sábado, 31 de maio de 2008

O sábado no mundo da velocidade

Valentino Rossi venceu as últimas seis corridas da MotoGP no circuito italiano de Mugello. E, se depender do resultado do treino classificatório deste sábado, o heptacampeão tem tudo para conquistar mais um triunfo em casa. Com uma performance impressionante, Rossi quebrou um jejum de 16 provas sem poles na MotoGP, e vai largar em primeiro no G.P. da Itália de amanhã.

A pole position de Rossi só foi marcada nos minutos finais da classificação, levando a torcida italiana ao delírio. Apenas um décimo mais lento do que o piloto da Yamaha, o espanhol Daniel Pedrosa precisou se contentar com o segundo lugar no grid. Na seqüência, fechando a primeira fila, aparece o surpreendente Loris Capirossi, que cravou uma promissora terceira posição com a Suzuki.

O atual campeão Casey Stoner não passou de quarto, enquanto o vice-líder da temporada Jorge Lorenzo foi somente o sétimo. Na corrida de amanhã, Valentino Rossi tem uma ótima oportunidade de ampliar sua vantagem no campeonato, que é de apenas três pontos para Lorenzo e Pedrosa. Mesmo que não vença, porém, o italiano já conseguiu roubar a cena mais uma vez, apresentando uma pintura de capacete bem ao seu estilo irreverente e descontraído.

Logo abaixo, os dez primeiros no grid de largada do Grande Prêmio da Itália da MotoGP:

1. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1:48.130s
2. Dani Pedrosa/Espanha/Honda, 1:48.297s
3. Loris Capirossi/Itália/Suzuki, 1:48.313s
4. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1:48.375s
5. Colin Edwards/Estados Unidos/Yamaha, 1:48.383s
6. Nicky Hayden/Estados Unidos/Honda, 1:48.666s
7. Jorge Lorenzo/Espanha/Yamaha, 1:48.905s
8. James Toseland/Inglaterra/Yamaha, 1:49.025s
9. Shinya Nakano/Japão/Honda, 1:49.095s
10. Alex de Angelis/Itália/Honda, 1:49.145s

A largada da corrida está marcada para as 9 horas deste domingo, horário de Brasília, com transmissão ao vivo do SporTV.


Com apenas 21 anos e 79 dias, Marco Andretti se tornou hoje o piloto mais jovem da história a marcar uma pole position na Fórmula Indy. Na prova de amanhã, em Milwaukee, o americano vai dividir a primeira fila com outro forte nome da nova geração: Graham Rahal. Vencedor das 500 Milhas de Indianapolis, Scott Dixon larga em terceiro. Os melhores brasileiros no grid são Helio Castroneves, em quinto, e Tony Kanaan, que sai de sexto.

Na Grécia, o tetracampeão Sebastien Loeb vai liderando com tranqüilidade o tradicional Rally de Acrópolis. Depois de dois dias de competição, o francês da Citröen já tem quase trinta segundos de vantagem para Petter Solberg, seu adversário mais próximo. A dupla oficial da Ford vem enfrentando problemas, e não deve ter forças para desafiar Loeb. O líder do campeonato Mikko Hirvonen é o quarto, enquanto seu companheiro Jari-Matti Latvala aparece num discreto oitavo lugar.

Por fim, vale mencionar que o brasileiro Augusto Farfus Jr. cravou a pole position para a primeira bateria do Mundial de Turismo no circuito francês de Pau. Contrariando as expectativas, o brazuca superou as dificuldades da sua BMW e bateu o francês Yvan Muller, da SEAT, em míseros dois centésimos. Para se ter uma noção, a segunda BMW no grid - do tricampeão Andy Priaulx - não passa da sétima posição.


A morena Danica Patrick ficou muito irritada após ser eliminada das 500 Milhas de Indianapolis pelo australiano Ryan Briscoe, num estúpido acidente dentro dos boxes. O vídeo abaixo, porém, mostra que Danica já tinha o sangue quente desde os tempos de Fórmula Ford. As imagens são de uma corrida disputada em meados de 2000. Danica é tirada da pista por um adversário e não se conforma com o abandono:



Até a próxima!

Crédito das fotos:
Augusto Farfus Jr. - www.fiawtcc.com

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Imprensa alemã garante que Raikkonen se aposenta no fim de 2009

Ainda está difícil de acreditar, mas os boatos sobre a aposentadoria de Kimi Raikkonen ganharam novo fôlego nesta sexta. Dessa vez, a notícia vem da imprensa alemã, que teria conversado com pessoas próximas ao piloto finlandês. De acordo com o jornal Rheinischen Post, Raikkonen confidenciou que não pretende continua na Fórmula 1 por muito tempo. Seguindo o mesma linha, o diário TZ trouxe o depoimento de um suposto amigo de Raikkonen, não identificado pela reportagem:

"Kimi ama correr, mas odeia todo o resto na Fórmula 1. Ele não quer mais as aparições públicas e a vida nos holofotes", teria dito o amigo de Raikkonen. O contrato do finlandês com a Ferrari vai até o fim de 2009, e as conversas para renovação do compromisso ainda estão engatinhando. Se Raikkonen realmente deseja a aposentadoria precoce, a despedida aconteceria já no ano que vem.

A saída do atual campeão abriria uma vaga na Ferrari, sonho de muito piloto na Fórmula 1. Um deles é Fernando Alonso, que já expressou várias vezes sua vontade de correr um dia pelo time de Maranello. Apesar de tudo, a Ferrari permanece contando com Raikkonen, e não vai aceitar a aposentadoria do finlandês com tanta facilidade. Por enquanto, os boatos sobre a despedida do "Homem de Gelo" ainda carecem de fundamento.

Mas Raikkonen é um sujeito imprevisível, e poderia muito bem aprontar uma surpresa dessas...



