sábado, 22 de setembro de 2007

Ferrari comemora calada o título de construtores

A McLaren tinha até hoje para recorrer da decisão do Conselho Mundial da FIA, que retirou todos os pontos da equipe inglesa no Mundial de Construtores como punição pela posse de dados confidenciais da rival Ferrari. Com a decisão do time prateado de não apelar contra o veredito, a Scuderia confirmou, em silêncio e sem nenhuma declaração à impresa, o título entre as equipes.

Foi até um pouco melancólico. As comemorações se limitaram à tradicional foto em conjunto, tirada no Grande Prêmio da Bélgica, quando a Ferrari ainda era campeã sub judice. Agora que a conquista foi ratificada, nenhum dirigente da escuderia deu-se ao trabalho se soltar uma nota celebrando o título.
Na verdade, Jean Todt até chegou a aparecer na manchete do jornal italiano Corriere dello Sport, mas por razões diferentes. O diretor técnico da Ferrari deu uma entrevista para desmentir os boatos de que ele estaria se aposentado. De forma dramática, Todt afirmou apenas que "não está desistindo de sua carreira".

Tirando isso, porém, o dia de hoje não viu a menor manifestação por parte da Ferrari. Absolutamente nenhuma palavra sobre o troféu que acabaram de conseguir. Que título mais sem-graça. Os vermelhos pareciam até não saber que haviam ganhado!

Tudo culpa do maldito caso de espionagem, é claro. A Ferrari fica com o título de construtores, mas dificilmente vencerá entre os pilotos. Lewis Hamilton e Fernando Alonso são os principais canditatos ao troféu de campeão, que permance completamente em aberto.

Apesar de tudo que aconteceu neste ano, a luta pelo Mundial de Pilotos continua empolgante, faltando apenas três provas para o fim da temporada. Os dois pilotos da McLaren estão cada vez mais próximos, enquanto Kimi Raikkonen e Felipe Massa ainda não sairam da briga. O campeonato de construtores, vamos ser honestos, foi um tremendo anti-climax.

Mas o de pilotos, certamente, vai continuar rendendo fortes emoções até a bandeira quadriculada em Interlagos.


Em Barcelona, a DTM realizou neste sábado o treino classificatório para a nona e penúltima etapa da atual temporada. No traçado curto do autódromo espanhol - o mesmo usado, em sua configuração mais extensa, pela Fórmula 1 - Martin Tomczyk, da Audi, foi quem se deu melhor.

O alemão, segundo colocado na tabela de pontos, cravou a pole position com pouco menos de dois décimos de vantagem para Mika Hakkinen, que completa a primeira fila. O bi-campeão mundial foi o melhor piloto da Mercedes no grid.

Na terceira posição ficou o canadense Bruno Spengler, cotado para uma vaga na Prodrive, equipe inglesa que estréia na Fórmula 1 em 2008. O campeão do ano passado, o alemão Bernd Schneider, e o inglês Jamie Green completaram os cinco primeiros.

Mattias Ekström, que lidera o campeonato, não passou de décimo. O sueco é a minha aposta, feita ontem. Uma vez mais, parece que o Blog vai errar essa. A seguir, o grid de largada para a etapa da DTM em Barcelona:

1. Martin Tomczyk/Alemanha/Audi, 1:18.689s
2. Mika Hakkinen/Finlândia/Mercedes, 1:18.868s
3. Bruno Spengler/Canadá/Mercedes, 1:19.483s
4. Bernd Schneider/Alemanha/Mercedes, 1:19.498s
5. Jamie Green/Inglaterra/Mercedes, 1:19.540s
6. Gary Paffett/Inglaterra/Mercedes, 1:19.617s
7. Timo Scheider/Alemanha/Audi, 1:19.766s
8. Alexandros Margaritis/Grécia/Mercedes, 1:20.061s
9. Mike Rockenfeller/Alemanha/Audi, 1:19.685s
10. Mattias Ekström/Suécia/Audi, 1:19.744s

A corrida de amanhã vai ser transmitida ao vivo pela Bandsports a partir das 9 horas de Brasília. O canal também mostra a corrida da Nascar às 19:30.


No histórico circuito de Brands Hatch, na Inglaterra, o Mundial de Turismo (WTCC, na sigla em inglês) definiu seu grid de largada para a primeira das duas baterias deste fim de semana. Destaque para o suíço Alain Menu, da Chevrolet, que terminou a classificação na pole position.

Ele superou o inglês James Thompson, da Alfa Romeo, em apenas 14 milésimos de segundo. Outro piloto da casa, Colin Turkington, apareceu bem, em terceiro. Piloto da Fórmula 1 até o ano passado, o português Tiago Monteiro veio logo a seguir, em quarto, seguido pelo seu companheiro na SEAT, o francês Yvan Müller.

Uma vez mais, os palpites do Blog não tiveram um bom dia. O melhor deles foi o alemão Jörg Müller, que vai largar de sétimo. Três posições atrás está minha outra aposta, o inglês Andy Priaulx. Ambos são da BMW.

Augusto Farfus Jr., líder do campeonato, não conseguiu mais do que um 13º lugar. O objetivo do brasileiro - também piloto da BMW - é terminar entre os oito primeiros na corrida inicial de amanhã. Assim, marca pontos e garante uma boa posição de largada para a segunda prova do dia, que acontece com o grid invertido. Logo abaixo, o resultado da classificação do WTCC em Brands Hatch:

1. Alain Menu/Suíça/Chevrolet, 1:33.018s
2. James Thompson/Inglaterra/Alfa Romeo, 1:33.032s
3. Colin Turkington/Inglterra/BMW, 1:33.082s
4. Tiago Monteiro/Portugal/SEAT, 1:33.202s
5. Yvan Müller/França/SEAT, 1:33.255s
6. Pierre-Yves Corthals/Bélgica/SEAT, 1:33.289s
7. Jörg Müller/Alemanha/BMW, 1:33.297s
8. Jordi Gene/Espanha/SEAT, 1:33.354s
9. Robert Huff/Inglaterra/Chevrolet, 1:33.407s
10. Andy Priaulx/Inglaterra/BMW, 1:33.435s
13. Augusto Farfus Jr./Brasil/BMW, 1:33.517s

O compacto das provas do WTCC vai ser mostrado pelo Sportv, na faixa Grid Motor, na próxima quarta-feira.


O vídeo do dia é uma diversão rápida para quem vai sair para a night daqui a pouco (lembrando: sou carioca. O termo "balada", para mim, não existe). A dica vem do amigo Jairo Maragato:



Se qualquer um de vocês tem alguma indicação, não deixe de mandar para blogf1grandprix@hotmail.com!

Neste domingo, o Blog volta com a cobertura das corridas de DTM, MotoGP, Nascar, Stock Car e WTCC, nas diferentes edições da seção Weekend Update. Até amanhã!

Crédito das fotos:

Na Stock Car, Valdeno Brito larga na frente em Brasília

O paraibano Valdeno Brito cravou a pole position para a oitava etapa do calendário da Stock Car, que vai ser disputada em Brasília, neste domingo. O piloto da equipe Neosoro JF surpreendeu ao dominar o treino de classificação, conseguindo o melhor tempo com relativa distância para o seu adversário mais próximo, Duda Pamplona.

