sábado, 14 de julho de 2007

Stoner é pole por um fio de cabelo

Quatro míseros milésimos. Foi essa a vantagem de Casey Stoner para Daniel Pedrosa, no treino de classificação do Grande Prêmio da Alemanha da MotoGP. Amanhã, em Sachsering, o australiano, líder do campeonato deste ano, largará na pole position.

Pedrosa perdeu por pouco, mas deu uma demonstração de que pode surpreender Stoner e Rossi, a dupla que vem quase monopolizando as vitórias em 2007. Largando da segunda posição, Dani busca seu primeiro triunfo na temporada, que já seria merecido.

Valentino Rossi não passou de sexto, mas um primeiro lugar do italiano, na corrida, não seria nenhuma surpresa. Considerando que, no G.P. da Holanda, The Doctor largou de 11º e venceu, a posição de largada de amanhã não é lá tão ruim. O Blog apostou em Valentino e continua achando que ele vai surpreender.

A Kawasaki apareceu bem com Randy de Puniet, o quarto. O francês ainda declarou, mais tarde, que poderia ter feito a pole. Seu companheiro de equipe, Anthony West, foi mais discreto, e vai largar de 12º.

A dupla da Suzuki teve um desempenho parecido. John Hopkins vai sair de quinto e Chris Vermeulen, de 11º. Apesar dos bons desempenhos até agora, neste ano, os dois não devem tirar coelhos da cartola, amanhã. Um podium já seria um ótimo resultado.

O brasileiro Alex Barros foi o terceiro melhor piloto da Ducati. Ele vai sair de oitavo, tendo superado, mais uma vez, seu companheiro de equipe Alex Hofmann. O alemão larga de um distante 16º.

Perto dele, em 14º, está o atual campeão Nicky Hayden. Depois de um excelente desempenho em Assen, Holanda, na última corrida, o americano parece, mais uma vez, ter perdido a boa forma. Uma pena. Por todo seu talento, ele não é piloto para ficar andando na rabeira do pelotão.
Logo abaixo, o grid de largada do Grande Prêmio da Alemanha, em Sachsenring:

1. Casey Stoner/Austrália/Ducati Marlboro, 1:22.384
2. Daniel Pedrosa/Espanha/Repsol Honda, 1:22.388
3. Marco Melandri/Itália/Honda Gresini, 1:22.397
4. Randy de Puniet/França/Kawasaki, 1:22.539
5. John Hopkins/Estados Unidos/Rizla Suzuki, 1:22.561
6. Valentino Rossi/Itália/Fiat Yamaha, 1:22.605
7. Loris Capirossi/Itália/Ducati Marlboro, 1:22.615
8. Alexandre Barros/Brasil/Pramac d'Antin, 1:22.897
9. Sylvain Guintoli/França/Yamaha Tech 3, 1:22.958
10. Shinya Nakano/Japão/Konica Minolta Honda, 1:22.969
11. Chris Vermeulen/Austrália/Rizla Suzuki, 1:23.049
12. Anthony West/Austrália/Kawasaki, 1:23.056
13. Colin Edwards/Estados Unidos/Fiat Yamaha, 1:23.090
14. Nicky Hayden/Estados Unidos/Repsol Honda, 1:23.151
15. Carlos Checa/Espanha/Honda LCR, 1:23.182
16. Alex Hofmann/Alemanha/Pramac d'Antin, 1:23.199
17. Michel Fabrizio/Itália/Honda Gresini, 1:23.491
18. Makoto Tamada/Japão/Yamaha Tech 3, 1:23.744
19. Kurtis Roberts/Estados Unidos/Team Roberts, 1:24.209

A corrida de amanhã terá transmissão do SporTV e começará às 9 horas de Brasília. Se mantiver o padrão de emoção da MotoGP, neste ano, merece uma conferida.
Em algumas horas, a IRL realizará a etapa de Nashville. Ontem, depois do "horário de fechamento do Blog", foi definido o grid de largada. Quem sai na frente é Scott Dixon, vencedor na última corrida, em Watkins Glen.

O líder do campeonato e aposta do Blog, Dario Franchitti, vem logo a seguir, em segundo. Uma posição atrás ficou Tony Kanaan, o melhor dos brasileiros. Helio Castroneves foi sexto e Vitor Meira, com numerosos problemas, não passou de 15º.

A tabela dos completa, a seguir:

1. Scott Dixon/Nova Zelândia/Chip Ganassi, 22.8947
2. Dario Franchitti/Escócia/Andretti-Green, 22.9555
3. Tony Kanaan/Brasil/Andretti-Green, 22.9668
4. Sam Hornish Jr/Estados Unidos/Penske, 22.9815
5. Dan Wheldon/Inglaterra/Chip Ganassi, 22.9911
6. Helio Castroneves/Brasil/Penske, 23.0068
7. Danica Patrick/Estados Unidos/Andretti-Green, 23.0090
8. Marco Andretti/Estados Unidos/Andretti-Green, 23.0097
9. Jeff Simmons/Estados Unidos/Rahal-Letterman, 23.0192
10. Scott Sharp/Estados Unidos/Rahal-Letterman, 23.0335
11. AJ Foyt IV/Estados Unidos/Vision, 23.1252
12. Tomas Scheckter/África do Sul/Vision, 23.1294
13. Kosuke Matsuura/Japão/Panther, 23.2433
14. Ed Carpenter/Estados Unidos/Vision, 23.2526
15. Vitor Meira/Brasil/Panther, 23.3031
16. Buddy Rice/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold, 23.3139
17. Sarah Fisher/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold, 23.3258
18. Darren Manning/Inglaterra/A.J. Foyt, 23.4348

Na programação da BAND, a corrida está programada para o horário de 20:15. Só que às 22:30 teremos, segundo a emissora, transmissão do PAN 2007. Será que uma etapa da IRL será interrompida de novo?
Na DTM, a Audi voltou a dominar a tabela de tempos. Os cinco primeiros pilotos são da marca das quatro argolinhas. O melhor deles foi Mattias Ekström. Ele é, também, a aposta do Blog. O canadense Bruno Spengler, vencedor da última etapa, em Norisring, terminou em sexto, sendo o mais bem colocado da Mercedes.

O bi-campeão Mika Hakkinen não passou de 15º. Fortes candidatos a uma vaga de titular na ProDrive, equipe inglesa que estréia na Fórmula 1 no ano que vem, Paul di Resta e Gary Paffet fecharam, respectivamente, em 12º e 16º. Já Markus Winkelhock, cotado para substituir Christijan Albers, na Spyker, terminou em 13º.

Os tempos, abaixo:

1. Mattias Ekstrom/Suécia/Audi, 1:43.851
2. Tom Kristensen/Dinamarca/Audi, 1:44.065
3. Martin Tomczyk/Alemanha/Audi, 1:44.080
4. Timo Scheider/Alemanha/Audi, 1:44.118
5. Alexandre Premat/França/Audi, 1:44.514
6. Bruno Spengler/Canadá/Mercedes, 1:44.696
7. Jamie Green/Inglaterra/Mercedes, 1:44.774
8. Mike Rockenfeller/Alemanha/Audi, 1:44.845
9. Christian Abt/Alemanha/Audi, 1:45.174
10. Daniel La Rosa/Alemanha/Mercedes, 1:45.178
11. Bernd Schneider/Alemanha/Mercedes, 1:45.312
12. Paul Di Resta/Escócia/Mercedes, 1:45.354
13. Markus Winkelhock/Alemanha/Audi, 1:45.758
14. Lucas Luhr/Alemanha/Audi, sem tempo
15. Mika Hakkinen/Finlândia/Mercedes, 1:45.578
16. Gary Paffet/Inglaterra/Mercedes, 1:45.683
17. Mathias Lauda/Áustria/Mercedes, 1:45.934
18. Susie Stoddart/Escócia/Mercedes, 1:46.352
19. Alexandros Margaritis/Grécia/Mercedes, 1:46.485
20. Vanina Ickx/Bélgica/Audi, 1:47.589

Infelizmente, não há transmissão da categoria, ao vivo, para o Brasil. Resta saber o resultado pela Internet.
Por fim, no histórico circuito de Brands Hatch, a Fórmula 3 Inglesa realiza mais uma rodada dupla. O estoniano Marko Asmer, líder do campeonato e palpite do Blog, conseguiu a pole position para as duas provas.

Minha outra aposta, Maro Engel, foi oitavo nas duas classificaçãos. Os brasileiros não foram muito bem. Alberto Valétio largará em 15º, na primeira bateria, e 17º, na segunda. Já Mario Moraes vai sair de 20º, na corrida inicial, e 19º, na derradeira.

Também não há transmissão da rodada dupla para o Brasil. Mas, amanhã, o Blog comenta o resultado com base no que leu na Internet. Aliás, domingo é dia de Weekend Update, com a análise das corridas do final de semana da velocidade e o Balanço dos Palpites. Nos vemos amanhã!

Aí complica

Uma matéria do jornal italiano La Republica que, estranhamente, ainda não teve muita repercussão na imprensa internacional, pode causar uma reviravolta no caso de espionagem que abalou a Fórmula 1 nas últimas semanas.

Segundo a matéria do períodico, o ex-desenhista chefe da McLaren, Mike Coughlan (à esquerda) não teria recebido os documentos confidenciais da Ferrari das mãos de Nigel Stepney, ex-mecânico chefe da escuderia italiana, como vinha sendo reportado.

Ao invés disso, Coughlan teria utilizado um serviço expresso de correio. O principal furo da reportagem, porém, vem a seguir: segundo o jornal, ele compartilhou os documentos secretos com outros funcionários da McLaren. Dentre os quais, o diretor administrativo da equipe inglesa, Jonathan Neale (à direita).

Se essa nova versão dos fatos se confirmar, o time de Ron Dennis fica muito mais próximo de receber duras punições da FIA. É verdade que ainda não haveria como provar que os dados da Ferrari foram aproveitados no carro da McLaren.

Porém, quanto mais gente envolvida no caso - ainda mais sendo altos funcionários da equipe inglesa - maior a chance de sanções contra o time de Hamilton e Alonso. Se a matéria do La Republica realmente procede, as coisas vão ficar, aí sim, bastante complicadas para o lado da McLaren.
A Ferrari, finalmente, tem um excelente instrumento para tentar desestabilizar a rival, líder nos campeonatos de pilotos e construtores deste ano. E - não tenha dúvidas disso - vai usar de todos os meios para atazanar a McLaren.