Sebastian Vettel pode substituir David Coulthard na Red Bull já neste ano. Ainda sem pontos na atual temporada, o escocês vem sofrendo bastante pressão por melhores resultados, enquanto Vettel supera com brilhantismo as deficiências da Toro Rosso. O boato corre solto na imprensa européia, mas o chefe de equipe da Toro, Gerhard Berger, deu uma esfriada em entrevista à revista Auto Motor und Sport: "Não acho que Vettel esteja pronto para este salto. Seria muito cedo ainda".

Além disso, Berger também comentou as especulações sobre uma possível venda da Toro para a Lancia: "Até agora, não está acontecendo nada. Continuo acreditando que a Red Bull ainda pode permanecer no controle da equipe de alguma maneira". Vale lembrar que a empresa das bebidinhas energéticas já declarou sua intenção de vender a Toro Rosso até o fim de 2009, mas nenhum comprador em potencial realmente forte apareceu por enquanto.

Permanecendo na Fórmula 1, a Toro Rosso poderia promover a estréia da Bruno Senna na categoria, como já está sendo cogitado por muitos especialistas. Mas o piloto brasileiro ainda está com a cabeça na GP2. "A vitória em Mônaco apenas não é suficiente. Preciso de mais resultados para conquistar o título da GP2, que é a minha grande meta no momento", falou Bruno ao site Autosport. Se vencer o campeonato, aí sim, as portas da Fórmula 1 vão se abrir naturalmente.

E a Toro Rosso pode não ser a única interessada no sobrinho de Ayrton. Apoiado pela Petrobrás, Bruno também tem boas chances de conseguir uma vaga na Williams.



Relembrar reportagens antigas sobre a Fórmula 1 é sempre uma boa diversão. Essa aí debaixo foi exibida em algum Globo Esporte de 1979. O tema: as primeiras corridas da Copersucar naquela temporada, e expectativa de Emerson Fittipaldi para as melhorias técnicas que estavam para ser introduzidas no modelo F6. Vale a pena conferir:


Destaque especial para a carnavalesca camisa de Luciano do Valle, é claro...

Até mais!

Crédito das fotos: http://www.gpupdate.net/

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Renault defende Nelsinho e esfria boatos sobre demissão

Nelsinho Piquet ainda está sob intensa pressão, mas finalmente ganhou um pequeno refreco. Nesta quinta, o piloto brasileiro recebeu o apoio de duas das principais figuras da Renault: o chefe de equipe Flavio Briatore e o diretor técnico Pat Symonds. Apesar de admitir certa decepção com a performance de Nelsinho, a dupla garantiu que o brazuca permanece com sua vaga segura na Renault, e que tem totais condições de recuperar-se da má fase.

"Ele tem definitivamente muito talento. Nelsinho é parte da equipe, e nós precisamos dele. Não tenho dúvidas disso", falou Briatore ao site Sportnet. Por sua vez, Symonds conversou com a imprensa ainda em Mônaco, e reafirmou sua confiança na habilidade do brasileiro. "Nelsinho tem passado por dificuldades, mas já fez boas corridas. O que ele precisa é acreditar mais na sua própria capacidade para que os resultados comecem a aparecer".

Nos últimos dias, Nelsinho Piquet foi envolvido numa série de boatos que sugeriam sua demissão da Renault já nas próximas corridas. Aparentemente, o brazuca seria substituído por Takuma Sato, Anthony Davidson ou até Rubens Barrichello. Pelas declarações dos chefões da Renault, porém, fica claro que Nelsinho continua com algum crédito com a equipe. É óbvio que ninguém está feliz com os resultados.

Mas a situação do brasileiro também não é tão delicada assim.



A boa fase de Felipe Massa vem rendendo vários elogios ao piloto brasileiro. "Ele sempre foi rápido, mas agora comete menos erros", afirmou ao site Autosport o dirigente Martin Whitmarsh, da McLaren. Chefe da Toro Rosso, Gerhard Berger seguiu a mesma linha: "Massa está andando no limite o tempo todo, e isso é impressionante". Já o tetracampeão Alain Prost foi mais cauteloso: "Acredito que Massa é um candidato ao título, mas Kimi Raikkonen ainda é mais forte".

Realidade bem diferente vai vivendo o presidente da FIA, Max Mosley, que continua sofrendo muita pressão para deixar o seu cargo após o escândalo sexual de meses atrás. Dessa vez, nada menos do que 24 federações filiadas à entidade divulgaram uma carta pedindo a renúncia do dirigente inglês. Mas Mosley permanece irredutível: "Não aceitarei essa proposta. Seria a pior solução possível". A decisão sobre o caso sai na terça-feira que vem, numa decisão a portas fechadas na sede da FIA, em Paris.

Para terminar o giro pelas notícias do dia, vale registrar uma declaração do polonês Robert Kubica. "Nos últimos G.Ps., chegamos perto da primeira posição, mais ainda ficaram faltando alguns décimos. Mas até o fim do ano acredito que vamos superar essa desvantagem", disse Kubica. A próxima parada da Fórmula 1 é justamente o Canadá, onde o polonês sofreu o mais grave acidente de sua carreira. Uma vitória em Montreal, um ano depois daquela terrível batida, ganharia ares de um roteiro de Hollywood.

Será que dá para Kubica? Talvez o próximo palpite do Blog seja bastante arriscado...



O vídeo do dia é uma emocionante reportagem que o Globo Esporte preparou para comemorar seus trinta anos, relembrando a história do programa com a Fórmula 1. A ótima dica é do Plog do Pezzolo. Vale a pena conferir:



Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
www.gpupdate.net

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Post em OFF - Folga às quartas

Amigos: meu tempo já tem sido curto, mas às quartas-feiras fica ainda mais corrido. Não tenho como ignorar o futebol e, enquanto o meu querido Fluzão continuar fazendo bonito na Copa Libertadores, este espaço vai ficar sem atualizações nas quartas. Peço desculpas a todos, só que preciso aproveitar o bom momento do meu clube do coração. Não será sempre que vou poder ver o Fluminense fazendo jogo duro com o Boca Juniors na Argentina. E semana que será ainda mais emocionante...

