sábado, 27 de dezembro de 2008

E a Honda encontrou seu salvador...

Ao que tudo indica, terminou a procura por um comprador para a Honda.

E o salvador vem do México.

Trata-se de Carlos Slim, magnata das telecomunicações, ex-taxista, hoje o segundo homem mais rico do mundo.

Segundo o jornal La Stampa, faltam apenas alguns detalhes para que o mexicano faça o anúncio oficial da compra do espólio da Honda.

De quebra, Slim deve anunciar a dupla da pilotos da nova equipe: Jenson Button e Bruno Senna.

A permanência do inglês já era esperada e merecida.

Button, por mais que tenha sido ofuscado por Hamilton nos últimos dois anos, é um excelente piloto e merece o seu lugar na Fórmula 1.

Por outro lado, Bruno Senna deverá ser favorecido pelo apoio da Embratel, subsidiária da Telmex, empresa controlada pelo chefão Carlos Slim.

Agora, é esperar para ver quanto tempo vai demorar o anúncio oficial e qual será o nome do novo time.

Em seu caminho até a lista dos maiores bilionários do planeta, Slim ficou conhecido por comprar companhias quase quebradas para as recuperar e vendê-las mais tarde.

Deve ser este o plano ao entrar na F-1.

Para comprar a Honda, Slim desembolsou apenas a quantia simbólica de um dólar.

Não será surpresa se vender o time daqui a três ou quatro anos por um valor vários milhões mais caro.

A Telmex Racing, ou seja qual for o nome da nova equipe, não será uma equipe para permanecer décadas na Fórmula 1.

Ao mesmo tempo, também não terá uma trajetória tão curta quanto uma Midland ou Spyker, por exemplo.

Mas o importante é que Slim decidiu investir na categoria e, em 2009, a equipe está garantida.

Por ora, todos no mundo da F-1 agradecem apenas ao mexicano por evitar que a categoria enfrentasse um grande vexame.

Porque um grid de 18 apenas carros seria absolutamente ridículo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O delírio de Briatore

O chefe da Renault, Flavio Briatore, não entende absolutamente nada de corridas.

Entende, isso sim, de como comandar uma equipe para transformá-la em vencedora.

Mas de corridas, em si, Briatore não sabe nada.

Antes de ser recrutado por Luciano Benetton para liderar a equipe Benetton de Fórmula 1, na virada dos anos 80 para 90, Briatore jamais havia assistido a uma GP inteiro.

Natural, portanto, que tenha uma idéia distorcida do que representa a categoria.

Nesta sexta-feira, Briatore propôs que a Fórmula 1 passe a ter duas baterias por fim de semana, seguindo o modelo adotado pela GP2.

O grid da segunda prova seria invertido, de acordo com o resultado da primeira.

Tudo para favorecer o "espetáculo".

Mas será que a Fórmula 1 é feita apenas de "espetáculo"?

Na visão de Briatore, a categoria serve exatamente para isto: promover um show, expor patrocinadores e, acima de tudo, ganhar dinheiro.

Será que é só isso?

É claro que não.

Briatore se esquece do princípio fundamental da F-1: apontar, ao fim de cada ano, o melhor piloto e a melhor equipe do planeta.

Quando mais "espetaculares" ficam as regras, mais distorcidos ficam os resultados de cada corrida.

Até que ponta vale a pena influenciar o andamento normal de um GP apenas para criar uma falsa sensação de "emoção"?

É isso o que os dirigentes precisa definir.

Pequenas mudanças, como adotar um novo modelo para o treino classificatório e abolir os pit stops, são válidas e bem-vindas.

Entretanto, promover a revolução que Briatore deseja vai além de um certo limite.

A idéia do chefe da Renault não passa de um pequeno delírio.

Daqui a pouco, Briatore vai sugerir que o safety car a entre na pista toda vez que o líder abrir mais de dez segundos de vantagem.

Melhoraria o "espetáculo", é verdade.

Mas transformaria a Fórmula 1, agora sim, num autêntico circo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os votos do Blog F1 Grand Prix para 2009

A Fórmula 1 está de férias, e não há quase nenhum assunto a ser discutido no momento.

A disputa pelas vagas na Toro Rosso e a dúvida sobre os supostos compradores da Honda são responsáveis pela tímido movimento do noticiário nos últimos dias.

E vai continuar assim até a segunda semana de janeiro.

O Blog não vai tirar férias, mas o ritmo vai ficar mais reduzido até a virada do ano.

A partir do início do Rally Dacar e da apresentação dos carros para a temporada 2009, este espaço volta a ser atualizado diariamente.

Até lá, seguimos em "operação-padrão", como os controladores de vôo.

A você amigo do Blog F1 Grand Prix, meu muito obrigado pela audiência ao longo de todo este ano.

O espaço já passou a marca de 270 mil visitas, muito mais do que eu poderia esperar quando comecei em junho do ano passado.

Em 2009, estaremos juntos mais uma vez.

Que o próximo ano seja recheado de boas notícias para o esporte a motor.

Que o automobilismo brasileiro ganhe algum alento nas categorias de base.

Que a Stock Car supere a desconfiança e se firme como um campeonato de grande prestígio nacional e internacional.

Que os pilotos brasileiros continuem fazendo bonito no Japão, nos Estados Unidos, na Europa e no resto do mmundo.

