eric Aubijoux, ambos da categoria motos.

Mas, apesar de ter recebido críticas até do Vaticano, o Dakar continua batendo recordes de inscritos. Em 2008, serão 245 motos, 205 carros, 100 caminhões e 25 quadriciclos, de competidores oriundos de 50 países diferentes. Cyril Despres, Marc Coma e David Casteu (motos), Stephane Peterhansel, Luc Alphand e Giniel de Villiers (carros) e Hans Stacey e Vladimir Chagin (caminhões) são considerados os principais favoritos.

O Blog, como não poderia deixar de ser, vai acompanhar todas as atividades do Dakar, a partir do dia 5 de janeiro. Nesta quinta, o Blog sai de férias, mas deixa seus leitores bastante ocupados com o Desafio das Férias! Até já!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Nelsinho: "Na Renault não tem essa de segundo piloto"

A Renault promoveu hoje um grandioso evento em Brasília para a apresentação oficial de Nelson Angelo Piquet como titular da equipe para 2008. Falando a jornalistas de todo o país, o mais novo brasileiro da Fórmula 1 evitou entrar em polêmicas, e foi bastante diplomático em suas declarações. Em relação a Fernando Alonso, por exemplo, Nelsinho não poupou elogios ao espanhol, fazendo questão de ressaltar a importância de Alonso dentro do time:

"A experiência do Alonso é vital para a Renault. Quero aprender bastante com ele", disse Nelsinho, que também mostrou vontade de superar o bicampeão: "Se eu andar na frente do Alonso, não estarei ganhando de qualquer um. Os carros da Renault são iguais, e não tem essa de segundo piloto, apesar da experiência do Alonso contar bastante. Nossa disputa vai ser bem equilibrada".

Sobre a expectativa por vitórias, Nelsinho mostrou otimismo: "Quero dar trabalho para todo mundo, não só para o Alonso. Em algum momento do ano que vem, espero sim estar no lugar mais alto do podium". Também presenta à coletiva de imprensa, o presidente mundial da Renault, Carlos Ghosn, reafirmou sua confiança em Nelsinho e comentou a estratégia da marketing que a montadora planejou para o piloto brasileiro:

"Por toda a preparação, cultura e bagagem do Nelsinho, confio plenamente nele. Vamos tentar aliar a sua imagem à da Renault, para reforçar a nossa marca", falou Ghosn. Quem também esteve presente ao encontro foi o presidente Lula, que brincou com Nelsinho e cometeu uma pequena gafe ao comentar as chances do pilotos do país na Fórmula 1:

"A entrada do Nelsinho vai ser boa, porque agora vamos ter dois brasileiros na categoria", disse Lula, esquecendo-se de Rubinho. Logo depois, o presidente tentou consertar: "São três, é verdade, mas o Rubinho não deu continuidade. De qualquer maneira, já escolhi que vou torcer pelo Nelsinho". Antes de se despedir, Lula deixou-se fotografar ao lado do piloto, com um boné da Renault na cabeça.

Uma vez mais, Nelsinho mostrou muita habilidade e preparo ao conversar com a imprensa, escapando das tradicionais "armadilhas". Ao falar de Alonso, por exemplo, Nelsinho reconheceu a importância do espanhol, ao mesmo tempo em que deixou claro não ter intenção de fazer um papel de escudeiro. Assim, Nelsinho consegue evitar um clima de "oba-oba", sem também receber críticas por parecer submisso.

Se Rubinho adotasse sempre esse tipo de postura, talvez não tivesse sido esquecido por Lula...


Rubens Barrichello, aliás, negou hoje ter recebido qualquer sondagem da McLaren para ocupar a vaga de Fernando Alonso em 2008. "Tive zero de conversas com o pessoal da McLaren. Sério, jurando pelos meus filhos", assegurou Rubinho ao site Grande Premio. Além disso, ele também garantiu estar motivado a competir na Fórmula 1 ainda por um tempo: "Meu contrato com a Honda termina no fim do ano que vem, mas minha ambição não é parar". O problema, convenhamos, é que a decisão não dependeria só de Rubinho...

Enquanto isso, mais duas equipes anunciaram as datas de estréia de seus modelos 2008: a Ferrari e a Red Bull. Em ambos os casos, os novos carros devem ir para a pista pela primeira vez entre os dias 14 e 16 de janeiro, na semana de testes de Jerez de la Frontera. Além de confirmar o dia do teste inicial do F-2008, a Ferrari também anunciou a data de lançamento da máquina: 6 de janeiro, em Maranello.

Embora ocupado com o desenvolvimento do F-2008, o diretor técnico da equipe vermelha, Aldo Costa, arrumou tempo para conceder uma polêmica entrevista à revista Autosprint. Para Costa, a McLaren se beneficiou, sim, dos dados supostamente roubados pelo engenheiro Mike Coughlan, que culminaram no primeiro escândalo de espionagem. "Alguns membros da McLaren se esforçaram para ter as informações o mais rápido possível. Isso é muito grave", denunciou Costa. Será possível que o spygate ainda tenha novos capítulos?

Por fim, a Force India veio a público para encerrar os rumores de que já teria um acerto garantido com Giancarlo Fisichella. De acordo com a assessora de imprensa do time indiano, Lucy Nell, a decisão ainda não foi tomada. "As informações que indicam um acerto entre Fisichella e a Force India não passam de boato. O dono da equipe, Vijay Mallya, já deixou claro que o anúncio será feito até o natal".

Pelo visto, então, só nos resta esperar...



Depois da Fórmula 1, do Mundial de Rally e de uma série de outras categorias, é a hora da MotoGP anunciar mudanças no seu regulamento para "cortar curtos". Basicamente, as novas regras buscam limitar os ensaios coletivos para testes de pneus, considerados caros e exagerados. Além disso, as pesquisas na área dos pistões foram proibidas, para evitar gastos desnecessários.

Na IRL, a novidade é que a lanterna A.J.Foyt renovou o contrato do veterano Darren Manning, que vai continuar com a equipe por mais um ano. Na última temporada, o inglês terminou na 13ª posição na tabela de classificação, com apenas dois top tens ao longo do ano. Apesar das dificuldades encontradas em 2007, Manning mostrou otimismo para o próximo campeonato: "Agora já temos mais experiência, e isso vai nos ajudar muito. Só espero que tudo melhore no ano que vem".

Ao mesmo tempo, a A1GP anunciou que as equipes da categoria já vão utilizar biocombustível a partir da próxima etapa do calendário, marcada para o dia 20 de janeiro, na pista neo-zelandesa de Taipo. De acordo com os organizadores, a introdução do combustível ecologicamente correto era para ter acontecido no início da temporada 2007-08, mas precisou ser adiada para não prejudicar o desempenho dos propulsores Zytek. Os últimos testes, porém, não indicaram problemas, e o biocombustível parece pronto para a estréia.

Para terminar, vale registrar que o "cigano" Christian Fittipaldi realizou hoje em Miami seus primeiros testes pela equipe Andretti Green, pela qual vai competir na American Le Mans Series. Na próxima temporada, Christian deve correr com um Acura 01A, da divisão P2. A participação na ALMS será mais uma adição ao vasto currículo de Christian, que já correu de Fórmula 3, Fórmula 3000, Fórmula 1, Fórmula CART, ChampCar, Nascar, StockCar e até A1GP.

Agora, só falta a Fórmula Truck para que Christian complete a conta...


Como este é o último post-resumo-das-notícias do ano, serão dois os vídeos dessa vez. O primeiro eu vi no Blog F-1, do Felipe Maciel. Trata-se de uma coletânea com os principais acidentes da Fórmula 1 neste ano, muito bem editados, por sinal. Para quem gosta de carros se despedaçando, é uma ótima pedida:



Por sua vez, o vídeo aí debaixo é um compacto de uma rodada dupla da DTM, realizada em 1992 no antigo traçado de Nurburgring. As filmagens são realmente espetaculares. Se não bastassem as animadas batalhas por posição, o traçado do temido Nordschleife também é um show à parte. Essa é uma dica do Kohara, do Bestlap:



Nesta quinta-feira, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade, na parte da manhã. Depois, mais tarde, o espaço entra de férias, mas deixa para os seus leitores uma bela distração: o Desafio das Férias! Espero sinceramente que todos vocês gostem. Por enquanto, até amanhã!