Amanhã voltamos com a nossa programação normal. Até!

terça-feira, 27 de maio de 2008

O boato do dia: Rubinho pode substituir Nelsinho na Renault

Por essa Nelsinho Piquet não esperava. Arriscado de perder seu lugar na Renault por causa da seqüência de maus resultados, o novato recebeu outra notícia ruim nesta terça. Depois de Takuma Sato e Anthony Davidson, ninguém menos do que Rubens Barrichello foi apontado como o mais novo candidato a substituir Nelsinho na Renault, numa mudança que já poderia ser realizada num futuro bem próximo.

De acordo com uma fonte do Blog Victal, Nelsinho teria uma última chance de salvar seu emprego no G.P. do Canadá, daqui a duas semanas. Caso contrário, o novato já seria trocado por Rubinho a partir da corrida da França. Ao mesmo tempo, Sato assumiria o lugar do veterano na Honda, dando fim às manifestações dos fãs do japonês contra a montadora. Para que tudo isso se realizasse, faltaria apenas o "ok" de Rubinho.

Outra versão diz que Rubinho não estaria disposto a deixar a Honda, e que o "plano B" da escuderia japonesa seria emplacar Sato no lugar de Nelsinho. Nesse caso, a mudança só aconteceria no G.P. da Inglaterra, em julho. Por fim, uma última hipótese - a mais mirabolante de todas - sustenta que tanto Rubinho quanto Nelsinho poderiam perder seus empregos. Se essa possibilidade vier a se concretizar, o veterano seria substituído por Sato, enquanto Nelsinho teria sua vaga ocupada pelo francês Romain Grosjean.

Dá para confiar em qualquer um desses boatos? Ainda não, mas a pressão sobre Nelsinho vai aumentando num ritmo preocupante. Rubinho, por enquanto muito bem estabelecido na Honda, dificilmente aceitaria substituir seu compatriota na Renault, principalmente porque sua última experiência como companheiro de um bicampeão mundial não foi nada prazerosa. O japonês Sato, porém, representa uma ameaça real à vaga de Nelsinho.

É fundamental que o novato comece a mostrar serviço, senão sua promissora carreira na Fórmula 1 pode ter um final prematuro e extramemente decepcionante.



Desempregado desde a falência da Super Aguri, Takuma Sato continua com a cabeça na Fórmula 1. Nesta terça, o japonês quebrou o silêncio e revelou que pensa em voltar à categoria ainda em 2008. "Não estou desesperado, mas aceito qualquer chance. Quando estiver pronto, vocês todos vão saber", falou Sato, que não contou com quais equipes está negociando. Ao que tudo indica, porém, sua melhor possibilidade é assumir a vaga de Nelsinho Piquet na Renault.

Mesmo tendo sido derrotada pela primeira vez em quatro corridas, a Ferrari mantém o otimismo para o G.P. do Canadá. Terceiro colocado em Mônaco, Felipe Massa afirmou que a McLaren não foi "imbatível" em Monte Carlo, e que as duas equipes estão num nível muito equilibrado. "Ficamos com a impressão de que a McLaren pode ser derrotada no Canadá. O campeonato está aberto, e o resultado de Mônaco não vai acabar com nossas chances de título", afirmou Massa.

Para terminar o giro pelas notícias do dia, vale mencionar que o chefão da BMW, Mario Theissen, veio a público defender o alemão Nick Heidfeld, muito criticado pelas sucessivas derrotas para o companheiro Robert Kubica. "Acontece que Heidfeld não está conseguindo andar bem nos treinos. Precisamos resolver esse problema já. Heidfeld sabe analisar um carro, e vai trabalhar com os engenheiros para melhorar", disse Theissen.

Até agora, Heidfeld não teve seu emprego questionado na BMW. Mas, considerando que a vaga na equipe alemã é das mais cobiçadas, o alemão precisa reagir o quanto antes.



O vídeo do dia é mais uma animação de "Los Quemagomas", a série espanhola que faz uma sátira bem engraçada do mundo da Fórmula 1. Dessa vez, o palco é o G.P. de Mônaco:



Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
www.gupdate.net

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Aumenta pressão sobre Nelsinho Piquet

O primeiro ano de Nelsinho Piquet na Fórmula 1 não está sendo nada fácil. Após seis corridas, o piloto brasileiro ainda não conseguiu pontuar, e vem recebendo cada vez mais pressão da Renault e da imprensa para superar a má fase. Nesta segunda, Nelsinho foi surpreendido por outra péssima notícia: o boato lançado pela revista Motorsport Aktuell, que garante a sua demissão daqui a três corridas caso a seqüência de maus resultados continue.

De acordo com a reportagem, Nelsinho teria até o G.P. da Inglaterra para mostrar serviço. Caso contrário, o brazuca correria sério risco de ser substituído por Takuma Sato ou Anthony Davidson, a dupla de pilotos que ficou à pé com a falência da Super Aguri. Se não bastasse tudo isso, Nelsinho ainda tomou uma bela cutucada do chefão Flavio Briatore por causa do acidente em Mônaco. "A corrida foi decepcionante, mas não poderíamos esperar muito de um piloto de testes", falou Briatore.

Ser chamado de "piloto de testes" pelo chefe não é nenhum elogio. Mas, apesar de tudo, Nelsinho ainda conta com o apoio da Renault. Tanto que foi selecionado para fazer uma bateria de testes com a equipe em junho, numa data antes marcada para Fernando Alonso. Com a medida, a Renault espera oferecer mais uma oportunidade para que Nelsinho ganhe experiência com o carro, e deixe de cometer os erros que se tornaram freqüentes neste ano.

As notícias que especulam a demissão de Nelsinho ainda são puro boato, apesar de terem ficado mais consistentes nas últimas semanas. Se, por algum motivo, Nelsinho for afastado da Renault, o mais provável é que a equipe promova o piloto de testes Lucas di Grassi à posição de titular. Embora representem boas opções no mercado, Takuma Sato e Anthony Davidson jamais tiveram ligações com a Renault, e nada indica que isso vai mudar.

