sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pausa para o Carnaval

Amigos, este Blog vai entrar em recesso a partir desta sexta-feira e só volta a ser atualizado na próxima terça.

Descanso? Para curtir o Carnaval?

Nada disso.

Pela primeira vez, vou participar da cobertura dos desfiles da Marquês de Sapucaí.

A maratona começa esta sexta com as escolas de samba mirins. No sábado, temos o Grupo A, espécie de "segunda divisão" do Carnaval carioca.

E, no domingo e na segunda, o Grupo Especial.

Serão três noites seguidas sem dormir, mas são ossos do ofício.

Por causa disso, o ritmo de notícia no site Pit Stop também ficará um pouco abaixo do normal. No momento, a cobertura do Carnaval merece toda prioridade.

Para quem quiser acompanhar ao vivo, visite o site Carnavalesco, que é parte do portal SRZD.

Na terça-feira, o Blog F1 Grand Prix volta ao ritmo normal.

Bom Carvanal a todos!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A Toyota e a busca pelo carro "indestrutível"

Em dezembro passado, quando ainda nenhum dos carros de 2009 havia sido lançado, a Toyota anunciou que um de seus grandes objetivos para este ano era produzir um carro "indestrutível", capaz de resistir a todas as corridas da temporada sem quebrar.

No campeonato de 2008, apenas uma equipe conseguiu alcançar este objetivo: a BMW, que obteve a façanha de não quebrar em nenhuma das 18 provas do calendário.

Mas o panorama para 2009 é diferente.

Com a chegada do KERS e a implantação de uma série de mudanças aerodinâmicas, os times voltaram para a estaca zero no quesito confiabilidade.

A expectativa é que o número de quebras seja alto no início do ano, mas há equipes que estão se concentrando na tarefa de produzir carros quase infalíveis.

Uma delas é justamente a Toyota, a escuderia que deseja ter o carro "indestrutível".

Em anos anteriores, a escuderia japonesa se notabilizou por não saber aproveitar oportunidades.

Agora, o objetivo é reverter a situação.

Na atual pré-temporada, a Toyota já é a equipe que completou o maior número de quilômetros sem experimentar uma única falha mecânica.

O solitário defeito que o novo TF109 teve foi uma quebra de motor no primeiro teste do alemão Timo Glock com o bólido.

À exceção disso, a Toyota não teve grandes problemas e, na maioria dos testes no Bahrein, é a equipe que permanece mais tempo na pista.

Nesta quarta-feira, a história se repetiu: Glock foi o mais rápido e andou muito mais voltas do que Massa e Heidfeld.

Tanto o brasileiro da Ferrari quanto o alemão da BMW tiveram quebras, enquanto Glock trabalhou mais e não experimentou defeitos no TF109.

Como sempre em pré-temporada, é muito cedo para garantir qualquer coisa.

Sobre performance, ainda não dá para fazer previsões.

Mas a Toyota, ao menos a princípio, parece ter saído na frente na questão da confiabilidade.

O novo TF109 ainda não é "indestrutível", mas talvez chegue lá.

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Importante ressalva: a Toyota é a uma das equipes - ao lado de Williams, Red Bull e Toro Rosso - que não vai usar o KERS no início da temporada.

O dispositivo eletrônico vem uma enorme sendo dor de cabeça para os times e culpado por várias quebras nesta pré-temporada.

No Bahrein, a Toyota não testou o KERS, e isso talvez explique a surpreendente confiabilidade do novo carro.

Mas não é tudo.

O novo TF109 vem provando ser um modelo estável e consistente, e que pode ser uma grata surpresa na fase inicial do campeonato.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma nova candidata para comprar a Honda

Quando parece que a novela sobre o futuro da Honda já está próxima do fim, surge um novo capítulo para embolar a história mais uma vez.

Nesta terça-feira, a notícia que estourou na Europa dá conta de que o bilionário britânico Richard Branson, que controla a gigante de entretenimento Virgin, pode comprar o espólio da escuderia japonesa.

Empresa com negócios em diversas áreas, a Virgin se expandiu para o mercado de combustíveis renováveis em 2006.

A entrada na Fórmula 1, portanto, seria importante para divulgar a nova imagem da Virgin.

Se o ingresso na categoria se confirmar, o provável chefe de equipe seria Adrian Reynard, ex-dono da antiga equipe BAR e ex-proprietário da Reynard Motorsport.

Um nome forte, de peso e que traria credibilidade para a nova Virgin Grand Prix, ou seja lá como se chamaria a equipe.

O fato é que a novela sobre a Honda continua enrolada, mas com perspectiva de terminar a qualquer momento.

O tempo é muito curto e a equipe precisa se definir até o fim da semana que vem, no máximo.

