sábado, 29 de março de 2008

Fórmula Indy abre temporada 2008 com vitória de Scott Dixon

Aproveitando a escassez de notícias da Fórmula 1, o Blog F1 Grand Prix abre espaço para a revitalizada Fórmula Indy, que abriu sua temporada 2008 neste sábado, no oval de Homestead. Contando com um grid de 25 pilotos - bem mais do que a antiga IRL conseguia reunir nos últimos anos - a nova categoria viu uma corrida animada e cheia de alternativas, vencida pelo neo-zelandês Scott Dixon depois que um golpe de azar tirou o triunfo de Tony Kanaan.

A menos de dez voltas para o final, o baiano liderava com certa tranqüilidade quando o estreante Ernesto Viso rodou bem à sua frente. Kanaan ainda tentou desviar, mas acabou danificando seriamente sua suspensão dianteira direita. Na relargada, o piloto brazuca foi ficando para trás, sendo ultrapassado por Dixon, Marco Andretti e Dan Wheldon, que ficaram com as três primeiras posições. Por sua vez, Helio Castroneves finalizou em quarto, com Danica Patrick em sexto e Kanaan ainda salvando um oitavo.

Mais atrás, os demais brasileiros tiveram atuações discretas. Vítor Meira fechou em décimo, enquanto Mário Moraes e Enrique Bernoldi limitaram-se a levar seus carros até o fim, numa tentativa de ganhar mais experiência em ovais. Eles foram 16º e 18º respectivamente, terminando ainda à frente de Bruno Junqueira, que quebrou logo no início e foi classificado apenas na 23ª posição.

Dos pilotos oriundos da ChampCar, o melhor acabou sendo o espanhol Oriol Servia, que não passou de 12º. Sem dúvidas, já ficou claro que as equipes da ex-IRL vão levar uma significativa vantagem nessa fase inicial da reunificada Indy. De qualquer maneira, o importante é que a nova categoria está realmente mais forte, e tem plenas condições de crescer ainda mais ao longo dos próximos anos.

Finalmente, o automobilismo de monopostos dos Estados Unidos está voltando a ser interessante.




Uma das maiores surpresas deste início da temporada na Fórmula 1, Heikki Kovalainen anda com bastante moral na McLaren. Neste sábado, o chefão do time prateado, Ron Dennis, fez vários elogios ao piloto finlandês, garantindo que "Kova" era realmente a primeira opção para substituir Fernando Alonso. "Heikki sempre foi prioridade para nós. Para mim, ele estava milhas à frente de qualquer outro concorrente", falou Dennis. De fato, Kovalainen está justificando a contratação por enquanto.

Enquanto isso, a FIA confirmou ontem mudanças nas regras do treino classificatório já para o G.P. do Bahrein. A partir de agora, os participantes da superpole vão precisar andar num limite de até 120% do seu melhor tempo no momento em que estiverem retornando aos boxes. Com a medida, a FIA espera evitar que os pilotos façam suas voltas de desaceleração num ritmo muito lento, o que poderia provocar acidentes perigosos.

Para terminar o giro pelas notícias da Fórmula 1, vale registrar que os organizadores do G.P. de Cingapura realizaram hoje o primeiro teste geral do sistema de iluminação que será utilizado na prova, marcada para o dia 23 de setembro. As atividades transcorreram sem maiores problemas, mas algumas equipes permanecem preocupadas com a perspectiva de uma corrida noturna. A Toro Rosso, por exemplo, enviou ofício à FIA pedindo que os pilotos tenham direito a um tempo maior de pista antes da largada.

Por enquanto, estão previstos apenas noventa minutos de treinos livres à noite. Considerando a absoluta inexperiência da Fórmula 1 nessas condições, é muito pouco mesmo.