Em terceiro lugar ficou Antonio Jorge Neto, com Pedro Gomes em quarto. Cacá Bueno - atual campeão, líder do campeonato e aposta do Blog - terminou o dia na quinta posição. Completando os dez primeiros, vieram Rodrigo Sperafico, Ricardo Zonta, Ricardo Sperafico, Hoover Orsi e Marcos Gomes.

Depois de Zonta, o melhor ex-piloto de Fórmula 1 foi Enrique Bernoldi, em 11º. Chico Serra vem em 15º, com Antonio Pizzonia uma posição atrás. Luciano Burti larga de 19º, Ingo Hoffmann aparece em 24º e Tarso Marques não passa da 37ª posição.

Seguindo a regra dos previlégios - que garante os 25 melhores colocados na última temporada em todas as corridas deste ano - houve três mudanças no final do pelotão. Carlos Alves, Williams Starostik e Angelo Serafim cederam lugar, respectivamente, a Guto Negrão, Tarso Marques e Mateus Greipel.

Para completar, Allan Hellmeister, que havia terminado o dia de ontem com o melhor tempo do dia, foi desclassificado por ter competito na classificação com o tanque mais leve do que o permitido. Em seu lugar, entra Fábio Carreira, o melhor do grupo dos não-qualificados.

Neste fim de semana, a Stock Car vai usar o anel externo do Autódromo de Brasília, bem mais curto e de velocidade média bem maior. Com 38 carros classificados para a largada, a prova tem garantia de muita ação, diversas disputas e, é claro, vários acidentes.

Essa será, também, a última etapa antes da definição dos dez pilotos classificados para a "superfinal" da temporada. Por causa do sistema de pontuação - que dá um enorme peso para a vitória - 19 pilotos ainda têm chance de conseguir uma vaga no play off. Por enquanto, apenas Cacá Bueno, Ricardo Maurício, Thiago Camilo e Marcos Gomes estão garantidos.

A seguir, o resultado do treino classificatório da etapa de Brasília da Stock Car:

1. Valdeno Brito/Paraíba/Peugeot 307, 59.357s
2. Duda Pamplona/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 59.708s
3. Antonio Jorge Neto/São Paulo/Mitsubishi Lancer, 59.761s
4. Pedro Gomes/São Paulo/Peugeot 307, 59.774s
5. Cacá Bueno/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 59.799s
6. Rodrigo Sperafico/Paraná/Volkswagen Bora, 59.875s
7. Ricardo Zonta/Paraná/Peugeot 307, 1:00.032s
8. Ricardo Sperafico/Paraná/Peugeot 307, 1:00.069s
9. Hoover Orsi/Mato Grosso do Sul/Volkswagen Bora, 1:00.380s
10. Marcos Gomes/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:00.560s

A corrida de amanhã tem largada marcada para as 11 horas de Brasília, com transmissão da Rede Globo. Em instantes, o Blog volta comentandos as principais notícias do dia e as atividades de DTM e WTCC. Até já!

Crédito das fotos: http://www.stockcar.com.br/

Daniel Pedrosa crava a pole no G.P. do Japão da MotoGP

O espanhol Daniel Pedrosa foi o mais rápido no treino que definiu as posições de largada para o Grande Prêmio do Japão da MotoGP, no circuito de Motegi. Na corrida que acontece na madrugada de hoje para amanhã, o piloto da Honda vai sair da pole position, tendo Valentino Rossi e Nicky Hayden ao seu lado na primeira fila.

A aposta do Blog - o líder do campeonato e virtual campeão, Casey Stoner - não passou da nona colocação. O australiano, inclusive, foi superado por seu companheiro de equipe na Ducati, Loris Capirossi. Algo mais do que raro. Pelo visto, minha péssima fase nos palpites vai continuar.

Enquanto isso, Alexandre Barros fechou na 15ª posição, entre 21 pilotos. O brasileiro da Pramac D'Antin Ducati, mais uma vez, deve fazer uma prova de recuperação. Seu ritmo de corrida costuma ser bem mais forte do que o de classificação.

O Grande Prêmio do Japão da MotoGP tem largada marcada para as 2 horas da madrugada de sábado para domingo, com transmissão ao vivo do Sportv. A seguir, o grid de largada para a prova de Motegi:

1. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda, 1:45.864s
2. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1:46.255s
3. Nicky Hayden/Estados Unidos/Honda, 1:46.575s
4. Randy de Puniet/França/Kawasaki, 1:46.643s
5. Toni Elias/Espanha/Honda, 1:46.804s
6. Anthony West/Austrália/Kawasaki, 1:46.912s
7. Colin Edwards/Estados Unidos/Yamaha, 1:46.997s
8. Loris Capirossi/Itália/Ducati, 1:47.047s
9. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1:47.121s
10. Marco Melandri/Itália/Honda, 1:47.136s
15. Alexandre Barros/Brasil/Ducati, 1:47.367s

Fora das pistas, a principal notícia da MotoGP foi o anúncio da renovação do contrato de Daniel Pedrosa com a equipe oficial da Honda. O espanhol, que estava cotado para uma vaga na Kawasaki, vai ficar no seu time por mais dois anos. Assim, as peças do quebra-cabeça da categoria vão terminando de se encaixar.

Na equipe de fábrica da Yamaha, Valentino Rossi continua. O novo companheiro do italiano será o espanhol Jorge Lorenzo, campeão das 250cc neste ano. No time-satélite da marca, Colin Edwards e James Toseland formam uma dupla muito forte.

Ao mesmo tempo, John Hopkins já foi anunciado pela Kawasaki, ao lado de Anthony West. A Suzuki continua com Chris Vermeulen e vai ter o reforço do veterano Loris Capirossi. Nicky Hayden permanece na equipe oficial da Honda ao lado de Daniel Pedrosa, enquanto Marco Melandri será o novo parceiro de Casey Stoner na Ducati.

Alex de Angelis e Andrea Dovizioso, ambos das 250cc, sobem para a MotoGP em 2008 para competir, junto a Shinya Nakano, em equipes-satélites da Honda. Agora, faltam apenas algumas pequenas definições.

Como, por exemplo, quem vai ser o companheiro de Sylvian Guintoli na Pramac D'Antic. O brasileiro Alexandre Barros, um dos principais candidatas, não pode perder a vaga. Caso contrário, deve ficar à pé no ano que vem.

A dança das cadeiras da MotoGP já está quase terminando.

Crédito das fotos: www.gpupdate.net

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O boato (muito absurdo) do dia: Alonso na Ferrari e Massa na Toyota

O site Grand Prix viajou legal nesta sexta-feira. Dando prosseguimento à novela "para onde vai Fernando Alonso?", o portal colocou no ar uma notícia, no mínimo, improvável. De acordo com o texto, a Ferrari estaria estudando a contratação do espanhol para formar dupla com Kimi Raikkonen em 2008.

E Felipe Massa, para onde iria? A resposta do site é difícil de acreditar: a Toyota. Segundo o Grand Prix, o brasileiro teria sido visto no motorhome da equipe japonesa durante um dos últimos fins de semana de G.P., e poderia estar em negociações para ocupar a vaga de Ralf Schumacher no ano que vem.

Massa, para quem não sabe, é empresariado por Nicolas Todt, filho do todo-poderoso dirigente da Ferrari, Jean Todt. Para compensar a saída do brasileiro, a equipe vermelha contraria o italiano Luca Filippi - outro protegido de Todt Jr. - como piloto de testes.

