sábado, 4 de abril de 2009

Se não chover, corrida está nas mãos de Button

Pela segunda corrida consecutiva, a pole é de Jenson Button.

Mais uma vez, o inglês chegou lá com um carro mais pesado que os adversários.

Se não chover, o GP da Malásia está praticamente nas mãos de Button, que já pode começar a abrir uma boa distância na liderança do campeonato.

Seu principal rival, Barrichello, vai largar apenas em oitavo após trocar o câmbio.

Na classificação deste sábado, Rubinho não foi brilhante.

Marcou apenas o quarto tempo mais rápido e ficou a meio segundo de Button, embora os dois tenham disputado o treino com quantidades semelhantes de combustível.

Mesmo saindo de trás, Barrichello ainda tem boas perspectivas de salvar um pódio.

E, se chover, pode sonhar com até mais.

No momento, a equipe que desponta como aquela que tem mais condições de desafiar a Brawn GP é a Toyota.

Depois de ser terceiro e quarto no GP da Austrália, a equipe japonesa teve um desempenho muito forte na classificação da Malásia.

Trulli, em segundo, quase roubou a pole de Button.

E Glock, embora tenha sido apenas o quinto, vai largar de terceiro com as punições de Vettel e Barrichello.

A quarta posição ficou com Rosberg, que voltou a superar Nakajima com tranquilidade e se coloca como um autêntico azarão na luta pela vitória neste domingo.

A Red Bull também andou muito bem, mas foi prejudicada por um erro de Webber em sua última volta rápida e pela rígida pena aplicada a Vettel pelo acidente com Kubica na Austrália.

O australiano sai em quinto e o alemão, em 13º.

Embora discreta, a BMW não teve um desempenho especialmente ruim.

Kubica garantiu o sexto lugar no grid, embora tenha colocado bastante gasolina no tanque.

Por outro lado, Heidfeld foi o principal culpado pelo fraco décimo lugar, que está abaixo das possibilidades do carro.

Diferente do alemão da BMW, outros pilotos foram até o limite que o equipamento permite.

Três exemplos: Raikkonen, o sétimo, Alonso, o oitavo, e Hamilton, o 12º.

Nenhum deles tinha como ir muito melhor.

Em compensação, o resultado de Massa e Nelsinho precisa ser muito lamentado.

O vice-campeão mundial foi prejudicado por um erro inexplicável da Ferrari, que subiu no salto alto e achou que a primeira volta rápida do brasileiro era suficiente para se classificar no "Q1".

Não era, e Massa terminou eliminado logo de cara.

Vai sair de 16º, correndo o risco de se envolver num acidente logo no início, o que é normal quando se larga lá do meio do grid.

Diferente de Massa, Nelsinho não tem como dividir a culpa com a equipe.

O brasileiro da Renault, que havia ido tão bem nos treinos de sexta, voltou a cometer erros na classificação e amargou o 17º lugar.

Se continuar a desperdiçar o próprio potencial, Nelsinho logo ficará sob intensa pressão na Renault.

A largada do GP da Malásia está marcada para as 6h de Brasília, neste domingo.

Possibilidade de chuva: 80%.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Domínio da Ferrari na sexta-feira do GP da Malásia

A Ferrari está de volta.

Está mesmo?

Ainda não dá para saber, mas o resultado dos treinos desta sexta em Sepang serviram para animar os torcedores da equipe vermelha.


Um desempenho que mostra a força do time de Maranello, sempre favorito.

É precipitado afirmar que a Ferrari tirou toda a distância para a Brawn GP e o resto da "turma dos difusores".

Mas já parece claro que, na Malásia, Raikkonen e Massa estarão num nível acima do que estiveram na semana passada.

Logo atrás da dupla da Ferrari, Sebastian Vettel conquistou o terceiro lugar, duas posições à frente do companheiro Mark Webber.

Entre eles, ficou Nico Rosberg.

Tanto a Red Bull quanto a Williams mostraram potencial e são fortes candidatas a pontos na Malásia.

Chegar no pódio, inclusive, é um objetivo bem realista.