Na Argentina, o Mundial de Rally realiza neste fim de semana a quarta etapa de sua temporada 2008. Antes do início das atividades, o tetracampeão Sebastien Loeb teve a honra de levar para uma "voltinha" ninguém menos do que o lendário Diego Maradona, que embarcou de co-piloto no Citröen do francês. O vídeo do dia traz as imagens desse encontro bastante curioso. Será que Loeb aliviou um pouco para Maradona? Vale a pena conferir:



Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Fórmula Indy - http://www.indycar.com/
Heikki Kovalainen - http://www.motorspot.ocm/

sexta-feira, 28 de março de 2008

Jean-Marie Balestre (1921-2008)

Morreu hoje, no interior da França, uma das figurais mais polêmicas e controvertidas da história do esporte a motor. Presidente da Federação Internacional de Automobilismo entre 1986 e 1991, Jean-Marie Balestre faleceu de causas ainda não divulgadas, aos 86 anos de idade. Além de comandar a FIA, o dirigente francês também foi durante muito tempo o homem-forte da antiga FISA, a entidade que controlava a Fórmula 1 até o início da década de 90.

Trata-se de uma gigantesca perda para o esporte. Balestre sabia liderar as instituições que comandava", disse um porta-voz da Federação Francesa de Automobilismo, órgão que Balestre presidiu durante mais de duas décadas. Para os torcedores brasileiros, o dirigente vai ser sempre lembrado pelo papel que desempenhou na conquista do tricampeonato de Alain Prost, em 1989. No G.P. do Japão daquele ano, Ayrton Senna venceu mas foi desclassificado por motivos discutíveis, após uma suposta interferência de Balestre.

O nível de tensão entre Balestre e os fãs de Senna chegou ao auge no G.P. Brasil de 1990, quando o francês fez uma aparição marcante em Interlagos. Algumas das declarações que Balestre concedeu naquele fim de semana são inacreditáveis: "Gostaria de lembrar aos brasileiros que nós controlamos a Fórmula 1. Estão ameaçando atirar tomates em mim, mas já enfrentei problemas piores. E, de qualquer maneira, não acredito que os brasileiros agora tenham dinheiro para comprar tomates"*.

Fora do Brasil, Balestre também se envolveu em várias polêmicas. No início da década de 80, envolveu-se numa disputa política com Bernie Ecclestone, que chegou perto de paralisar a Fórmula 1. Por fim, Balestre sempre foi acusado de privilegiar os pilotos franceses (como se pode verificar na foto ao lado, em que ele cumprimenta com enorme animação o saudoso Didier Pironi). Em compensação, foi com Balestre que as medidas de segurança começaram a surtir efeito, e que a Fórmula 1 abandonou de vez qualquer resquício de amadorismo.

Apesar de tudo, não há como ignorar que Balestre teve, sim, uma imensa importância na história do esporte.

* = Adaptado de um trecho do livro "Fórmula 1 - Pela Glória e Pela Pátria", de Eduardo Correa


Finalmente, a Ferrari confirmou hoje que o abandono de Felipe Massa no G.P. da Malásia foi realmente culpa do brasileiro. "Ele passou muito forte sobre a zebra da curva seis, perdendo pressão aerodinâmica. Por causa disso, Massa não teve mais controle da traseira do carro, e terminou rodando", revelou o porta-voz Luca Colajanni à revista Motorsport Aktuell. Assunto encerrado, agora é bola para a frente. Massa só não pode repetir o erro de novo.

Porque, se isso acontecer, a pressão da mídia italiana pode se tornar insuportável. Nesta sexta, o ex-chefe de equipe da Ferrari, Cesare Fiorio, ajudou a colocar lenha na fogueira em entrevista à Autosprint. "Nesse momento, eu não gostaria de estar na pele de Massa. Ele cometeu três erros em apenas duas corridas. E no mercado temos dois pilotos que seriam sucesso garantido para a Ferrari", falou Fiorio, em referência a Fernando Alonso e Robert Kubica.