Ainda é impossível afirmar, com clareza, se os ingleses têm ou não culpa em todo esse escândalo de espionagem. Será que Ron Dennis e seus comandados seriam capazes de uma falcatrua dessa magnitude?

O chefão da McLaren já está na Fórmula 1 há mais de vinte anos. Parece extremamente improvável que, somente agora, ele fosse apelar para meios ilícitos numa tentativa de superar a Ferrari.

Mas uma equipe não é formada apenas de alguns poucos funcionários. Trata-se de uma organização bastante complexa. E existe, sim, a chance de ter acontecido uma utilização de dados da Ferrari por parte de um grupo de empregados da McLaren.

Se isso realmente aconteceu, a equipe inglesa já pode se preparar para enfrentar a possibilidade de receber punições rigorosas. Por mais que os pilotos, os fãs e grande parte do time não tenham culpa nenhuma.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Uma sexta-feira qualquer

Este post demorou mais do que o previsto. Mas foi por uma ótima razão. Absolutamente maravilhosa a festa de abertura dos Jogos Pan-Americanos. Apesar dos atrasos, de toda a gastança nas obras e da irresponsabilidade de nossas autoridades. Mesmo com tudo isso, hoje me sinto orgulhoso de ser brasileiro e - principalmente - carioca.

Mas vamos ao que interessa. Em Sachsering, Casey Stoner e Valentino Rossi já mostraram, no primeiro dia de treinos, que vão monopolizar a luta pela vitória. Os dois lideraram a tabela de tempos, ao final das duas sessões desta sexta.

Dessa vez, Stoner começa com a vantagem. Ele foi o único a completar uma volta na casa de 1:22, conseguindo colocar uma distândia de três décimos de segundo para Rossi. Nada, porém, que Valentino, a aposta do Blog, não possa recuperar ao longo do fim de semana.

O brasileiro Alexandre Barros sofreu uma forte queda na primeira sessão. Mesmo assim, até foi bem, em sétimo. As surpresas do treino foram Sylvain Guintoli e Carlos Checa, andando entre os cinco primeiros, e a péssima posição do atual campeão Nicky Hayden, que não passou de décimo-sétimo.

A seguir, os tempos:

1. Casey Stoner/Austrália/Ducati - 1min22s737
2. Valentino Rossi/Itália/Yamaha - 1min23s083
3. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda - 1min23s366
4. Sylvain Guintoli/França/Yamaha - 1min23s387
5. Carlos Checa/Espanha/Honda - 1min23s413
6. Marco Melandri/Itália/Honda - 1min23s430
7. Alexandre Barros/Brasil/Ducati - 1min23s548
8. Colin Edwards/Estados Unidos/Yamaha - 1min23s613
9. John Hopkins/Estados Unidos/Suzuki - 1min23s645
10. Randy de Puniet/França/Kawasaki - 1min23s667
Em Nashville, a IRL realizou seus primeiros treinos para a etapa noturna de amanhã. O vencedor da última etapa, Scott Dixon, da Ganassi, foi o mais rápido. Na segunda posição, a musa da categoria, Danica Patrick. Seu companheiro da Andretti-Green, líder do campeonato e palpite do Blog, Dario Franchitti, veio a seguir, em terceiro.

Os brasileiros tiveram um desempenho discreto. Tony Kanaan não passou de sexto. Os outros dois não ficaram nem entre os dez primeiros. Helio Castroneves terminou em 11º e Vítor Meira fechou num péssimo 17º. Ainda há tempo, porém, para que os brazucas se recuperem.

A tabela de tempos está logo abaixo:

1. Scott Dixon/Austrália/Chip Ganassi, 22s 889
2. Danica Patrick/Estados Unidos/Andretti-Green, 22s 951
3. Dario Franchitti/Escócia/Andretti Green, 22s 992
4. Dan Wheldon/Inglaterra/Chip Ganassi, 23s 002
5. Mario Andretti/Estados Unidos/Andretti-Green, 23s 027
6. Tony Kanaan/Brasil/Andretti-Green, 23s 029
7. Scott Sharp/Estados Unidos/Rahal-Letterman, 23s 030
8. Sam Hornish Jr./Estados Unidos/Penske, 23s 032
9. Jeff Simmons/Estados Unidos/Rahal Letterman, 23s 047
10. Ed Carpenter/Estados Unidos/Vision, 23s 120
11. Helio Castroneves/Brasil/Penske, 23s 152
17. Vitor Meira/Brasil/Phanter, 23s 318
Em Brands Hatch, tivemos três sessões de testes livres da Fórmula 3 Inglesa. Uma das apostas do Blog, Maro Engel, terminou com o melhor tempo. A outra, o estoniano líder do campeonato Marko Asmer, foi terceiro. Na frente dele, na segunda posição, o inglês Sam Bird, que também é o vice na temporada.

Os brasileiros não foram bem. Depois de um fim de semana muito bom em Monza, na última etapa, Alberto Valerio não passou de 13º. Já Mario Moraes finalizou um pouquinho atrás, no 16º lugar.

A tabela de classificação, a seguir:
1. Maro Engel/Alemanha/Carlin, 1min 17s 953
2. Sam Bird/Inglaterra/Carlin, 1min 18s 232
3. Marko Asmer/Estônia/HiTech 1min 18s 260
4. Stephen Jelley/Inglaterra/Raikkonen-Robertson, 1min 18s 500
5. Jonathan Kennard/Inglaterra/Raikkonen-Robertson 1min 18s 688
6. Rodolfo Gonzalez/Venezuela/T-Sport, 1min 18s 733
7. Niall Breen/Irlanda/Carlin, 1min 19s 031
8. Sebastian Hohenthal/Suécia/Fortec, 1min 19s 050
9. Walter Grubmuller/Áustria/HiTech, 1min 19s 069
10. John Martin/Austrália/Alan Docking 1min 19s 152
13. Alberto Valerio/Brasil/Carlin, 1min 19s 560
16. Mario Moraes/Brasil/Carlin, 1min 20s 069
Parece que, neste fim de semana, os palpites do Blog estão afiados. Na DTM, em Mugello, a Audi dominou as primeiras posições, contrariando a lógica da temporada. Até agora, em cinco etapas, foram quatro vitórias da Mercedes, contra apenas uma da rival.

Hoje, porém, a marca das quatro argolas monopolizou o top 5, com Martin Tomczyk em primeiro e depois Tom Kristensen, Mattias Ekström, Timo Scheider e Mike Rockenfeller, nesta ordem. Amanhã, teremos o treino de classificação. O Blog aposta, para a corrida, em Ekström, o melhor piloto da Audi no campeonato.

Por fim, tivemos a Nascar, em Chicago. A pole da corrida de domingo ficou com Casey Mears, sobrinho de Rick, tri-campeão das 500 milhas de Indianapolis. O palpite do Blog, Jimmie Johnson sai em oitavo. Já Juan Pablo Montoya, mais uma vez, não promete surpresas: ele foi apenas o 30º.

Amanhã, o Blog volta com a análise dos treinos de classificação das categorias que correm neste fim de semana. Isso sem falar, é claro, dos comentários sobre eventuais notícias da Fórmula 1. Nos vemos por aí!

Uma cicatriz em Indianapolis

Quando Bernie Eccletone afirmou, pouco antes da realização da corrida deste ano de Indianapolis, que a Fórmula 1 não precisava de uma etapa nos Estados Unidos, muita gente interpretou como puro blefe.

Afinal de contas, o chefão da categoria top do automobilismo mundial não poderia estar falando sério. Ele não descartaria assim, tão facilmente, um dos mercados com maior potencial de consumo do mundo. O público americano não tinha como ser ignorado. Certo?

Muito pelo contrário. Ontem, o porta-voz do Indianapolis Motor Speedway anunciou a não renovação do contrato da pista com a Fórmula 1. O que impede, é claro, a realização de corridas no circuito a partir do ano que vem. Com isso, a categoria não deve passar pelos Estados Unidos em 2008.

Soluções alternativas até poderiam existir. Nenhum outro país do mundo dispõe de tantos autódromos de bom nível. Além disso, chegou-se a aventar a possibilidade da realização de corridas nas ruas de Las Vegas e Nova Iorque, por exemplo.

Nenhum dos projetos, porém, parece ter muita credibilidade. A falta de garantias financeiras, principalmente, pesa na decisão de Bernie Ecclestone de tirar os Estados Unidos do calendário da Fórmula 1 a partir de 2008. E, assim, Indianapolis perde sua etapa e fica com uma grande cicatriz no seu imenso complexo.

Com a saída da Fórmula 1, aquele circuito misto estilo Mickey Mouse perde um pouco de seu sentido. É verdade que a MotoGP correrá em Indy a partir do ano que vem. Mesmo assim, ela não se compara em importância à categoria top do automobilismo.

A pista construída especialmente, em 2000, para acomodar as enorme exigências da Fórmula 1, fica agora encravada no meio do Indianapolis Motor Speedway. Como um enorme monumento à ganância dos dirigentes da categoria.

Um péssimo negócio para a Fórmula 1 e, também, para o Indianapolis Motor Speedway. Pela importância que cada um possui, não poderiam, jamais, ficar separados.

Fica a esperança de que, no futuro, os dois possam voltar a se acertar. "A Fórmula 1 não entende os Estados Unidos", disse Tony George, proprietário de Indianapolis. Mas não é só isso.

Já faz muito tempo, os dirigentes da principal categoria do automobilismo mundial esqueceram do que é formado, verdadeiramente, o esporte. Quando Bernie Ecclestone prefere realizar uma corrida em Cingapura ao invés de Indianapolis, é sinal de que as coisas, definitivamente, não são mais como antes.

Uma pena.

Só para constar: último dia de testes em Spa

O Blog começa, a partir de agora, a recuperar o atraso da falta de comentários sobre as notícias de ontem. As principais foram o último dia de testes em Spa-Francorchamps e a saída de Indianapolis do calendários da Fórmula 1. Vamos começar analisando as atividades das equipes no sensacional circuito belga, de volta ao calendário da maior categoria do automobilismo mundial.