Sensação da temporada, a Brawn GP não passou de sexto com Rubens Barrichello e sétimo com Jenson Button.

Mas logo depois do treino Rubinho recebeu uma má notícia: seu câmbio apresentou problemas e será trocado, o que significa uma punição de cinco posições no grid.

Na Austrália, o veterano brasileiro já provou que pode fazer uma boa corrida de recuperação com o carro da Brawn.

E se chover em Sepang, como aponta a previsão do tempo, Rubinho tem motivos para ficar animado.

Apesar de tudo isso, o fim de semana começou mal para Barrichello, que não pode correr o risco de deixar Button assumir a liderança da equipe.

Na Renault, a novidade é que Nelsinho Piquet superou Fernando Alonso.

O brasileiro em 10º, o bicampeão em 15º.

Prejudicado por uma dor de ouvido, Alonso esteve abaixo de suas capacidades.

Mas Nelsinho, de qualquer maneira, teve um desempenho promissor.

De resto, vale destacar a performance discreta da Toyota - 12º com Trulli e 14º com Glock - e a atuação muito ruim da BMW.

Depois de desperdiçar um pódio na Austrália, Kubica ficou apenas em 18º.

Pior ainda foi o desempenho de Heidfeld: 20º e último.

A BMW é sempre considerada uma equipe que esconde o jogo nas sextas-feiras, mas dessa vez foi demais.

A escuderia alemã realmente tem problemas a resolver antes do treino classificatório da manhã deste sábado, às 6h de Brasília.

A previsão é de chuva.

Chuva não, temporal.

Se já estava difícil fazer qualquer tipo de previsão, agora ficou mais ainda...

--


O motivo: mentiu aos comissários ao omitir que havia deixado Trulli passar deliberadamente.

O italiano perdeu o terceiro lugar para o piloto da McLaren ao sair da pista com o safety car no circuito.

Temendo punições, Hamilton, obedecendo a ordens da equipe, deixou Trulli recuperar a posição.

Depois da corrida, interrogado pelos comissários, o inglês não falou sobre a orientação da McLaren, que ficou gravada na conversa de rádio.

Mas revelou o fato à imprensa, o que motivou sua desclassificação pela suposta mentira.

Se quisesse mesmo dar uma de malandro, Hamilton certamente não teria contado aos jornalistas sobre a ordem da McLaren.

O inglês pode até ter omitido isso aos comissários, mas não agiu de má fé.

A punição ao campeão, no ponto de vista deste blog, foi exagerada e desproporcional.

Mais provável é que Hamilton tenha simplesmente se confundido ao ser interrogado no fim da prova.

No esporte, o mais desejável é que o "tapetão" sempre tenha menos influência no resultado final.

Assim, o terceiro lugar para Trulli e o quarto para Hamilton seria o ideal.

Pena que os comissários da FIA, mais uma vez, tenham preferido mexer na classificação final e dar mais uma cutucada na desafeta McLaren.

Dessa vez, Hamilton não merecia a punição.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Palpitão do Grande Prêmio da Malásia

No momento, ninguém pode com a Brawn GP.

Em condições normais, a equipe de Jenson Button e Rubens Barrichello tem tudo para repetir na Malásia a dobradinha que já fez na Austrália.

Este blog não vai arriscar no seu palpite para a prova de Sepang.

Assim como na semana passada, a aposta é a mesma: Brawn GP nas duas primeiras posições.

Dessa vez, entretanto, meu favorito para a vitória não é Rubinho, e sim Button.

Vencedor em Melbourne, o inglês tem um histórico de boas atuações no circuito de Sepang, onde sempre superou Rubinho em treinos classificatórios com facilidade nos três últimos anos.

Mas, na hora de apostar num dos dois titulares da Brawn, vale muito mais a intuição do que uma análise técnica.

E, para a corrida do próximo domingo, a aposta em Button simplesmente me pareceu mais correta.

Outro piloto que merece atenção em Sepang é Kimi Raikkonen, vencedor no ano passado e que também costuma ter ótimos desempenho na etapa malaia.

O finlandês é o meu palpite para completar o pódio, em terceiro lugar.

