Esta semana promete ser agitada no noticiário da Fórmula 1 por dois motivos principais: a escolha dos pilotos da Ferrari para 2010 e o escândalo sobre a conduta da Renault no GP de Cingapura do ano passado.
Pela ordem, começamos falando do time de Maranello.
Que, no GP da Bélgica, percebeu que já não tem mais como continuar usando o "tampão" Luca Badoer.
Por mais que o veterano insista que vai correr melhor no GP da Itália porque conhece o circuito de Monza, não dá mais para acreditar que Badoer tem capacidade para alcançar os resultados que se esperam de um titular da Ferrari.
Em Spa-Francorchamps, o chefe da escuderia, Stefano Domenicali, indicou que a escolha do substituto de Felipe Massa em Monza tem a ver com os planos da equipe para 2010. Mas quem será o misterioso escolhido?
Tudo leva a crer que o sonho da Ferrari, ao menos, é Fernando Alonso. O problema é que esse é um sonho complicado.
Se optar por Alonso para o GP da Itália, a Ferrari deixaria claro que um dos atuais titulares - Raikkonen ou Massa - seria obrigado a sair da equipe no ano que vem.
O brasileiro tem a total confiança da escuderia, enquanto o finlandês é um campeão mundial com contrato válido para 2010. E que está em franca evolução, tendo acabado de conquistar uma grande vitória no GP da Bélgica.
Será que a Ferrari deixaria escancarada a demissão Raikkonen assim mesmo, logo depois do triunfo dele em Spa? Complicado, para dizer o mínimo.
Por tudo isso, é bom prestar atenção nas especulações sobre a possibilidade de a Ferrari correr com três carros em 2010 - uma hipótese que, por algum motivo, pouca gente tem levado a sério.
Pois este é, provavelmente, o plano A da Ferrari para 2010: alinhar Raikkonen, Massa e Alonso juntos, na mesma equipe.
Massa, o único garantido, terá (a) Raikkonen, (b) Alonso ou (c) Raikkonen e Alonso como companheiro(s) em 2010.
A Ferrari não considera outra opção além dessas três.
--
E o escândalo da Renault, hein?
Todo mundo, nessa altura, anda com aquele ar de "eu já sabia". De fato, não houve quem não tenha levantado uma sobrancelha para o esquisito acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura do ano passado.
Naquela corrida, Nelsinho bateu quando apenas um piloto já havia parado no box - seu companheiro Fernando Alonso.
Com a entrada do safety car, o pelotão se aglutinou e visitou os boxes junto. Alonso, o único com gasolina no tanque, passou de último para primeiro. E venceu.
Na época, a batida de Nelsinho foi considerada apenas uma ironia do destino. Agora, ganha contornos bem mais sérios.
Se o brasileiro foi mesmo obrigado a causar o acidente para ajudar Alonso, a Fórmula 1 vai enfrentar mais um longo e doloroso processo de perda de credibilidade.
E que terá consequências sérias para figuras importantes da categoria, incluindo o próprio Nelsinho, o chefe da Renault Flavio Briatore e até o bicampeão Alonso.
Por enquanto, ainda é muito cedo para especular se o caso é verdade ou não. Mas o silêncio dos envolvidos indica que ainda há mais para ser revelado.
Se for verdade, o escândalo ajuda a entender porque Nelsinho demorou tanto tempo a ser demitido pela Renault. Provavelmente, Briatore tinha o rabo entre as pernas com o piloto brasileiro e pai tricampeão.
Demitido, Nelsinho provavelmente denunciou o caso, e isso explica por que o assunto só foi surgir agora, quase um ano após a corrida.
Briatore, é claro, deve ter mais a esconder. E deverá ser atacado com todas as forças pelos adversários - a começar pelo presidente da FIA, Max Mosley, que já derrubou Ron Dennis e está louco para se vingar de mais um desafeto.