Será que, honestamente, dá para acreditar na hipótese do Grand Prix? Eu acho que não. Para quem não sabe, Fernando Alonso é persona non grata na Ferrari. Há sete anos, antes de sequer estrear na Fórmula 1, o espanhol ficou muito próximo de assinar com a escuderia do cavalinho, mas mudou de idéia em cima da hora.

Ao invés de acertar com a Ferrari, Alonso fechou acordo com Flavio Briatore. O gesto do espanhol jamais foi esquecido por Jean Todt e pelos outros dirigentes da equipe vermelha, que tomaram um bela esnobada do então novato.

Alonso deu as costas para a Ferrari, sem dar considerações. Agora, mesmo se ele quisesse, não conseguiria uma vaga para a escuderia do cavalinho. Enquanto Jean Todt ainda estiver à frente da Ferrari, não há a menor chance do espanhol acertar com a equipe.

Na minha opinião, Kimi Raikkonen e Felipe Massa vão permanecer por muito tempo juntos na escuderia italiana. Veja só: desde 1996, a Ferrari fez apenas três mudanças em sua dupla titular. Em duas delas - quando Michael Schumacher e Rubens Barrichello saíram - a decisão não foi da equipe, mas dos pilotos.

A Ferrari tem em Raikkonen e Massa dois dos maiores talentos do automobilismo mundial. Honestamente, chutar um deles sem cerimônia para ter Alonso não vale a pena. Considerando a péssima reputação do espanhol entre os dirigentes da equipe italiana, a possibilidade de acordo com o bi-campeão torna-se quase impossível. Alonso está, desde 2000, queimado na Ferrari.

E, do jeito que vai, terminará da mesma forma na McLaren.


Quem está realmente em alta na Fórmula 1 é o alemão Adrian Sutil. Após destacar-se em seu primeiro ano na Spyker, o jovem piloto afirmou, hoje, que já recebeu convites de três outros times da categoria para o ano que vem. Apesar de ter ressaltado que só sai do time laranja com o consentimento de Colin Kolles, seu chefe, Sutil certamente espera por uma melhor oportunidade.

Duas das equipes interessadas são fáceis de adivinhar. A primeira é a Williams, que tem uma vaga aberta em 2008 com a saída quase certa de Alexander Wurz. E a outra é a Toyota, também procurando pilotos no mercado para o lugar de Ralf Schumacher. Mas qual seria o terceiro time interessado em Sutil?

BMW, Honda e Toro Rosso já tem duplas definidas para o ano que vem. Ao mesmo tempo, Ferrari, Red Bull e Super Aguri ainda não anunciaram seus pilotos, mas devem continuar com os atuais. Sobram Renault - uma possibilidade muito difícil, considerando o vasto número de candidatos aos cockpits da equipe francesa - e... a McLaren.

Será que Sutil está com toda essa moral mesmo? Vale lembrar que o alemão já foi companheiro de Lewis Hamilton quando os dois correram juntos na Fórmula 3000 Européia. Poderia o inglês ter feito alguma espécie de recomendação? Acho difícil, mas não impossível. Se Alonso deixar o time prateado, a McLaren pode ser imprevisível na escolha do substituto.

Button? Rosberg? Paffett? Por que não Sutil?


A sexta-feira teve treinos livres e classificatórios de quatro das cinco categorias que o Blog vai acompanhar neste fim de semana. De todas, apenas o WTCC não entrou na pista hoje. O Mundial de Turismo só inicia amanhã suas atividades da nona rodada dupla do ano, na pista inglesa de Brands Hatch.

Em Motegi, no Japão, Daniel Pedrosa dominou o primeiro dia de ensaios da MotoGP. O espanhol da Honda superou em quatro décimos a Kawasaki de Randy de Puniet, o segundo. Marco Melandri, John Hopkins e Casey Stoner - líder do campeonato e aposta do Blog - completaram os cinco primeiros. Valentino Rossi foi o 14º e Alexandre Barros fechou em 17º.

Por sua vez, a DTM, que corre neste fim de semana na pista espanhola de Barcelona, viu o canadense Bruno Spengler terminar o dia no topo da tabela de tempos. O piloto da Mercedes superou Christian Abt e Timo Scheider, ambos da Audi, que vieram a seguir. Meu palpite, Mattias Ekström, foi o nono nos tempos combinados das duas sessões de treinos livres.

Na Stock Car, a sexta foi dominada por uma zebra total: o paulista Alan Hellmeister. O piloto da equipe Katalogo liderou os dois treinos do dia, com Ricardo Sperafico, Pedro Gomes, Thiago Camilo e Antonio Jorge Neto terminando nas posições logo atrás. Cacá Bueno, que lidera a tabela de pontos e leva a responsabilidade de ser a aposta do Blog, foi o sétimo.

Por fim, a Nascar definiu seu grid de largada para a etapa de Dover, que acontece no domingo. Jimmie Johnson, primeiro colocado no campeonato, cravou a pole position. A grande zebra do dia foi Juan Pablo Montoya, o segundo. A seguir, Denny Hamlin, Kurt Busch e Martin Truex Jr. completaram o top 5. Matt Kenseth - o palpite do Blog - larga da décima posição.


O vídeo do dia é absolutamente sensacional. Uma volta, incluindo breves cenas onboard, com um carro de Fórmula 1 dos dias de hoje no antigo circuito de Nurburgring. As imagens foram gravadas numa exibição da BMW com Nick Heidfeld. Por algum motivo, eu ainda não as tinhas descoberto:



Pelo que consta, Heidfeld quebrou o recorde do traçado atual do Nordschleife ao virar a terceira e última de suas voltas em 7 minutos e 29 segundos. E isso numa mera demonstração. Fica dúvida: até onde um carro moderno da Fórmula 1 conseguiria chegar naquele que é considerado o circuito mais difícil de todos os tempos? (OBS.: Quem quiser ver o vídeo onboard inteiro pode clicar aqui).

Neste sábado, o Blog volta com a cobertura das atividades das categorias que entram na pista durante o fim do semana. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Alan Hellmeister - http://www.stockcar.com.br/

Empresário indiano conclui compra da Spyker

Um consórcio liderado pelo multi-bilionário indiano Vijay Mallya concluiu, nesta sexta, a compra da divisão de Fórmula 1 da Spyker. A escuderia holandesa, que vivia uma grave crise financeira, foi vendida por cerca de 123 milhões de dólares. E, a partir do ano que vem, pode passar a se chamar "Team India".

O acordo confirma a eterna tendência da Fórmula 1: quando uma equipe não consegue sair do fim do grid, ela invariavelmente fecha as portas ou é repassada para outro aventureiro de plantão. A Spyker, por exemplo, já foi Jordan e Midland nos últimos anos. Agora, vai trocar de comando mais uma vez.

Com Vijay Mallya controlando a equipe, dinheiro não vai ser problema. Afinal, o empresário indiano tem uma fortuna avaliada em nada menos que 1.5 bilhão de dólares. Segundo a revista Forbes, ele aparece em 664º na lista dos homens mais ricos do mundo.

As intenções de Mallya são bem claras. Fã declarado de automobilismo, o empresário deseja incentivar o esporte em seu país, projetando as carreiras de jovens pilotos. Karum Chandhok e Narain Karthikeyan, os principais nomes da Índia no cenário internacional, já são fortemente cotados para uma das vagas da nova equipe em 2008.