A lista completa de apostas está logo abaixo:

Vitória: Jenson Button
Pole: Jenson Button
Tempo da pole: 1:35.450
Grid aleatório (3º lugar): Kimi Raikkonen
Primeiro abandono: Sebastien Bourdais
Melhor volta: Rubens Barrichello
Zona de pontuação:
1. Jenson Button
2. Rubens Barrichello
3. Kimi Raikkonen
4. Robert Kubica
5. Timo Glock
6. Nico Rosberg
7. Felipe Massa
8. Fernando Alonso

E se chover?

Aí os palpites vão para o espaço porque a prova vai ficar imprevisível mesmo.

Anote aí a programação do fim de semana: já nesta quinta, o primeiro treino começa às 23h e o segundo, na madrugada de sexta, tem início às 3h. No sábado, a sessão da manhã acontece também às 3h. Todos os ensaios serão transmitidos pelo Sportv.

O treino classificatório de sábado e a corrida de domingo são na mesma hora: 6h de Brasília, 17h de Sepang. A TV Globo mostra.

Deixe anotado na agenda e não perca o GP da Malásia, segunda etapa de uma temporada que já está sendo espetacular.

terça-feira, 31 de março de 2009

Button e Barrichello: os favoritos ao título de 2009

Na Malásia, a equipe a ser batida é a Brawn.

Há uma semana, muitos já avisavam que o cenário para o GP da Austrália era este, mas ainda havia aqueles que duvidavam do potencial da nova escuderia.

Agora, ninguém mais menospreza Jenson Button e Rubens Barrichello como fortes candidatos a vitória.

Só fica a dúvida: até quando a Brawn vai manter o domínio sobre as adversárias?

E ainda: qual é o tamanho da vantagem que a equipe de Ross Brawn tem?

Na Austrália, após trocar para pneus duros nas voltas finais, Robert Kubica parecia em condições de atacar o líder Button.

Mas será que tinha mesmo chances de desafiar o inglês?

"Kubica não sabia se eu estava dando o máximo ou não", afirmou Button nesta terça.

A declaração do inglês levanta mais uma questão: será que a Brawn, que tem de forma indiscutível o carro mais rápido do momento, pode estar escondendo ainda mais o jogo?

Que ninguém duvide disso.

Em entrevista à revista Auto Motor und Sport, Sebastian Vettel disse que a Brawn parecia estar brincando com as demais equipes no GP da Austrália.

Já Fernando Alonso declarou à rádio Cadena Ser que a escuderia de Button e Rubinho é "imbatível" no momento.

O sortudo Barrichello, por sua vez, manteve a cautela ao ser perguntado se a Brawn poderia disputar o título até o fim, mas deixou escapar que a equipe deve vencer corridas por um bom tempo.

Se a Brawn vai manter o ritmo até o fim do ano, não dá para saber.

Vai depender do julgamento sobre os difusores, que pode enfraquecer ou aumentar ainda mais a força do time.

De qualquer maneira, depois de apenas uma corrida, Button e Barrichello já despontam como os grandes favoritos ao título de 2009.

E a Brawn, ainda está escondendo o jogo?

Mesmo se não estiver, já tem com relativa folga o equipamento mais competitivo do pelotão.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Brawn demite funcionários, mas fica perto de fechar patrocínio milionário

Nem tudo são flores na Brawn GP.

Apenas um dia após a espetacular dobradinha no GP da Austrália, a equipe anunciou a demissão de 270 funcionários por conta de um "projeto de reestruturação".

Um atitude justificável e compreensível, mas que é uma pena.

Centenas de pessoas que trabalharam arduamente e ajudaram a escrever uma das páginas mais belas da história da Fórmula 1 não terão a oportunidade de permanecer no time para celebrar as próximas conquistas da Brawn, que certamente virão.

A equipe, ao menos, já começa a se estruturar para permanecer na F-1 de maneira sólida.

O contrato inicial com o Virgin Group, que era de apenas duas corridas, já está para ser renovado.

Principal nome da Virgin, o empresário Richard Branson declarou que a Brawn parece "muito boa para ser verdade".

E deve investir ainda muito mais na equipe, que pode até adotar o nome "Virgin" num futuro não lá tão distante.