E não é só Massa quem corre risco de sofrer um processo de fritura já neste início de temporada. Após duas atuações bem apagadas na Austrália e na Malásia, Adrian Sutil já está sendo comparado ao holandês Christijan Albers, demitido da Spyker no ano passado após um péssimo campeonato. Chefe de equipe da Force India, Colin Kolles deu a entender que o alemão precisa mostrar serviço se não quiser perder o emprego: "Sutil precisa recuperar o nível que nós sabemos que ele tem", disse Kolles à Motorsport Aktuell.

Pelo visto, Giancarlo Fisichella está destruindo a reputação do antes badalado Sutil. Mas o alemão ainda tem plenas condições de reverter o panorama.


No dia da morte de Jean-Marie Balestre, o vídeo do dia não poderia ser outro. As imagens abaixo são do acidente entre Alain Prost e Ayrton Senna no G.P. do Japão de 1989, que até hoje gera bastante discussão. Será que o brasileiro merecia mesmo ser desclassificado por cortar a chicane e contar com a ajuda dos comissários? Tire as suas próprias conclusões:




Edit: Obrigado pelos amigos que enviaram mensagens me corrigindo sobre o ano do acidente entre Senna e Prost. Foi um lapso meu mesmo. Isso é que dá atualizar o Blog morrendo de sono...

Até a próxima!

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quinta-feira, 27 de março de 2008

Rubinho: "Condição de Nelsinho na Renault já é difícil"

De volta ao Brasil após as duas primeiras corridas da temporada 2008, Rubens Barrichello foi o convidado especial do programa Linha de Chegada da última terça-feira. Além de comentar os resultados deste início de campeonato, o piloto da Honda também falou sobre o novo carro da equipe japonesa, e deu algumas declarações interessantes sobre Nelsinho Piquet. Para Rubinho, o novato brasileiro já deve estar enfrentando dificuldades dentro da Renault.

"A condição do Nelsinho já é difícil. No ano passado, Fernando Alonso aprendeu muito com o que passou ao lado de Lewis Hamilton. Não estou afirmando nada, mas o espanhol deve ter alguma vantagenzinha no contrato...", disse o piloto da Honda. É claro que Rubinho não conhece por dentro a política da Renault, mas a sua opinião vale bastante. Por tudo o que precisou enfrentar na Ferrari, Rubinho sabe como é a situação de Nelsinho. A diferença é que a pressão sobre o novato é muito menor.

Falando sobre a Honda, Rubinho fez uma revelação interessante: a preparação inicial do novo modelo da equipe foi realmente recheado de dificuldades, como os treinamentos de pré-temporada já pareciam indicar. A Honda, porém, conseguiu dar a volta por cima. "Num certo momento dos testes coletivos, o carro deste ano era quase mais lento do que o da última temporada. Com a introdução de um novo pacote aerodinâmico, porém, melhoramos quase um segundo por volta", contou Rubinho.

Hoje mesmo, o chefe de equipe Ross Brawn admitiu que "a prioridade da Honda é 2009". A equipe japonesa, portanto, ainda tem um longo caminho pela frente. Mas, pelo que se viu no início deste ano, a Honda já pode sonhar com dias melhores.





Continua rendendo o erro de pilotagem que tirou Felipe Massa do G.P. do Malásia. Nesta quinta, dois antigos campeões mundiais resolveram se pronunciar sobre o assunto. "Massa é o elo fraco da Ferrari", disparou Jackie Stewart ao Motosport Aktuell. Por sua vez, Niki Lauda disse ao Sport Bild que o brasileiro perdeu o direito de errar: "A partir de agora, a pressão sobre ele será terrível". Sem dúvidas, Massa teve sua reputação abalada pelo início de temporada hesitante. Mas ainda há tempo para recuperação.

