sábado, 6 de junho de 2009

Vettel faz a pole na Turquia, mas Button ainda é o favorito

Dessa vez, alguém conseguiu superar o líder do campeonato Jenson Button.

O autor da façanha foi o alemão Sebastian Vettel, que larga na frente no GP da Turquia deste domingo.

Mas, apesar de estar na pole, o piloto da Red Bull não é o grande favorito para a vitória.

Segundo os comissários da FIA, Vettel é um dos mais leves de todo o pelotão e, portanto, vai fazer seu primeiro pit stop antes.

Em segundo lugar no grid, Button ainda é o piloto a ser batido.

Mais uma vez, o inglês superou seu companheiro de equipe Rubens Barrichello, embora tenha feito a classificação com mais peso do que o brasileiro.

Colocou-se na primeira fila e, se mantiver a posição na largada, só precisa acompanhar o ritmo de Vettel para dar o bote na hora dos pit stops.

A sexta vitória do ano para Button não está tão longe assim.

Para Rubinho, o treino repetiu a história do resto da temporada. Antes da fase decisiva, ele conseguiu andar próximo de Button, mas ficou para trás na hora da "superpole".

O veterano ainda não tem vitória neste ano e tudo indica que vai passar em branco de novo amanhã.

O quarto lugar no grid, Mark Webber, acabou ofuscado pelo companheiro Vettel, mas não teve um desempenho especialmente ruim.

O australiano larga pesado, pensando numa estratégia para a corrida, e está bem cotado na briga por um lugar no pódio.

A Ferrari, que prometia disputar a pole, decepcionou. Felipe Massa, que venceu na Turquia nos últimos três anos, não passou de sétimo.

Ficou atrás do ótimo Jarno Trulli, em quinto, e do companheiro Kimi Raikkonen, o sexto.

Todos os três não devem seguir o desempenho dos pilotos de Brawn e Red Bull. No momento, Toyota e Ferrari concorrem no segundo escalão da Fórmula 1.

Mais trás, Fernando Alonso andou levinho com a Renault e mesmo assim não passou de oitavo. Se pontuar, vai sair no lucro.

O mesmo vale para Nico Rosberg e Robert Kubica, que apareceram bem ao classificar seus carros entre os dez primeiros.

Por outro lado, o treino classificatório teve duas grandes decepções.

A McLaren não passou de 14º com Heikki Kovalainen e 16º com o campeão Lewis Hamilton. Pelo visto, a recuperação do time prateado ficou para depois.

E Nelsinho Piquet também foi muito mal, rodou duas vezes e ficou apenas em 17º. A má fase do brasileiro da Renault parece não ter fim.

Amanhã, largada para o GP da Turquia às 9h de Brasília.

Todos contra Jenson Button, de novo.

Mas, dessa vez, apenas Sebastian Vettel parece capaz de vencer o inglês.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Palpitão do Grande Prêmio da Turquia

A correria no trabalho me impediu de publicar o post do Palpitão na quinta-feira, como de hábito. Mas antes tarde do que nunca.

Há duas semanas, o Blog arriscou ao escolher o favorito para o GP de Mônaco.

Joguei minhas fichas em Mark Webber, um piloto que já tem mais de 100 corridas no currículo e nunca venceu. O australiano não teve uma má atuação e chegou em quinto lugar, mas ficou longe da disputa pela vitória.

Depois do erro em Mônaco, é hora de manter os pés no chão.

Qual piloto tem a maior probabilidade de vencer o GP da Turquia deste domingo? Jenson Button, é claro.

O inglês levou cinco das seis corridas da temporada. Seu carro é, sim, o melhor do pelotão. E nada indica que haverá uma mudança brusca em Istambul.

A Red Bull tem suas chances. A Ferrari também. Até a McLaren pode sonhar em disputar o triunfo neste domingo.

Mas a Brawn é a favorita. Jenson Button é o favorito.

Após derrapar nos palpites de Mônaco, o Blog aposta no líder do campeonato simplesmente porque não espera maiores surpresas na Turquia.

Aí vai o palpitão completo da corrida de Istambul:

Vitória: Jenson Button
Pole Position: Jenson Button
Melhor Volta: Sebastian Vettel
Grid aleatório (8º lugar): Timo Glock
Tempo da pole: 1:26.950
Primeiro abandono: Sebastien Bourdais
Zona de pontuação:
1. Jenson Button
2. Sebastian Vettel
3. Felipe Massa
4. Lewis Hamilton
5. Rubens Barrichello
6. Jarno Trulli
7. Fernando Alonso
8. Nelsinho Piquet

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Nos primeiros treinos do GP da Turquia, deu McLaren: Heikki Kovalainen foi o mais rápido do dia.

Um desempenho promissor do finlandês, mas que não significa lá muita coisa.