Crédito das fotos:
Nelsinho Piquet, Rubens Barrichello e Ferrari - www.motorsport.com
Nelsinho com Lula - www.globoesporte.com/motor (foto da Agência Brasil)
MotoGP e A1GP - www.gpupdate.net

Bruno Senna assina com equipe campeã da GP2

O ano que vem será decisivo para a carreira de Bruno Senna. Nesta quarta, a iSport International anunciou o brasileiro como titular da equipe para a temporada 2008 da GP2, ao lado do indiano Karum Chandhock. Na última temporada da categoria, a iSport conquistou o título entre as equipes e fez o alemão Timo Glock campeão entre os pilotos.

"Observamos a evolução de Bruno ao longo da última temporada, e temos certeza de que ele está pronto para lutar pelo campeonato", garantiu a iSport num comunicado distribuído hoje à imprensa. Além de disputarem o certame principal da GP2, Bruno e Chandhock também vão correr na GP2 Asia, categoria que estréia em 2008 com cinco rodadas duplas entre janeiro e abril, sempre em pistas asiáticas.

Falando sobre a iSport, Bruno mostrou-se bastante animado. "O carro deles é muito bom, e os engenheiros do time se entenderam comigo rapidamente. Com a iSport, vou ter condições de disputar vitórias e o título da GP2", disse ele. Agora, a estréia de Bruno como piloto oficial da iSport deve ser no dia 18 de janeiro, em Dubai, durante os primeiros testes de pré-temporada.

Oitavo colocado na temporada 2007 da GP2, Bruno já entra como um dos grandes favoritos para o título da categoria no ano que vem. Seu companheiro de equipe, Karum Chandhok, é realmente rapido, mas não parece ter a consistência necessária para brigar pelo troféu de campeão. Assim, as esperanças da iSport - sem dúvida, o time mais forte da GP2 no momento - estão todas com Bruno.

Pela primeira vez na carreira, Bruno vai precisar conviver com a pressão por resultados. Se antes a inexperiência era uma justificativa aceitável, agora já não é mais. Após dois anos na Fórmula 3 Inglesa e uma temporada completa na GP2, está na hora de Bruno provar que tem talento para ir mais longe. Com a iSport, terminar o campeonato entre os cinco primeiros, no mínimo, é uma obrigação.

Vale registrar que o Brasil já tem outro representante garantido na GP2 para 2008: Alberto Valério, que disputou a Fórmula 3 Inglesa neste ano. As perspectivas de Valério, porém, são bem mais modestas, já que sua equipe - a Durango - não é nem de perto uma das melhores. Por sua vez, Bruno Senna vai liderar a campeão do ano passado. A responsabilidade, portanto, será bem maior.

Será que Bruno dá conta do recado? O Blog aposta que sim. Em 2008, Bruno pode até não conquistar o título da GP2, mas tem tudo para ser um dos pilotos de ponta na categoria.

Crédito das fotos: http://www.gpupdate.net/

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História - Menções Honrosas

Terminamos, ontem, a última lista do ano da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Antes de passar às menções honrosas do ranking dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História, agradeço a todos vocês pelas críticas, pelos comentários e por terem entendido o verdadeiro objetivo da lista: celebrar os grandes nomes automobilismo nacional, revivendo suas brilhantes trajetórias no esporte a motor. Para quem não lembra, ordem final ficou assim:

1. Ayrton Senna
2. Nelson Piquet
3. Emerson Fittipaldi
4. Chico Landi
5. Rubens Barrichello
6. José Carlos Pace
7. Felipe Massa
8. Ingo Hoffmann
9. Christian Heins
10. Gil de Ferran

Como não poderia deixar de ser, uma série de pilotos acabou ficando de fora do ranking. É deles que o Blog fala agora. A lista abaixo só contém nomes que não poderiam terminar sem menção. Sem perder mais tempo, vamos lá:

Irineu Corrêa
Antes mesmo de Chico Landi, Irineu Corrêa foi o primeiro grande ás brasileiro. Oriundo de Petrópolis, ele abriu sua série de conquistas já em 1920, ao vencer uma prova de expressão em Chester Fair, nos Estados Unidos. Mais tarde, em 1934, Irineu ganhou o I Grande Premio Cidade do Rio de Janeiro, disputado no circuito da Gávea. Infelizmente, veio a falecer no ano seguinte, exatamente durante essa corrida, quando seu carro despencou no canal da Avenida Visconde de Albuquerque.

Hermano da Silva Ramos
Terceiro piloto do país a competir na Fórmula 1, "Nano" disputou sete Grandes Prêmios da categoria, entre 1955 e 1956. Neste último ano, conseguiu um excepcional quinto lugar no G.P. de Mônaco, que lhe renderam dois pontos no campeonato mundial. Justamente por causa desse resultado, Nano foi o mais bem-sucedido piloto brasileiro na Fórmula 1 durante cerca de quinze anos, até que surgisse um certo Emerson Fittipaldi no início dos anos 70.

Bird Clemente
Uma lenda do automobilismo da década de 60, Bird foi contratado pela equipe Willys em 1963, tornando-se o primeiro piloto profissional do Brasil. Entre 1958 e 1974, foi presença constante nas principais provas do país, boa parte delas no antigo circuito de Interlagos. Dono de um estilo de pilotagem espetacular, que incluía derrapagens controladas ao melhor estilo Ronnie Peterson, Bird também era considerado um fenômeno em condições adversas. Na chuva e em neblina, ele era o piloto a ser observado.

Luiz Pereira Bueno
Luizinho esteve ativo durante um período de quase trinta anos, entre 1957 e 1984. Como não poderia deixar de ser, tem em seu currículo uma série de vitórias em provas importantes, como nas Mil Milhas Brasileiras de 1967. Tentou a sorte na Europa e chegou a competir na Fórmula Ford Inglesa, em 1969, vencendo seis corridas. Infelizmente, só teve a chance de participar num único Grande Prêmio da Fórmula 1: o G.P. Brasil de 1972, quando foi 12º pilotando um Surtees alugado.

Wilson Fittipaldi Jr.
Assim como o Emerson, era um piloto de muito sucesso no Brasil durante a década de 60. Depois que o irmão foi para a Europa, Wilsinho esperou mais um pouco para tentar a sorte fora do país também. Estreou na Fórmula 1 em 1972 e fez 35 corridas, marcando três pontos. No G.P. de Mônaco de 1973, está prestes a terminar no podium quando fica sem gasolina a cinco voltas do fim. Mais tarde, a partir de 1974, idealiza e comanda o histórico projeto da Copersucar-Fittipaldi.

Chico Serra
Campeão da Fórmula 3 Inglesa em 1979, Chico não teve muita sorte durante a sua passagem na Fórmula 1. Participa em apenas 33 G.Ps., largando em 18 deles. Seu único ponto vem no G.P. da Bélgica de 1982, justamente naquele em que Gilles Villeneuve perdeu a vida. Após a falência da equipe Fittipaldi, ainda corre pela Arrows, mas é obrigado a voltar para o Brasil. Passa a competir na Stock Car e, entre 1999 e 2001, conquista o tricampeonato da categoria.

Raul Boesel
Após um início de carreira meteórico, Raul corre na Fórmula 1 entre 1982 e 1983, pelas equipes March e Ligier. Infelizmente, faltam recursos e ele não alcança muito sucesso na categoria. Obrigado a tomar um novo rumo na carreira, Raul disputa o Mundial de Marcas, vencendo de forma espetacular o campeonato de 1987. Mais tarde, ainda seria segundo colocado nas 24 horas de Le Mans de 1991, sempre pela Jaguar. Nesse meio tempo, também compete com destaque nos Estados Unidos.

Roberto Moreno
Um dos pilotos mais queridos do Brasil, Moreno ficou marcado pelo emocionante segundo lugar no G.P. do Japão de 1990, fazendo dobradinha com o companheiro de longa data, Nelson Piquet. Entre 1982 e 1995, disputa 42 corridas da Fórmula 1, quase sempre por equipes pobres e de fim de pelotão. No fim dos anos 90, muda-se para os Estados Unidos, onde não demora a se tornar um piloto de ponta na IndyCar. Atualmente, está engajado no projeto da GT3 Brasil.