Embora não tenha comentado nada sobre a rodada de Massa, o ex-projetista Gary Andersou fez hoje uma importante defesa do brazuca. "Desde o início do G.P. da Malásia, a Ferrari já tinha planejado a vitória de Raikkonen. O finlandês foi inteligente ao não forçar na largada, porque sabia que seria favorecido depois", falou Anderson, antigo engenheiro de Jordan, Stewart e Jaguar. Acreditar em manipulação da Ferrari, porém, é até um pouco ingênuo. Raikkonen estava bem mais rápido do que Massa, e venceria de qualquer maneira.

Para terminar o giro pelas notícias do dia, vale mencionar uma entrevista que o chefão Bernie Ecclestone concedeu nesta semana à revista FHM, negando que o extravagante Flavio Briatore possa vir a ser o seu substituto no comando da Formula One Management. "Acho que ele não deseja esta posição. Flavio tem outras prioridades", garantiu Ecclestone, que completa 78 anos de idade em outubro deste ano.

A aposentadoria de Ecclestone já está chegando, e esse momento pode mudar para sempre a face da Fórmula 1. Menos mal que Briatore não vai ser o herdeiro do chefão. Afinal, o manda-chuva da Renault já deu várias demonstrações de estar mais interessado no show do que no esporte.




O vídeo do dia é uma seqüência de fotos do inacreditável acidente do piloto Hunter Abbott, ocorrido na etapa do último fim de semana do campeonato britânico de turismo, em Oulton Park. Depois de capotar seguidas vezes, o carro de Abbott ainda pega fogo, mas o piloto sai sem nenhum arranhão. Vale a pena conferir.


Esse eu vi no Blog do Ico

Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: http://www.gpupdate.net/

quarta-feira, 26 de março de 2008

Massa: "Ainda restam 16 corridas e 160 pontos em jogo"

Enfim, Felipe Massa quebrou o silêncio. Três dias após abandonar o G.P. da Malásia por conta de um aparente erro de pilotagem, o brasileiro fez hoje um balanço do seu difícil início de temporada, num longo texto publicado no seu site oficial. Embora não tenha marcado pontos nas duas primeiras corridas do campeonato, Massa garantiu ainda ter chances de disputar o título.

"Meu começo de ano foi muito decepcionante. Mas, como se costuma dizer, isso é automobilismo. Ainda restam 16 corridas e 160 pontos em jogo. Agora, é recuperar o terreno perdido", disse Massa, que não esclareceu a razão exata da rodada que forçou seu abandono na corrida de Sepang: "Com a ausência do controle de tração, manter o carro no traçado e andar o tempo todo no limite ficou mais complicado. Não acho, porém, que isso tenha sido o motivo da minha escapada no último domingo".

Após examinar os dados da telemetria do carro de Massa, a Ferrari admitiu que nada de anormal aconteceu no momento da rodada, um indício de que a saída de pista teria sido mesmo culpa do brasileiro. A impressão geral ficou ainda mais reforçada depois que o ex-patrão de Massa, Peter Sauber, concedeu uma categórica declaração à Sport Bild: "Se as coisas não estão correndo como planejado para Massa, ele logo perde a concentração".

Massa reluta em aceitar, mas o abandono no G.P. da Malásia foi claramente culpa dele. Agora, o brasileiro precisa lutar para recuperar a confiança da imprensa italiana e dos torcedores da Ferrari. Um bom resultado no G.P. do Bahrein é fundamental. Caso contrário, a pressão só vai aumentar cada vez mais.


Fernando Alonso está sempre entre os nomes mais cotados para assumir um das vagas da Ferrari num futuro próximo, mas a equipe vermelha negou hoje qualquer possibilidade de contratar o espanhol para o ano que vem. "Não temos nenhum contato com Alonso. Para 2009, já temos Kimi Raikkonen e Felipe Massa", disse hoje um porta-voz do time de Maranello. O bicampeão, pelo visto, parece condenado à mediana Renault por mais algum tempo.