No treino de amanhã, a briga se resume basicamente a três equipes: Brawn, Red Bull e Ferrari.

Na disputa interna, Button, Vettel e Massa são favoritos sobre Rubinho, Webber e Raikkonen, respectivamente.

A briga pela pole não deve sair muito daí.

Anote na agenda: o treino classificatório é às 8h deste sábado, horário de Brasília.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fórmula Indy de volta ao Brasil

Era uma daquelas possibilidades que, de tantas vezes repetida, ninguém acreditava mais.

Pelo visto, agora vai.

No fim da tarde desta quarta-feira, a TV Bandeirantes confirmou que a Fórmula Indy estará de volta ao Brasil a partir do ano que vem.

Seis cidades estão no páreo: Ribeirão Preto, Campinas, São Paulo, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro.

Algumas, é claro, fazem apenas figuração.

O Rio - sede de um meio-autódromo que mal consegue receber competições regionais - certamente tem outras prioridades além da Indy e muito dificilmente terá a etapa da categoria.

São Paulo, que já tem a Fórmula 1, também não é favorita na disputa. Como todos sabem, o chefão da F-1, Bernie Ecclestone, não gosta de concorrência e não gostaria de ver Interlagos dividido com a Indy.

As chances de Campinas são uma incógnita. A cidade nem aparecia entre as candidatas, mas agora resolveu apostar no projeto e talvez até tenha sucesso.

Entre as restantes, Ribeirão Preto parece ter vantagem sobre Brasília e Salvador, embora as duas últimas tenham interesse de investir para receber a Indy.

No momento, é realmente difícil adivinhar onde será a corrida da categoria no Brasil em 2010.

O que parece certo é que a Indy realmente vai viajar até aqui.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Brabham se inscreve para correr na F-1 em 2010

Esta quarta-feira trouxe uma notícia que era absolutamente inimaginável até poucas semanas atrás.

A Brabham, tradicional equipe fundada pelo tricampeão Jack Brabham, pode retornar à Fórmula 1 no ano que vem.

Assim como a March e a Lola, duas ex-escuderias que pleiteam um lugar no grid em 2010, a Brabham também se inscreveu para correr na próxima temporada.

Para chegar lá, vai ter de passar pelo filtro da FIA - no momento, há apenas três vagas para estreantes em 2010, e oito candidatos.

Sim, será bem difícil. As chances de a "nova Brabham" ser aceita não são lá tão grandes assim.

Não só as concorrentes são fortes como também os donos da marca Brabham não parecem ter cacife para lidar com uma equipe de Fórmula 1.

A Brabham é de propriedade da Formtech, uma empresa fornecedora de peças para times de diversas categorias do automobilismo, mas que não tem qualquer experiência com uma equipe própria.

No ano passado, a Formtech comprou o espólio da falida Super Aguri, só que nada fez para tentar um retorno à Fórmula 1.

Agora, o sonho de correr na categoria surgiu a partir da política de baixos custos. Com o conhecimento adquirido com a Super Aguri, a Formtech vai se inscrever com o nome "Brabham" e tentar correr em 2010.

A "nova Brabham" nada tem a ver com o time tetracampeão mundial em 1966, 1967, 1981 e 1983. Só a presença do nome, entretanto, já seria suficiente para dar força à equipe.

No dia 12 de junho, a FIA anuncia as equipes aceitas para o campeonato de 2010.

Das estreantes, Prodrive, USGPE, Campos e Lola são as favoritas a conquistar as novas vagas.

A Brabham está, de fato, na lista, e não tem chances tão grandes quanto as adversárias.

Mas há muita gente torcendo para rever o tradicional nome de volta à Fórmula 1.

Em termos de torcida, a Brabham supera as adversárias de goleada.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A tragédia do voo AF447

Nada que diz respeito ao automobilismo pode competir em importância com a terrível tragédia do voo AF447.

Eu não conhecia ninguém que estava no avião. Mas em sinal de respeito - e aproveitando que nada de relevante aconteceu no esporte a motor hoje - este Blog vai ficar parado até amanhã.

Apenas uma pequena folga para o blogueiro, num dia em que não há ânimo para falar nada sobre Fórmula 1.

domingo, 31 de maio de 2009

Sete equipes querem estrear na F-1 em 2010

A próxima temporada da Fórmula 1 correu o risco de nem acontecer por causa da falta de equipes.

Pois bem: a ameaça de boicote liderada pela Ferrari não se concretizou e, agora, o campeonato de 2010 tem um excesso de inscritos.

Além das dez escuderias que já correm neste ano, há nada menos do que sete novatas pleiteando um lugar no grid.

A primeira a manifestar interesse - já antes de todo o impasse envolvendo a FIA e a Associação de Equipes - foi a USF1, mais tarde rebatizada de USGPE porque o uso do nome "F1" não foi autorizado por Bernie Ecclestone.