Maurício Gugelmin
Antes de alcançar a Fórmula 1, Maurício teve uma carreira recheada de vitórias. Entre seus triunfos, destacam-se o título da Fórmula 3 Inglesa em 1985 e a vitória no concorrido G.P. de Macau do mesmo ano. Em 1988, ganha sua chance na Fórmula 1, pela equipe March. No ano seguinte, termina num excelente terceiro lugar no G.P. do Brasil. Disputa 80 G.Ps. antes de abandonar a categoria, por falta de moticação. Depois, entre 1993 e 2001, corre na Fórmula CART, conseguindo vários resultados de relevo.

Christian Fittipaldi
Sabe aquele jogador de futebol veterano que já jogou em tudo o que é time? Pois Christian é o cigano do automobilismo brasileiro. O currículo dele é impressionante. Vejam só: após conquistar várias vitórias no kart, Christian corre de Fórmula 3, Fórmula 3000 (onde é campeão em 1991), Fórmula 1, CART, ChampCar, Nascar, Grand-AM, Le Mans Series, Stock Car e - ufa! - até A1GP. Agora, só falta a Fórmula Truck, não é mesmo?

Luciano Burti
Embora se destaque mais atualmente como comentarista de TV, Burti merece menção. Afinal, ele foi durante três anos - entre 2002 e 2004 - piloto de testes da Ferrari, justamente na fase áurea da equipe vermelha. Além disso, Burti também conquistou um vice-campeonato na Fórmula 3 Inglesa e participou de quinze Grandes Prêmios da Fórmula 1. Sua carreira na categoria poderia ter sido mais longa, mas o grave acidente no G.P. da Bélgica de 2001 limitou suas oportunidades.

Cristiano da Matta
Piloto de enorme carisma, "Kiki" venceu com enorme facilidade a ChampCar em 2002, ganhando uma chance na Fórmula 1 no ano seguinte. Infelizmente, a política burocrática da Toyota impede bons resultados, e Kiki abandona a categoria em meados de 2004. Antes disso, tem um desempenho espetacular no G.P. da Inglaterra de 2003, quando lidera mais de quinze voltas da corrida. Retorna à ChampCar e sofre um acidente quase fatal em 2006. Já recuperado, Kiki planeja agora sua volta às competições.

Helio Castroneves
Helinho foi, digamos assim, o 11º colocado da lista. Só ficou de fora porque - embora já tenha vencido duas vezes as 500 milhas de Indianapolis - ainda não conquistou nenhum título na carreira. Apesar disso, a carreira de Helinho é cheia de sucessos. Na CART, entre 1998 e 2001, ganhou seis provas e chegou a ser quarto no campeonato de 2001. Foi para a IRL junto com a Penske, em 2002. Desde então, além do bicampeonato em Indy, Helinho já venceu outras dez provas na categoria.

Tony Kanaan
A trajetória de Tony é um pouco oposta à de Helinho. Embora não tenha vencido ainda em Indianapolis, Tony tem no currículo o título da IndyLights em 1997 e - mais importante - o troféu de campeão da IRL, conquistado em 2004. No total, já triunfou doze vezes na IRL. Ao lado do amigo Rubens Barrichello, possui um heptacampeonato na tradicional 500 milhas da Granja Viana, um prova em que a experiência e o talento contam bastante.

Nelson Angelo Piquet
É, no momento, a grande esperança do automobilismo brasileiro. Até agora, sua carreira foi planejada de maneira minuciosa. Em 2008, vai estrear na Fórmula 1 pela Renault, como companheiro de equipe do bicampeão Fernando Alonso. Tendo um contrato de quatro anos com a equipe francesa, é esperado que Nelsinho conquiste um título até o fim do compromisso. Será que ele chega lá?

Agora, a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix tira férias e volta em janeiro, com uma lista completamente nova. Em breve, o Blog vai colocar uma enquete para a escolha do próximo tema. Vocês decidem! Ao longo do dia de hoje, o Blog volta comentando as principais notícias do dia. A partir de amanhã, o espaço entra de férias, mas vocês não precisam se preocupar. Vem aí o Desafio das Férias, para mantê-los bem ocupados!

Crédito das fotos:
Lewis Hamilton com a bandeira do Brasil - www.globoesporte.com/motor
Irineu Corrêa - www.obvio.ind.br/
Hermano da Silva Ramos - www.forix.com/
Bird Clemente - http://www.bandeiraquadriculada.com.br/
Luiz Pereira Bueno - http://www.bandeiraquadriculada.com.br/
Wilson Fittipaldi Jr. - http://www.f1velocidade.com.br/
Chico Serra - http://www.oglobo.com/
Raul Boesel - http://www.raulboesel.com.br/
Roberto Moreno - http://www.gptotal.com.br/
Maurício Gugelmin - http://www.portalbrasil.net/
Christian Fittipaldi - http://www.br.geocities.com/
Luciano Burti - http://www.motorsport.com/
Cristiano da Matta - http://www.speedtv.com/
Helio Castroneves - http://www.motorcar.com.br/
Tony Kanaan - http://www.cantoni.org/
Nelsinho Piquet - http://www.lance.com.br/

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Caso de espionagem envolvendo McLaren e Ferrari está oficialmente encerrado

A Federação Internacional de Automobilismo colocou hoje um ponto final no escândalo de espionagem que envolveu duas das principais escuderias da Fórmula 1 - McLaren e Ferrari - e abalou a imagem da categoria. Além de encerrar as investigações sobre o caso, a entidade também cancelou a vistoria do novo modelo da equipe inglesa, o MP4/23, marcada para fevereiro.

De acordo com um comunicado distribuído à imprensa, a decisão está ligada à carta divulgada pela McLaren na semana passada, em que o time prateado reconheceu sua culpa e pediu desculpas publicamente pelo mal-estar causado. Agora, a McLaren fica livre para trabalhar de forma livre no MP4/23, sem precisar se preocupar com potenciais punições da entidade máxima do automobilismo.

O encerramento definitivo do caso de espionagem pode decepcionar parte do público, mas foi uma escolha correta dos homens fortes da FIA. Nessa altura, aplicar uma pena mais pesada à McLaren já era praticamente inviável. A "oportunidade" de punir a equipe inglesa já passou. E, mesmo se a FIA fizesse a vistoria no MP4/23, seria praticamente impossível provar se a McLaren usou dados proibidos da Ferrari ou não.

Percebendo que o primeiro escândalo de espionagem já não poderia render muita coisa, os dirigentes da FIA encerraram o assunto para proteger a Fórmula 1. Aliás, o segundo spygate está próximo de ter o mesmo destino. Nesta terça, a FIA publicou em seu site a transcrição do encontro do Conselho Mundial do dia 5 de dezembro, que livrou a Renault de punição na denúncia de espionagem levantada pela McLaren.

No relatório de 77 páginas, destacam-se alguns depoimentos interessantes, como o do diretor-técnico da Renault, Bob Bell. Falando sobre Phil Mackareth - o engenheiro acusado de roubar as informações da McLaren - Bell foi claro: "Phil é um sujeito honesto e confiável, mas cometeu um erro. Suas atitudes foram estúpidas e ingênuas, é verdade. Só que não houve a menor intenção de fazer algo errado".

Para quem não lembra, Mackareth trabalhava na McLaren antes de ser contratado pela Renault. Quando se transferiu, levou consigo disquetes contendo informações confidenciais do time prateado. De acordo com Mackareth, sua vontade era guardar os dados como forma de "registro pessoal". A FIA considerou a Renault culpada, mas não aplicou punições.

Agora, os dois casos de espionagem já parecem estar encerrados. Para os fãs do automobilismo, porém, fica a pergunta que incomoda: será que ainda vai haver um terceiro?


Numa dessas eleições que ninguém consegue entender o resultado, Kimi Raikkonen perdeu o título de "atleta finlandês do ano" para Tero Pitkamaki, um dos melhores arremessadores de dardo do mundo. Sem querer tirar o mérito de Pitkamaki, mas é indiscutível que os feitos de Raikkonen em 2007 tiveram muito mais repercussão mundial. Alguém teria coragem de contestar isso?

