domingo, 30 de agosto de 2009

Kimi quebra jejum de vitórias, mas o show foi de Fisichella

O palpite do Blog foi na mosca: deu Raikkonen no GP da Bélgica.

Único piloto do grid com vitória no circuito de Spa Francorchamps - Massa, que venceu em 2008, ficou fora da corrida deste ano - o "Homem de Gelo" manteve sua supremacia na pista mais fantástica do calendário da Fórmula 1.

Com uma largada agressiva, pulando de sexto para segundo, Raikkonen já se colocou em posição de sério candidato à vitória.

Ao mesmo tempo, um acidente múltiplo envolvendo os novatos Grosjean e Alguersuari, além dos medalhões Button e Hamilton, forçou a entrada do safety car na pista.

Três voltas depois, na saída do carro de segurança, Raikkonen aproveitou o "KERS" para fazer a manobra sobre o pole Fisichella e assumir a liderança. Para não perder mais.

Daí em diante, o finlandês da Ferrari apenas controlou a corrida, sempre com o surpreendente italiano da Force India em sua cola.

Mas não deu para Fisichella. Raikkonen venceu, quebrou um jejum de um ano e meio sem vitórias, e pôs um ponto de interrogação na cabeça dos dirigentes da Ferrari.

E agora, como ficam os boatos sobre Alonso na equipe italiana em 2010? Se Raikkonen for mesmo mandado embora, o valor da multa será um pouco mais caro...

O "Homem de Gelo" levou o triunfo, mas o grande heroi do domingo foi mesmo o veteraníssimo Fisichella.

O desempenho do italiano em Spa foi uma das melhores atuações individuais dos últimos anos. Levar a Force India ao segundo lugar, lutando de igual para igual com uma Ferrari pela vitória, foi realmente um resultado espetacular.

Pode até ter sido o canto do cisne da carreira de Fisichella, uma última grande performance antes da aposentadoria.

Mas e daí? Não houve quem não tenha se empolgado com a corrida de "Fisico" neste domingo. Está mesmo de parabéns o simpático italiano.

Atrás de Raikkonen e Fisichella, o terceiro lugar ficou com Vettel, que fez uma corrida eficiente para somar seis pontos muito importantes.

O alemão esteve longe de ser brilhante, mas saiu no lucro diante dos problemas que abateram os demais candidatos ao título.

A BMW, em sua melhor prova do ano, emplacou um quarto lugar com Kubica e um quinto com Heidfeld. Se tivesse andado assim deste o início da temporada, talvez o destino da equipe fosse outro...

Kovalainen, sem que quase ninguém notasse, terminou em sexto. Até que ficou de bom tamanho.

Já Barrichello teve um dia de altos e baixos, uma corrida bem confusa, bem como em outras vezes neste temporada.

Pela terceira vez - as outras foram na Austrália e na Turquia - o brasileiro ficou parado no grid. Uma vez, tudo bem. Duas, até vai. Quando acontece pela terceira, já dá para perceber que o problema não é só do carro.

E assim Rubinho, que ainda tem dificuldades para se entender com o sistema de largada da Brawn, caiu para último. Apesar disso, ainda salvou um sétimo lugar.

Olhando por esse ponto de vista, até que foi um bom resultado. Mas, se não tivesse ficado para trás no início, Rubinho poderia ter sido o terceiro ou quarto, no mínimo.

A última posição da zona de pontuação ficou com Rosberg, que conseguiu pontuar até numa pista onde a Williams não se adaptou bem. Palmas para o alemão, mais uma vez.

De Rosberg para trás, não houve quem impressionasse muito.

Webber se atrapalhou no pit lane, tomou um drive through e ficou sem pontuar pela segunda corrida seguida.

A Toyota, para variar, desperdiçou uma grande chance de resultado com erros de pilotos e estratégia equivocada.

Nakajima, como de costume, não fez nada.

Sutil e Buemi fizeram o de sempre e terminaram lá trás. E Badoer, coitado, andou claramente fora de ritmo e foi o lanterna, mais de 40 segundos atrás do penúltimo.

Os gabaritados Hamilton, Button e Alonso tiveram um dia para esquecer. Todos abandonaram, e por erros de outros.

Para o líder do campeonato, considerando as circunstância, poderia ter sido ainda pior. Sorte de Button que os adversários diretos também não conseguiram terminar muito bem.

Na tabela, o inglês tem 16 pontos de vantagem sobre Rubinho. Vettel e Webber, não muito atrás, também possuem esperança de título.

Está mais para Button, mas a briga continua aberta.

A próxima parada da Fórmula 1 é o GP da Itália, no dia 13 de setembro.

Uma corrida onde o motor Mercedes - de Brawn, McLaren e Force India - deve fazer toda a diferença.

Um comentário:

tiago carvalho disse...

Sinto muito meu caro, mais acredito que justamente essa sucessão de problemas eh que prova que o problema eh do carro... e acho que com uma nota 5 , vc só analisa o resultado final, não analisa a corrida