Mesmo nadando em dinheiro, fica difícil dizer se a atual Spyker vai conseguir dar um salto de performance no ano que vem. Suporte financeiro é fundamental na Fórmula 1, mas não é tudo. Hoje, pura e simplesmente, a equipe ainda não tem um staff bom o suficiente para disputar as primeiras posições. O desempenho do "Team India", apesar do orçamento bem generoso, é uma completa incógnita.

Certo, mesmo, é que o país asiático vai marcando terreno na Fórmula 1. Para quem não sabe, foi anunciado, também neste semana, que o Grande Prêmio da Índia vai entrar no calendário da categoria em 2009, com um autódromo de última geração a ser erguido em Nova Délhi. Portanto, se você é um jovem piloto e sonha em chegar um dia à Fórmula 1, já sabe o que tem de fazer.

Vá logo tirar um passaporte indiano.

Agenda do fim de semana (21 a 23/09)

A Fórmula 1 está de folga nesse fim de semana, mas o mundo da velocidade vai ter várias atrações nos próximos três dias. A MotoGP está próxima de consagrar Casey Stoner, enquanto a Stock Car define os dez que se classificam para a fase final. Além disso, ainda temos DTM, Nascar e WTCC em ação. Hora de conferir a sempre útil agendinha:

Domingo, 23 de setembro de 2007

DTM: Etapa de Barcelona
MotoGP: Grande Prêmio do Japão
Nascar: Etapa de Dover
Stock Car: Etapa de Brasília
WTCC: Rodada dupla de Brands Hatch

Casey Stoner vai se sagrar campeão da MotoGP nesse fim de semana. Pelo menos, essa é a minha aposta. Em Motegi, no Japão, a principal categoria do motociclismo mundial realiza a 15ª de suas 18 etapas da atual temporada. O australiano, para variar, é o grande favorito à vitória.

No campeonato, Stoner tem 76 pontos de vantagem sobre Valentino Rossi, a quatro corridas do encerramento do campeonato. Depois da corrida de Motegi, vão restar apenas 75 em disputa. Logo, tudo que o piloto da Ducati precisa é manter a distância para o italiano. Para o Blog, Stoner não só conquista o título no Japão como também vence a corrida.

O circuito de Motegi é favorável ao australiano, com longas retas onde o motor de sua Ducati fala mais alto. Valentino Rossi, se quiser discutir a vitória, vai precisar tirar a diferença no braço. Em se tratando do heptacampeão, isso nunca é impossível. Mas, no cenário que se desenha, Rossi não é o principal candidato à vitória. Stoner está no auge de sua forma e vai querer fechar o título em grande estilo.
Palpite do Blog para a corrida: Casey Stoner

No anel externo de Brasília, a Stock Car entra na pista pela oitava vez nessa temporada. Nas últimas duas etapas da categoria, eu acertei o vencedor ao apostar em Cacá Bueno, que ganhou ambas as provas. O atual campeão e líder do campeonato é, de novo, o maior favorito. Enquanto ele continuar em boa fase, não faz sentido trocar meu palpite.

A corrida na capital brasileira é decisiva. Afinal, vai ser no domingo a definição dos dez pilotos classificados para a "superfinal" da categoria. Com tanta gente sem nada a perder, a prova da Stock deve ser bem acidentada. Para variar.
Palpite do Blog para a corrida: Cacá Bueno

Enquanto a Stock Car ainda não iniciou seu play off, a Nascar já está na segunda etapa da fase decisiva. Dessa vez, a categoria americana corre em Dover, um oval de médio porte. Meu palpite é Matt Kenseth, o piloto com a melhor média de resultados na pista do estado de Delaware.
Palpite do Blog para a corrida: Matt Kenseth

Nesse fim de semana, pela quarta e última vez no ano, a DTM corre fora da Alemanha. A sede da corrida de domingo é o autódromo de Barcelona, o mesmo que recebe a Fórmula 1. No traçado mais curto da pista espanhola, minha aposta é o sueco Mattias Ektröm, líder do campeonato e principal piloto da Audi.
Palpite do Blog para a corrida: Mattias Ekström

Por fim, temos rodada dupla do Mundial de Carros de Turismo, o WTCC, em Brands Hatch. Na histórica pista inglesa, meus palpites para a nona das onze rodadas duplas do ano são Andy Priaulx e Jörg Müller. Os dois fazem parte da trinca da BMW, completada por Augusto Farfus Jr. Embora não aposte no brasileiro, minha torcida é toda por ele.
Palpites do Blog para as corridas: Andy Priaulx e Jörg Müller.

Ao longo desta sexta, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Mattias Ekström: http://www.dtm.com/

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Patrocinadora da Renault pode bancar volta de Alonso à equipe

Depois do caso de espionagem, a nova novela da Fórmula é "para onde vai Fernando Alonso no ano que vem?". Dessa vez, a mais recente notícia sobre o futuro do espanhol vem do inglês Daily Mirror. De acordo o jornal, o bi-campeão poderia transferir-se da McLaren para a Renault se a equipe francesa conseguir um verba extra com sua principal patrocinadora, a ING.

Segundo consta, o total gasto pela instituição financeira holandesa com a Renault, neste ano, chega à casa de 30 milhões de dólares. Para "comprar o passe" de Alonso, faltam mais 10 mi. Tendo isso em mente, Flavio Briatore, mais importante dirigente da equipe francesa, teria procurado a ING para pedir o aumento que falta.

A tese do Daily Mirror não é absurda. Muito pelo contrário: até faz certo sentido. Já é de conhecimento geral que Fernando Alonso não se dá com seu chefe na McLaren, Ron Dennis. Os dois não se falam desde o fim de semana do Grande Prêmio da Hungria, em meados de agosto.

Por outro lado, Briatore e a cúpula da Renault são fãs declarados do espanhol. Com ele, viveram seus dias de glória, em 2005 e 2006. A equipe francesa havia prometido anunciar seus pilotos do ano que vem no fim de semana do G.P. da Itália. Não cumpriu. Um sinal claro de que ainda tenta a contratação de Alonso.

Na McLaren, o espanhol ainda sonha com o status de primeiro piloto. Mas esse desejo mostra-se progressivamente mais distante. Em entrevista ao The Times, hoje, Ron Dennis voltou a afirmar que não existe preferência na sua equipe. Cada vez mais, está claro que, se quiser regalias, Alonso vai precisar deixar o time prateado.

Apesar de tudo, ainda acredito na permanência do espanhol na McLaren. Nessa altura, porém, já faço minha aposta com bem menos convicção. Uma hipotética saída de Alonso do time prateado, no fim do ano, não será mais surpresa para ninguém. A indefinição do bi-campeão, aliás, está mantendo o mercado de pilotos, por enquanto, desaquecido.

As coisas só vão esquentar depois de Alonso decidir seu futuro. Se ele ficar na McLaren, as peças até se encaixam com mais facilidade: Heikki Kovalainen e Nelsinho Piquet, por exemplo, formariam a provável dupla da Renault. As maiores dúvidas seriam os companheiros de Nico Rosberg na Williams e de Jarno Trulli na Toyota.

Mas, caso Alonso realmente vá para a Renault, o cenário muda completamente. Primeiro, haverá a abertura de uma vaga extremamente cobiçada na McLaren. Quem poderia ser o escolhido por Ron Dennis? Nico Rosberg? Jenson Button? Ou alguém tão pouco conhecido quanto Lewis Hamilton até o ano passado?