Em Spa, Kimi Raikkonen fechou com o melhor tempo. Não foi, porém, a volta mais rápida de todos os dias combinados. O tempo do finlandês ficou em 1:47.042, quase meio segundo mais lento que a de Lewis Hamilton na terça, 1:46.613.

De qualquer forma, Kimi volta a mostrar que a Ferrari está forte. A McLaren não passou do terceiro lugar, com Fernando Alonso pilotando o carro, nesta oportunidade. É bom se registrar, porém, que o fato de Robert Kubica, da BMW, ter superado o espanhol não significa rigorosamente nada.

Mais uma vez, a chuva atrapalhou as atividades. Mas, pelo menos, ela se limitou à manhã, quando Kubica marcou o melhor tempo. Na parte da tarde, a ordem normal se reestabeleceu e Raikkonen foi o mais rápido. Alonso só não ficou em segundo porque, muito provavelmente, não andou no máximo da capacidade do carro.

No mais, pouco a comentar. Sebastien Bourdais e Christian Klien foram as novidades, andando, respectivamente, por Toro Rosso e Spyker. O francês já se mostra bem adaptado a um carro de Fórmula 1 e faz por merecer uma vaga na sucursal da Red Bull no ano que vem. Klien, por sua vez, ficou em último, limitado pela lentidão do carro da equipe holandesa

Impressiona o número de voltas que os pilotos deram nesta quinta. Todos andaram, ao menos, a distância de um Grande Prêmio normal. Takuma Sato, por exemplo, deu uma enormidade de 99 giros. Se o trabalho duro da Super Aguri e das outras equipe vai dar certo, só saberemos na corrida de Nurburgring, Alemanha, daqui a uma semana.

A seguir, os tempos:

1. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:47.042 em 69 voltas
2. Robert Kubica/Polônia/BMW-Sauber, 1:47.265 em 78 voltas
3. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:47.645 em 75 voltas
4. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:47.699 em 44 voltas
5. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:47.724 em 76 voltas
6. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:48.437 em 76 voltas
7. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:48.491 em 76 voltas
8. Sebastien Bourdais/França/Toro Rosso, 1:48.585 em 91 voltas
9. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:48.610 em 99 voltas
10. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:48.704 em 81 voltas
11. Christian Klien/Áustria/Spyker,1:49.119 em 63 voltas

Os pilotos continuam reclamando bastante da entrada dos boxes de Spa, considerada estreita e perigosa. Hoje, Rubens Barrichello e Takuma Sato deram coro ao discurso que Nico Rosberg, Robert Kubica e David Coulthard já haviam proferido. Pela foto ao lado, dá para perceber que eles têm um pouco de razão.

Daqui a pouco, o Blog volta com o comentário sobre a saída de Indianapolis do calendário da Fórmula 1. E depois, mais tarde, a análise dos primeiros treinos das categorias que realizarão etapas neste fim de semana. Até breve!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Agenda do Fim de Semana (13 a 15/07)

Dia complicado para o escriba do Blog. Apenas a partir da tarde de amanhã esse espaço voltará o ter o ritmo normal de atualizações. Por enquanto, ficamos apenas com a nossa Agenda do Fim de Semana, que neste fim de semana não está tão lotada assim.

Sábado, 14 de julho de 2007

IRL: Etapa de Nashville (se estiver de bobeira, uma boa pedida para os embalos de sábado a noite)

Domingo, 15 de julho de 2007

DTM: Etapa de Mugello (eu tinha vontade de assistir. Pena que não passa em lugar nenhum)
Fórmula 3 Inglesa: Rodada de Brands Hatch (não dá para acompanhar ao vivo também)
MotoGP: Grande Prêmio da Alemanha (será que Rossi continua a recuperação? Vale a conferida)
Nascar: Etapa de Chicago (uma corrida como qualquer outra. Só assisto se realmente não tiver mais nada para fazer)

Sem Fórmula 1, a principal atração do final de semana é a corrida da MotoGP em Sachsenring. Nesse circuito, Valentino Rossi venceu três das últimas cinco etapas da categoria. O desenho da pista é único, com um trecho muito travado no início que favorece a Yamaha, seguido de uma parte final muito rápida, melhor para a Ducati.

Se, em tese, as duas motos ficam equilibradas, o piloto faz a diferença. E, nesse quesito, por mais que Casey Stoner esteja em excelente forma e ainda lidere o campeonato, Valentino Rossi leva a melhor. A aposta do Blog é em The Doctor.
Palpite do Blog para a corrida: Valentino Rossi

Na noite de sábado, a IRL corre em Nashville. Por mais que vários pilotos busquem recuperação, dentre eles os brasileiros Tony Kanaan e Helio Castroneves, o Blog joga suas fichas em Dario Franchitti, que parece estar numa fase abençoada. Além disso, o escocês mora perto da pista, e esta etapa é quase como uma corrida em casa para ele.
Palpite do Blog para a corrida: Dario Franchitti

Por sua vez, a DTM realiza uma etapa em Mugello pela primeira vez. Considerando o equilíbrio marcante da categoria e a falta de corridas anteriores na pista, o que nos deixa sem referência, a aposta é quase como um tiro no escuro. O Blog chuta Mattias Ekström, vice-líder do campeonato e o piloto da Audi que parece mais capaz de desafiar o esquadrão da Mercedes.
Palpite do Blog para a corrida: Mattias Ekström

Prima distante da DTM, a Nascar faz mais uma corrida do seu inchado calendário. Pela segunda semana seguinte, o Blog repete seu palpite em Jimmie Johnson. Em Chicago, sede da próxima etapa, sua média de posição nos últimos três anos foi 5.88, um excelente retrospecto considerando que são 43 carros participantes.
Palpite do Blog para a corrida: Jimmie Johnson

Por fim, a Fórmula 3 Inglesa corre no histórico circuito de Brands Hatch. Primeiramente, o Blog aposta no estoniano Marko Asmer, o grande dominador da temporada. Como são duas corridas, o outro palpite é no alemão Maro Engel, duas vezes segundo colocado nessa pista no ano passado e vencedor de uma das corridas da última etapa, em Monza.
Palpite do Blog para as corridas: Marko Asmer e Maro Engel

Infelizmente, hoje não deu para atualizar o Blog da maneira como gostaria. Mas amanhã, a partir da parte da tarde, o espaço volta ao normal. Até mais!

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos, Número Dois

Só falta um passo para que a lista esteja completa. Depois da apresentação do número dois, fica fácil adivinhar qual foi o grande campeão. Antes disso, porém, vamos conhecer a magnífica ultrapassagem que ganhou com o segundo posto do nosso ranking:

10. Alonso sobre Schumacher - Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher - Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet - Inglaterra/1987
7. Schumacher sobre Raikkonen - Brasil/2007
6. Montoya sobre Schumacher - Brasil/2001
5. Villeneuve sobre Jones - Holanda/1979
4. Raikkonen sobre Fisichella - Japão/2005
3. Senna sobre Lauda - Mônaco/1984
SEGUNDA COLOCADA - Mika Hakkinen sobre Michael Schumacher - G.P. da Bélgica de 2000

O ano 2000 tinha começado de forma complicada para Mika Hakkinen. Bi-campeão mundial nas duas temporadas anteriores, o finlandês não havia pontuado nas duas primeiras corridas do campeonato, enquanto seu rival Michael Schumacher vencia ambas as etapas.

O primeiro triunfo de Mika só viria na quinta etapa, na Espanha. Não foi aí, porém, que sua reação iniciou-se. Após a nona etapa do ano, na França, Hakkinen ainda era terceiro no campeonato. Tinha só aquela vitória de Barcelona contra três de seu companheiro de equipe David Coulthard, por exemplo.

Será que Mika já não era mais o mesmo? A resposta ele daria mais tarde, começando na corrida da Áustria, a décima daquele ano 2000. A partir daí, Hakkinen conseguiria uma seqüência de três vitórias em quatro corridas. A última delas, em Spa-Francorchamps, na Bélgica.

Não foi, no final da temporada, suficiente para ganhar o título. Até porque Michael Schumacher reagiu de forma impressionante, vencendo todas as quatro derradeiras etapas do ano. Mas as atuações de Mika, principalmente naquele Grande Prêmio da Bélgica, foram inesquecíveis.

Chegando em Spa, Hakkinen tinha 64 pontos no campeonato. Já era líder, mas sua distância para Schumacher era de míseros dois pontos. David Coulthard, nessa altura, ainda se mantinha na briga pelo título, com 58.

Na classificação, Mika foi um segundo mais rápido do que qualquer um. Um desempenho impressionante. Ao lado dele, na primeira fila, a Jordan de Jarno Trulli, seguida da Williams do estreante Jenson Button. Schumacher era apenas o quarto e Coulthard, o quinto.

Antes da corrida, choveu. Afinal de contas, estamos falando de Spa-Francorshamps. Mas na hora da largada as nuvens já haviam ido embora. Mesmo assim, a saída foi feita atrás do safety car. Schumacher não perdeu tempo e partiu para cima de seus adversários.

No início da terceira volta, já era o segundo. E Coulthard também subia para terceiro, ajudado por um toque entre Trulli e Button, que tirou o italiano da corrida e atrasou o inglês. Nessa altura, a pista ainda estava molhada, mas secava rapidamente.

Hakkinen liderava com uma distância razoável para Schumacher. O alemão trocou para pneus de pista seca antes, o que encurtou a diferença entre os dois. Ao mesmo tempo, Coulthard demorava demais para fazer o mesmo e saía de vez da luta pela vitória. Ele seria apenas o quarto ao final da corrida, superado pela Williams de Ralf Schumacher.

Mika, por sua vez, não tinha tempo para refrescos. Michael não andava colado, mas um erro por parte do finlandês seria o suficiente para um inversão de posições. E foi isso que aconteceu. Pressionado pelo alemão, Hakkinen errou na curva Stavelot, no trecho final do circuito de Spa.

Ao tocar uma faixa branca pintada na pista, que ainda estava molhada, Mika perdeu o carro e rodou. Com habilidade incrível, porém, evitou um giro de 180 graus e manteve seu carro no sentido correto, continuando na corrida. Schumacher, porém, já era o novo líder.


A dupla fez sua última parada e o alemão continuava na frente. Agora, como manda o script da Fórmula 1, seria somente um passeio até a bandeirada. Mas Hakkinen tinha outras idéias. Contando com uma enorme velocidade final do motor Mercedes de sua McLaren, o finlandês alcançou Schumacher e planejou a manobra.