Enquanto isso, os diretores do circuito de Losail, no Catar, anunciaram hoje que estão na briga para receber a Fórmula 1 dentro de alguns anos. "Estamos planejando uma reforma em algumas partes da pista para entrar no calendário. Queremos que as equipes venham fazer testes coletivos aqui, o que nos daria bastante visibilidade", revelou o presidente da federação local de esporte a motor, Nasser Khalifa al-Attiyah, ao Gulf Times. Seria a segunda corrida no Oriente Médio, já representado pelo Bahrein.

Para terminar o giro pelas notícias do dia, vale registrar uma interessante declaração do polonês Robert Kubica. "Em corrida, temos condição de andar mais rápido do que a McLaren. Foi isso o que aconteceu na Malásia, onde o nosso ritmo foi superior no domingo. Mas ainda precisamos esperar para ver qual é a nossa real capacidade", falou hoje o piloto da BMW. A equipe alemã, de fato, já está começando a incomodar as favoritas McLaren e Ferrari.

Se conseguir mais um pequeno salto de competitividade, a BMW poderia até transformar a disputa pelo campeonato numa batalha tríplice. Por enquanto, seus pilotos estão muito bem posicionados na tabela de classificação. É difícil, mas não é impossível.


O vídeo do dia é uma dica do ótimo blog do André Arrais. Trata-se de um trecho do programa Linha de Chegada da última quinta-feira, em que o comentarista Lito Cavalcanti afirma categoricamente que "o carro da McLaren tem algo da Ferrari". Será que ele tem razão? Vale a pena conferir:



Até a próxima!

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terça-feira, 25 de março de 2008

Hamilton: "Não há carro mais rápido do que o nosso"

A Ferrari passeou no Grande Prêmio da Malásia, mas a confiança do principal adversário da turma de Maranello permanece inabalada. Enquanto tira uns dias de folga no resort tailandês de Koh Samui, Lewis Hamilton conversou hoje com o jornal The Times, garantindo que a McLaren ainda está num patamar superior ao da equipe italiana.

"Estou muito satisfeito com o carro deste ano. A confiabilidade dele é incrível. Não há nenhum outro modelo tão rápido quanto o nosso", assegurou Hamilton, que também comentou o ritmo da arqui-rival Ferrari: "Eles vêm andando bem, o que não é surpresa para mim. Em ritmo de corrida, porém, ainda são mais lentos do que nós, embora venham evoluindo constantemente".

Também hoje, o CEO do grupo McLaren, Martin Whitmarsh, declarou ao site Autosport que "a equipe não está preocupada com a diferença para a Ferrari, mas sim com o que pode ser feito para melhorar a performance do carro". No discurso, ao menos, a McLaren faz de tudo para minimizar a vitória acachapante da Ferrari na Malásia. Já está claro, porém, que o resultado do G.P. da Malásia acendeu o sinal amarelo no time inglês.

Nas palavras do próprio Whitmarsh, "a McLaren não tem direito a cometer erros". Mas nem mesmo uma performance perfeita pode ser capaz de superar a Ferrari. Por hora, a vantagem está, sim, com a equipe italiana.





A Renault andou bem abaixo do esperado nas duas primeiras corridas da temporada, mas o clima da equipe continua tranqüilo. Nesta terça, o chefão Flavio Briatore concedeu entrevista ao site Formula1.com, e já estabeleceu uma data para a recuperação do time francês. "Vamos reagir a partir do G.P. da Turquia. Estamos progredindo de maneira promissora, embora a distância para McLaren e Ferrari ainda seja bastante significativa", admitiu Briatore. Pelo visto, Fernando Alonso vai precisar ter paciência.


Enquanto isso, os organizadores do G.P. da Malásia confirmaram hoje que a prova do ano que vem será mesmo à noite, como desejado pelo todo-poderoso Bernie Ecclestone. "Realizar uma corrida noturna é exatamente o desafio que estávamos procurando. Nosso planejamento já está encaminhado", disse hoje o diretor do circuito de Sepang, Datuk Azmi Murad. Se tudo ocorrer conforme o que foi traçado, a largada do G.P. de 2009 será às 19 horas locais, oito da manhã em Brasília.