Ao mesmo tempo, Heikki Kovalainen e Nelsinho Piquet disputariam apenas uma das vagas da Renault. O perdedor, provavelmente, seria o segundo piloto da Williams. E os vencedores da GP2 - Timo Glock e Lucas di Grassi - conseguiriam alguma vaga? Não dá para saber.

Enquanto Alonso não definir para onde vai, tudo não passa de um mero jogo de adivinhação.



Preparem-se porque, em 2009, a Fórmula 1 deve inaugurar o autódromo mais espetacular de todos os tempos. Pelo menos, é isso que prometem os organizadores do G.P. dos Emirados Árabes Unidos. O país árabe vai fazer sua estréia na categoria daqui a dois anos, com uma pista montada numa ilha artificial.

Os envolvidos com o projeto estão entusiasmados. "Nós não vamos apenas cumprir o planejado, iremor superar as expectativas", disse Ahmad Hussain, diretor geral de turismo de Abu Dhabi, a cidade escolhida para erguer o mega complexo.

A responsabilidade pelo desenho da pista, como de costume, ficará a cargo de Hermann Tilke. O alemão é o arquiteto oficial da Fórmula 1 e não perderia essa festa. Com o dinheiro do petróleo sobrando nos Emirados Árabes Unidos, os organizadores não estão dispostos a economizar.

Além do novo autódromo, o complexo também vai contar com uma marinha particular e nada menos do que sete hotéis cinco estrelas. O custo do projeto inteiro, desenvolvido especificamente para a Fórmula 1, deve ficar em torno de 40 bilhões de dólares (!!!).

Deixo apenas uma pergunta, maldosa mas sincera: será que a categoria merece tudo isso?


Nesta quinta, a Fórmula 1 encerrou seus três dias de ensaios coletivos na pista de Jerez de la Frontera. Pedro de la Rosa, piloto de testes da McLaren, foi quem fechou o dia de hoje como o mais rápido. O espanhol virou 1:19.617s, um tempo quatro décimos mais lento do que a melhor volta da semana - dele mesmo - assinalada ontem.

Dessa vez, a Ferrari foi representada por Luca Badoer, que terminou com o segundo melhor tempo desta quinta. Em seguida, vieram Mark Webber, da Red Bull, Nick Heidfeld, da BMW, e Nelson Angelo Piquet, da Renault. O brasileiro, alías, completou 120 voltas - o maior número do dia.

Super Aguri e Spyker, de novo, foram as únicas equipes ausentes nos testes. No dia de hoje, a bandeira vermelha foi acionada duas vezes. Em ambas, os problemas aconteceram por conta de quebras: uma de Nick Heidfeld e outra de Sebastian Vettel.

Fora das pistas, a Super Aguri admitiu não ter sido "sabotada" pela Honda no G.P. da Bélgica, como chegou a ser noticiado. Segundo Mark Preston, diretor técnico da Aguri, o desempenho ruim da equipe na corrida de Spa-Francorchamps deveu-se, apenas, a uma escolha equivocada de pneus, piorada em decorrência de problemas aerodinâmicos numa asa traseira mal fabricada.

O esclarecimento veio a calhar para a Honda. Pelo menos, dessa vez, a equipe de Rubens Barrichello e Jenson Button não teve culpa nesse outro arranhão da sua imagem. A seguir, a tabela de tempos dos testes coletivos dessa quinta-feira:

1. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:19.617s em 68 voltas
2. Luca Badoer/Itália/Ferrari, 1:19.656s em 68 voltas
3. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:20.067s em 42 voltas
4. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:20.184s em 94 voltas
5. Nelsinho Piquet/Brasil/Renault, 1:20.655s em 120 voltas
6. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:20.831s em 66 voltas
7. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:21.621s em 77 voltas
8. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, 1:21.626s em 82 voltas
9. James Rossiter/Inglaterra/Honda, 1:21.663s 39 em voltas
10. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:22.148s 57 em voltas

Depois de Jerez, as escuderias da Fórmula 1 só voltam às atividades entre os dias 28 e 30 de setembro, quando acontece o Grande Prêmio do Japão, em Fuji.



Depois de McLaren e Ferrari, chega a vez da BMW ter uma propaganda sua em destaque aqui no Blog. O vídeo a seguir, estrelado por Nick Heidfeld, é muito bacana, intercalando cenas do carro de Fórmula 1 com o modelo M3, recém-lançado pela marca alemã. Vale a pena conferir:



Amanhã, o Blog volta com a Agenda do fim de semana, repassando tudo que será atrações no mundo da velocidade nos próximos três dias. E, ao longo da sexta-feira, comentários sobre as notícias mais recentes do esporte. Nos vemos por aí!

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Spyker anuncia (mais um) piloto de testes

Um dia após ter sido apontado pelo jornal As como provável titular da Spyker no ano que vem, o espanhol Roldán Rodríguez foi anunciado para a posição de piloto de testes da equipe holandesa. Mais uma cria da categoria GP2, o espanhol de 22 anos assinou contrato hoje e vai estar ligado ao time laranja até o fim de 2008.

Das novas revelações do automobilismo mundial, Rodríguez não é uma das que chama mais atenção. Mas o espanhol tem, digamos assim, um certo diferencial: 15 milhões de dólares de uma generosa conta de patrocínio. Ao que parece, o suporte financeiro contribuiu bastante para seu acordo com a Spyker.

Por enquanto, a equipe holandesa ainda não confirmou seus pilotos titulares para 2008. Rodríguez, embora já tenha função definida no time até o fim do próximo ano, continua sendo favorito a uma das vagas. Além dele, também são cotados os outros quatro - isso mesmo, quatro - pilotos de testes da Spyker.

Markus Winkelhock, Adrián Vallés, Giedo van der Garde e Fairuz Fauzy estão todos na mesma situação. Em tese, são pilotos integrantes da Spyker, embora raramente andem com o carro do time. Se arrumarem capital suficiente, compram um dos cockpits da equipe holandesa.

Os atuais titulares da Spyker, Adrian Sutil e Sakon Yamamoto, já passaram por esse processo. O alemão não era o mais endinheirado dos candidatos, mas o talento fez alguma diferença na sua escolha. Por sua vez, o japonês pagou alguns milhões de dólares para correr as últimas sete corridas da atual temporada.

Pode parecer errado, mas a Spyker vende suas vagas pela sobrevivência. Para um equipe de fundo de pelotão, não há outra saída. Para 2008, o time deve ganhar uma substancial injeção financeira de um empresário indiano. Mas, por enquanto, continua fazendo jus ao apelido.

Spyker Rent a Car.

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Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Erros Mais Constrangedores da História - Número 5

A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix encerra sua participação semanal com uma bobagem que - com toda a certeza - ainda está fresquinha na memória dos fãs da velocidade. Um erro tão constrangedor que destruiu a carreira de um piloto na Fórmula 1. Sem enrolar mais, vamos continuar:

10. Juan Pablo Montoya - Austrália/2006 - Rodou na volta de apresentação
9. Aguri Suzuki - México/1990 - Destruiu o carro ao aquecer os pneus na pré-classificação
8. Nick Heidfeld - Brasil/2002 - Colidiu com o safety car durante o treino de aquecimento
7. David Coulthard - Austrália/1995 - Bateu dentro dos boxes quando liderava a corrida
6. Mika Hakkinen - Itália/1999 - Jogou fora uma vitória certa ao rodar sozinho na liderança
QUINTO COLOCADO - Christijan Albers no Grande Prêmio da França de 2007
O erro: Saiu antes da hora de seu pit stop levando a mangueira de combustível junto

"Christijan Albers: o idiota da Holanda". Foi assim, dessa maneira gentil e delicada, que o então piloto da Spyker foi saudado pelo jornal alemão Bild, um dia depois de ter protagonizado uma das maiores besteiras já vistas na Fórmula 1.