O ponto ideal era em Les Combes, ao final da longa reta que começava na curva mais perigosa e desafiadora da Fórmula 1, a Eau Rouge. Na primeira tentavia, Hakkinen tenta colocar por dentro ainda antes da zona de frenagem. Schumacher não se intimida e fecha o finlandês de forma até grosseira.

Irritado, Mika levanta o braço e ameaça uma reclamação. Logo em seguida, porém, Hakkinen concentra-se para tentar de novo. A seu favor, um número enorme de retardatários, que pareciam atrapalhar mais Schumacher do que o piloto da McLaren.

Uma volta depois, Mika foi para a manobra decisiva. Ao sair do grampo La Source, parecia longe do alemão. Mas sua velocidade através da Eau Rouge foi incrível. No meio da reta que leva a Les Combes, Hakkinen se aproximou de Schumacher. Dessa vez, porém, havia uma diferença em relação à volta anterior.

Havia um retardatário no meio da pista. Ricardo Zonta, da B.A.R., que simplesmente não tinha para onde ir. Tentando evitar problemas, o brasileiro se coloca exatamente no meio da pista, e tira o pé para deixar os líderes passarem. Por onde, era problema deles.

Schumacher, que também ocupava o meio da pista para bloquear Hakkinen, deve ter hesitado por um átimo de segundo. Então, seguindo a solução mais lógica, pega a linha de fora, ou seja, o traçado ideal para a curva que viria logo depois. Mika, porém, tentaria algo diferente.

Da câmera instalada na McLaren, dá para perceber o pouco tempo de reação que Hakkinen teve. O finlandês, provavelmente, apenas seguiu seu instinto e foi fundo. Por dentro, ultrapassou Zonta, quase colocando as rodas na grama, e emparelhou com Schumacher. Agora era só segurar o carro.

De forma magnífica, Mika consegue fazer a curva até com relativa tranquilidade. E Michael, que está por fora, não tem o que fazer a não ser aceitar a perda da posição, a poucas voltas do final. Até o fim da corrida, os dois ainda se mantiveram próximos, mas Hakkinen venceu com autoridade, após uma performance para nunca mais ser esquecida.

Ele não seria campeão no fim do ano, mas quem se importa? Pela agressividade, coragem e ousadia, por não se intimidar após ter cometido um erro em fase anterior da corrida e pelo enorme perigo e extrema dificuldade da manobra, Mika Hakkinen leva o segundo lugar na lista da Dez Maiores Ultrapassagens de Todos os Tempos.

A seguir, o vídeo da ultrapassagem, com a narração de Galvão Bueno. Notem como ele se atrapalha e elogia a "linda manobra do Schumacher":



O meu vídeo preferido, porém, é esse que vem agora, que mostra toda a saúde do motor Mercedes e dá noção da exata dificuldade de pilotar na magnífica pista de Spa-Francorchamps:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na semana que vem, com o grande número 1 na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos. E, logo depois, teremos o pontapé inicial do próximo ranking. Mais tarde, o Blog volta com comentários sobre as notícias desta quinta e a Agenda do Fim de Semana, que virá um pouco adiantada dessa vez.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Nos testes coletivos, a Fórmula 1 reencontra o clima instável de Spa

Apenas um rápido post sobre os treinos coletivos de hoje. Como era de esperar, a chuva interferiu nos trabalhos. Nada melhor do que ver o circuito de Spa de volta junto com seu clima sempre instável.
Foram duas bandeiras vermelhas. Felipe Massa chegou a parar na pista em dado momento, interrompendo as atividades. Mesmo com os problemas, o brasileiro foi o mais rápido do dia, com um tempo três décimo de segundo mais rápido do que o de Fernando Alonso, que veio a seguir.

A outra parada aconteceu em decorrência de um problema com o francês Sebastien Bourdais, que testava pela Toro Rosso. Principal atração do dia, o tri-campeão da ChampCar não passou de oitavo, três segundos mais lento que Massa. Os tempos, porém, não são de muita referência, já que a pista variou entre molhada e seca.

Quem andou muito bem foi Adrian Sutil, da Spyker. O alemão foi quinto. Seu novo companheiro de equipe, após a demissão de Christijan Albers, continua indefinido. Mas o time holandês deu uma dica hoje, quando confirmou que Christian Klien testará com o carrinho laranja ainda nesta semana, na mesma pista de Spa.

Os tempos, a seguir:

1. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:46.698 - 54 voltas
2. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:47.012 - 68 voltas
3. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:47.754 - 44 voltas
4. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:48.534 - 29 voltas
5. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:48.873 - 49 voltas
6. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:48.915 - 40 voltas
7. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:49.526 - 50 voltas
8. Sebastien Bourdais/França/Toro Rosso, 1:49.732 - 53 voltas
9. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:50.295 - 52 voltas
10. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:52.438 - 54 voltas
11. Robert Kubica/Polônia/BMW-Sauber, 1:55.155 - 29 voltas

Sobre a tabela de classificação, pouco a analisar. Os pilotos não andaram tudo que podem. Prova disso é que o tempo de Lewis Hamilton, ontem, foi mais rápido que o melhor de Felipe Massa, hoje. Adrian Sutil, como já dito, foi o destaque do dia. Mesmo assim, ficou a dois segundos do piloto da Ferrari. A Spyker ainda tem muito a evoluir.

Robert Kubica provavelmente teve problemas ou só conseguiu andar rápido no período de pista molhada. Seu tempo nove segundos mais lento que a de Massa é ilusório.

E, para terminar, Sebastien Bourdais ainda precisa de um número maior de testes para se adaptar a um carro de Fórmula 1. Pelo que mostrou nos últimos anos na ChampCar, é apenas questão de tempo.

O Blog pede desculpas pelo atraso e pequeno tamanho do post. Amanhã, voltamos com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Só faltam duas das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos para que a lista esteja completa. Até amanhã!

Nem Guarulhos nem São Bernardo do Campo. Agora é Brasília quem quer sediar a Fórmula 1

Depois das cidades de Guarulhos e São Bernardo do Campo apresentarem projetos de construção de megas-complexos automobísticos, agora é Brasília quem aparece como nova candidata a sediar a Fórmula 1 a partir de 2010. Um ano antes disso, acaba o contrato de Interlagos com a categoria, e o G.P. do Brasil correria risco de não mais se realizar.

Por enquanto, o mais provável é que aconteça mesmo a renovação do compromisso entre o Autódromo José Carlos Pace e a principal categoria do automobilismo mundial. Mas nada é certo. E outras cidades se movimentam para tentar seduzir Bernie Ecclestone e companhia.

O todo-poderoso da Fórmula 1 já recebeu um relatório enviado pelo governador José Roberto Arruda. Entre os fatores apontados como favoráveis a Brasília estão o trânsito na capital, o porte do aeroporto (se bem que tamanho não é documento se faltam controladores...), a segurança da cidade e a visão das arquibancadas, que pega quase a pista toda (e isso para quem está lá é realmente importante).

Outras vantagens mencionas de Brasília seriam a ampla rede hoteleira - extremamente necessária quando se trata de um evento como a Fórmula 1 - a facilidade de acesso ao circuito e um amplo estacionamente, de 35 mil vagas.

O plano passa por realocar a área dos boxes, construindo uma inteiramente nova. Além disso, estão previstas mudanças no traçado, com redução no tamanho total do circuito (hoje de 5.400 metros) e reforma das arquibandas. Segundo consta, já haveria, inclusive, uma empresa credenciada pela FIA fazendo os estudos e o orçamento necessário para a empreitada.

Isso tudo, aliás, seria levado em frente pelo sistema de PPPs (Parcerias Público Privadas). Por fim, Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet já teriam, inclusive, enviado cartas a Bernie Ecclestone defendendo a realização do Grande Prêmio na capital.

Ainda é cedo para afirmar se vai dar certo ou não. Muita vontade política é necessária para que um plano dessa magnitude avance. E, para convencer Ecclestone, não basta apenas um bom projeto. Será que Brasília tem como oferecer garantias financeiras também?

De qualquer forma, não deixa de ser uma ótima notícia. Os dois maiores problemas do automobilismo no Brasil, hoje em dia, são a falta de praças e de categorias de base. Pelo menos em relação aos autódromos, parece que a mentalidade está mudando.

Se ao menos um dos três planos - Guarulhos, São Bernardo do Campo ou Brasília - for levado em frente, o esporte no país já será extremamente beneficiado. Não custa nada tentar manter uma postura otimista. Pelo menos, por enquanto.

Depois de ler sobre mais esse projeto, só fica uma pitada de tristeza e indignação para o escriba do Blog, que é carioca. Aqui no Rio, a situação do Autódromo de Jacarepaguá já passou do ponto de simples degradação. Infelizmente, no estado em que está, caminha quase rumo ao abandono.

Será que, depois dos Jogos Pan-Americanos, alguém vai conseguir lembrar da pista que já recebeu monstros sagrados do automobilismo, como Peterson, Villeneuve e Lauda? Isso sem falar no trio de brasileiros campeões da Fórmula 1. Ler sobre os planos de novos autódromos é, sim, ótimo. Mas fica a decepção de saber que, em Jacarepaguá, tudo indica que nada vai mudar.

Só para constar, o furo foi do jornalista Ilimar Franco, em seu blog, mas eu só vi na página do Rodrigo Mattar, aqui.

O Blog volta logo mais, com uma rápida análise dos testes coletivos de Spa. Amanhã, continuamos a nossa contagem regressiva da seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Até mais!

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos - Número Três

É chegada a hora de entregar a nossa medalha de bronze! Uma manobra absolutamente fantástica de um gênio do automobilismo, que não poderia, de forma alguma, faltar na lista. Vamos lá, sem perder mais tempo:

10. Alonso sobre Schumacher - Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher - Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet - Inglaterra/1987
7. Schumacher sobre Raikkonen - Brasil/2006
6. Montoya sobre Schumacher - Brasil/2001
5. Villeneuve sobre Jones - Holanda/1979
4. Raikkonen sobre Fisichella - Japão/2005
TERCEIRA COLOCADA - Ayrton Senna sobre Niki Lauda - G.P. de Mônaco de 1984

Imagine a seguinte situação:

Você é mais um fenônemo das fórmulas de base do automobilismo mundial. Flerta com várias equipes grandes da Fórmula 1, mas acaba estreando por um time pequeno, como a maioria dos outros pilotos.