Para terminar o giro pelas notícias do dia, vale registrar uma declaração concedida hoje pelo bicampeão mundial Emerson Fittipaldi. "Para mim, Nelsinho Piquet é um piloto muito técnico e talentoso. E, como companheiro de Alonso, vai ganhar bastante experiência. No momento, Nelsinho é a grande esperança do automobilismo brasileiro", falou Emerson ao El Mundo Deportivo. Felipe Massa, aliás, não é citado em momento algum da entrevista.

O inferno astral do piloto da Ferrari, ao que tudo indica, está mesmo muito longe de terminar...





Já que falamos de Nelsinho Piquet, o vídeo do dia é uma coletânea com algumas das frases mais polêmicas e famosas de seu pai, o tricampeão Nelsão. A dica é do leitor Jairo Maragato:



Nos vemos por aí!

Crédito das fotos: http://www.gpupdate.net/

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ferrari: "Massa vai se recuperar no Bahrein"

Um aviso aos amigos do Blog: infelizmente, o dia hoje foi muito corrido, e mal tive tempo de comentar as mensagens de vocês no post da Análise do Grande Prêmio. Assim que der, eu passo por lá com mais atenção!

O erro que tirou Felipe Massa do G.P. da Malásia continua repercutindo de forma bastante negativa na mídia internacional, mas a Ferrari vem fazendo o máximo para minimizar o deslize do piloto brasileiro. Nesta segunda, o chefe de equipe Stefano Domenicali conversou com o site Autosport, admitindo que o abandono foi culpa exclusiva de Massa. Domenicali, porém, fez questão de elogiar a performance do brazuca, já apostando numa reação no próximo G.P. do Bahrein.

"Massa tem todas as condições de ir bem no campeonato deste ano. Essas duas corridas sem pontos vão fazer falta, mas não precisamos exagerar. A tabela de pontos está muito equilibrada, e acredito que Massa vai se recuperar no Bahrein", falou Domenicali. Segundo o dirigente, a rodada do brasileiro em Sepang teria sido causada por um "ataque agressivo demais à zebra". Para esclarecer as dúvidas, a telemetria do carro de Massa ainda vai passar por uma avaliação mais detalhada.

Culpado ou não, o fato é que Massa se encontra sob imensa pressão a partir de agora, e não tem mais nenhum crédito para cometer outros erros. Fora da Ferrari, alguns especialistas já estão pegando pesado com o brasileiro, como o tricampeão Niki Lauda. "Ele parece não ter cérebro", disparou hoje o austríaco. Alinhados com Lauda, não são poucos os membros da imprensa italiana que perderam a paciência com Massa.

Mais até do que recuperar-se no campeonato, o brasileiro precisa ganhar de volta a confiança de toda essa gente. No Bahrein, é "ou vai ou racha"...



Em apenas duas corridas, a BMW já igualou o número de podiuns conquistados no ano passado. O clima dentro da equipe, portanto, não poderia ser mais otimista. Nesta segunda, o chefão Mario Theissen deu o tom em comunicado distribuído pelo time após o G.P. da Malásia. "Temos dois objetivos para 2008. Um é brigar com Ferrari e McLaren, o que já estamos conseguindo. E o outro é conquistar nossa primeira vitória. Estou confiante", declarou Theissen. Com um pouco de sorte, não é nada impossível.

Enquanto isso, Bernie Ecclestone concedeu entrevista hoje à rede Bloomberg, revelando alguns de seus planos para as próximas temporadas da Fórmula 1. Entre eles, a ampliação do número de corridas noturnas na Ásia. Na conta de Ecclestone, mais três países poderiam realizar suas provas sob holofotes: China, Malásia e Coréia do Sul, que estréia na categoria em 2010. Vale lembrar que o primeiro G.P. de Cingapura, marcado para agosto, já será à noite.