Antes do Grande Prêmio da França de 2007, a carreira de Christijan Albers na Fórmula 1 já estava ameaçada. Até ali, o holandês já havia completado dois anos na principal categoria do automobilismo mundial, com resultados totalmente sofríveis.

Sua melhor colocação havia sido um quinto lugar no tristemente famoso G.P. dos Estados Unidos de 2005 (à direita), quando apenas seis carros tomaram parte na corrida. Tirando isso, porém, a rotina de Albers era uma só: largava lá de trás, geralmente na última fila, e cuidava do carro ao longo da prova, com cuidado para não provocar prejuízos que a equipe não fosse capaz de pagar.

Mesmo tendo mais experiência e bagagem do que seus companheiros de equipe, o holandês nem sempre era capaz de batê-los. Em 2005, seu ano de estréia, ele derrotou Patrick Friesacher e, mais tarde, Robert Doornbos com alguma dificuldade.

Na temporada seguinte, seu parceiro - dessa vez, na equipe Midland - foi Tiago Monteiro. Se na pista a disputa era equilibrada, fora dela a torcida era toda pelo português, cuja personalidade simpática e acessível contrastava com a pose meio mascarada de Albers.

Ao longo do ano, nenhum dos dois chegou perto de marcas pontos. Para 2007, porém, apenas Albers foi mantido, ajudado pelo dinheiro do patrocinador e pelo parentesco com um dos principais acionistas da Spyker, a empresa que havia comprado a Midland.

O escolhido para ser seu novo companheiro de equipe foi uma jovem revelação alemã, Adrian Sutil. Com bem mais conhecimento de Fórmula 1, Albers era o franco favorito na disputa interna da equipe. Mas, não demorou muito, ficou claro que o holandês estava em desvantagem.

Nas primeiras corridas, Albers até conseguiu melhores resultados, enquanto Sutil ainda se adaptava ao carro. Logo depois, porém, o alemão começou a mostrar seu talento e assumiu o posto de principal piloto da Spyker.

A superioridade de Sutil colocou Albers numa situação muito difícil. Afinal, era ele quem havia sido contratado como primeiro piloto da equipe. O holandês estava sob enorme pressão, correndo risco de ser demitido, quando a Fórmula 1 chegou a Magny-Cours para o Grande Prêmio da França.

Na classificação, pela primeira vez em cinco corridas, Albers conseguiu bater Sutil. Mas havia uma bela razão para isso: o alemão teve problemas mecânicos e só completou uma volta rápida. No grid, o holandês era o 20º, com seu companheiro uma posição atrás.

Antes da largada, Sutil teve problemas com seu carro principal e foi forçado a sair dos boxes. Ponto para Albers. Assim, o holandês garantia-se na frente ao menos durante o primeiro trecho da corrida. Mas as boas notícias pararam por aí.

O Grande Prêmio da França transcorria normalmente até a volta 28, quando Albers precisou fazer seu pit stop inicial. Nunca uma parada da Spyker receberia tanta atenção. Porque o holandês, inexplicavelmente, partiu antes da hora, levando consigo mecânicos, mangueira de combustível e tudo o mais.

Não dá para entender o que levou Albers a acelerar assim, sem motivo, quando seu carro ainda era abastecido. Com muita sorte, ninguém da Spyker se machucou. Mas a corrida do holandês estava fadada a terminar.

Albers pisa no pedal direito no exato momento em que o "homem do pirulito", aquele que fica logo à frente do carro, mostra a sinalização de "In Gear", ou seja, de colocar marcha. Piloto experiente, com dois anos e meio de Fórmula 1 nas costas, não havia como o holandês dizer que não entendeu.

Sua Spyker leva a mangueira de combustível numa cena que chega a ser engraçada. Mal sai dos pits, Albers percebe a bobagem e encosta o carro. Como se a culpa não fosse dele, sai da sua Spyker irritado e reclamando.

Por que ele fez aquilo? Até hoje, não há resposta. Uma teoria até acreditável é que o engenheiro, no rádio, gritou "Go, Go" - ou seja, "Vai, Vai" - antes do tempo. Mesmo assim, Albers não podia se guiar por ele. O "homem do pirulito", ali, na frente do carro, é quem dá a autorização para a saída. O holandês já devia saber isso.

Depois do episódio, a imagem de Albers, que já era ruim, ficou completamente queimada na Fórmula 1. Ele foi demitido da Spyker uma corrida mais tarde, após ter sido apenas o 15º no G.P. da Inglaterra. Foi o fim de uma carreira completamente desprezível na principal categoria do automobilismo mundial.

Por ter feito uma bobagem perigosa e sem explicações, por ter cometido um erro tão estúpido a ponto de ser ridicularizado pela imprensa de todo o planeta e por ter decretado o fim de sua passagem pela Fórmula 1 da mais inglória das maneiras, Christijan Albers leva o quinto lugar na lista dos Dez Erros Mais Constrangedores da História.

A seguir, o vídeo da pataquada:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na semana que vem, com os números 4, 3 e 2 da nossa lista. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos (na ordem):

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Rumores aumentam: Alonso pode estar perto de deixar a McLaren em 2008

Agora ficou mais sério. Nessa quarta, a FIA divulgou a transcrição do encontro do Conselho Mundial da semana passada, que julgou a McLaren no caso de espionagem. A revelação não trouxe nenhuma novidade em relação ao imbróglio, em si, mas expôs ainda mais as rugas entre Fernando Alonso e seu chefe, Ron Dennis.

Segundo consta, o principal dirigente da McLaren teria admitido que sua relação com o espanhol é "fria". Pior, porém, são as palavras de Dennis quando ele se refere ao incidente do G.P. da Hungria, quando Alonso teria supostamente prejudicado seu companheiro Lewis Hamilton durante a classificação para a corrida.

Sobre esse assunto, o chefe da McLaren revelou ter tido uma séria discussão com o piloto espanhol, em que os dois disseram frases impublicáveis. Alonso estava irritado por ter perdido cinco posições no grid para a prova de Hungaroring e ameçou "vingar-se", levando à FIA o conteúdo de e-mails que poderiam comprometer a equipe inglesa no caso de espionagem.

Mas, ao contrário do que esperava o espanhol, Dennis não aceitou a ameaça e enviou - ele mesmo - as mensagens à entidade máxima do automobilismo. A relação entre os dois, que já não era das melhores, deteriorou-se ainda mais.

Para Dennis, Alonso é uma pessoa solitária e não entende a atenção dada a Lewis Hamilton. Além de tudo isso, o chefe da McLaren ainda admitiu não ter tido nenhuma outra conversa com o espanhol no período entre o G.P. da Hungria e a reunião do Conselho Mundial, mais de um mês depois. É muito tempo.