Ao mesmo tempo, continua crescendo a reputação de Sebastian Vettel, principalmente após o ótimo desempenho do jovem alemão na Corrida dos Campeões do último domingo. Dessa vez, foi a vez de Michael Schumacher rasgar elogios a Vettel. "Sebastian já mostrou ser muito talentoso. Acho que ele tem um grande potencial para se tornar campeão da Fórmula 1", disse Schumi ao diário Bild. De fato, Vettel é uma aposta segura para a disputa do título em três ou quatro anos.

Enquanto isso, Lewis Hamilton resolveu copiar Michael Schumacher e Nelson Piquet. Acreditem: o inglês é o mais novo integrante do seletro grupo de pilotos com a carteira de motorista cassada. Tudo por causa de uma multa recebida por Hamilton no último mês, quando "passeava" na cidade francesa de Leon. Na ocasião, ele foi flagrado a incríveis 196 km/h numa das estradas da região. Resultado: perdeu a carteira, recebeu uma multa de 600 euros e ainda teve sua Mercedes apreendida...

Para terminar o giro pelas notícias da Fórmula 1, vale mencionar uma notícia do jornal Marca de hoje, que discute as possibilidades da Force India para 2008. De acordo com a reportagem, Giancarlo Fisichella e Roldán Rodríguez seriam os favoritos para ocupar a segunda vaga do time indiano, ao lado de Adrian Sutil. Considerando que a imprensa espanhola costuma fazer um forte lobby pelos pilotos de seu país, só resta uma só conclusão.

Fisico está quase certo na Force India mesmo.



Sucesso de público e crítica, a Corrida dos Campeões deve continuar no estádio de Wembley em 2008. Ao menos, essa é a intenção do principal organizador do evento, Frederik Johnsson. "A competição foi muito bem-sucedida. Temos várias cidades interessadas em sediar a Corrida dos Campeões no próximo ano, mas é provável que voltemos a Londres", falou Johnsson ao site Autosport.

Além disso, o organizador da Corrida dos Campeões também revelou que Lewis Hamilton foi convidado a correr na edição deste ano, mas foi vetado pela McLaren. Ao que parece, uma cláusula do contrato do inglês com o time prateado impede a sua participação em eventos desse tipo. Uma pena. Realmente, as equipes da Fórmula 1 - em especial a McLaren - conseguem atingir níveis de burocracia e rigidez realmente irritantes.

No Mundial de Rally, a notícia do dia é que a Suzuki anunciou seus pilotos para a próxima temporada, que marca o primeiro ano completo da montadora japonesa na categoria. Os escolhidos pela Suzuki foram o finlandês Toni Gardemeister, ex-piloto da Ford e da Skoda, e o sueco Per-Gunnar Andersson, bicampeão do Mundial Junior de Rally. Sem dúvida alguma, uma dupla de bastante respeito.

Por fim, vale registrar a entrevista que Emerson Fittipaldi concedeu à agência Lusa, falando da sua expectativa para o futuro da A1GP. "Existe um movimento que vem da Fórmula 1 para freiar o crescimento da A1GP, mas não é possível conter a evolução. Acredito que em pouco tempo a 'Copa do Mundo do Automobilismo' pode se tornar uma alternativa à própria Fórmula 1", disse Emerson. Será exagero? Nem tanto.

Se mantiver o atual crescimento lento, mas constante, a A1GP tem tudo para se transformar numa categoria ainda mais importante dentro do automobilismo mundial.


O vídeo do dia é a antológica seqüência de abertura do filme Grand Prix, uma verdadeira obra-prima do cinema da década de 60. Vários trechos do longa estão disponíveis na internet, mas os cinco minutos iniciais merecem destaque especial. Neles, são apresentados os quatro personagens principais do filme - Jean Pierre Sarti, Scott Stoddard, Pete Aron e Nino Barlini - em meio a uma edição de imagens e sons simplesmente arrepiante. Vale a conferida:


Reparem num detalhe: entre as marcas de 2:44s e 3:00s, os créditos mostram os nomes dos pilotos que participaram do filme, como dublês ou figurantes. A lista lista tem gente do calibre de Juan Manuel Fangio, Jack Brabham, Graham Hill e Jochen Rindt, por exemplo...

Nesta quarta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando grandes nomes do esporte a motor nacional que terminaram de fora da lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História. Mais tarde, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. E, a partir de quinta-feira, o Blog dá uma paradinha até o início de janeiro, mas deixa uma bela diversão para vocês: preparem-se porque vem aí o Desafio das Férias!

Crédito das fotos:
Corrida dos Campeões - http://www.raceofchampions.com/

Ferrari foi única equipe a não procurar Alonso

Parece piada, mas não é. No período entre a saída da McLaren e o acerto com a Renault, Fernando Alonso recebeu sondagens de todas as equipes da Fórmula 1. Aliás, quase todas. Embora pretendido por várias escuderias diferentes - incluindo as lanternas Toro Rosso e Super Aguri - o bicampeão não despertou interesse de um time, em especial. Exatamente a equipe que é o grande sonho de Alonso: a Ferrari.

"Depois que deixei a McLaren, todos os times me procuraram, menos a Ferrari", revelou hoje o espanhol em entrevista ao programa El Larguero. Apesar de tudo, Alonso garante que a maioria das conversas não levaram a lugar algum. Segundo ele, as negociações com equipes como Toyota, Red Bull e Honda estiveram longe de um acerto, ao contrário do que chegou a ser especulado.

Embora evita admitir, o maior desejo de Alonso é uma transferência para a Ferrari. Ao menos no curto prazo, porém, a mudança é inviável. Kimi Raikkonen ainda tem mais dois anos de contrato, enquanto o compromisso de Felipe Massa vai até o fim de 2010. De qualquer maneira, um acerto entre Alonso e a Ferrari não seria muita surpresa. A equipe vermelha, ao que parece, nutre um interesse "secreto" no espanhol.

Na entrevista concedida ao El Larguero, Alonso também comentou sua relação com seu ex-companheiro na McLaren, Lewis Hamilton. "Ao contrário do que falam, não somos inimigos", assegurou Alonso. Logo depois, ele também falou sobre as suas expectativas para 2008, mostrando uma honestidade surpreendente: "Pensar em título é uma maldade. Tenho que ser realista: a Renault esteve muito lenta neste ano, e ainda precisa evoluir bastante".

Por fim, Alonso deu uma justificativa bem-humorada para ter deixado a McLaren: "Minha avó estava muito preocupada. Ela ficava dizendo para eu sair dali, sair da McLaren". Sobre seu novo parceiro na Renault, Nelsinho Piquet, Alonso não falou muito, limitando-se a afirmar que confia na competência de Flavio Briatore para administrar a equipe. A tarefa do dirigente italiano, porém, não vai ser muito fácil.

Ao menos, essa é a opinião de Emerson Fittipaldi, que conversou com o jornal A Bola nesta terça. "Nelsinho é um excelente piloto. Ele vai dar mais trabalho para o Alonso do que o Hamilton", disse Emerson. Será mesmo? Considerando a competência do espanhol, o mais provável é que Alonso consiga os melhores resultados da Renault, quem sabe até conquistando algumas vitórias. Mas nem sempre o bicampeão será o melhor piloto do time.

Nelsinho não é bobo assim não...

Crédito das fotos: www.fernandoalonso.com

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História - Número 1

Após três semanas de contagem, termina hoje a última lista do ano da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Como já escrevi antes, o objetivo do ranking dos maiores pilotos brasileiros da história não é alimentar rivalidades, mas celebrar e reviver as trajetórias dos grandes nomes do esporte a motor deste país. Sem perder mais tempo, vamos em frente:

10. Gil de Ferran
9. Christian Heins
8. Ingo Hoffmann
7. Felipe Massa
6. José Carlos Pace
5. Rubens Barrichello
4. Chico Landi
3. Emerson Fittipaldi
2. Nelson Piquet
PRIMEIRO COLOCADO - Ayrton Senna

Discutir se Ayrton Senna foi o "melhor" da história é inútil. Como comparar sua habilidade com a de Jim Clark ou Juan Manuel Fangio, por exemplo? Simplesmente não dá: são épocas muito diferentes. Mesmo a comparação com aqueles que correram junto com Senna - como Alain Prost, Nelson Piquet e Nigel Mansell - é muito relativa. Qual deles foi o "melhor"? Impossível de saber. Depende do ponto de vista.