Seja como for, a notícia que surgiu ontem na transmissão do GP da Bélgica parece ser apenas o primeiro capítulo de mais uma novela nos bastidores da Fórmula 1.
Pela ordem, começamos falando do time de Maranello.
Que, no GP da Bélgica, percebeu que já não tem mais como continuar usando o "tampão" Luca Badoer.
Por mais que o veterano insista que vai correr melhor no GP da Itália porque conhece o circuito de Monza, não dá mais para acreditar que Badoer tem capacidade para alcançar os resultados que se esperam de um titular da Ferrari.
Em Spa-Francorchamps, o chefe da escuderia, Stefano Domenicali, indicou que a escolha do substituto de Felipe Massa em Monza tem a ver com os planos da equipe para 2010. Mas quem será o misterioso escolhido?
Tudo leva a crer que o sonho da Ferrari, ao menos, é Fernando Alonso. O problema é que esse é um sonho complicado.
Se optar por Alonso para o GP da Itália, a Ferrari deixaria claro que um dos atuais titulares - Raikkonen ou Massa - seria obrigado a sair da equipe no ano que vem.
O brasileiro tem a total confiança da escuderia, enquanto o finlandês é um campeão mundial com contrato válido para 2010. E que está em franca evolução, tendo acabado de conquistar uma grande vitória no GP da Bélgica.
Será que a Ferrari deixaria escancarada a demissão Raikkonen assim mesmo, logo depois do triunfo dele em Spa? Complicado, para dizer o mínimo.
Por tudo isso, é bom prestar atenção nas especulações sobre a possibilidade de a Ferrari correr com três carros em 2010 - uma hipótese que, por algum motivo, pouca gente tem levado a sério.
Pois este é, provavelmente, o plano A da Ferrari para 2010: alinhar Raikkonen, Massa e Alonso juntos, na mesma equipe.
Massa, o único garantido, terá (a) Raikkonen, (b) Alonso ou (c) Raikkonen e Alonso como companheiro(s) em 2010.
A Ferrari não considera outra opção além dessas três.
--
E o escândalo da Renault, hein?
Todo mundo, nessa altura, anda com aquele ar de "eu já sabia". De fato, não houve quem não tenha levantado uma sobrancelha para o esquisito acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura do ano passado.
Naquela corrida, Nelsinho bateu quando apenas um piloto já havia parado no box - seu companheiro Fernando Alonso.
Com a entrada do safety car, o pelotão se aglutinou e visitou os boxes junto. Alonso, o único com gasolina no tanque, passou de último para primeiro. E venceu.
Na época, a batida de Nelsinho foi considerada apenas uma ironia do destino. Agora, ganha contornos bem mais sérios.
Se o brasileiro foi mesmo obrigado a causar o acidente para ajudar Alonso, a Fórmula 1 vai enfrentar mais um longo e doloroso processo de perda de credibilidade.
E que terá consequências sérias para figuras importantes da categoria, incluindo o próprio Nelsinho, o chefe da Renault Flavio Briatore e até o bicampeão Alonso.
Por enquanto, ainda é muito cedo para especular se o caso é verdade ou não. Mas o silêncio dos envolvidos indica que ainda há mais para ser revelado.
Se for verdade, o escândalo ajuda a entender porque Nelsinho demorou tanto tempo a ser demitido pela Renault. Provavelmente, Briatore tinha o rabo entre as pernas com o piloto brasileiro e pai tricampeão.
Demitido, Nelsinho provavelmente denunciou o caso, e isso explica por que o assunto só foi surgir agora, quase um ano após a corrida.
Briatore, é claro, deve ter mais a esconder. E deverá ser atacado com todas as forças pelos adversários - a começar pelo presidente da FIA, Max Mosley, que já derrubou Ron Dennis e está louco para se vingar de mais um desafeto.
Seja como for, a notícia que surgiu ontem na transmissão do GP da Bélgica parece ser apenas o primeiro capítulo de mais uma novela nos bastidores da Fórmula 1.