Por enquanto, Nelsinho continua seguro na Renault. Mas a paciência da equipe está se esgotando lentamente.



Adrian Sutil precisou se controlar para não chorar em entrevista à televisão alemão logo após o G.P. de Mônaco. Com a voz embargada, o piloto da Force India se limitou a dizer que "Kimi Raikkonen é um grande esportista, veio pedir desculpas e não fez de propósito", dando a entender que o finlandês está perdoado pelo acidente que estragou a corrida de ambos. Mesmo perdendo a fantástica quarta posição, Sutil ganhou muita moral dentro da equipe, chegando a ser classificado como "herói" pelo chefe Colin Kolles.

Enquanto isso, o presidente da Renault, Carlos Ghosn, reafirmou hoje que a montadora francesa permanece comprometida com a Fórmula 1, apesar da escassez de resultados nos últimos dois anos. "Só pensaria em sair quando estivesse no topo. Vamos ficar aqui por um longo período. Confio nos ajustes que estão sendo feitos para conseguir melhores desempenhos nas próximas temporadas", revelou Ghosn ao Marca.

Para terminar o giro pelas notícias do dia, vale registrar que o G.P. da Inglaterra pode mudar de endereço em 2011. Segundo o jornal Sunday Mirror, os proprietários do circuito de Donington Park - palco da histórico triunfo de Ayrton Senna em 1993 - já estariam negociando com uma "poderosa figura da Fórmula 1", que muito provavelmente é Bernie Ecclestone. A troca aconteceria após o fim do contrato da sempre criticada pista de Silvestone com a categoria.

Um circuito lendário sendo substituído por outro que também tem muita história para contar. Se for assim, a saída de Silvestone nem será tão lamentada.



O vídeo do dia mostra a principal cena do fim de semana: o acidente entre Danica Patrick e Ryan Briscoe nas 500 Milhas de Indianapolis, que eliminou os dois da prova. Inconformada com a batida, a morena vai tirar satisfações com o australiano, mas é contida por um segurança. Para quem não viu, vale a pena conferir:



Até mais!

Crédito das fotos:

Donington Park - www.1tail.com
Demais -
www.gpupdate.net

domingo, 25 de maio de 2008

Vitória de Scott Dixon nas 500 Milhas de Indianapolis

Dessa vez, ninguém teve forças para enfrentar Scott Dixon. Depois de bater na trave no ano passado - quando foi segundo - o neo-zelandês conquistou hoje sua primeira vitória nas 500 Milhas de Indianapolis, a prova automobilística mais importante do planeta. Largando da pole, Dixon dominou a maior parte da corrida, e venceu com relativa tranqüilidade. O melhor brasileiro foi Vitor Meira, que terminou na vice-liderança. Marco Andretti fechou na terceira posição, com Helio Castroneves em quarto.

A 92ª edição da Indy 500 certamente vai ficar marcada como uma das mais acidentadas de sempre. Quase um terço dos pilotos que alinharam na largada abandonaram por causa de batidas, incluindo favoritos da torcida como Tony Kanaan e Danica Patrick. O esquadrão de sete brasileiros teve uma participação razoável, sendo representado por Vitor Meira e Helio Castroneves na luta pela vitória.

Mas nenhum piloto foi adversário para Scott Dixon. Durante a primeira metade da corrida, o neo-zelandês se revezou na liderança com seu companheiro de equipe na Ganassi, Dan Wheldon. Mais tarde, na parte decisiva da prova, o inglês acabou perdendo rendimento, mas Dixon manteve-se firme na ponta até a bandeirada. No total, o vencedor liderou 115 das 200 voltas da corrida, conquistando um triunfo incontestável.

Segundo colocado na prova, Vitor Meira chegou a ocupar a primeira posição a menos de trinta giros do final, mas terminou superado por Dixon na última rodada de pit stops. Na relargada, o neo-zelandês apenas administrou a liderança, sem maiores problemas. Por sua vez, Helio Castroneves perdeu o terceiro posto para Marco Andretti nos momentos finais da corrida, e precisou se contentar com o quarto lugar.

Além de Vitor e Helinho, outros três brasileiros ainda finalizaram a prova. Enrique Bernoldi levou seu carro até o 15º lugar, último entre os que ficaram na volta do líder. Já Mario Moraes finalizou na 18ª posição, a seis giros de Dixon. Por fim, Bruno Junqueira perdeu quinze voltas nos boxes para consertar um retrovisor quebrado, mas ainda voltou à pista para receber a bandeirada em 20º.

Tony Kanaan vinha disputando a liderança quando perdeu o controle do carro na curva três, após receber uma fechada do companheiro de equipe Marco Andretti. O baiano atravessou a pista e terminou atingido por Sarah Fischer, resultando no abandono de ambos. Antes disso, Jaime Camara já havia se retirado por conta de um forte acidente na curva um. As batidas de Tony e Camara causaram apenas duas das oito bandeiras amarelas do dia.

O acidente mais polêmico da corrida aconteceu dentro dos boxes, na volta 171. Ryan Briscoe saiu do seu pit de forma estabanada e acertou Danica Patrick, que rodou e bateu no muro. Os dois foram forçados a desistir da prova. Inconformada, Danica chegou a ensaiar uma tirada de satisfações com Briscoe, para delírio do público nas arquibancadas. Quando já se aproximava do carro do australiano, porém, um segurança da equipe Penske entrou na pista para conter a morena.