De todos esses, porém, Senna foi certamente o "maior". Não só por tudo o que fez dentro da pista, mas - principalmente - por tudo o que representou fora dela. Senna não era apenas um ídolo. Para muitos, podia ser considerado um herói. Sua influência, seu impacto e sua importância dentro do esporte a motor foram superiores às de qualquer outro piloto. No fim das contas, a morte prematura apenas contribuiu para aumentar esse indiscutível status de "mito".

Senna tinha o que se convencionou chamar de "instinto matador". Não aceitava derrotas. Sua determinação era inacracreditável, e por vezes até obsessiva. Desde o início, sempre foi assim. Na sua época de kart, na pista montada ao lado do autódromo de Interlagos, Senna costumava treinar com um cronômetro. Dividia o circuito em quatro trechos diferentes e, a cada volta, testava novos traçados, marcando os tempos com a mão esquerda.

Quem assistia ao treino tinha a impressão de que ele aquele garoto andava sempre muito lento, porque só acelerava durante um quarto da volta. Nas corridas do fim de semana, porém, vinha o resultado. Nas palavras do comentarista Lito Cavalcanti: "Ayrton era um demônio no kart. Para nós, notícia era quando ele não ganhava". E foi assim durante um bom tempo, até que Senna resolveu dar um passo adiante na carreira.

Após conquistar o vice-campeonato mundial de kart, em 1980, Senna partiu para a Europa. Indicado por Chico Serra, conseguiu uma vaga na equipe Van Diemen de Fórmula Ford 1600. Nos três anos seguintes, a Inglaterra seria a casa de Senna, e o palco da primeira demonstração de força do brasileiro. O domínio foi arrasador: em 70 corridas, foram 47 vitórias, 32 poles, 46 voltas mais rápidas e cinco títulos em cinco campeonato disputados.

Algumas corridas de Senna eram um show à parte. Certa vez, ele inexplicavelmente caiu para o meio do pelotão durante uma prova da Fórmula Ford 2000, em Snetterton. Quando passou pelos boxes, Senna fez um sinal qualquer para a equipe, que não entendeu. Desistindo da comunicação, Senna resolveu se concentrar na corrida. Em pouco tempo, ultrapassou todos os adversários e venceu sem maiores dificuldades. Mas o que aconteceu lá no início? A explicação: Senna havia ficado sem freios.

Como não poderia deixar de ser, as primeiras sondagens de equipes da Fórmula 1 não demoraram a aparecer. Em meados de 1982, Ron Dennis encontrou-se com Senna. Queria forçar Senna um contrato que lhe daria uma "preferência" para assinar com a McLaren em 1984. Senna recusou, e Dennis ficou furioso. "Ofereci tudo que tínhamos combinado, mas Senna recusou. Se esse filho da mãe vier de joelhos no futuro, jamais vou oferecer outro emprego a ele", disse Dennis na época.

Pouco tempo depois, a Williams deu a Senna sua primeira chance com um carro de Fórmula 1. Em Donington, aquele novato simplesmente quebrou o recorde da pista, deixando os membros da equipe atordoados. Frank Williams, por exemplo, definiu o desempenho de Senna em apenas uma palavra: "Impressionante". Apesar disso, o time inglês não tinha vagas para 1984, e Senna precisou assinar com uma equipe pequena, mas promissora : a Toleman.

Logo na sua segunda corrida - correndo a maior parte da prova com o aerofólio dianteiro quebrado - Senna marca seu primeiro ponto, com um sexto lugar na África do Sul. O resto do ano, porém, veria resultados ainda mais espetaculares. Na Alemanha e em Portugal, Senna chega ao podium, terminando em terceiro nas duas ocasiões. E, em Mônaco, Senna faz um sensacional segundo lugar em meio à forte chuva, passando muito perto da vitória.

Sua reputação já estava formada. Em 1985, Senna assina com a Lotus, numa mudança que deixa a Toleman desamparada. Seria a primeira atitude "matadora" de Senna, que praticamente encerraria a trajetória da simpática equipe de Ted Toleman. Agora, porém, era hora de pensar no futuro com a Lotus. De 1985 a 1987, foram três anos na tradicional equipe inglesa. Seis vitórias, mas apenas um terceiro lugar no campeonato de 87. O título estava demorando, e Senna sabia disso.

Percebendo o potencial da Honda, Senna faz amizade com os japoneses, e consegue levá-los para a McLaren em 1988. Ao lado de Alain Prost, Senna forma a dupla de pilotos mais forte de todos os tempos. No primeiro ano juntos, Senna leva a melhor e conquista seu primeiro troféu de campeão. Prost dá o troco de maneira controvertida em 1989, ganhando o título quando os dois se envolvem num acidente polêmico. No fim deste ano, Prost desiste da McLaren e assina com a Ferrari.

O desempate vem em 1990, quando Senna devolve a derrota de 1989 de forma parecia: uma vez mais, uma batida entre os dois rivais encerra o campeonato. Em 1991, Prost não é sombra das temporadas anteriores, e Senna leva o tri, após vencer uma dura batalha contra o inglês Nigel Mansell. Na seqüência, Senna é apenas quarto no campeonato de 1992. Estaria ele desmotivado? A temporada de 1993 mostraria que não.

Com um carro nitidamente anterior, Senna conquista vitórias antológicas no Brasil e no G.P. da Europa, em Donington. Alain Prost, de Williams, leva o título, mas Senna termina o ano consagrado como o melhor da Fórmula 1. Numa transferência que deixa seus fãs muito empolgados, Senna acerta com a Williams para 1994. Era para ser seu ano de dominação completa. Infelizmente, tudo dá terrivelmente errado.

O campeonato começa mal, quando Senna não completa as provas do Brasil e do Pacífico. Então, em San Marino, vem o encontro impiedoso com o muro da Tamburello, que encerra de maneira súbita e dramática a trajetória de Senna. A comoção é mundial, e a Fórmula 1 se vê abalada como poucas vezes em sua história. No fim, a categoria sobrevive. Mas nunca mais seria a mesma.

No Brasil, Senna deixa um legado de sua história: o Instituto Ayrton Senna, que até hoje se destaca na ajuda a crianças carentes. E Senna fica, para sempre, marcado como o maior esportista da história do país, ao lado de Pelé. Várias biografias são lançadas para celebrar a sua vida, cada uma abordando sua carreira de modo diferente. Mas como definir quem era Senna? Minha resposta preferida é uma frase de Maurício Gugelmin: "Se você juntar 26 pilotos de corrida em 26 ônibus de dois andares e fizer uma corrida em Silverstone, nós sabemos quem vai ganhar, não sabemos?".

Pela magnífica coleção de vitórias na fase inicial da carreira, pelos três títulos mundiais e diversos triunfos ao longo de dez anos na Fórmula 1, e por tudo que representou não só para o esporte brasileiro, mas também para todo o povo deste país, Ayrton Senna leva o primeiro lugar na lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História.

Como não podia deixar de ser, são inúmeros os vídeos homenageando Senna pela internet. Escolhi esse aí debaixo, que mostra as últimas voltas do Grande Prêmio do Brasil de 1991. Naquela que foi uma de suas maiores vitórias, Senna chegou ao fim pilotando apenas com a sexta marcha. Mesmo assim, segurou Riccardo Patrese e triunfou em casa pela primeira vez, levando as arquibancadas de Interlagos ao delírio. A narração é de Galvão Bueno:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta amanhã, fazendo as tradicionais menções honrosas. Dessa vez, vamos falar de uma série de grandes nomes do automobilismo brasileiro, que chegaram perto de entrar no ranking. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos (a partir da segunda, na ordem):

Fonte principal:
"Ayrton - O Herói Revelado", de Ernesto Rodrigues, editado pela Objetiva
"Fórmula 1 - Pela Glória e Pela Pátria", de Eduardo Correa, editado pela Globo

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Temporada de boatos prestes a ser encerrada

A dança das cadeiras da Fórmula 1 já está muito perto do final. Nesta segunda, a equipe ART da GP2 anunciou a contratação do italiano Luca Filippi, que vinha sendo fortemente cogitado para uma das vagas da Super Aguri. Com a definição de Filippi, fica quase certo que a pequena equipe japonesa vai mesmo manter Takuma Sato e Anthony Davidson como titulares, encerrando um dos últimos mistérios da chamada "temporada de boatos".