Que Rubens Barrichello, Bruno Senna e Lucas di Grassi consigam ficar ligados à Fórmula 1 de alguma maneira.

Que Nelsinho Piquet encontre sua regularidade e enfrente Fernando Alonso de igual para igual.

E que Felipe Massa prossiga em sua evolução e possa encerrar o jejum brasileiro de 18 anos sem título mundial.

São estes os votos do Blog F1 Grand Prix para 2009.

Nos vemos por aí!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mesmo com prejuízos, Toyota continua na F-1

Um Feliz Natal para você, amigo do Blog F1 Grand Prix! Este espaço volta a ser atualizado na noite do dia 25

Ao contrário da Honda, a Toyota não vai jogar a toalha.

No início desta semana, a montadora que mais vende carros no mundo anunciou o pior balanço financeiro em 71 anos.

Pela primeira vez, a Toyota fechou o ano no vermelho, com US$ 1,7 bilhão de prejuízo.

Em entrevista coletiva no Japão, o presidente da montadora disse que a crise financeira mundial é daquelas que só acontecem "uma vez a cada 100 anos".

Apesar disso, garantiu que não vai retirar o investimento que a Toyota faz no esporte a motor.

Em 2009, a fábrica vai continuar na Nascar, em corridas de rally ao redor do planeta e, é claro, na Fórmula 1.

Ao que tudo indica, a Honda será a única equipe a desistir da categoria antes do início do próximo campeonato.

Muita gente apostava que Toyota, Renault, Red Bull ou Force India também deixariam a F-1.

Os temores, felizmente, não se concretizaram.

Agora, falta saber se os restos da Honda serão comprados por algum aventureiro.

Caso contrário, a F-1 terá o grid mais reduzido dos últimos 40 anos.

Um campeonato com somente 18 carros é ridículo para uma categoria do porte da Fórmula 1.

Mas, ao menos, grid ainda menor do que este não haverá.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Bilionário mexicano pode colocar Bruno Senna na Fórmula 1

Entre os pilotos, talvez o maior prejudicado pela retirada da Honda tenha sido Bruno Senna.

Há duas semanas, o brasileiro era considerado o grande favorito para a segunda vaga de titular na equipe japonesa, ao lado de Jenson Button.

Barrichello e Di Grassi ainda estavam teoricamente no páreo, mas a Honda estava quase contratando Senna.

Com a retirada da montadora, ele e Button ficaram à pé.

O inglês não deve demorar a recuperar uma vaga na Fórmula 1.

Muito provavelmente, será titular caso a Honda seja comprada, independente do novo dono.

A situação de Senna, por outro lado, ficou bem mais difícil.

Equipes novas não costumam dar espaço a pilotos inexperientes e o brasileiro, mesmo contando com bons patrocinadores, se viu forçado a procurar outros caminhos.

Permanecer na GP2 por mais uma temporada parecia ser a escolha inevitável de Senna.

Então, nesta segunda-feira, veio uma notícia que pode mudar o destino do novato brasileiro.

De acordo com o jornal inglês The Sun, o bilionário mexicano Carlos Slim está interessado em comprar a estrutura da Honda para promover seus negócios na America Latina.

Slim controla a Embratel, uma das principais patrocinadoras de Bruno Senna.

Caso o bilionário compre a Honda, portanto, não há dúvidas sobre quem seria um dos pilotos.

No momento, ainda é cedo para saber se o interesse de Slim é realmente sério.

Basta lembrar da suposta investida da Peugeot-Citroen, logo negada pela montadora francesa.

Mas Slim é um fã do automobilismo, que já apóia a A1GP e patrocina vários pilotos e categorias ao redor do planeta.

Para os torcedores de Bruno Senna, ainda não dá para comemorar a estréia na Fórmula 1 em 2009.

O interesse de Slim, entretanto, é motivo para ficar bastante otimista.

domingo, 21 de dezembro de 2008

O vídeo onboard de Timo Glock no GP Brasil

Demorou quase um mês e meio para cair na internet o vídeo onboard de Timo Glock no GP Brasil.

Antes tarde do que nunca. As imagens estão aqui.

Nas últimas voltas da prova de Interlagos, o alemão arriscou e permaneceu com pneus de seco em meio à pista molhada.

Se a chuva não tivesse apertado no fim, Glock não teria sido ultrapassado por Hamilton e o título da Fórmula 1 estaria nas mãos de Massa.

Mas o alemão não conseguiu manter o ritmo e terminou superado por Hamilton na última curva da última volta.

Não demorou muito e Glock começou a ser acusado de ter tirado o pé de propósito para beneficiar Hamilton, a McLaren e a Mercedes.

Muita gente defendeu Glock, mas os protestos não cessaram.

Será que o alemão teve alguma culpa?

Com as imagens da câmera onboard de sua Toyota, dá para cravar sem medo de errar.

Não, Glock não teve nem um milésimo de culpa na perda do título de Massa.

Pelas imagens onboard, percebe-se claramente a dificuldade que Glock teve para manter o carro na pista.

Era óbvio que estava numa situação extremamente complicada e não tinha como segurar Hamilton.

Pela maneira como tudo aconteceu, o pobre Glock levou a culpa.

Uma grande injustiça.

Glock não tirou o título de Massa.

Muito pelo contrário: o alemão quase deu o troféu de campeão ao brasileiro.