Com os resultados das 500 Milhas de Indianapolis, Scott Dixon pulou para a liderança da Fórmula Indy, somando 191 pontos. Helio Castroneves aparece em segundo, com 176. Na seqüência, vêm Dan Wheldon (153), Tony Kanaan (139), Marco Andretti (130) e Danica Patrick (122). A seguir, a classificação completa da 92ª edição das 500 Milhas de Indianapolis:

1. Scott Dixon/Nova Zelândia/Ganassi, 200 voltas em 3h28:57.6792s
2. Vitor Meira/Brasil/Panther, a 1.7497s
3. Marco Andretti/Estados Unidos/Andretti-Green, a 2.3127s
4. Hélio Castroneves/Brasil/Penske, a 6.2619s
5. Ed Carpenter/Estados Unidos/Vision, a 6.5505s
6. Ryan Hunter-Reay/Estados Unidos/Rahal-Letterman, a 6.9894s
7. Hideki Mutoh/Japão/Andretti-Green, a 7.8768s
8. Buddy Rice/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold, a 8.8798s
9. Darren Manning/Inglaterra/Foyt, a 9.2019s
10. Townsend Bell/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold, a 9.4567s
11. Oriol Servia/Espanha/KV, a 22.4966s
12. Dan Wheldon/Inglaterra/Ganassi, a 30.7090s
13. Will Power/Austrália/KV, a 31.6666s
14. Davey Hamilton/Estados Unidos/Kingdom, a 32.0084s
15. Enrique Bernoldi/Brasil/Conquest, a 32.1075s
16. John Andretti/Estados Unidos/Roth, a 1 volta
17. Buddy Lazier/Estados Unidos/Hemelgarn, a 5 voltas
18. Mario Moraes/Brasil/Dale Coyne, a 6 voltas
19. Milka Duno/Venezuela/Dreyer & Reinbold, a 15 voltas
20. Bruno Junqueira/Brasil/Dale Coyne, a 16 voltas
21. A.J. Foyt IV/Estados Unidos/Vision, a 20 voltas
Não completaram:
Danica Patrick/Estados Unidos/Andretti-Green, Acidente na volta 171
Ryan Briscoe/Austrália/Penske, Acidente na volta 171
Tomas Scheckter/África do Sul/Luczo Dragon, Problema Mecânico na volta 156
Alex Lloyd/Inglaterra/Rahal Letterman, Acidente na volta 151
Ernesto Viso/Venezuela/HVM, Problema Mecânico na volta 139
Justin Wilson/Inglaterra/Newman-Haas-Lanigan, Acidente na volta 132
Jeff Simmons/Estados Unidos/Foyt, Acidente na volta 112
Tony Kanaan/Brasil/Andretti Green, Acidente na volta 105
Sarah Fisher/Estados Unidos/Sarah Fisher, Acidente na volta 103
Jaime Câmara/Brasil/Conquest, Acidente na volta 79
Marty Roth/Canadá/Roth, Acidente na volta 59
Graham Rahal/Estados Unidos/Newman-Haas-Lanigan, Acidente na volta 36
Volta mais rápida: Marco Andretti, 40.1720s na volta 161

Agora, a próxima parada da Fórmula Indy é o circuito de Milwaukee, já no próximo domingo, dia 1º de junho.

Crédito das fotos: http://www.indycar.com/

Análise do Grande Prêmio - Mônaco/Monte Carlo (25/05/2008)

Análise dos pilotos:

Lewis Hamilton
Após beijar o guardrail no início, não perdeu a concentração e conseguiu a vitória numa reação espetacular. Lidera o campeonato com méritos.
Nota: 9

Robert Kubica
Desempenho seguro e consistente. Kubica já tem pose de piloto de ponta. Cada vez mais, o polonês se estabelece como o líder da equipe BMW.
Nota: 9

Felipe Massa
Só não venceu por culpa da Ferrari e do safety car. Foi perfeito na classificação, mas a corrida fugiu ao seu controle. Mesmo assim, calou os críticos porque mostrou que é bom em Mônaco e na chuva.
Nota: 8

Mark Webber
Marcou pontos pela quinta corrida consecutiva, um recorde na sua carreira. Vive excelente fase, e está facilmente destruindo Coulthard na disputa interna da Red Bull
Nota: 9

Sebastian Vettel
Na pista molhada é simplesmente fantástico. Largando da última fila, foi galgando posições com a paciência de um veterano. Tem tudo para substituir Coulthard na Red Bull na próxima temporada.
Nota: 9

Rubens Barrichello
Já estava na hora de quebrar o jejum de pontos. Na chuva de Mônaco, fez valer a sua experiência e conquistou um merecido sexto lugar.
Nota: 8

Kazuki Nakajima
Salvou a honra da Williams, no 600º G.P. da equipe. Por incrível que pareça, não cometeu absolutamente nenhum erro ao longo da prova. Está amadurecendo de maneira rápida e impressionante.
Nota: 8

Heikki Kovalainen
Nas últimas três corridas, vem tendo uma maré de má sorte persistente. Depois de ficar parado no grid, não desistiu nunca e somou um suado pontinho.
Nota: 7

Kimi Raikkonen
Prejudicado por um erro da Ferrari na formação do grid, também fez suas pataquadas na corrida. No final, o acidente com Sutil deve ter custado alguns fãs.
Nota: 2

Fernando Alonso
Bateu sozinho logo no começo da corrida, e depois causou um acidente evitável com o inocente Heidfeld. Na ânsia de compensar a falta de performance da Renault, tentou andar mais do que o carro e se deu mal.
Nota: 3

Jenson Button
Não conseguiu escapar de um acidente já na primeira volta. A partir daí, lutou para se recuperar, mas em Mônaco isso é muito difícil. Embora seja bom na chuva, não aproveitou a oportunidade.
Nota: 4

Timo Glock
Nessa altura, a Toyota já deve estar quase arrependida de ter contratado o alemão. Em Mônaco, foram três rodadas ao longo da corrida. Glock já começa a se queimar na Fórmula 1.
Nota: 2

Jarno Trulli
Trulli nunca foi um fenômeno na chuva. Dessa vez, ao menos, não comprometeu. Em condições normais, certamente teria pontuado, mas a pista molhada atrapalhou.
Nota: 4