Repete-se aqui o palpite que já foi dado no post de ontem: se a Honda alinhar em 2009, seja qual for sua identidade, os pilotos serão Jenson Button e Bruno Senna.

A dúvida não está na dupla de titular, mas na possibilidade de a equipe permanecer na F-1.

Se a Virgin comprar a Honda, a escuderia teria um futuro promissor pela frente.

O problema é que esta hipótese, no momento, ainda não parece lá muito provável.

Resta esperar.

A novela ainda guarda novos capítulos, mas o desfecho se aproxima rapidamente.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sobre a novela entre Senna e a Honda

Não, ainda não há nada assinado entre Bruno Senna e a Honda.

Nesta segunda-feira, o jornal Folha de São Paulo e a revista Autosprint publicaram reportagens semelhantes, em que garantem que Senna já teria acertado um contrato de três anos para ser titular da equipe japonesa - ou do que sobrou dela - em 2009.

Horas depois, a assessoria de Senna desmentiu a história.

Por enquanto, ao menos, não há nada fechado entre o brasileiro a equipe.

Mas, se a Honda encontrar uma maneira de correr em 2009, é praticamente certo que Senna será titular ao lado de Jenson Button.

Neste momento, a dúvida não é se Senna seria o escolhido pela Honda.

Vai ser sim, a não ser que ocorra uma grande reviravolta de último momento.

O problema é que ainda não há garantias de que a Honda vai permanecer na F-1 e, portanto, não há como assegurar que Senna vai fazer sua estreia na categoria neste ano.

A arrastada novela tem prazo para acabar e não deve demorar mais do que uns dez dias, no máximo.

Até o fim do mês, a Honda precisa definir se vai correr.

Se deixar para depois disso, simplesmente não haverá tempo hábil de preparar tudo para o GP da Austrália.

Portanto, o momento decisivo é agora.

O mais provável é que a Honda encontre alguma maneira, meio que aos trancos e barrancos, de embarcar para a corrida de Melbourne.

Mas é fato que o time terá enormes dificuldades para acompanhar o ritmo dos adversários no início do ano.

Bruno Senna, mesmo se conseguir um lugar na F-1 em 2009, ainda não vai ter a oportunidade de provar seu potencial.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Autódromo de Jacarepaguá próximo do fim

O assunto já vem se arrastando há anos e - verdade seja dita - não interessa lá a tanta gente assim, mas é impossível evitá-lo.

O Autódromo Internacional Nelson Piquet, única praça disponível para o esporte a motor na cidade do Rio de Janeiro, está prestes a ser desativado por completo.

Recentemente, em virtude das obras para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o circuito foi cortado à metade e perdeu toda a sua identidade.

Já havia desaparecido de certa maneira, mas agora será oficial.

Neste fim de semana, o Comitê Olímpico Brasileiro divulgou seus planos para Jacarepaguá.

No lugar do autódromo, será construído um moderno Centro Nacional de Treinamento Olímpico, que deve atender a diversas modalidades.

O projeto faz parte dos planos da candidatura carioca à sede das Olimpíadas de 2016.

Mas, mesmo se o Rio não for escolhido para receber os Jogos, o Autódromo de Jacarepaguá deve ser destruído de qualquer maneira.

Nessa altura, o circuito parece não ter salvação mesmo.

É questão de tempo até que Jacarepaguá seja totalmente desativado.

Aos cariocas que gostam de automobilismo, resta torcer para que um novo autódromo seja erguido na cidade antes do fechamento de Jacarepaguá.

Há um acordo, lavrado na Justiça, que obriga a Prefeitura a construir outro circuito antes de desativar o atual.

Apesar disso, não há muitos motivos para otimismo.

No passado recente, vários acordos sobre Jacarepaguá foram simplesmente ignorados pelo COB e pela Prefeitura.

Havia a promessa, por exemplo, de que as obras para o Pan-2007 não afetariam a pista, o que se revelou uma grande mentira.

Mesmo se o Rio ganhar um novo autódromo, os cariocas não têm razão para se animar muito.

A quantia prometida para a obra do novo circuito é de R$ 100 milhões, muito pouco para que construa um autódromo realmente de primeiro nível.

Considerando que o investimento para as Olimpíadas pode chegar a R$ 30 bi, dá para concluir que o esporte a motor está longe de ser uma prioridade dos governantes cariocas...

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Em tempo, vai aí um rápido desafio: qual foi o último piloto carioca a estrear na Fórmula 1?

A resposta: Roberto Pupo Moreno, em 1982.

De lá para cá, predominaram paulistas e paranaenses. Também surgiram um mineiro e um amazonense.

Mas nem sinal de um carioca.

Uma prova de que o automobilismo do Rio nunca conseguiu ganhar muita expressão nem mesmo dentro do próprio país.

E, com o fim de Jacarepaguá, a tendência é que o panorama se torne ainda mais nebuloso...