Agora, já não há mais dúvidas de que a situação de Alonso no time prateado é delicada. E só continua piorando: se não bastassem as revelações de Ron Dennis e a pressão das mídias alemã e inglesa, o espanhol também perdeu o apoio do principal dirigente da Mercedes, Norbert Haug.

O alemão disse ao jornal Bild que "se um piloto não quer ficar, então precisamos sentar e discutir isso". Haug não poderia ter sido mais claro. Sua frase é uma cutucada direta em Alonso. Pelo visto, o espanhol está conseguindo se tornar uma unanimidade na McLaren. Sim, porque ninguém mais gosta dele.

Apesar de tudo, ainda aposto que o bi-campeão continua na equipe inglesa no ano que vem. Por um único e simples motivo: ele não tem mais para onde ir. A BMW está com as portas fechadas e os outros times não são bons o suficiente para satisfazerem a vontade de Alonso: disputar o título.

De qualquer maneira, se Alonso deixar a McLaren no fim do ano, ninguém mais vai ficar surpreso.


Bancado por um patrocíno de 15 milhões de dólares, o espanhol Roldán Rodríguez está próximo de assinar contrato com a Spyker para a próxima temporada, segundo informações do diário As. De acordo com a publicação, o novato da GP2 pode anunciar o acordo já amanhã, em Madri, ou após o encerramento do campeonato de sua categoria, no fim do mês, em Valência.

Seria um desperdício. Com todo respeito a Rodríguez, mas ele não está preparado para subir à Fórmula 1. O espanhol não é lá tão ruim. Mas não possui a menor experiência para andar na principal categoria do automobilismo mundial. E é pior do que tanta gente...

Se o acordo for confirmado, Rodríguez vai ficar sempre lá atrás, sem maior destaque. Seu papel vai ser semelhante ao de Sakon Yamamoto na atual temporada. Os dois pilotos estão mais ou menos no mesmo nível.

Enquanto isso, Timo Glock e Lucas di Grassi, os dois líderes da GP2, lutam para garantir uma vaga apenas com talento próprio. O alemão é forte candidato a um cockpit da Toyota, enquanto o brasileiro deve ser o próximo piloto de testes da Renault.

Ambos já merecem, sem dúvida alguma, uma chance decente na Fórmula 1.


Dia de testes coletivos no circuito de Jerez de la Frontera. Na pista espanhola, nove das onze equipes da Fórmula 1 estiveram em atividade. O foco, mais uma vez, ficou dividido entre novidades para o ano que vem e melhorias visando as três últimas corridas da temporada.

No fim, o primeiro lugar ficou com o piloto de testes da McLaren, Pedro de la Rosa. Ele virou 1:19.267s, um segundo e meio mais rápido que o melhor tempo de ontem, de Timo Glock. Logo em seguida, na vice-liderança da tabela de classificação, apareceu o australiano Mark Webber, da Red Bull.

A Ferrari voltou a ser representada por Luca Badoer. Dessa vez, o italiano teve um desempenho bem mais satisfatório, terminando o dia na terceira posição. Ontem, para quem não lembra, ele havia sido o último.

Nelson Angelo Piquet foi o único brasileiro a entrar na pista hoje. Ele completou nada menos que 111 voltas, ficando com o sétimo tempo. O trabalho de Nelsinho para a Renault foi bem produtivo, apesar de duas saídas de pista que provocaram bandeiras vermelhas.

A seguir, os tempos dessa quarta:

1. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:19.267s em 70 voltas
2. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:19.947s en 106 voltas
3. Luca Badoer/Itália/Ferrari, 1:20.249s en 69 voltas
4. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:20.318s em 103 voltas
5. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:20.318s en 47 voltas
6. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:20.624s en 74 voltas
7. Nelsinho Piquet/Brasil/Renault, 1:20.804s em 111 voltas
8. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:21.101s em 76 voltas
9. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:21.608s em 31 voltas
10. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, 1:21.863s em 10 voltas

Os testes em Jerez terminam amanhã. Depois disso, a Fórmula 1 só volta às atividades no fim de semana do Grande Prêmio do Japão, entre os dias 28 e 30 deste mês.


O vídeo do dia é uma homenagem a Tony Kanaan, que se tornou papai, ontem, com o nascimento de seu primeiro filho, Leonardo. As imagens abaixo são da primeira vitória do baiano na CART, antiga principal categoria do automobilismo americano. Aconteceu em Michigan, 1999, quando o líder Max Papis ficou sem gasolina nos últimos metros e Tony herdou o triunfo:



Por muito pouco, o brasileiro não perdeu a vitória para Juan Pablo Montoya, que veio como um foguete logo antes da bandeirada e proporcionou uma chegada especular. Para Tony, foi o início de uma carreira de enorme sucesso nos Estados Unidos, que atingiu o auge com o título da IRL em 2004. Agora, só falta vencer as 500 milhas de Indianapolis...

Nessa quinta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, e o número 5 da lista dos Dez Erros Mais Constrangedores da História. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Fernando Alonso e Ron Dennis - http://www.autosport.com/
Fernando Alonso e sua McLaren -
www.gpupdate.net
Lewis Hamilton - http://www.f1-live.com/
Norbert Haug - http://www.eitb24.com/
Roldán Rodríguez - http://www.gpupdate.net/
Lucas di Grassi - http://www.gpupdate.net/
Pedro de la Rosa - http://www.gpupdate.net/
Nelson Angelo Piquet - http://www.gpupdate.net/

IRL é outra a apresentar seu calendário 2008

Parece que todas as categorias combinaram de revelar suas datas na mesma semana. Nessa quarta, foi a vez da Indy Racing League (IRL) apresentar seu calendário de 2008, que não teve grandes mudanças em relação à temporada recém-encerrada.

No total, vão ser 16 corridas, uma a menos do que em 2007. A única baixa é a etapa de Michigan. O super-oval não teve seu contrato renovado com a categoria e não vai fazer parte do próximo campeonato.

De forma geral, o formato não teve muitas alterações. Assim como neste ano, a categoria inicia suas atividades de 2008 em março, com a prova noturna de Homestead, Miami. A corrida final da temporada também não mudou de lugar: mais uma vez, será em Chicagoland.

Como de costume, o mês de maio é inteiramente ocupado pela programação das 500 milhas de Indianapolis. A corrida mais famosa do automobilismo americano está marcada para o dia 25 e vai ser a quinta do calendário.

Das 16 provas, cinco não vão ser em ovais: St. Petersburg, Watkins Glen, Mid-Ohio, Sonoma e Detroit. Além disso, apenas uma corrida - a de Motegi, no Japão - vai acontecer fora dos Estados Unidos.

O Brasil deve estar representando por três pilotos, os mesmos da temporada que acabou: Vítor Meira, Helio Castroneves e Tony Kanaan. Em 2008, a IRL vai estar desfalcada de Sam Hornish Jr. e Dario Franchitti, que somam quatro títulos da categoria. No ano que vem, os dois transferem-se para a Nascar.