Nick Heidfeld
Fim de semana de cão para Heidfeld. Deu tudo errado para o alemão desde o início. Classificação ruim, corrida cheia de incidentes e várias paradas de box não programadas. Não poderia ter sido muito pior.
Nota: 3

Adrian Sutil
O abandono no final foi de cortar o coração, mas o alemão ainda sai de Mônaco com um saldo muito positivo. Antes ameaçado de demissão, Sutil salvou a carreira com a heróica atuação deste domingo.
Nota: 10

Nico Rosberg
Excelente posição de grid estragada por uma precipitação na primeira volta. Ainda teria pontuado, mas errou no final e acabou destruindo o carro no guard rail de Mônaco.
Nota: 5

Nelsinho Piquet
Fez um tremendo esforço para manter-se na corrida com pneus de chuva, numa pista cada vez mais seca. Mais tarde, bateu num momento em que a sua frustração já era evidente.
Nota: 5

Giancarlo Fisichella
No seu 200º Grande Prêmio, foi muito discreto. Ofuscado pelo companheiro Sutil, vinha no meio do pelotão quando sofreu uma falha mecânica.
Nota: 4

David Coulthard
Destruiu o carro duas vezes em apenas um fim de semana. Está tomando uma verdadeira lavada de Webber. Nesse ritmo, não continua na Fórmula 1 no ano que vem.
Nota: 1

Sebastien Bourdais
Performance decente na classificação. Na corrida, não conseguiu evitar um erro já nas primeiras voltas. Pela falta de experiência em Mônaco, não foi uma grande surpresa.
Nota: 3

Análise das equipes:

Ferrari
Perdeu a corrida por causa de um erro de tática com Massa. E a bobagem que rendeu um drive through a Raikkonen é indesculpável.
Cotação: **

McLaren
Só não ganha a nota máxima porque o carro de Kovalainen ficou parado no grid. Mas a estratégia de Hamilton foi certeira, e determinante para que o inglês se recuperasse do acidente no início.
Cotação: ****

BMW
É uma equipe séria e trabalhadora, que não costuma inventar. Teria pontuado com os dois carros se Heidfeld não estivesse num dia tão infeliz. Falta um pouco de sorte para a primeira vitória.
Cotação: ****

Williams
Na 600ª corrida da equipe de Frank Williams, Nakajima salvou a honra da casa. Rosberg provavelmente marcaria pontos, mas se desconcentrou e destruiu o carro no final.
Cotação: ***

Red Bull
Além de rápido, o carro da Red Bull neste ano também é confiável. Pena que apenas um dos pilotos esteja aproveitando as oportunidades para pontuar. A equipe já deve estar perdendo a paciência com Coulthard.
Cotação: ****

Toyota
O mau desempenho foi culpa principal dos pilotos. Trulli nunca se entendeu com a chuva, e Glock provou também não ser um talento na pista molhada. Só hoje, o alemão rodou pelo menos três vezes.
Cotação: *

Renault
Inventou uma estratégia arriscada demais para Nelsinho, que estragou a corrida do brasileiro. Alonso tinha potencial para terminar no podium, mas atrapalhou-se sozinho.
Cotação: *

Toro Rosso
Excelente quinto lugar para Vettel, mérito principal do piloto. Bourdais abandonou cedo, por erro próprio. O carro novo da Toro já chegou marcando quatro pontos, mas isso não deve ser rotina.
Cotação: ****

Honda
Dessa vez, não fez bobagem na estratégia de Rubinho. E o veterano, finalmente, quebrou o jejum de pontos. Já Button poderia ter chegado entre os oito primeiros, mas o acidente no início atrapalhou.
Cotação: ***

Force India
O melhor desempenho da curta história da Force India, embora tudo tenha terminado em decepção para o time indiano. Tática perfeita para que Sutil fizesse a corrida de sua vida.
Cotação: ****

Análise da corrida:

Corrida com chuva já costuma ser boa. Em Mônaco, então, vira ótima. Com vários pequenos acidentes, incontáveis quebras de bico e algumas trocas de liderança, a prova deste domingo esteve indefinida até o final. Hamilton venceu, mas Massa e Kubica também chegaram perto do triunfo. No pelotão intermediário, drama e até manobras de ultrapassagem. Valeu a pena acordar cedo para assistir à corrida do Principado.
Nível da corrida: Ótima

Análise do campeonato:

Os quatro primeiros na classificação estão separados por apenas seis pontos. Todos eles - Hamilton, Raikkonen, Massa e Kubica - têm motivos para sonhar com o título. O piloto da BMW possui menos chances, é claro, mas os outros três estão firmes na briga. Por incrível que pareça, Hamilton repete o papel de Raikkonen no ano passado: agora, o inglês é o azarão na disputa que também envolve os dois pilotos da equipe favorita.
Nível do campeonato: Ótimo

Balanço dos Palpites:

Vitória: Lewis Hamilton. Na mosca
Pole position: Kimi Raikkonen. Foi quase. O finlandês perdeu a pole por apenas três centésimos
Primeiro abandono: Nick Heidfeld. Também não passei longe. David Coulthard e Sebastien Bourdais foram os primeiros a abandonar, mas o piloto mais azarado do dia talvez tenha sido Heidfeld. O alemão teve um domingo realmente terrível
Decepção do G.P.: Toyota. Mais uma aposta bem feita. A Toyota tinha carro para pontuar, mas os seus pilotos não se entenderam com a chuva. Ao lado da Ferrari e da Renault, a equipe japonesa foi a maior decepção de Mônaco
Zona de pontuação:
1. Lewis Hamilton (PALPITE CORRETO). E Hamilton foi o grande vencedor
2. Kimi Raikkonen (Robert Kubica). Raikkonen ficou fora dos pontos, por erros da equipe e dele próprio
3. Fernando Alonso (Felipe Massa). Aposta furada. Alonso teve um G.P. para esquecer
4. Felipe Massa (Mark Webber). Foi quase: Massa ficou em terceiro
5. Robert Kubica (Sebastian Vettel). Mais uma vez, Kubica supera minhas expectativas
6. Heikki Kovalainen (Rubens Barrichello). Dia complicado para Kovalainen, mas ele ainda salvou um ponto
7. Nico Rosberg (Kazuki Nakajima). Troquei um piloto da Williams pelo outro
8. Rubens Barrichello (Heikki Kovalainen). Bingo! Já estava mesmo na hora de Rubinho conseguir uns pontinhos