Além da futura dupla da Super Aguri, o único outro ponto de interrogação é a Force India, que também não confirmou ainda seus pilotos para 2008. O time indiano, porém, tem tudo para continuar com Adrian Sutil, enquanto Giancarlo Fisichella é o favorito para a segunda vaga. Correndo por fora, Christian Klien também pode assinar com a Force India, mas suas chances se reduziram bastante nos últimos dias.

No cenário atual, a tendência é que a Super Aguri ainda demore um tempo para confirmar seus pilotos da temporada 2008, embora eles já estejam praticamente definidos. Por sua vez, a Force India prometeu tomar uma decisão até o natal. Já para os próximos dias, portanto, é esperado um anúncio oficial por parte da equipe estreante.

Empresário e sócio de Giancarlo Fisichella, Enrico Zanarini declarou hoje em comunicado distribuído à imprensa que a única vontade do veterano é mesmo assinar com a Force India para 2008. "Já visitei a fábrica da equipe duas vezes, e Fisico outras duas. Agora é o momento para que a Force India tome sua decisão final. Não temos problemas em esperar até o anúncio", disse Zanarini.

Com as vagas da Fórmula 1 praticamente fechadas para 2008, uma série de pilotos já começa a se preparar visando no ano de 2009. O indiano Narain Karthikeyan, ex-titular da Jordan, é um deles. Falando ao jornal DNA India, ele tentou fazer seu marketing pessoal: "Quero volta à Fórmula 1 para provar o meu valor. Mereço outra chance", disse "Kart". Agora, resta saber se a Force India estaria disposta a abrir uma vaga para ele no médio prazo. Não seria surpresa alguma...

Enquanto uns lutam para entrar, outros já planejam o momento da saída. David Coulthard, por exemplo, admitiu hoje já estar pensando no que fazer após abandonar a Fórmula 1. "Competir nos Estados Unidos é complicado, porque exige total comprometimento. Mas eu certamente vou considerar essa opção. Se eu posso correr 38 etapas por ano na Nascar? Bem, andando só de jatinho particular não é difícil!", brincou Coulthard.

Será que vem aí um duelo entre "DC" e o homem que tirou sua eterna vaga na McLaren, Juan Pablo Montoya? A conferir...


Com suas duplas já confirmadas para a próxima temporada, as equipes de ponta estão totalmente concentradas no desenvolvimento de seus modelos 2008. O próximo carro da Ferrari, por exemplo, deve incorporar uma série de mudanças aerodinâmicas, que devem tornar o F-2008 "completamente diferente" ao F-2007. Ao menos é isso o que garantiu o diretor-técnico da equipe vermelha, Aldo Costa, em entrevista ao Gazzeta dello Sport.

Outra novidade na Ferrari é que Michael Schumacher deve continuar apenas como assessor especial do time em 2008, segundo revelou em entrevista ao canal Sky News. Uma volta às pistas como titular, porém, está totalmente descartada pelo alemão. De forma contrária, o principal dirigente da McLaren, Ron Dennis, garantiu ontem ao diário News of the Wolrd que não pretende se aposentar tão cedo.

"Tem gente que quer ver a minha saída, mas isso não vai acontecer. Não seria o melhor para a McLaren", disse Dennis. O time prateado, aliás, vive uma fase de relativa paz nesse momento. Recém-contrato pela equipe, Heikki Kovalainen assegurou ao site Autosport: "Não vou criar problemas com a McLaren". Vale registrar que, falando à rede BBC, o pai de Lewis Hamilton fez questão de elogiar bastante a contratação do finlandês: "Tenho certeza de que Lewis e Heikki vão se dar muito bem".

Na Renault, Fernando Alonso já sabe a data de sua reestréia com a equipe francesa: 14 de janeiro, durante os testes coletivos de Jerez de la Frontera. Nos mesmos ensaios, Nelson Angelo Piquet também deve experimentar o novo carro da Renault. Em entrevista à imprensa espanhola, Nelsinho mostrou-se bem entrosado com Alonso, ao menos no discurso: "Na minha opinião, a McLaren claramente favoreceu Hamilton na última temporada".

Estaria Nelsinho tentando ganhar a simpatia de Alonso ou falando a mais pura verdade? Essa é difícil de responder...


A Finlândia, realmente, vive uma fase dourada no esporte a motor. Se não bastasse a presença de Kimi Raikkonen e Heikki Kovalainen em equipes de ponta da Fórmula 1, o país nórdico também vai emplacar a dupla de pilotos do time oficial da Ford no Mundial de Rally. Nesta segunda, a montadora americana anunciou Jari-Matti Latvala (à esquerda) - a grande revelação de 2007 - como novo companheiro de Mikko Hirvonen para a próxima temporada.

Latvala será o substituto de outro finlandês, por sinal: o bicampeão Marcus Grönholm, que está se aposentando. Em 2007, correndo pela equipe-satélite da Ford, Latvala conquistou resultados bastante expressivos, por vezes até superando os pilotos do time oficial. No fim do ano, ele fechou numa boa oitava colocação no campeonato, tornando-se a escolha óbvia da Ford para o lugar de Grönholm.

No mundo do motociclismo, o Brasil recebeu uma excelente notícia no último domingo. Para quem achava que a aposentadoria de Alexandre Barros riscaria o país do mapa, está aí a resposta: o garoto Eric Granado (à direita), de apenas 11 anos, venceu ontem o Mundial Infantil de moto na categoria 70cc. O campeonato foi disputado em Valência, na Espanha.

Largando da pole position, Eric superou o espanhol Jorge Martinez, o italiano Marco Antonelli e outros 98 competidores para conquistar a vitória com autoridade. Mais tarde, o paranaense Diego Faustino, de 13 anos, foi o 33º na categoria 250cc, que contou com noventa participantes. Se conseguirem apoio e sucesso, os dois já poderiam estrear nas 250cc do Mundial de Motovelocidade em pouco tempo, assim que chegassem à idade mínima de 15 anos.

Alexandre Barros, pelo visto, pode ter sim alguns sucessores...


O vídeo do dia mostram cenas da finalíssima da Corrida dos Campeões, disputada no último domingo. Na decisão, o sueco Mattias Ekström - bicampeão da DTM - venceu a melhor-de-três baterias contra ninguém menos do que Michael Schumacher. As imagens a seguir não incluem o primeiro confronto - vencido por Ekström - mas retratam o triunfo de Schumi no segundo duelo e a consagração de Ekström na bateria-desempate:


Antes que eu me esqueça: esse vídeo foi uma dica do Kohara, do ótimo Bestlap

Nesta terça, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando o número um da lista dos Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História. E depois, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do automobilismo. Até amanhã!

Crédito das fotos:

Fisichella muito perto da vaga na Force India

A Force India prometeu confirmar sua dupla de pilotos até o natal, mas o Automoto365.com já adiantou ontem a provável formação do time indiano em 2008: Adrian Sutil e... Giancarlo Fisichella. É isso aí. De acordo com a reportagem do site, Fisico levou vantagem sobre Christian Klien, Vitantonio Liuzzi e Roldán Rodríguez, ganhou o "vestibular" da Force India e agora só espera o anúncio oficial da equipe.

Verdade ou boato, o fato é que a notícia do Automoto365 coloca Fisichella em ótima posição na disputadíssima briga pela última vaga da Force India. Dispensado da Renault, o veterano parecia destinado à aposentadoria compulsória, mas agradou bastante aos engenheiros do time indiano durante a semana de testes de Jerez, no início de dezembro.

De todos os pilotos experimentados pela Force India, Fisichella foi quem mais se destacou. Além de manter um desempenho constante dentro da pista, o italiano também demonstrou uma motivação que surpreendeu os técnicos da equipe. Além de Fisico, apenas o austríaco Christian Klien recebeu elogios no "relatório" da Force India, enquanto os demais concorrentes estiveram abaixo do esperado.

Falando ao jornal The Mail on Sunday na semana passada, o dono da escuderia, Vijay Mallya, afirmou que a dupla de pilotos precisaria "equilibrar talento e experiência". Como o alemão Adrian Sutil já está praticamente confirmado como o "talento" do time, sobraria Fisichella para ocupar a vaga da "experiência". Embora certamente não seja tão rápido quanto Klien, Fisico é um piloto que valeria bem mais a pena para a Force India. Ao menos, nessa fase inicial da equipe.