A Brawn GP, que começou o ano com dinheiro para apenas esta temporada, já está para fechar um dos contratos de patrocínio mais vantajosos da Fórmula 1 atual.

--

A punição que tirou o terceiro lugar de Jarno Trulli foi uma dessas coisas estúpidas que somente os comissários da FIA conseguem produzir.

O italiano saiu da pista a duas voltas do fim, já com o safety car na pista após a pancada de Vettel e Kubica.

Hamilton tentou reduzir, mas fez a ultrapassagem e passou a terceiro.

Avisado pela McLaren, que temeu uma punição, o inglês diminui imediatamente e deixou Trulli passar.

O piloto da Toyota recuperou o terceiro posto e ali recebeu a bandeirada.

De nada valeu.

Punido por ter passado Hamilton no safety car, Trulli recebeu 25 segundos no tempo final da prova e caiu para 12º.

Hamilton já admitiu que o italiano não teve culpa, mas não vai adiantar nada.

Não há possibilidade de recurso, diz o regulamento, para o tipo de penalisação que Trulli recebeu.

E, assim, em mais um flagrante de incompetência dos comissários, o azarado Jarno viu escapar o excelente resultado que havia conquistado em Melbourne...

--

Bruno Senna na Force India?

É o que aponta o próprio chefe da equipe indiana, Vijay Mallya.

O bilionário indiano já deu a entender que não fica com Giancarlo Fisichella em 2010.

Para o lugar do veterano, deve entrar o piloto de testes Vitantonio Liuzzi, que já tem contrato para ser titular da Force India na próxima temporada.

Assim, Senna só teria chance caso a equipe troque os dois pilotos.

Não é tão improvável assim.

O alemão Adrian Sutil não tem lá todo esse prestígio com o chefe e o nome de Senna, certamente, é visto com bastante interesse para o próximo ano.

Resta saber se esta seria a melhor opção para o brasileiro.

Prestes a se tornar piloto oficial da Mercedes no Campeonato Alemão de Turismo, Senna também poderia sonhar com chances na Brawn GP e na McLaren, que usam os propulsores da marca alemã.

Na Brawn, após a esnobada que tomou há algumas semanas, fica difícil imaginar Senna.

Na McLaren, nada é impossível.

Heikki Kovalainen começou mal o campeonato e tem só este ano a cumprir de contrato com o time prateado.

Trocar o irregular finlandês pelo promissor sobrinho de Ayrton é uma hipótese que certamente já passou pela cabeça de Ron Dennis.

Entre McLaren e Force India, não há nem como discutir qual seria a melhor aposta para Bruno.

--

Você gostou do GP da Austrália? Então, certamente, vai adorar o GP da Malásia...

Lá vem ela de novo, para embaralhar ainda mais as cartas.

A chuva.

Sim, tem chovido quase diariamente em Sepang, onde acontece a corrida do próximo domingo.

E sempre no fim da tarde, quando vai acontecer a etapa malaia da Fórmula 1.

No momento, há nada menos do que 95% de chance de temporal no dia da corrida.

Melhor as equipes prepararem os guarda-chuvas...

domingo, 29 de março de 2009

Análise do Grande Prêmio - Austrália/Melbourne (29/03/2009)

Análise dos pilotos:

Jenson Button. Pole categórica, corrida perfeita. Nota 10
Rubens Barrichello. Fez prova agitada, deu sorte e saiu no lucro. Nota 8
Lewis Hamilton. Desempenho de campeão. Levou um carro deficiente ao pódio. Nota 9
Timo Glock. Apesar de alguns erros, mostrou que pode sonhar alto neste ano. Nota 8
Fernando Alonso. Com o carro que tem, o quinto lugar foi muito bom. Nota 8
Nico Rosberg. Perdeu tempo nos boxes. O sexto lugar veio com um gosto amargo. Nota 7
Sebastien Buemi. Corrida madura e promissora. Começou muito bem. Nota 9
Sebastien Bourdais. Batido por Buemi, marcou um ponto meio que na sorte. Nota 7
Adrian Sutil. Obteve o melhor resultado da Force India na F-1. Nota 8
Nick Heidfeld. Superado tranquilamente por Kubica, não teve nada a comemorar. Nota 2
Giancarlo Fisichella. Chegou a brigar com carro mais fortes, mas ficou para trás. Nota 6
Jarno Trulli. Ótima corrida. Perdeu o terceiro lugar por uma punição discutível. Nota 8
Mark Webber. Na briga interna com Vettel, começou tomando uma goleada. Nota 3
Sebastian Vettel. Jogou fora um excelente terceiro por infantilidade. Nota 7
Robert Kubica. Impaciente na disputa com Vettel. Mas mostrou muita velocidade. Nota 7
Kimi Raikkonen. Mais uma performance burocrática. Abandonou ao bater no muro. Nota 3
Felipe Massa. Errou na estratégia e já não tinha boas chances quando quebrou. Nota 6
Nelsinho Piquet. Vinha bem até errar sozinho. A desculpa dos freios não cola. Nota 5
Kazuki Nakajima. Destruiu o carro e estragou uma bela oportunidade de pontos. Nota 2
Heikki Kovalainen. Prova para esquecer. Foi o primeiro abandono do ano. Nota 4

Análise das equipes:

Brawn. Escreveu uma das páginas mais belas e surpreendentes da história da F-1. *****
McLaren. O terceiro lugar foi mais mérito de Hamilton do que da equipe. ***
Toyota. Provou que tem carro para vencer corridas. ****
Renault. Depende de Alonso para conseguir bons resultados. **
Williams. Três pontos foi pouco perto do potencial que o carro mostrou ter. ***
Toro Rosso. Talvez tenha conquistado seu melhor resultado neste ano. ****
Force India. Não foi brilhante, mas teve um início de temporada promissor. ***
BMW. Competitiva com Kubica, discreta com Heidfeld. Deve ser assim o ano todo. ***
Red Bull. É a melhor da turma "sem difusor". Fez bom trabalho, mas não deu sorte. ****
Ferrari. Um começo de ano desastroso. *

Análise da corrida:

A corrida de Melbourne, imprevisível como sempre, teve várias disputas por posição, acidentes, entradas de safety car e um resultado recheado de novidades. Se for assim o ano todo, o campeonato será espetacular.
Nível: Ótima

Análise do campeonato:

A Brawn provou ter o melhor carro do grid, mas nada garante que vai continuar assim a temporada inteira. Pelo que se viu na Austrália, muita gente pode sonhar com vitórias e até com o título.
Nível: Ótimo

Balanço dos palpites:
Pole: Rubens Barrichello. O pole foi Jenson Button
Vitória: Rubens Barrichello. A vitória foi de Jenson Button
Grid aleatório (segundo lugar): Jenson Button. O segundo lugar foi Rubens Barrichello
Primeiro abandono: Sebastien Buemi. O primeiro abandono foi Heikki Kovalainen
Tempo da pole: 1:25.592. Button fez a pole a 1:26.202
Zona de pontuação:
1. Rubens Barrichello (Jenson Button)
2. Jenson Button (Rubens Barrichello)
3. Robert Kubica (Lewis Hamilton)
4. Felipe Massa (Timo Glock)
5. Fernando Alonso (Fernando Alonso)
6. Kimi Raikkonen (Nico Rosberg)
7. Lewis Hamilton (Sebastien Buemi)
8. Nick Heidfeld (Sebastien Bourdais)

Tive o mérito de acreditar numa dobradinha da Brawn, o que realmente aconteceu. Só errei a ordem dos pilotos. Na mosca, apenas o quinto lugar de Alonso, meio que na sorte. Poderia ter acertado o pódio de Kubica, mas o polonês bateu com Vettel. No geral, um desempenho razoável.
Nível: Razoável

Por hora, é isso aí. Até mais!

Button vence, Rubinho é segundo e ninguém alcança a Brawn GP

Nada além de um passeio no parque num agradável fim de tarde.

Foi assim a corrida do inglês Jenson Button, que venceu com tranquilidade o Grande Prêmio da Austrália deste domingo.