Então, nas suas cinco primeiras corridas na categoria, você termina duas vezes entre os seis primeiros, conquistando dois pontos com um carro absolutamente atrasado. Pior do que isso: ainda era o modelo do ano passado de uma equipe pobre e modesta. Aí, a temporada chega ao seu sexto Grande Prêmio.

Lá, após uma recuperação sensacional, você ultrapassa, com aquela carroça de final de pelotão, um piloto com o carro dominador do campeonato. Mais até: um bicampeão mundial, e o futuro vencedor daquela própria temporada. Ah, e a manobra será em Mônaco. Na chuva. E por fora.

Naquele dia, a Fórmula 1 era apresentada a Ayrton Senna da Silva. Piloto absolutamente fenomenal, ele fazia seu primeiro ano na categoria pela Toleman, uma modesta equipe inglesa que registrava uma pequena evolução após suas primeiras temporadas.

Porém, não era, de forma alguma, o carro ideal para qualquer jovem que sonhava conquistar resultados espetaculares logo de cara. Mas Ayrton Senna era diferente dos outros. E, no G.P. de Mônaco de 1984, ele mostrou, pela primeira vez, o que era capaz de realizar.

Senna classificou-se em décimo-terceiro no grid. Uma ótima posição, dada as limitações da Toleman. Sua equipe havia estreado o carro de 1984 apenas na corrida anterior, em Dijon-Prenois, na França. Antes disso, entretanto, Ayrton já conseguira dois sextos lugares, na África do Sul e na Bélgica, usando o obsoleto modelo de 1983.

Na largada, um acidente já tirava as duas Renault de Patrick Tambay e Derek Warwick. No fim da primeira volta, Senna já era nono. E foi ganhando mais posições. Ultrapassando figurões como o campeão de 1982, Keke Rosberg, e o piloto número um da Ferrari, Rene Arnoux.

Além disso, ele Ayrton ainda recebia ajuda de outros que faziam o favor de se auto-eliminar. Michele Alboreto, que era o quinto, rodou sozinho e perdeu uma volta. E o leão Nigel Mansell, naquela época um obscuro piloto pagante na Lotus, bateu sozinho na curva do Casino quando liderava uma corrida pela primeira vez.

De repente, Senna se via em terceiro. Na sua frente, apenas as duas McLaren. Alain Prost estava longe, mas Niki Lauda vinha tendo grandes dificuldades na chuva. Ninguém poderia esperar que um piloto da Toleman fosse desafiar a dobradinha da equipe de Ron Dennis. Mas Ayrton tinha outros planos.

Chegando na reta de largada de Mônaco - que não é propriamente, uma reta - Senna está colado no austríaco. Provavelmente, o brasileiro não via absolutamente nada na sua frente. Teria de ter muita coragem e ousadia para tentar ultrapassar Lauda.

Surpreendentemente, Ayrton abre para a linha de fora. Tem, agora, um mínimo de visão. Tendo saído mais rápido da curva final do circuito, e tirando tudo do motor Hart muito mais fraco que o TAG Porsche do austríaco, Senna emparelha com Lauda enquanto os dois abrem a próxima volta.

Os dois se aproximam da fechada e traiçoeira curva Saint-Devóte. Ayrton continua firme e freia praticamente dentro da curva, enquanto Niki já havia tirado o pé muito antes. "Esse brasileiro é louco", deve ter pensado Lauda.

Mas, como o escriba do Blog gosta de dizer, a diferença entre a loucura e a genialidade não é o sucesso? E nós sabemos muito bem quais foram os resultados de Senna ao longo de sua carreira. Tudo, podemos dizer, começou a se desenhar naquele aguaceiro de Mônaco.

A corrida no Principado foi encerrada antes do final, uma decisão polêmica e discutível tomada pelo rainmaster das décadas de 60 e 70, Jacky Ickx. O belga era o diretor daquela prova e, assim, deu a vitória a Alain Prost, que vinha perdendo terreno para Senna volta após volta.

Naquele dia, o francês deve ter se sentido aliviado. Mas o mundo é irônico. Com a interrupção, os pilotos receberam metade dos pontos. Prost, portanto, fez 4.5, ao invés dos 9 da vitória. Se, porém, a corrida tivesse continuado e Ayrton vencido com Alain em segundo, o piloto da McLaren teria marcado 6 pontos. Com isso, no final do ano, teria sido o campeão.

Mas não há como garantir o que teria acontecido se a corrida tivesse continuado. Dizem que Senna tinha problemas de suspensão e provavelmente não chegaria ao final. Além dele, um outro jovem piloto, Stefan Bellof, também promovia uma performance espetacular.

De forma semelhante a Ayrton, o alemão era terceiro, tendo saído da rabeira do pelotão com um outro carro modesto, o Tyrrell. Poderia ter sido ele o vencedor? Não há como saber. A única garantia é que, naquele dia, em Mônaco, o mundo conheceu um dos pilotos mais fantásticos de todos os tempos.

Pela coragem, ousadia e extrema dificuldade da manobra, pelo desempenho magnífico durante toda a corrida e por ter representado o início real de uma das carreiras mais marcantes da história do automobilismo, Ayrton Senna leva o terceiro lugar na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos.

A seguir, o vídeo da manobra, com narração emocionante de Galvão Bueno:



Amanhã, o Blog continua com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix e apresenta o número dois na nossa lista. Ainda hoje, volto com comentários e análises sobre o que de melhor acontecer no mundo do automobilismo. Nos vemos por aí!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Simplesmente Spa

Ele está de volta. O maior circuito da Fórmula 1 moderna voltou a receber, hoje, carros da categoria máxima do automobilismo mundial. Pela primeira vez desde o Grande Prêmio da Bélgica de 2005, Spa-Francorchamps está no centro das atenções.

Todas as onze equipes da Fórmula 1 treinaram nesta terça. Nenhuma delas ia perder a festa, não é mesmo? E os pilotos aproveitaram para andar bastante. Lewis Hamilton, por exemplo, deu 81 voltas. Em Spa, isso representam quase dois Grandes Prêmios inteiros.

O inglês foi, também, o mais rápido do dia. Robert Kubica veio a seguir, com Felipe Massa, Ralf Schumacher e Nelsinho Piquet completando os cinco primeiros. Como era de se esperar, o filho de Nelsão testou pela Renault e não pela Williams, como alguns rumores bobocas quiseram insinuar.

Pela Spyker, que demitiu hoje Christijan Albers, andou o também holandês Giedo van der Garde. Ele é um dos candidatos à vaga aberta na equipe, e possui o meu apoio particular. Muito mais pelo nome, que acho muito maneiro. Van-der-Garde. É sonoro, sabe? Será que o Galvão vai conseguir falar?

Nada, porém, é definido. Outro postulante ao cockpit da Sypker, Christian Klien, treinou pela Honda e não passou de décimo, ou seja, penúltimo. A fase da equipe japonesa realmente não é das melhores.

A seguir, os tempos dos testes coletivos de hoje:

1. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1min46s613 - 81 voltas
2. Robert Kubica/Polônia/BMW Sauber, 1min47s059 - 80 voltas
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1min47s469 - 63 voltas
4. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1min47s787 - 69 voltas
5. Nelsinho Piquet/Brasil/Renault, 1min47s997 - 50 voltas
6. David Coulthard/Escócia/Red Bull-Renault, 1min48s243 - 53 voltas
7. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1min48s287 - 64 voltas
8. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso-Ferrari, 1min49s179 - 63 voltas
9. James Rossiter/Inglaterra/Super Aguri, 1min49s228 - 60 voltas
10. Christian Klien/Áustria/Honda, 1min49s419 - 63 voltas
11. Giedo van de Garde/Holanda/Spyker, 1min49s712 - 53 voltas

Foram três bandeiras vermelhas no total. Nelsinho Piquet teve problemas na parte da manhã na entrada dos boxes. Mais tarde, David Coulthard parou com o câmbio quebrado. Por fim, Vitantonio Liuzzi perdeu partes do carro na pista e causou a última interrupção.

Nico Rosberg e Robert Kubica elogiaram muito a nova configuração do circuito belga. Para eles, Spa agora possui ainda mais pontos de ultrapassagem após a alteração na chicane Bus Stop. Os dois ainda gostaram das mudanças na La Source e da substituição da brita por asfalto na área de escape.

O único problema apontado foi a entrada dos boxes, que possui, segundo Nico e Kubica, um "ponto cego". Amanhã, Spa volta a receber as equipes e a principal atração será o francês Sebastien Bourdais, tri-campeão da ChampCar e vice-líder da temporada deste ano da categoria. Ele vai andar pela Toro Rosso.
Depois deste post, o Blog pára por hoje. Nesta quarta, voltamos com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix e o número 3 da lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos. Nos vemos amanhã!

Christijan Albers: a retrospectiva de uma carreira recém-terminada e completamente desprezível

E hoje, finalmente, a Spyker resolveu dar fim à carreira de Christijan Albers na Fórmula 1. Depois da incrível trapalhada no Grande Prêmio da França e do seu desempenho constantemente mais fraco que o do companheiro de equipe novato, Adrian Sutil, o piloto holandês não resistiu ao processo de fritura movido pelo time e pela imprensa.

Mas, sejamos honestos, o ex-astro da DTM não vai fazer muita falta. Apontado em 2005, quando estreou na Fórmula 1, como uma promessa do automobilismo da Holanda, Albers estragou sua carreira com anos pouco produtivos em equipes do fundo do pelotão.

Primeiramente na Minardi, depois na Midland e, por fim, na Spyker, Christijan, em nenhum momento, conseguiu demonstrar seu proclamado potencial. Tornou-se um piloto praticamente insignificante no meio da categoria mais forte do automobilismo mundial. E, depois da demissão de hoje, pode ser considerado desprezível também.

Se não fosse a farsa do Grande Prêmio dos Estados Unidos de 2005, Albers teria passado 46 corridas sem pontuar na Fórmula 1. Em meio ao constrangimento daquela corrida patética, o holandês marcou os únicos pontos de sua carreira. Foi o quinto entre seis carros. Levou para casa míseros quatro pontos.