Por fim, é preciso registrar que a Toro Rosso ganhou nesta segunda mais um potencial comprador. Trata-se de Paul Jackson, chefe de equipe da iSport International, atual campeã da GP2. "A compra da Toro é um assunto interessante, e que realmente entrou na minha cabeça. Mas não vou jogar tudo fora apenas por esta aventura", contou Jackson à revista GPWeek. Para quem não lembra, a Toro Rosso foi colocada à venda na semana passada, e deve trocar de dono até o final de 2009.



Como não poderia deixar de ser, o vídeo do dia é um resumo do G.P. da Malásia, dividido em duas partes. Vale a pena relembrar os principais momentos da prova:


Parte 1


Parte 2

Até a próxima!

Crédito das fotos: http://www.motorsport.com/

domingo, 23 de março de 2008

Análise do Grande Prêmio - Malásia/Sepang (23/03/08)

Análise dos pilotos:

Kimi Raikkonen
Não fez a pole e nem a volta mais rápida, mas merece a nota máxima por ter imposto uma derrota tão desmoralizante ao companheiro Felipe Massa. O "Homem de Gelo" está de volta. A McLaren que se cuide...
Nota: 10

Robert Kubica
Pelo segundo fim de semana consecutivo, superou Heidfeld na classificação com alguma facilidade. No ritmo em que está, a primeira vitória pode vir a qualquer momento. Basta ter um pouquinho de sorte...
Nota: 9

Heikki Kovalainen
Poderia estar liderando o campeonato se não tivesse sido prejudicado pelo safety car na Austrália. A punição de cinco posições no grid era evitável, mas Kovalainen compensou com uma performance rápida e consistente.
Nota: 8

Jarno Trulli
Resultado brilhante. Liderou o primeiro trecho da classificação, conseguiu um excepcional terceiro lugar no grid e - surpresa! - não perdeu ritmo no dia da corrida. Se continuar assim, vai pontuar com muita regularidade em 2008.
Nota: 9

Lewis Hamilton
Não era o fim de semana do inglês. A chuva que poderia ajudar não veio, e Hamilton precisou recuperar as posições na pista. Provavelmente chegaria no podium, mas o tempo perdido nos boxes atrapalhou bastante.
Nota: 7

Nick Heidfeld
Perdeu cinco posições ao se enroscar com Trulli na primeira volta. Mesmo assim, não desistiu nunca, marcou a volta mais rápida da corrida e ainda salvou três pontinhos. A dupla ultrapassagem sobre Alonso e Coulthard valeu o dia.
Nota: 7

Mark Webber
Foi muito pressionado por Hamilton e Alonso, mas não cometeu nenhum erro. Superou seu companheiro Coulthard sem maiores dificuldades, e já começa a se impor como o principal piloto da Red Bull.
Nota: 8

Fernando Alonso
Mais uma vez, fez o máximo que o carro da Renault permitiu. Assim como na Austrália, pilotou de forma muito agressiva, sem receber nenhuma recompensa dessa vez. Por enquanto, vitórias estão fora de cogitação.
Nota: 7

David Coulthard
Durante o fim de semana, surgiu o rumor de que Coulthard poderia se aposentar no final da temporada para virar comentarista de televisão. Se o escocês continuar assim, seu destino vai acabar sendo esse mesmo.
Nota: 5

Jenson Button
A décima posição foi um resultado razoavelmente promissor para a Honda. Dessa vez, bateu Barrichello de maneira tranqüila, e poderia ter pontuado se o número de abandonos fosse um pouco maior.
Nota: 6

Nelsinho Piquet
Quase não foi notado durante o fim de semana do G.P. da Malásia. O que, no seu caso, é até um bom sinal. Andou próximo de Alonso nos treinos, e completou a corrida sem nenhum erro significativo.
Nota: 5