Logo abaixo, o calendário 2008 da IRL:

29 de março - Etapa de Homestead
06 de abril - Etapa de St. Petersburg
19 de abril - Etapa de Motegi
27 de abril - Etapa de Kansas
25 de maio - Etapa de Indianapolis
01 de junho - Etapa de Milwaukee
07 de junho - Etapa de Texas
22 de junho - Etapa de Iowa
28 de junho - Etapa de Richmond
06 de julho - Etapa de Watkins Glen
12 de julho - Etapa de Nashville
20 de julho - Etapa de Mid-Ohio
09 de agosto - Etapa de Kentucky
24 de agosto - Etapa de Infineon
31 de agosto - Etapa de Detroit
07 de setembro - Etapa de Chicago

O sonho de uma etapa da IRL no Brasil é distante mas não impossível. Entre as possíveis sedes estão as cidades de Salvador e Vitória, que montariam circuitos de rua para a categoria, além de Jacarepaguá, a única pista brasileira com um traçado oval. De qualquer forma, o projeto só seria viável no médio prazo.

Por enquanto, quem gosta da IRL vai continuar acompanhando pela televisão mesmo.

Crédito das fotos: http://www.indycar.com/

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Erros Mais Constrangedores da História - Número 6

Dando continuidade à nossa saga, chegamos ao número seis na lista das dez maiores bobagens da história da Fórmula 1. Pela primeira vez, temos a presença ilustre de um campeão mundial. Aliás, bi-campeão. Como vocês vão ver, até os maiores fazem besteiras inacreditáveis. Sem perder mais tempo, vamos lá:

10. Juan Pablo Montoya - Austrália/2006 - Rodou na volta de apresentação
9. Aguri Suzuki - México/1990 - Destruiu o carro ao aquecer os pneus na pré-classificação
8. Nick Heidfeld - Brasil/2002 - Colidiu com o safety car durante o treino de aquecimento
7. David Coulthard - Austrália/1995 - Bateu dentro dos boxes quando liderava a corrida
SEXTO COLOCADO - Mika Hakkinen no Grande Prêmio da Itália de 1999
O erro: Jogou fora uma vitória certa ao rodar sozinho na liderança

Quando Michael Schumacher espatifou-se no Grande Prêmio da Inglaterra de 1999, quebrando as pernas num fortíssimo acidente, parecia que o troféu de campeão já tinha dono: Mika Hakkinen. Afinal, o finlandês liderava a tabela de pontos e, na ausência do alemão, tinha muito facilitada sua campanha rumo ao título.

Seu mais próximo adversário era o companheiro de Schumacher na Ferrari, Eddie Irvine. A diferença de ambos, na largada daquela prova de Silverstone, estava em 14 pontos. Teoricamente, portanto, Hakkinen possuía uma vantagem bastante confortável. Será que ganhar o campeonato seria assim tão fácil?

Muito pelo contrário. Ja naquele G.P. da Inglaterra, as coisas começaram a dar errado para Hakkinen. O finlandês teve um problema de suspensão e precisou abandonar a corrida quando era o líder. Irvine foi o segundo o diminuiu a diferença para oito segundos.

Contrariando a expectativa da maioria, o irlandês cresceu a partir do momento em que passou a ser tratado como primeiro piloto da Ferrari. Nas duas provas seguintes, Irvine sairia vencedor enquanto Hakkinen conseguia apenas um terceiro lugar em ambas as corridas.

A situação do campeonato se invertia: agora, era o irlandês quem tinha a vantagem de oito pontos. Restando ainda seis Grandes Prêmios, porém, ainda havia muito tempo para uma recuperação de Hakkinen. E não deu outra: o finlandês venceu na Hungria e foi segundo na Bélgica, passando à frente na classificação, com um ponto a mais do que Irvine.

Então, a Fórmula 1 chegava a Monza, para a realização do Grande Prêmio da Itália. Como de costume, era a segunda corrida do ano em solo italiano. Na primeira, em Imola, Hakkinen havia batido sozinho quando liderava, levando os tiffosi ao delírio.

Em Monza, porém, não parecia provável que Hakkinen pudesse cometer outro erro semelhante. Desde o início do fim de semana, a vantagem parecia estar toda com o finlandês. Ele cravou a pole, enquanto Irvine não passou de oitavo no grid.

Na largada (à direita), o panorama não mudou. O finlandês tomou a ponta com tranqüilidade, seguido por Alex Zanardi e Heinz-Harald Frentzen. Nenhum dos dois tinha condição de acompanhar Hakkinen. Em pouco tempo, o piloto da McLaren já abria distância na ponta.

Um pouco mais atrás, Irvine sofria com o tráfego. Preso atrás da Stewart de Rubens Barrichello e da Jordan de Damon Hill, o irlandês foi ficando. Ele não tinha a menor condição de lutar por vitória. Aliás, tinha sérias dificuldades de entrar na zona de pontuação.

Se a corrida continuasssem dessa maneira, o Hakkinen sairia de Monza com onze pontos de diferença. O cenário conspirava a favor do finlandês, cada vez mais líder da prova e do campeonato. Nada poderia dar errado. Ou não?

Na 30ª volta, a corrida muda instantanemante. Hakkinen já tinha uma vantagem de oito segundos sobre Frentzen, e preparava-se para fazer seu único pit stop da corrida. Ao chegar na antiga primeira chicane de Monza, porém, tudo dá errado.

Por pura desconcentração, o finlandês erra na seleção de marcha. Sua McLaren, que havia entrado na curva em velocidade normal, trava as rodas de maneira repentina. Hakkinen percebe a bobagem e tenta consertar, mas é tarde demais.

O carro desliza na pista, já fora do controle do finlandês. Segue-se um ruído surdo de uma travada de rodas, que desperta a atenção dos torcedores nas arquibancadas. Hakkinen vai em direção à caixa de brita, e de lá não sai mais.

Ele estava fora da corrida. Os tiffosi explodem de alegria, sem acreditar no que vêem. E Hakkinen também não se conforma. Sai do carro, joga com raiva as luvas no chão e vai para uma zona reservada do circuito. Protegido pelas árvores em volta, agacha-se e chora. Um helicóptero, exatamente acima do finlandês, registra toda a cena.

Pela segunda vez no ano, o finlandês havia jogado pela janela uma vitória certa. Agora, porém, havia sido pior. Hakkinen estava prestes a sair de Monza com onze pontos de distância para Irvine. Com o erro, os dois passaram a estar empatados.

Ao voltar para os boxes, cercado por repórteres, Hakkinen não tem quase nada a declarar. "Foi erro meu, selecionei a marcha errada e foi isso", limita-se a dizer. A decepção era compreensível. Mais do que nunca, o título, naquele momento, estava comprometido.

Menos mal que, no encerramento da temporada, Hakkinen conquistaria o troféu de campeão com uma exibição perfeita na última prova do ano, no Japão. No fim, o finlandês teve um final feliz. Mesmo assim, não conseguiu apagar o constrangimento do erro incrível que ele cometeu naquele Grande Prêmio da Itália.

Por ter jogado fora uma vitória absolutamente garantida, por complicar-se na luta pelo campeonato com uma bobagem estúpida e por ter proporcionado uma grande alegria aos torcedores rivais - pela segunda vez no ano - da pior forma possível, Mika Hakkinen leva o sexto lugar na lista dos Dez Erros Mais Constrangedores da História.

A seguir, o vídeo da pataquada:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta amanhã, com o número 5 da nossa lista. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos:
Número Seis - http://www.onflex.org/
Mika Hakkinen e sua McLaren - http://www.raisport.rai.it/
Mika Hakkinen e sua McLaren II - http://www.forocoches.com/
G.P. do Japão - http://www.grandprix.com/