O problema principal é que Fisichella oscila de acordo com a sua motivação. Após sofrer duras críticas do chefão Bernie Ecclestone, o italiano entrou cheio de determinação nos testes de Jerez. Mas não há como garantir que Fisico vai manter o mesmo grau de animação ao longo do ano que vem. Principalmente se a Force India ficar se arrastando nas últimas posições.

De qualquer maneira, a aposta é calculada. Um bilionário apaixonado pelas corridas, o empresário Vijay Mallya não vai economizar esforços para transformar a Force India numa equipe de respeito. E, dos pilotos, disponíveis, Fisichella parece ser o mais capaz de ajudar na evolução do time indiano. O Blog havia apostado em Christian Klien na disputa pela última vaga da Force India, mas já admite seu erro.

Nesse momento, tudo indica que o escolhido vai ser mesmo Giancarlo Fisichella.

Crédito das fotos: www.gpupdate.net

Weekend Update - Fórmula Truck e Balanço dos Palpites

Deu a lógica na finalíssima da Fórmula Truck. Dono de uma confortável vantagem na liderança do campeonato, Felipe Giaffone não deu sopa para o azar e confirmou ontem o título da temporada 2007 da categoria, com um quarto lugar na etapa de Brasília. Correndo em casa, Geraldo Piquet venceu a prova brasiliense pelo segundo ano consecutivo, fazendo a festa do pai, Nelsão, e do irmão, Nelsinho, que assistiram à corrida dos boxes.

Para o campeão Giaffone, o fim de semana não foi nada fácil. Após sofrer um acidente nos treinos livres de sábado, ele se preocupou apenas em fazer uma prova bastante conservadora, evitando envolver-se acidentes. No fim, tudo deu certo, mas a ansiedade quase atrapalhou. "Parecia que a corrida não terminava nunca!", disse Giaffone na entrevista coletiva dos vencedores.

Único piloto capaz de tirar o troféu de campeão de Giaffone, Roberval Andrade fazia uma excelente prova até sofrer uma quebra nos momentos finais. Largando da pole, ele liderava com autoridade a duas voltas do fim, quando um problema no motor de seu Scania jogou tudo por água abaixo. Mesmo assim, Andrade ainda tentou receber a bandeira quadriculada, sendo bastante aplaudido pela torcida presente ao autódromo de Brasília.

Por sua vez, Geraldo Piquet saiu do oitavo lugar no grid e fez uma prova bastante movimentada. Em dez voltas, o filho mais velho de Nelsão já havia subido para terceiro, antes de escapar na Curva da Vitória. O erro derrobou Geraldo para a sua posição de largada, mas ele estava determinado a vencer em Brasília.

Nas últimas voltas, Geraldo ultrapassou Valmir Benavides, Renato Martins e o campeão Felipe Giaffone, assumindo o segundo posto. Com o abandono de Roberval Andrade, o piloto da casa tomou a liderança e conquistou uma brilhante vitória. Na seqüência, Benavides, Martins, Giaffone e Leandro Totti completaram o podium da emocionante prova de Brasília.

Com os resultados deste domingo, Felipe Giaffone conquistou o título da Fórmula Truck já no seu primeiro ano completo na categoria, ao somar 156 pontos. Campeão de 2002, Renato Martins ficou com o vice-campeonato, apenas 23 pontos atrás de Giaffone. Logo a seguir, vieram Renato Martins (95), Leandro Totti (79), Geraldo Piquet e Wellington Cirino (ambos com 76).

A seguir, os resultados da etapa de Brasília:

1. Geraldo Piquet/Distrito Federal/Mercedes, 33 voltas em 1h00:44.803s
2. Valmir Benavides/São Paulo/Volkswagen, a 8.907s
3. Renato Martins/São Paulo/Volkswagen, a 8.942s
4. Felipe Giaffone/São Paulo/Volkswagen, a 9.276s
5. Leandro Totti/Paraná/Ford, a 11.832s
6. José Maria Reis/Goiás/Scania, a 13.468s
7. André Carreira/São Paulo/Volvo, a 14.225s
8. Vignaldo Fizio/São Paulo/Mercedes, a 15.340s
9. Vinicius Ramires/São Paulo/Mercedes, a 17.317s
10. Beto Monteiro/Pernambuco/Ford, a 17.553s

Logo abaixo, a classificação final da temporada 2007 da Fórmula Truck:

1. Giaffone, 156 pts; 2. Andrade, 133 pts; 3. Martins, 95 pts; 4. Totti, 79 pts; 5. Piquet e Cirino, 76 pts; 7. Borlenghi, 62 pts; 8. Benavides, 53 pts; 9. Monteiro e Ramires, 36 pts; 11. Fizio, 29 pts; 12. Reis, 23 pts; 13. Zappellini 14 pts; 14. Bueno e Maistro, 12 pts; 16. P. Muffato, 9 pts; 17. Marinelli, 8 pts; 18. Jardim e Fogaça, 6 pts; 20. Carreira e Cangueiro, 4 pts; 22. Rodrigues e Britto, 3 pts; 24. Napolitano, 1 pt; 25. Boessio, Helou e D.Muffato, 0 pts

Agora, a Fórmula Truck entra de férias e só volta em meados de março de 2008. No ano que vem, aliás, a categoria pode fazer sua estréia fora do país, com uma possível etapa na Argentina.


O desempenho do Blog nas apostas do fim de semana pode ser dividido da seguinte forma: na Fórmula Truck, excelente. Na Corrida dos Campeões, bom. Na A1GP, horroroso. Sem perder mais tempo, vamos ao tradicional Balanço dos Palpites:

A1GP - Vencedores: Alemanha e Índia. Palpites: França (oitavo e sétimo) e Brasil (18º e abandono)
Corrida dos Campeões (equipes) - Vencedora: Alemanha. Palpite: Finlândia (finalista)
Corrida dos Campeões (individual) - Vencedor: Mattias Ekström. Palpite: Michael Schumacher (finalista)
Fórmula Truck (vitória) - Vencedor: Geraldo Piquet. Palpite: Geraldo Piquet (primeiro)
Fórmula Truck (título) - Campeão: Felipe Giaffone. Palpite: Felipe Giaffone (primeiro)

Minhas apostas na A1GP foram realmente desastrosas. A França até teve um desempenho razoável, mas o Brasil sofreu com o azar. Ao mesmo tempo, meus palpites para as Corridas dos Campeões chegaram perto da vitória: a dupla da Finlândia (Heikki Kovalainen e Marcus Grönholm) e Michael Schumacher perderam apenas na final. Para minha sorte, a Fórmula Truck salvou o último fim de semana de palpites do ano...

Ao longo do dia, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos:
Felipe Giaffone - www.grandepremio.com.br (foto de Orlei Silva)
Roberval Andrade - www.formulatruck.com.br

domingo, 16 de dezembro de 2007

Weekend Update - Corrida dos Campeões

O sueco Mattias Ekström derrotou Michael Schumacher para conquistar seu segundo título consecutivo na Corrida dos Campeões, disputada hoje à tarde no estádio de Wembley, em Londres. Vencedor da edição 2006 do evento, Ekström roubou a cena ao superar o favorito Schumi na finalíssima da competição, num duelo bastante equilibrado. O alemão ficou com o vice na categoria individual, mas trinfou na Taça das Nações ao lado de Sebastian Vettel.

Contando com dezesseis nomes das mais diversas categorias do automobilismo mundial, a Corrida dos Campeões foi aberta com a disputa da Taça das Nações. No caminho para a final, Michael Schumacher e Sebastian Vettel superaram os Estados Unidos (Jimmie Johnson e Travis Pastrana) e a anfitriã Inglaterra (Jenson Button e Andy Priaulx), para desgosto da torcida presente ao Wembley.

Na decisão, Schumi deixou o motor morrer na primeira bateria contra a Finlândia, sendo facilmente superado por Heikki Kovalainen. Contrariando as expectativas, porém, Vettel bateu o bicampeão do Mundial de Rally, Marcus Grönholm, e depois venceu Kovalainen para levar o troféu por equipes.