Os resultados completamente escassos no resto do tempo transformaram Christijan num mero figurante. Sua única disputa era contra seus companheiros de equipe. Na Minardi, em 2005, venceu com dificuldade o austríaco Patrick Friesacher, demitido depois que seu dinheiro acabou.

Em sua vaga, entrou um compatriota de Albers, Robert Doornbos. Mesmo com experiência quase nula na Fórmula 1, o hoje líder da ChampCar conseguiu ser superior ao companheiro de equipe que corria com aquele carro desde o início do ano. Apesar disso, Christijan conseguiu um lugar, para 2006, na Midland, ajudado, como sempre, por seus generosos patrocinadores.

Foi mais um ano no ostracismo. Durante todo esse período, Albers só saiu do escuro em que se meteu quando foi atingido pelo péssimo Yuji Ide no Grande Prêmio de San Marino. Pelo menos, ao capotar, Christijan saiu nos jornais no dia seguinte.

Na estranha e suspeita escuderia russa, Albers teve uma dura disputa, ao longo do ano, com o português Tiago Monteiro. Entre os jornalistas e as pessoas do Paddock, porém, a torcida por Vagoroso era quase unânime.

Piloto simpático e esforçado, Tiago contrastava com a personalidade mascarada e introspectiva de Christijan, que abominava qualquer tipo de contato com os jornalistas. Ao final do ano, nenhum dos dois fez pontos.

Nas corridas em que terminaram juntos, Albers foi melhor em quatro de seis. Mas foi Monteiro quem conseguiu a melhor posição: um nono lugar, contra apenas um décimo do holandês. Mais uma vez, uma temporada completamente esquecível para Christijan. Estaria ele fora da Fórmula 1? Ainda não.

Ajudado agora não só pelos patrocinadores, mas também por sua nacionalidade e seu parentesco com os diretores da Spyker, Albers conseguiu lugar na equipe holandesa. Seu novo parceiro seria um alemão saído da Fórmula 3, sem passagem pela GP2 nem qualquer experiência em provas com um Fórmula 1, Adrian Sutil. Tarefa fácil para Christijan então?

Errado mais uma vez. Contrariando todas as expectativas, Sutil conseguiu ser superior a Albers desde o início. Em nove corridas, bateu o companheiro de equipe em seis de nove classificações. No começo, a inexperiência do alemão atrapalhava nas corridas. Mas quando Adrian pegou o jeito, passou a chegar na frente do holandês também nos domingos.

E aí a situação de Albers começou a ficar insustentável. Alguns erros, que vinham desde os ano anteriores, também não ajudaram. A trapalhada grotesca e constrangedora em Magny-Cours, quando arrancou antes do tempo do pit stop e quase levou seus mecânicos juntos, não fez mais do que precipitar as coisas.

Quem será seu substituro agora? Tanto faz. O fato é que a Fórmula 1 perde tempo com pilotos que já deram tudo o que podiam. Não servem para mais nada além de ocupar vagas que poderiam estar sendo preenchidas por pilotos jovens e cheios de motivação. Albers, pelo menos, já foi embora. Agora só faltam Alexander Wurz e Ralf Schumacher.

Entre os candidatos a substituir o holandês, não há nenhum fenômeno. Ninguém que vá se destacar de primeira. Mas, pelo menos, eles vão ter a sua chance. Algo que Christijan já teve muitas vezes, mas nunca soube aproveitar.

Resta agora, ao holandês, tentar reconstruir sua carreira. Talvez, na própria DTM, que o alavancou à Fórmula 1 lá no início. O fato, porém, é que na categoria máximo do automobilismo mundial, dificilmente Christijan Albers terá outra oportunidade.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos - Número Quatro

A contagem regressiva do Blog já está quase no seu final. Nos próximos três dias, os números 4, 3 e 2 da nossa lista. E, na semana que vem, o grande número 1, seguido de uma análise das manobras que não entraram e o pontapé inicial de um novo ranking. Vamos continuar:

10. Alonso sobre Schumacher - Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher - Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet - Inglaterra/1987
7. Schumacher sobre Raikkonen - Brasil/2006
6. Montoya sobre Schumacher - Brasil/2001
5. Villeneuve sobre Jones - Holanda/1980
QUARTA COLOCADA - Kimi Raikkonen sobre Giancarlo Fisichella, G.P. do Japão de 2005

Não, não estou exagerando. Por ser outra manobra recente, pode parecer que fiquei com pregüiça ao fazer a minha pesquisa. E será que a ultrapassagem foi tão sensacional assim? Raikkonen tinha um carro reconhecidamente superior ao de Fisichella. E, com todo o respeito, não podemos considerar o italiano um grande personagem da história da Fórmula 1.

Mas a manobra de Kimi foi soberba. Mais do que isso. Realizada na última volta, praticamente na derradeira oportunidade que o finlandês tinha de tomar a ponta. E veio para coroar um exibição de gala, numa corrida em que o então piloto da McLaren venceu saindo do décimo-sétimo lugar no grid. Sim, isso ainda é possível na Fórmula 1.

Considerando que naquele dia nem chegou a chover - o único fator que poderia embaralhar as coisas - a performance de Kimi foi, realmente, espetacular. Ao chegar ao Japão, palco da penúltima etapa do mundial daquele ano, Raikkonen já havia perdido o título de pilotos.

Mesmo tempo um carro mais rápido do que a Renault de Fernando Alonso, o finlandês não conseguia converter sua superioridade em resultados. Sua McLaren não era nem um pouco confiável. Em mais de uma oportunidade, Kimi perdeu corridas em que ia na direção da vitória.

Em Suzuka, para piorar as coisas, choveu durante a classificação. E todos os pilotos que fizeram suas voltas no final do dia ficaram bastante prejudicados. Raikkonen, Montoya, Alonso e Schumacher teriam, todos, de largar da rabeira do pelotão. O alemão era o melhor deles, em 14º.

Aquele Grande Prêmio do Japão foi um dos mais especiais dos últimos tempos. Várias foram as disputas por posições, envolvendo pilotos de ponto que raramente duelam entre si. Michael Schumacher foi a maior vítima, tendo tomado vigoras ultrapassagens de Kimi Raikkonen e Fernando Alonso.

O espanhol, aliás, realizou duas manobras diferentes para cima do alemão. Em ambas, passou por fora na entrada da primeira curva de Suzuka, uma direita muito rápida em que os pilotos só começam a freiar quando já estão praticamente dentro dela.

Fazendo uma corrida sensacional, Kimi Raikkonen foi superando os adversários mais lentos pouco a pouco. Ganha cinco posições na primeira volta. De 12º a 7º, foram outros cinco carros superados até a rodada inicial de pit stops. Como foi um dos últimos a parar, o finlandês chega a ser segundo.

Quando volta, Kimi é quarto. Na liderança, estava o segundo piloto da Renault, Giancarlo Fisichella. Entre os dois, a B.A.R. de Jenson Button e a Williams de Mark Webber. Raikkonen não arrisca fazer ultrapassagens na pista, esperando a próxima rodada de paradas.

Kimi alcança o segundo lugar após o seu último pit stop. Faltavam apenas oito voltas para o final, e a vantagem de Fisichella era de quase sete segundos. A vitória parecia perdida para o piloto da McLaren.

Mas Raikkonen não desistiria tão fácil. Com uma seqüência de voltas excepcionalmente rápidas, aliadas ao apatismo de Fisichella, que era, em média, um segundo mais lento por giro, Kimi cola no italiano quando restavam apenas três para o final.

Os dois abrem, juntos, a penúltima volta. Kimi se aproxima de Fisichella e planeja a manobra. Abre por fora, mas ainda não é suficiente. O italiano não se intimida e contorna a curva inicial de Suzuka na frente. Raikkonen teria de esperar a próxima oportunidade.

Que seria, também, a última. Na chicane final do circuito, Fisichella comete um pequeno erro e abre demais a trajetória. Raikkonen percebe a chance e usa o traçado ideal para sair com mais velocidade na reta. A hora é agora.

Colados, os dois primeiros abrem o último giro. Giancarlo vai para o meio da pista e não resta outra escolha a não ser a linha de fora para Raikkonen. O piloto da McLaren pega o vácuo do italiano da Renault e vai em frente.

Percebendo a iminência da perda de posição, Fisichella tenta retornar ao traçado externo e, por muito pouco, não se toca com Kimi em velocidade máxima. O finlandês, porém, não hesita e se mantém firme, conseguindo chegar à primeira curva lado a lado com Giancarlo.

Agora, seria uma questão de coragem. Raikkonen tem apenas uma pequena vantagem para Fisichella. O normal seria o finlandês reduzir antes. Mas ele consegue retardar a pisada no pedal esquerdo até o último momento. Os dois freiam praticamente ao mesmo tempo. Kimi, já estando na frente, ganha de vez a posição.

A partir daí, foi uma última volta gloriosa para Raikkonen. Naquela que foi, com certeza, sua maior atuação na Fórmula 1 até hoje. É verdade que várias corridas já tiveram mudanças de comando no derradeiro giro.

Mas qual outra corrida, no passado recente da Fórmula 1, teve uma troca de posição entre os dois primeiros na última volta, motivada por um bela manobra de ultrapassagem por parte do segundo colocado e não por um problema mecânico do líder ou ordens de equipe?

Pela coragem, pelo perigo da manobra, e por ter dado aos fãs da Fórmula 1, naquele dia, uma demonstração de que o automobilismo ainda é um esporte capaz de proporcionar corridas até o fim indefinidas e performances de tirar o fôlego como a sua, Kimi Raikkonen leva o quarto lugar na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos.

Como sempre, o vídeo (divirtam-se com o "uaaaal!" típico dos narrados do Speed):



Amanhã continua a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix com o terceiro colocado da nossa lista. Ao longo do dia, o Blog volta com comentários sobre as últimas notícias do mundo da velocidade. Até já!

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Weekend Update - Nascar, WTCC e Balanço dos Palpites

Segunda feira complicada para o escriba do Blog. Arrumei um tempinho para passar por aqui e comentar as corridas da Nascar, do WTCC e fazer aquele temido Balanço dos Palpites do fim de semana. Vamos começar então.

A principal categoria de stock car dos Estados Unidos correu no templo de Daytona. Como sempre, foi uma etapa espetacular, com os carros andando sempre juntos e inúmeros acidentes para animar a platéia.