Button só teve um pequeno susto, em seu último pit stop: ao parar, esqueceu de colocar o carro em ponto morto - como admitiu na entrevista coletiva depois da prova- e perdeu cerca de cinco segundos.

Mesmo assim, tinha uma vantagem confortável e ainda retornou na liderança sem maiores problemas.

Liderou literalmente de ponta a ponta, sem perder a primeira posição nem mesmo quando foi aos boxes, e provou todo o potencial do novo carro da Brawn GP.

Em sua prova de estreia, a equipe emplacou uma histórica dobradinha, com Rubens Barrichello terminando em segundo após um dia agitado.

Rubinho teve um problema oposto ao do companheiro: o câmbio entrou em ponto morto no momento errado, exatamente na hora da largada, e ele precisou reverter para a primeira marcha com as luzes vermelhas já apagadas.

Perdeu muito tempo, caiu para sétimo na primeira volta, mas contou com uma ótima estratégia da Brawn para se recuperar.

Estava em quarto na fase final da prova quando Vettel e Kubica, que disputavam o segundo lugar, deram uma mãozinha.

O polonês, muito mais rápido, foi um pouco impaciente.

E o alemão, que já não tinha mais pneus, também abusou da agressividade.

Bateram, perderam o bico de seus carros e encheram o muro na curva seguinte.

Uma ótima oportunidade de resultado desperdiçada, em acidente que precisa ter a culpa repartida entre os dois.

Com Vettel e Kubica fora, Rubinho subiu para segundo e Trulli obteve um excepcional terceiro lugar para a Toyota.

Pena que o italiano foi punido por ultrapassar Hamilton com o safety car na pista e caiu para 12º na classificação final.

A Toyota disse que vai apelar, mas dificilmente Trulli vai recuperar seu resultado.

Mesmo com a punição, a escuderia japonesa ainda saiu de Melbourne com cinco pontos marcados, graças ao quarto lugar de Glock.

Não fosse o problema técnico que desclassificou os dois pilotos da equipe do treino de sábado e a Toyota certamente teria lutado pela vitória.

Em terceiro, Hamilton mostrou calma e maturidade para obter um improvável pódio.

O campeão não cometeu erros, realizou algumas boas ultrapassagens e conseguiu um resultado bem melhor do que o carro da McLaren permitiria a princípio.

Outro que também fez mais do que o esperado foi Alonso, que concluiu em quinto com o mediano bólido da Renault.

A zona de pontuação foi completada por Rosberg, que deve ter ficado um pouco frustrado por terminar só em sexto, e pelos dois pilotos da Toro Rosso, com estreante Buemi à frente de Bourdais.

O suíço, de apenas 20 anos, merece ser citado como um dos grandes destaques da prova.

Ofuscou o companheiro Bourdais e brigou de igual para igual com adversários de equipamento mais forte.

Um ótimo início para Buemi, mas a Toro Rosso não deve permitir voos altos neste ano.

Para outros, o GP da Austrália foi um desastre.

Nelsinho, por exemplo, rodou sozinho ao defender sua posição de Rosberg.

É verdade que o carro da Renault parecia ter problemas de freios, mas o erro foi do brasileiro.

Já a Ferrari, assim como no ano passado, saiu de Melbourne zerada.

Raikkonen abandonou nas últimas voltas da corrida, quando já não tinha chances de pontos.

E Massa também não chegou ao fim, ficando pelo caminho por causa de problemas mecânicos.

A Ferrari foi a única equipe que não recebeu a bandeirada com nenhum de seus carros.

Se não bastasse a falta de confiabilidade, a equipe italiana também amarga uma clara desvantagem para o grupo formado por Brawn, BMW, Red Bull, Williams e Toyota.

Dentro desse quinteto, a equipe novata se destaca com brilhantismo.

A Brawn estreou com dobradinha, algo que não acontecia desde a Mercedes, no GP da França de 1954.

E, ao que tudo indica, o time de Ross Brawn está só começando.

O GP da Malásia, marcado já para a semana que vem, promete ser um duelo interno entre Button e Barrichello.

Por enquanto, ao menos, ninguém parece capaz de alcançar a Brawn GP.