Mais tarde, Kovalainen deu o troco ao eliminar Vettel nas oitavas-de-final da competição individual. Pena que não adiantaria muito: nas quartas, o finlandês rodou e perdeu o duelo contra Andy Priaulx. O inglês passou para as semi, onde foi desclassificado pelo futuro campeão Mattias Ekström, que já havia derrotado Tom Kristensen e Travis Pastrana.

Em busca do segundo título consecutivo, Ekström enfrentou Michael Schumacher na final. O alemão - vitorioso sobre Henning Solberg, Jenson Button e Sebastien Bourdais - perdeu a bateria inicial da melhor-de-três, mas deu o troco logo em seguida. No desempate, porém, Ekström não cometeu erros e venceu, enquanto Schumi nem chegou a completar após dar uma rodada na última curva. Sem problema: o alemão já havia dado seu habitual show.

Como de costume, a Corrida dos Campeões foi um evento espetacular. Além das disputas, o evento também contou com uma série de apresentações especiais. David Coulthard, por exemplo, levou o público ao delírio ao executar os famosos "zerinhos" com seu Red Bull da Fórmula 1. Quem esteve presente ao estádio de Wembley, certamente, não saiu decepcionado.

A seguir, o resultado final da edição 2007 da Corrida dos Campeões:

Torneio Individual:

Oitavas-de-final

Michael Schumacher (Fórmula 1) 1 x 0 Henning Solberg (Mundial de Rally)
Jenson Button (Fórmula 1) 1 x 0 Alistair McRae (Mundial de Rally)
Sebastien Bourdais (Fórmula 1) 1 x 0 Jimmie Johnson (Nascar)
David Coulthard (Fórmula 1) 1 x 0 Petter Solberg (Mundial de Rally)
Heikki Kovalainen (Fórmula 1) 1 x 0 Sebastian Vettel (Fórmula 1)
Andy Priaulx (Mundial de Turismo) 1 x 0 Yvan Muller (Mundial de Turismo)
Mattias Ekström (DTM) 1 x 0 Tom Kristensen (Le Mans/DTM)
Travis Pastrana (Motocross) 1 x 0 Marcus Grönholm (Mundial de Rally)

Quartas-de-final

Schumacher 1 x 0 Button
Bourdais 1 x 0 Coulthard
Priaulx 1 x 0 Kovalainen
Ekström 1 x 0 Pastrana

Semi-finais

Schumacher 1 x 0 Bourdais
Ekström 1 x 0 Priaulx

Final

Ekström 2 x 1 Schumacher
Taça das Nações:

Quartas-de-final

Noruega 2 x 1 França (H.Solberg x Bourdais; P.Solberg x Muller; P.Solberg x Bourdais)
Finlândia 2 x 0 Escandinávia (Kovalainen x Kristensen; Grönholm x Ekström)
Inglaterra 2 x 0 Escócia (Button x Coulthard; Priaulx x McRae)
Alemanha 2 x 1 Estados Unidos (Schumacher x Johnson; Vettel x Pastrana; Schumacher x Pastrana)

Semi-finais

Finlândia 2 x 0 Noruega (Kovalainen x H.Solberg; Grönholm x P.Solberg)
Alemanha 2 x 0 Inglaterra (Schumacher x Button; Vettel x Priaulx)

Final

Alemanha 2 x 1 Finlândia (Schumacher x Kovalainen; Vettel x Grönholm; Vettel x Kovalainen)

Para facilitar, o retrospecto de cada piloto está logo abaixo:

Bourdais: 3 vitórias e 2 derrotas
Button: 2 vitórias e 2 derrotas
Coulthard: 1 vitória e 2 derrotas
Ekström: 5 vitórias e 2 derrotas (campeão no individual)
Grönholm: 2 vitórias e 2 derrotas (vice-campeão entre equipes)
Kovalainen: 4 vitórias e 2 derrotas (vice-campeão entre equipes)
Kristensen: 0 vitórias e 2 derrotas
Johnson: 0 vitórias e 2 derrotas
McRae: 0 vitórias e 2 derrotas
Muller: 0 vitórias e 2 derrotas
Pastrana: 2 vitórias e 2 derrotas
Priaulx: 3 vitórias e 2 derrotas
Schumacher: 7 vitórias e 3 derrotas (campeão entre equipes e vice no individual)
H.Solberg: 0 vitórias e 3 derrotas
P.Solberg: 2 vitórias e 2 derrotas
Vettel: 3 vitórias e 2 derrotas (campeão entre equipes)

Nesta segunda, o Blog volta com a última edição do Weekend Update, destacando a finalíssima da Fórmula Truck e o Balanço dos Palpites. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos: www.raceofchampions.com

Weekend Update - A1GP

Alemanha e Índia foram as vencedoras da quarta etapa da temporada 2007-08 da A1GP, disputada hoje no circuito chinês de Zhuhai. Primeira colocada no campeonato, a Suíça conquistou um segundo e um sexto, ampliando a liderança na tabela de pontos. Por sua vez, a equipe brasileira teve um fim de semana desastroso, e abandonou ambas as baterias já na primeira volta.

Na Sprint Race - a bateria mais curta - a Alemanha dominou do início ao fim. Comandados por Michael Ammermüller, os germânicos largaram da pole e venceram sem maiores dificuldades uma corrida pouco movimentada. Ao mesmo tempo, a Suíça (Neil Jani) finalizou em segundo, enquanto a anfitriã China (Cheng Cong Fu) conseguiu um excelente terceiro.

Mais tarde, a Feature Race foi bem mais emocionante. Terceira no grid, a Índia (Narain Karthikeyan) aproveitou-se de um problema no segundo pit stop da Suíça, e assumiu a liderança com quinze voltas para a bandeirada. Antes de comemorar a primeira vitória na categoria, porém, a equipe indiana precisou suportar a forte pressão da Nova Zelândia (Jonny Reid).

O carro neo-zelandês largou de décimo, e foi o grande destaque da bateria. Realizando várias ultrapassagens, Jonny Reid fez uma ótima corrida de recuperação, alcançando o segundo lugar após a última rodada de paradas. A Nova Zelândia só não conseguiu superar a Índia, que manteve-se segura na ponta até o fim. Logo atrás, a África do Sul (Adrian Zaugg) também venceu uma dura batalha com a Alemanha, na disputa pelo terceiro lugar.

Dessa vez, as apostas do Blog foram muito furadas. A França (Löic Duval) até teve um desempenho razoável, conseguindo um oitavo e um sétimo. Mas o Brasil (Sérgio Jimenez) foi vítima da pilotagem atrapalhada de outros pilotos, sendo tirado das duas provas já na primeira volta. Na Sprint Race, Jimenez não conseguiu desviar de um acidente logo à sua frente, e abandonou de cara. As coisas não melhorariam na Feature, quando o Canadá (Robert Wickens) atingiu e quebrou a suspensão do carro brasileiro.

Com os resultados de Zhuhai, a Suíça aumentou a liderança na tabela de classificação. Agora, o time da terra dos melhores chocolates do mundo tem 19 pontos de vantagem sobre a França: 79 a 60. Na seqüência, aparecem Nova Zelândia (59), Grã-Bretanha (48) e África do Sul (47). O Brasil vem apenas em 11º, com 22 pontos. A seguir, os resultados da rodada dupla de Zhuhai:

Sprint Race:
1. Alemanha/M.Ammermüller, 13 voltas em 20:31.432
2. Suíça/Neel Jani, a 0.601
3. China/Cheng Cong Fu, a 4.632
4. Irlanda/Adam Carroll, a 6.707
5. República Checa/Tomas Enge, a 7.386

Feature Race:
1. Índia/Narain Karthikeyan, 45 voltas em 1h08min30s759
2. Nova Zelândia/Jonny Reid, a 0.502s
3. África do Sul/Adrian Zaugg, a 4.128s
4. Alemanha/Michael Ammermüller, a 4.907s
5. Inglaterra/Oliver Jarvis, a 5.267s

A próxima etapa da A1GP está marcada para o dia 20 de janeiro, na pista neo-zelandesa de Taipo. Até o fim do dia, o Blog volta comentando a Corrida dos Campeões e a finalíssima da Fórmula Truck. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: www.gpupdate.net