Liderada por um engenheiro americano da Nascar, Ken Anderson, e um veterano jornalista inglês, Peter Windsor, a USGPE tem um projeto que ainda engatinha, mas parece promissor.

O interesse da Fórmula 1 pelos Estados Unidos é o principal trunfo da USGPE. Para ganhar um lugar na categoria, porém, Anderson e Windsor precisam provar que têm um plano viável.

Até agora, já meses após o anúncio de que a USGPE correria em 2010, ainda não há nada de concreto sobre a equipe. Mas a equipe tem padrinhos fortes e um orçamento que pode abrir muitas portas.

Junto com a USGPE, a Campos Grand Prix foi uma das primeiras a se inscrever para o ano que vem.

Liderada pelo espanhol Adrian Campos, um medíocre piloto da Minardi no fim dos anos 80, a Campos alcançou um sucesso razoável na GP2, onde acumulou vitórias e disputou títulos.

O problema é que, na Fórmula 1, o buraco é mais embaixo.

Adrian Campos já manifestou diversas vezes seu sonho de montar uma equipe na F-1, mas se manter na categoria não é para qualquer um.

No momento, a Campos pode até ser considerada uma das novatas com maior possibilidade de emplacar em 2010.

Entretanto, a trajetória da equipe parece muito com a da Super Aguri - um time simpático, comandado por outro ex-piloto sonhador e que não durou nem dois anos na Fórmula 1.

Entre as estreantes inscritas para 2010, a Prodrive se destaca.

A organização, liderada pelo empresário David Richards, já esteve para entrar na Fórmula 1 em mais de uma oportunidade.

Em 2006, chegou a conquistar o direito de correr a partir de 2008, mas o planos não foram adiante e a Prodrive precisou desistir sem sequer colocar o carro na pista.

Mais tarde, no fim do ano passado, Richards foi um sério candidato a comprar o espólio da equipe Honda. Uma vez mais, porém, não conseguiu realizar seu projeto.

Agora, tenta pela terceira vez, com a promessa de que a equipe poderia passar a se chamar Aston Martin a partir de 2012.

Sem dúvida, a Prodrive é um projeto sério. Mas, como já falhou em outras oportunidades, precisa ser visto com cautela.

Na lista de candidatas a entrar na Fórmula 1 em 2010, há dois nomes que já fizeram parte do grid da categoria: Lola e March.

A Lola, uma das fábricas de chassis mais tradicionais do automobilismo, teve sua última aventura na F-1 em 1997 e desistiu após apenas duas corridas.

Dessa vez, promete retornar com um plano a longo prazo. Com certeza, é uma candidatura que precisa ser observada com cuidado.

Por outro lado, a March ressuscitou de forma surpreendente, 16 anos depois de abandonar a Fórmula 1 pouco antes do início da temporada de 1993.

Equipe tradicional, que chegou até a vencer na categoria, a March ainda não tem um plano que convence. O proprietário é o mesmo que retirou o time das pistas em 1993, quando não havia dinheiro para manter a March ativa.

É claro que os custos da Fórmula 1 devem baixar em 2010. Mas, se a March não conseguiu sobreviver em 1993, será mais difícil ainda na atual realidade.

Por fim, a lista de candidatas a estreantes tem dois "azarões": a Litespeed e a Superfund.

A primeira é uma equipe honesta e mediana da Fórmula 3 Inglesa, que nunca teve grandes resultados de destaque nas categorias de base.

Já a Superfund é patrocinada pelo austríaco Alexander Wurz - que, teoricamente, é o piloto reserva da Brawn GP e ainda não se aposentou das pistas.

Wurz, um sujeito simpático, inteligente e articulado, certamente teria capacidade para gerenciar uma equipe de Fórmula 1.

Mas parece difícil acreditar que ele tenha cacife para levar uma empreitada dessas adiante sem nenhum grande parceiro ou experiência anterior.

No total, há sete candidatas a estrear em 2010: USGPE, Campos, Prodrive, Lola, March, Litespeed e Superfund.

Quantas vão vingar?

Segundo o regulamento da Fórmula 1, apenas 13 equipes podem correr em 2010. Como as dez atuais já estão garantidas, restam três vagas para sete organizações.

Quem seriam as escolhidas?

Considerando viabilidade do projeto e experiência em outras categorias, há quatro favoritas: USGPE, Campos, Prodrive e Lola. Os planos de March, Litespeed e Superfund parecem, no momento, bem menos convincentes.

O processo de seleção pode guardar surpresas e o anúncio das escolhidas só será divulgado pela FIA a 12 de junho. Até lá, tudo é especulação.

E, já que o Blog não escapa da regra, aí vai o palpite: USGPE, Prodrive e Lola vão ganhar um lugar no grid no ano que vem.