quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Schumacher cancela retorno... por enquanto

A semana começou com uma ducha de água fria para todos que esperavam com ansiedade o GP da Europa por causa de Michael Schumacher.

O alemão, que havia aceitado o convite da Ferrari para substituir Felipe Massa, anunciou que não vai retornar à Fórmula 1 por causa de dores no pescoço.

A lesão foi causada por um forte acidente de moto no início do ano, quando Schumacher chegou a ficar inconsciente após se chocar com o muro.

Competitivo como é, o heptacampeão certamente fez de tudo para estar em condições de voltar à F-1, mas as dores não deixaram.

Há quem acredite em alguma outra explicação - será que Schumacher amarelou? - mas o mais provável é que o problema no pescoço tenha sido mesmo impossível de contornar.

Schumacher só retornaria se estivesse em plena forma para alcançar bons resultados. Não estava.

Por hora, a volta do alemão está cancelada. Mas ainda resta esperança para aqueles que sonham vê-lo de novo numa corrida de Fórmula 1.

Com a saída da BMW, a Ferrari sustenta, nos bastidores, a opção de correr com três carros em 2010. Um dos titulares seria, evidentemente, Schumacher.

A hipótese não é lá muito plausível. E não há nenhuma garantia de que o alemão toparia um retorno "full time", se comprometendo a disputar uma temporada inteira.

De qualquer maneira, a Ferrari ainda não desistiu da ideia de tirar Schumacher da aposentadoria.

Quando as dores no pescoço passarem, talvez o heptacampeão vá em busca de um oitavo troféu...

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Sem Schumacher, a Ferrari recorreu à velha estratégia do "não tem tu, vai tu mesmo".

O escolhido para substituir Massa foi Luca Badoer, italiano que já trabalha como piloto de testes da escuderia desde o último milênio.

A opção da Ferrari foi até surpreendente. Entre Badoer e Marc Gené, o outro reserva, o italiano era o azarão. Basta lembrar que Gené venceu neste ano as 24 Horas de Le Mans e disputa, vez por outra, provas de bastante importância.

Já Badoer está afastado das competições há várias temporadas. No fim do ano passado, mostrou no Desafio das Estrelas de Kart que não está lá em grande forma, andando sempre entre os últimos.

Uma corrida de kart, é claro, não serve de parâmetro para saber se Badoer tem ou não capacidade de substituir Massa. Mas a expectativa geral é que o italiano não faça mesmo muita coisa.

Daqui até o fim da temporada, a não ser que Massa retorne ou que a Ferrari escolha outro substituto, Kimi Raikkonen será praticamente o único representante do time vermelho.

E aí o finlandês tem uma chance de ouro para provar que ainda merece um lugar na escuderia de Maranello.

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Fernando Alonso já é piloto da Ferrari. É isso o que diz, pela milésima vez, a imprensa espanhola.

Segundo o jornal "As", Alonso será anunciado como titular da Ferrari quando a Fórmula 1 chegar a Monza para o GP da Itália.

A "novidade" é exatamente o que a revista alemã Auto Motor und Sport já havia revelado há meses. Mas o "As", sem nenhuma surpresa, trata como se fosse um grande furo de reportagem.

A verdade é que ninguém na imprensa sabe, com absoluta certeza, se Alonso vai para a Ferrari no ano que vem.

Se o acordo já está firmado, certamente há uma cláusula que o impede de ser revelado nessa altura. E não adianta o volume de boatos que o assunto gerar: nem Alonso ou a Ferrari confirmariam a informação nas próximas semanas.

É preciso esperar um pouco mais. Em Monza, deve sair a resposta definitiva da Ferrari.

Raikkonen ou Alonso? No ano passado, justamente no GP da Itália, a equipe anunciou que havia renovado o contrato do finlandês. Será que a história vai se repetir?

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A prova da Stock Car em Salvador valeu pela novidade, pelo furor que causou na cidade e pelo belo cenário onde a pista foi instalada.

Mas a corrida acabou sendo, de fato, muito chata.

O evento como um todo esteve longe de ser uma tragédia, mas também não foi um sucesso completo.

Com um pouco mais de trabalho nos próximos anos, acertando detalhes na pista, é possível equilibrar o espetáculo fora e dentro da pista. Tornar a Stock Car uma atração em todos os sentidos.

Ainda falta bastante, mas quem viu como a categoria estava no início da década sabe que a evolução até aqui já foi notável.