Das confusões, a única que vi foi uma das primeiras, se não me engano na oitava ou nona volta. O então líder, vencedor da última etapa e pole da corrida Danny Hamlin foi empurrado contra o muro por Tony Stewart. Na carambola que se seguiu, Dale Earnhardt Jr. e David Reutemann também se envolveram e perderam tempo.

No final, a vitória ficou com o campeão mundial de kart de 1991, Jamie McMurray. Ele derrotou Kyle Busch por miseráveis 5 milésimos, uma das menores diferenças da história da categoria. O irmão mais velho de Kyle e campeão de 2004, Kurt Busch, veio a seguir. Carl Edwards e o líder do campeonato, Jeff Gordon, fecharam o top 5, em quarto e quinto.

A aposta do Blog, Jimmie Johnson, fez uma corrida razoável e terminou em décimo. Por sua vez, Juan Pablo Montoya passou outro dia no ostracismo, recebendo a bandeirada apenas no 32º lugar.

No campeonato, Jeff Gordon lidera com 2773 pontos. Logo depois, vêm Danny Hamlin, Matt Kenseth, Jimmie Johnson e Kurt Busch. Montoya não passa de 21º.

A seguir, temos um vídeo com as últimas duas voltas da corrida e a chegada espetacular:



Em Portugal, no histórico circuito de rua da Boavista , a Chevrolet dominou a primeira bateria do dia, mas na segunda a ordem se reestabeleceu e a BMW, que lidera o campeonato, fez a dobradinha.

A pista da cidade do Porto sediou etapas da Fórmula 1 em 1958 e 1960. Hoje, ainda possui o mesmo traçado por ordem passaram as baratinhas dos tempos de Jack Brabham, Stirling Moss, Bruce McLaren, Tony Brooks e muitos outros.

Na primeira corrida, venceu o suíço Alain Menu, da Chevrolet. Ele foi seguido por seus companheiros de equipe Robert Huff e Nicola Larini, este um italiano com passagem obscura pela Fórmula 1 nas décadas de 80 e 90. Os BMW foram discretos. Andy Priaulx, Jörg Müller e o brasileiro Auguto Farfus Jr. ficaram colados, em 7º, 8º e 9º, respectivamente.

Mas na segunda bateria os carros da marca alemã correram atrás do lucro. Venceu Andy Priaulx - uma das apostas do Blog - com Jörg Müller em segundo. O alemão, aliás, era o outro piloto em que eu joguei minhas fichas. O brasileiro Augusto Farfus Jr. fez boa corrida, mas terminou apenas em sexto.

No campeonato, Müller lidera com 58 pontos. Farfus Jr. e Priaulx, porém, estão colados nele. Ambos têm 56. Ainda faltam 5 rodadas para o fim da temporada deste ano do WTCC.

Não achei nenhum vídeo sobre as corridas na Internet. Vale a pena, entretanto, conferir a raridade abaixo, que conta um pouco da história do circuito da Boavista e do automobilismo em Portugal:


Terminada a análise das corridas do fim de semana do mundo do automobilismo, é hora do Balanço dos Palpites do Blog. Mais uma vez, escapei do humilhante zero por muito pouco. Tenho que agradecer a Andy Priaulx, da WTCC. De resto, só bolas fora. Vejamos:

FÓRMULA 1 - Vencedor: Kimi Raikkonen. Palpite: Felipe Massa (quinto)
GP2 - Vencedores: Andreas Zuber e Adam Carroll. Palpites: Timo Glock (duplo abandono) e Bruno Senna (11º e 10º)
ChampCar - Vencedor: Will Power. Palpite: Sebastien Bourdais (abandono)
IRL - Vencedor: Scott Dixon. Palpite : Helio Castroneves (abandono)
Nascar - Vencedor: Jamie McMurray. Palpite: Jimmie Johnson (décimo)
WTCC - Vencedores: Alain Menu e Andy Priaulx. Palpites: Andy Priaulx (sétimo e primeiro) e Jörg Müller (oitavo e segundo).

No geral, alguns vencedores eram praticamente azarões, como McMurray e Carroll. Já as apostas que fiz em Bourdais e Glock, por exemplo, não foram completamente erradas, apenas não tinham o timing certo. Nada disso, porém, é desculpa. Eu tenho que melhorar minha bola de cristal.

Amanhã, o Blog volta com os 10+ do Blog F1 Grand Prix, com o quarto colocado da lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos. Hoje, o tempo é curto. Se der, volto com os comentários sobre as notícias do dia que, aliás, nem li ainda...

Até!

Weekend Update - ChampCar e IRL

Não só de Fórmula 1 é feito o automobilismo. O fim de semana também teve outras atrações. Duas etapas de categorias norte-americanas chamaram atenção, por motivos bem diferentes.

Infelizmente, o Blog tem pouco tempo para fazer uma análise detalhada. Vamos simplificar: em Toronto, pela ChampCar, venceu o australiano Will Power, numa corrida confusa e emocionante, em que só sete pilotos chegaram ao final.

O brasileiro Bruno Junqueira foi um deles, num ótimo quinto. A chuva foi e voltou, e o dia foi recheado de acidentes. Os únicos que vi foram a da primeira volta. Paul Tracy, para variar, foi um dos envolvidos, mas desta vez não teve culpa.

O ex-líder do campeonato e palpite do Blog Sebastien Bourdais foi outro dos que se envolveram em confusão. Ele agora é segundo na tabela de classificação, que tem o holandês Robert Doornbos no topo.

A seguir, um pequeno vídeo da largada como pedido de desculpas pela análise telegráfica:



No histórico circuito de Watkins Glen, a IRL fez sua segunda corrida do ano em circuito misto. Marcada pela briga entre Tony Kanaan e Sam Hornish Jr. quando os dois se encontraram no box após a bandeirada, o dia também teve Helio Castroneves - palpite do Blog - batendo sozinho na liderança e Vítor Meira ficando sem gasolina quando era o primeiro.

Venceu Scott Dixon, com Sam Hornish Jr. em segundo e Dario Franchitti, líder do campeonato, em terceiro. Tony Kanaan foi o quarto.

O vídeo da briga que monopolizou as atenções segue abaixo:



O Blog volta até o fim do dia com a análise da Nascar e da WTCC, além do Balanço dos Palpites. Até!

domingo, 8 de julho de 2007

Weekend Update - GP2

O Sportv ou a Net - possivelmente, os dois - me enganaram e eu perdi o início da segunda bateria da GP2, hoje, em Silverstone. Errei o horário e peguei só a partir da quarta volta. Mas deu para ver a maior parte dos acontecimentos.

O mais importante deles, a ultrapassagem de Adam Carroll sobre Pastor Maldonado, quando faltavam apenas oito voltas. Uma manobra bonita e agressiva, por fora, na chicane que antecede o último trecho do circuito inglês.

Carroll, substituto de Antonio Pizzonia na FMS, conquistou sua primeira vitória do ano. Sua equipe, definitivamente, já esqueceu o jungle boy. Alguém aí vai dizer que a demissão deu prejuízo? Ah bom...

Completando o podium ficou um dos pilotos que mais se destacaram no fim de semana. Uma zebra: o japonês Kazuki Nakajima. Herdeiro de Satoru, ele sai de Silverstone com dois terceiros lugares, e 11 pontos na sua conta - teve também o ponto extra de melhor volta na segunda prova.

Nakajima, piloto de testes da Williams, só não fez mais pontos do que Andreas Zuber. Vencedor do sábado, o austríaco fechou em sexto, conseguindo um pontinho. Somado à volta mais rápida e ao triunfo de ontem, Zuber tem 12 só nas duas corridas desse fim de semana.

Lucas di Grassi foi outro que saiu no lucro. Hoje, ele perdeu o último lugar no podium para Nakajima, mas ainda segurou-se em quarto. No fim, comandou um trenzinho que tinha também Mike Conway, Andreas Zuber e Luca Filippi. O grupo terminou nessa ordem, do quarto ao sétimo.

Bruno Senna, saindo do meio do pelotão, fez boa corrida até o décimo lugar. Dentro das circunstâncias, poderia até ser considerado um resultado positivo. Só que o brasileiro perdeu uma oportunidade de ouro de pontuar em Silverstone, uma pista que conhece bem. Saiu zerado do fim de semana.

O outro brazuca, Xandinho Negrão, conseguiu terminar a segunda bateria. Mas foi só o décimo-oitavo. Pior foi o dia de Timo Glock, o líder do campeonato. Ele vinha em recuperação, rumo aos pontos, quando foi atingido por atrás por Adrian Zaugg. Abandonando na hora, o alemão estacionou em 39 pontos na tabela da temporada.

Que, aliás, está completamente embolada agora. Logo atrás de Glock, aparecem Lucas di Grassi e Luca Filippi, com 37 e 35, respectivamente. Bruno Senna vem em quarto, mas está distante: tem só 24.

O equilibradíssimo campeonato da GP2 teve nove vencedores diferentes em nove etapas até agora. A próxima rodada será em Nurburgring, daqui a duas semanas. Como sempre, será preliminar da Fórmula 1.

O Blog volta nesta segunda com a análise das corridas da IRL, ChampCar, Nascar e WTCC. Isso sem falar no temido balanço dos palpites. Um já acertei - Andy Priaulx ganhou a segunda bateria do WTCC, como eu tinha apostado. Mas Helinho Castroneves ainda pode dar uma ajudinha na IRL.

Até!