De modo geral, o Blog foi muito bem nos palpites dessa vez. Além de acertar a vitória de Hamilton, ainda apostei numa corrida com pontos para Rubinho, o que também aconteceu. As tradicionais secadas funcionaram: a Toyota não andou nada, como eu previ, e Nick Heidfeld teve um fim de semana cheio de problemas, embora não tenha sido o primeiro abandono da corrida. Se os meus palpites fossem sempre assim, eu estaria muito satisfeito.
Nível dos palpites: Muito bom

Até o fim do dia, o Blog volta comentando o resultado das 500 Milhas de Indianapolis. Até mais!

Hamilton sai vencedor na loteria de Mônaco

Com chuva, o Grande Prêmio de Mônaco não poderia ser uma corrida convencional. Numa prova recheada de pequenos acidentes, bicos quebrados e mudanças nas condições de pista, Lewis Hamilton contou com a estratégia perfeita da McLaren para vencer pela primeira vez no Principado. Robert Kubica finalizou num ótimo segundo, enquanto Felipe Massa foi prejudicado por erros da Ferrari e não passou de terceiro. Já Rubens Barrichello quebrou o longo jejum de pontos com um sólido sexto lugar.

O domingo em Mônaco foi chuvoso desde a manhã. No horário da largada, a chuva era fraca, mas a pista ainda estava muito molhada. À exceção de Nelsinho Piquet, que arriscou começar com os pneus "biscoito", todos os pilotos alinharam com compostos intermediários. Mesmo antes do início, o G.P. de Mônaco já teve seu primeiro momento de drama, quando Heikki Kovalainen ficou parado no grid e precisou ser empurrado para largar dos boxes.

Na saída, o pole Felipe Massa não cometeu erros e manteve a ponta sem maiores dificuldades. Ao mesmo tempo, Lewis Hamilton superou Kimi Raikkonen já no arranque, passando para a vice-liderança. Ainda na primeira volta, Nico Rosberg e Jenson Button danificaram seus aerofólios dianteiros em incidentes separados. Era apenas o início de um festival de bicos quebrados, que se prolongaria até o fim da corrida.

De início, Massa impôs seu ritmo e não demorou a abrir vantagem para Hamilton. A chuva apertava e os pilotos tinham cada vez mais dificuldades de se manter na pista. Na sexta volta, Hamilton cometeu um erro e atingiu o guard rail na curva do Tabaco. Para sorte do inglês, o carro não ficou muito danificado, mas Hamilton precisou visitar os boxes para trocar um pneu que se dechapou no acidente.

O piloto da McLaren aproveitou para encher o tanque de combustível até a boca. Hamilton retornou em quinto, beneficiado pelo ritmo fraco do pelotão intermediário, que andava lento por causa da nuvem de spray. Logo depois, foi a vez do quarto colocado Fernando Alonso beijar o muro. Assim como Hamilton, o bicampeão conseguiu retornar aos boxes, mas perdeu várias posições.

Alonso havia batido na curva do Cassino, que estava se tornando um verdadeiro sabão. Alguns segundos após Alonso acertar o guardrail, David Coulthard rodou e bateu mais forte. Na seqüência, Sebastien Bourdais também saiu do trilho e encontrou o muro, ficando estacionado atrás da Red Bull de Coulthard. Os dois carros batidos forçaram a entrada do safety cat, o que arruinou a vantagem de treze segundos que Massa tinha na liderança.

A corrida recomeçou na volta 11, com Massa, Raikkonen e Robert Kubica liderando o pelotão. Nesse momento, Raikkonen recebeu um drive through por causa de um erro inacreditável da Ferrari, que havia demorado demais para deixar seu carro pronto no grid. O finlandês permaneceu o máximo possível na pista, mas precisou pagar sua punição e caiu para quarto. Com Raikkonen fora de combate, Kubica subiu para segundo e começou a pressionar o líder Massa.

Enquanto isso, Alonso vinha escalando o pelotão. Após superar Mark Webber na curva Mirabeau, o bicampeão tentou uma manobra arriscada sobre Nick Heidfeld no grampo de Lowes. O resultado foi desastroso. Alonso perdeu o bico pela segunda vez no dia, Heidfeld saiu com um pneu furado e vários pilotos quase precisaram parar para não bater. No meio da confusão, Rubens Barrichello conseguiu uma bela ultrapassagem sobre Kazuki Nakajima, e entrou pela primeira vez na zona de pontuação.

Lá na frente, Massa vinha sofrendo forte pressão de Kubica. Quando o polonês já estava alcançando o brasileiro, Massa errou na curva Saint-Dévote e passou reto. O piloto da Ferrari conseguiu retornar à pista sem perder muito tempo, mas Kubica assumiu a liderança. Nessa altura, a chuva já havia parado, e o circuito começava a secar lentamente. A estratégia seria fundamental para decidir o destino da corrida.

Kubica foi o primeiro dos líderes a visitar os boxes, retornando ainda com pneus intermediários. Um pouco mais pesado do que o polonês, Massa ficou mais algumas voltas na pista, e abriu distância suficiente para superar o rival após o pit stop. A Ferrari optou por encher todo o tanque do brasileiro, o que se revelaria um erro tático terrível. Massa voltou em segundo, atrás somente de Hamilton, mas precisaria correr até o final com compostos intermediários.