Análise do Grande Prêmio - Inglaterra/Silverstone, 08/07/2007

Análise dos pilotos:

Kimi Raikkonen

Corrida tecnicamente perfeita. Entretanto, a pole de sábado teria facilitado as coisas. Além disso, se Massa não tivesse tido problemas, o finlandês poderia ter perdido a corrida. De qualquer forma, Raikkonen confirma que está mesmo de volta.
Nota final: 9

Fernando Alonso

Pela primeira vez desde o G.P. de Mônaco, conseguiu ser superior a Lewis Hamilton. Alonso não desistiu do campeonato, mas precisará fazer mais do que isso se quiser o tri-campeonato da Fórmula 1.
Nota final: 8

Lewis Hamilton

A pole, no sábado, foi realmente arrebatadora. Mas sua corrida foi burocrática demais. Valeu a defesa de posição quando Kimi encostou, é verdade, mas Lewis chegou muito atrás do finlandês no final da corrida. Parece já querer administrar sua vantagem no campeonato.
Nota final: 7

Robert Kubica

Cresceu como piloto depois do acidente do Canadá. Estava mais leve, e por isso bateu Heidfeld na classificação. Na corrida, porém, chegou à frente do alemão com tranquilidade e ainda segurou Massa no final.
Nota final: 8

Felipe Massa

Os problemas do grid não foram sua culpa. Mostrou a agressividade característica na recuperação e fez, basicamente, o possível. Mas seu desempenho na classificação poderia ser um pouco melhor.
Nota final: 8

Nick Heidfeld

Se já está recuperado das dores nas costas, então seu desempenho ultrapassou a barreira do razoável. Parece ter perdido um pouco da motivação do início do ano, em virtude da dificuldade de alcançar os quatro pilotos da ponta.
Nota final: 6

Heikki Kovalainen

Conseguiu bater Giancarlo Fisichella na classificação e, de novo, na corrida, apesar de ter largado pior do que o italiano. Ainda tem muito espaço para melhora e, até o fim do ano, deve continuar superando seu companheiro de equipe.
Nota final: 6

Giancarlo Fisichella

Já começa a demonstrar cansaço na disputa com Heikki Kovalainen. Andou na frente do finlandês no primeiro trecho da corrida, mas seu desempenho caiu no final. O status da Renault, nessa altura do campeonato, é um retrato do próprio Fisichella: mediano.
Nota final: 5

Rubens Barrichello

Boa corrida de Rubinho, que merecia ter marcado seu primeiro ponto no campeonato. Faltou um pouco de sorte. Mesmo assim, a Honda mostra que seu carro tem evoluído. Só falta melhorar em classificações.
Nota final: 7

Jenson Button

Atrapalhado por dores nas costas e no cotovelo - por causa de Hamilton, alguém duvida? - Button ainda fez uma boa corrida. Saiu de 18º no grid e poderia ter pontuado. Na situação em que se encontra, é difícil manter a motivação.
Nota final: 6

David Coulthard

Outro que deve encontrar dificuldade para manter-se focado. A Red Bull, que prometia avanços depois do quinto lugar no G.P. da Espanha, parou no tempo. O escocês deve trabalhar junto com sua equipe, que acabou de renovar o seu contrato, para recuperar o tempo perdido.
Nota final: 5

Nico Rosberg

Dessa vez, não deu seu show particular nos treinos de classificação. Na corrida, porém, tratou de colocar ordem na casa, e foi facilmente superior a Alexander Wurz. Mesmo assim, sua posição final ainda foi bastante decepcionante.
Nota final: 5

Alexander Wurz

O austríaco faz o possível, guardadas as suas óbvias limitações. Foi bem na classificação, mas, ao contrário do que normalmente ocorre, perdeu ritmo na corrida. Por fim, foi um pouco grosseiro na tentativa de ultrapassagem a Scott Speed, que acabou tirando o americano do G.P.
Nota final: 4

Takuma Sato

O que estará acontecendo com Taku? Superado facilmente por Davidson ao longo do fim de semana, o japonês chegou a ficar atrás da Spyker de Adrian Sutil no grid de largada. E na corrida repetiu o fraco desempenho. Parece estar perdendo a motivação com a queda da Super Aguri.
Nota final: 2

Christijan Albers

Não está no mesmo nível de seu companheiro de equipe novato. Último no grid, último dos que completaram a corrida. E será sempre assim. A menos que a Spyker dê um fim logo na carreira do holandês na Fórmula 1. Algo mais do que merecido.
Nota final: 2

Vitantonio Liuzzi

Perdeu a disputa interna para Scott Speed no grid de largada e também na corrida. Pelo menos, avançou à segunda parte da classificação. O desempenho do italiano, porém, está abaixo de sua capacidade.
Nota final: 3

Jarno Trulli

Largou entre os dez primeiros, mais uma vez. Só que, neste fim de semana, foi inferior a Ralf Schumacher, algo inédito nesse ano. Como de hábito, perdeu ritmo na corrida e terminaria no meio do pelotão se não tivesse quebrado.
Nota final: 5

Anthony Davidson

Merecia um zero por declarar que, quando está no Brasil, corre risco de morte. No fim de semana, bateu Takuma Sato com relativa tranquilidade. Apesar de tudo, seu ritmo não ultrapassa um certo limite.
Nota final: 5

Scott Speed

Ganhou de Vitantonio Liuzzi durante todo o fim de semana. Além disso, esteve ao nível das Williams na corrida. Mas se afobou ao deixar Fernando Alonso passar e acabou se tocando com Alexander Wurz. Não foi muito sua culpa, mas teve de desistir.
Nota final: 4

Ralf Schumacher

Não chegou ao final, mas deu o seu recado. Ainda é piloto de Fórmula 1. Foi muito bem nos treinos e mantinha o bom desempenho na corrida. Merecia melhor sorte, mas o carro da Toyota não o deixou chegar ao final.
Nota final: 7

Adrian Sutil

Conseguiu largar fora da última fila, o que é uma façanha. Sutil já poderia se considerar primeiro piloto da Spyker se não errasse de vez em quando. Na sexta, por exemplo, bateu sozinho na Copse. O outro piloto da equipe, Christijan Albers, não é nenhuma ameaça ao alemão.
Nota final: 4

Mark Webber

A primeira pergunta que se faz é: "Correu?". Sim, Webber esteve em Silverstone. Bateu, como de costume, David Coulthard no sábado. Na corrida, quebrou depois de apenas dez voltas num G.P. em que, no final das contas, não tinha nada a fazer mesmo.
Nota final: 4

Análise das equipes:

McLaren-Mercedes

Os ingleses conseguiram reduzir a vantagem da Ferrari, mas os italianos ainda têm uma ligeira vantagem. Pelo menos, a McLaren dá mostras de que seu carro, em corridas, é praticamente indestrutível. E isso, para Hamilton, é uma excelente notícia.
Cotação: ***

Renault

Mais uma vez, pontuou com os dois pilotos. Entretanto, eles foram só sétimo e oitavo. Ou seja, três míseros pontos. Muito pouco para a atual campeã de pilotos e construtores. De qualquer forma, o carro mostra ser bastante confiável, ao menos.
Cotação: ***

Ferrari

Ainda tem o carro mais rápido do grid. Mas isso pode mudar rapidamente. O problema eletrônico no carro de Massa, na largada, é inaceitável e não deveria se repetir. Caso contrário, dificilmente seus pilotos alcançarão a dupla da McLaren no campeonato.
Cotação: ****

Honda

Pouco a pouco, os japoneses vão evoluindo. Em classificações ainda são muito lentos, mas o ritmo de corrida do RA107 é rápido para o pelotão intermediário. Poderiam ter pontuado com os dois pilotos hoje, mas faltou um pouco de sorte.
Cotação: ***

BMW Sauber

Continua na mesma toada do início do ano. Longe de McLaren e Ferrari mas bem superior do resto do grid. Hoje, Robert Kubica só chegou na frente de Felipe Massa pelos problemas dos brasileiros. Em condições normais, a dupla da BMW está fadada, no máximo, ao quinto lugar.
Cotação: ***

Toyota

Melhorou, é verdade. Mas a que custo? Seus dois carros não chegaram ao final, prejudicados por problemas mecânicos. Ralf Schumacher foi quem se deu pior, já que tinha excelentes chances de salvar alguns pontinhos. Por sua vez, Jarno Trulli chegaria longe da zona de pontuação mesmo.
Cotação: ***

Red Bull-Renault
Mark Webber nem chegou a andar direito. E David Coulthard esteve mais lento que as Honda. Adrian Newey e companhia devem trabalhar bastante no próximo intervalo para recuperar a equipe das bebidinhas energéticas. No G.P. da Alemanha, a equipe pode pintar como surpresa.
Cotação: **

Williams-Toyota
Foi, talvez, a pior corrida do ano para os ingleses. Pelo menos dessa vez, voltaram ao patamar do ano passado, quando eram os mais lentos do pelotão intermediário. Alexander Wurz é irritantemente mediano e Nico Rosberg, quando não larga entre os dez primeiros, não pode fazer nada.
Cotação: **

Spyker-Ferrari
A falha do motor não é culpa da equipe. Pena que aconteceu no carro de Adrian Sutil, o melhor piloto da Spyker. Se, até o Grande Prêmio da Alemanha, o time demitir Christijan Albers, garante mais uma estrelinha na sua cotação.
Cotação: *

Toro Rosso-Ferrari
O carro é lento e os pilotos não conseguem nem chegar ao final. Dessa vez, quando uma segunda estrelinha porque a dupla, pela primeira vez, passou junta à segunda fase da classificação. Na corrida, porém, não pode-se esperar nada de Scott Speed e Vitantonio Liuzzi.
Cotação: **

Super Aguri-Honda
Os japoneses já são a segunda pior equipe do grid. Uma pena. Mas falta dinheiro e competência para desenvolvimento. Anthony Davidson, correndo em casa, fez boa corrida mas não chegou ao final. E Takuma Sato parece um tanto desmotivado.
Cotação: *

Análise da corrida:

Felipe Massa animou as arquibancadas no início com suas várias ultrapassagens sobre carros mais lentos. Além disso, pela primeira vez no ano, o Grande Prêmio teve um líder diferente em cada trecho entre paradas. Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton chegaram a disputar posição, estando próximos de um toque. Mesmo com tudo isso, não foi nenhuma grande corrida para se guardar na memória.
Nível final: Boa

Análise do campeonato:

Lewis Hamilton tem uma vantagem de apenas 12 pontos para Fernando Alonso, que tem Kimi Raikkonen e Felipe Massa em sua cola. O inglês já deu mostras que sabe administrar a vantagem. Só que, no automobilismo, nem todos os fatores dependem dele. O título ainda está totalmente em aberto, e a disputa, dessa vez, envolve quatro pilotos em igualdade de condições.
Nível final: Muito Bom

Terminada a cobertura da Fórmula 1, teremos, ao longo do dia e na nesta segunda feira, as edições do Weekend Update. Em breve, as análises da GP2, ChampCar, IRL, WTCC e Nascar Nos vemos mais tarde!