A pista já secava num ritmo mais rápido, e a chuva não dava sinais de retorno. Mesmo assim, as condições ainda eram difíceis. Raikkonen, por exemplo, distraiu-se por um segundo e chocou-se contra o guard rail na Saint-Dévote. Para variar, apenas um bico quebrado foi o saldo da batida, que derrubou o finlandês até o sexto lugar. Raikkonen terminou superado inclusive pelo surpreendente Adrian Sutil, que andava em quinto com a Force India.

Já fora de qualquer possibilidade de pontos, Alonso se tornou o primeiro piloto a tentar pneus de seco. O espanhol logo provou que os compostos intermediários não eram mais a escolha certa, motivando uma série de pit stops para os outros pilotos. De qualquer maneira, parte da pista ainda estava molhada, e Alonso chegou a passear fora da pista pelo menos duas vezes, sem prejuízos. Por sua vez, Nelsinho Piquet não teve a mesma sorte, tendo que se retirar da prova após bater na Saint-Dévote.

Líder absoluto, Hamilton só fez sua segunda parada quando já tinha meio minuto de vantagem sobre Massa. Sem surpresas, o inglês voltou ainda na liderença, e com pneus de pista seca. Kubica também realizou seu último pit stop logo depois. O polonês seria o terceiro, mas Massa também precisou fazer mais uma parada, porque os pneus intermediários já não rendiam mais. Com o atraso do brasileiro, Kubica subiu para a segunda posição.

Atrás do trio, Sutil vinha num extraordinário quarto lugar. O alemão vivia seu dia de glória. Em certo momento, Sutil chegou a marcar a volta mais rápida da corrida. Depois, humilhou a McLaren ao colocar um giro de vantagem sobre Kovalainen. Mas ainda havia muita corrida pela frente. Correndo em nono lugar, Nico Rosberg cometeu um erro no complexo da Piscina e bateu forte. Mais uma vez, o safety car estava de volta à pista.

Após algumas voltas de intervenção, o carro de segurança se retirou aos boxes, restando poucas voltas para a bandeirada. Hamilton, Kubica e Massa lideravam a pelotão, seguidos pelo impressionante Sutil e pelo atrapalhado Raikkonen. Em dia irreconhecível, o atual campeão errou na saída do túnel e encheu a traseira do pobre Sutil. O alemão precisou abandonar, enquanto Raikkonen ainda encontrou forças para fazer a volta mais rápida e terminar em nono, apesar de mais uma parada não programada.

Dentro dos boxes, Sutil não conseguiu esconder sua decepção, e chorou amparado pela equipe. Sentimento bem diferente era o do amigo Hamilton, que não deu sopa para o azar e venceu com categoria. Foi o primeiro triunfo dele em Mônaco, encerrando um período de quase quarenta anos sem vitórias inglesas no Principado. A última havia sido de Graham Hill, em 1969. Atrás de Kubica e Massa, o ótimo Mark Webber herdou o quarto posto após a tragédia de Sutil.

Em quinto, Sebastian Vettel provou mais uma vez ser um fenômeno na chuva. Outro que também tem motivos para comemorar é Rubens Barrichello. O veterano fez uma corrida consistente para chegar em sexto, encerrando um longo jejum de 22 corridas sem pontos. Na seqüência, Kazuki Nakajima conseguiu um bom sétimo, e Kovalainen ainda salvou um pontinho depois de uma corrida recheada de problemas. Completando os dez primeiros, Raikkonen e Alonso ficaram fora dos pontos, em performances pouco dignas de campeões mundiais.

Logo abaixo, a classificação final do Grande Prêmio de Mônaco e as tabelas de pontos dos Mundiais de Pilotos e de Construtores:

1. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 76 voltas em 2h00:42.272s
2. Robert Kubica/Polônia/BMW, a 3.069s
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, a 4.811s
4. Mark Webber/Austrália/Red Bull, a 19.264s
5. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, a 24.657s
6. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, a 28.408s
7. Kazuki Nakajima/Japão/Williams, a 30.180s
8. Heikki Kovalainen/Finlândia/McLaren, a 33.191s
9. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, a 33.793s
10. Fernando Alonso/Espanha/Renault, a 1 volta
11. Jenson Button/Inglaterra/Honda, a 1 volta
12. Timo Glock/Alemanha/Toyota, a 1 volta
13. Jarno Trulli/Itália/Toyota, a 1 volta
14. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, a 4 voltas
Não terminaram:
Adrian Sutil/Alemanha/Force India, Acidente na volta 67
Nico Rosberg/Alemanha/Williams, Acidente na volta 59
Nelsinho Piquet/Brasil/Renault, Acidente na volta 47
Giancarlo Fisichella/Itália/Force India, Problema Mecânico na volta 36
David Coulthard/Escócia/Red Bull, Acidente na volta 7
Sebastien Bourdais/França/Toro Rosso, Acidente na volta 7
Melhor volta: Kimi Raikkonen, 1:16.689s na volta 74

Mundial de pilotos: 1. HAMILTON, 38 pts; 2. Raikkonen, 35 pts; 3. Massa, 34 pts; 4. Kubica, 32 pts; 5. Heidfeld, 20 pts; 6. Kovalainen e Webber, 15 pts; 8. Alonso e Trulli, 9 pts; 10. Rosberg, 8 pts; 11. Nakajima, 7 pts; 12. Vettel, 4 pts; 13. Button e Barrichello, 3 pts; 15. Bourdais, 2 pts; 16. Coulthard, Glock, Fisichella, Piquet, Sato, Davidson e Sutil, 0 pts

Mundial de Construtores: 1. FERRARI, 69 pts; 2. McLaren, 53 pts; 3. BMW, 52 pts; 4. Williams e Red Bull, 15 pts; 5. Toyota e Renault, 9 pts; 7. Toro Rosso e Honda, 6 pts; 9. Force India e Super Aguri, 0 pts

A próxima parada da Fórmula 1 é o Canadá, no dia 8 de junho. Logo mais, o Blog volta com a Análise do Grande Prêmio, repercutindo os resultados do G.P. de Mônaco. Até já!

Crédito das fotos: www.gpupdate.net