Giancarlo Fisichella
Já começa a aparecer como o líder da Force India. Manteve um ritmo de corrida decente, e terminou à frente de pilotos da Honda e da Williams. No fim, um resultado que precisa ser encarado como promissor.
Nota: 6

Rubens Barrichello
Atrapalhou-se nos boxes de novo, e esteve longe de acompanhar o desempenho de Button. Os problemas de câmbio prejudicaram a sua performance, mas Rubinho esteve bem abaixo do esperado após a ótima atuação na Austrália.
Nota: 4

Nico Rosberg
Não se achou na Malásia. Enfrentando dificuldades de aquecimento de pneu, largou lá de trás e mostrou ainda ser um piloto impaciente. Tirou Glock da corrida e precisou trocar o bico, perdendo qualquer chance de pontuar.
Nota: 3

Anthony Davidson
Continua perdendo para Sato nas disputas de grid, mas o seu ritmo de corrida é bem mais forte. Finalizou a prova apenas uma volta atrás do líder Raikkonen. Para um piloto da Super Aguri, uma performance elogiável.
Nota: 5

Takuma Sato
Teve o mérito de não largar da última fila pelo segundo G.P. consecutivo. Na prova, procurou não atrapalhar os líderes, e conseguiu superar Nakajima na disputa interna dos japoneses. Um motivo para comemoração, pelo menos.
Nota: 4

Kazuki Nakajima
Um fim de semana bastante complicado para o japonês. Punido em dez posições no grid, saiu em último, teve um pneu furado e ainda rodou no finalzinho. Pelo menos ainda terminou a prova, mesmo que na última posição.
Nota: 3

Sebastian Vettel
Vinha fazendo uma prova sossegada quando o motor quebrou, a quinze voltas da bandeirada. É reconhecido como um piloto de imenso talento, mas não tem como fazer milagre com a Toro Rosso.
Nota: 6

Felipe Massa
Só não leva a nota mínima por causa da performance no sábado. Mas jogou sua corrida fora após cometer um erro estúpido, quando já era superado por Raikkonen. Precisa recuperar a confiança da Ferrari. Antes que seja tarde demais...
Nota: 2

Adrian Sutil
Desempenho muito fraco na classificação, e mais um abandono prematuro. Aos poucos, vai sendo ofuscado pelo companheiro Fisichella. Se não reagir, pode ver sua carreira na Fórmula 1 estragada.
Nota: 2

Timo Glock
Teve uma performance razoável no treino classificatório, e poderia brigar por pontos se não tivesse largado tão mal. Não teve culpa no acidente com Rosberg, mas já começa a dever em relação a Trulli.
Nota: 4

Sebastien Bourdais
Depois da sensacional atuação na Austrália, experimentou sua primeira frustração na Fórmula 1. O abandono na primeira volta foi fruto de um erro totalmente seu. Por hora, porém, Bourdais está com crédito na Toro Rosso.
Nota: 3

Análise das equipes:

McLaren
Faltou uma comunicação por rádio mais eficaz para evitar as punições que jogaram seus pilotos para o meio do grid. Na corrida, poderia ter arriscado uma estratégia mais agressiva para Hamilton, que perdeu tempo demais no tráfego.
Cotação: **

BMW
Mais um desempenho promissor da equipe alemã. Kubica não ficou tão longe assim das Ferrari, e Heidfeld estabeleceu a volta mais rápida da corrida. A primeira vitória está logo ali. Só falta um pouco de sorte.
Cotação: ****

Ferrari
Não teve nenhuma culpa no abandono de Massa. Se o brasileiro não tivesse rodado sozinho, o time de Maranello teria conseguido uma dobradinha categórica. Em Sepang, foi a Ferrari quem deu as cartas.
Cotação: ****

Williams
Sem dúvida alguma, a grande decepção do fim de semana. Problemas de aquecimento de pneu minaram o desempenho dos pilotos da Williams, que terminaram a prova atrás até da Force India de Fisichella.
Cotação: *

Renault
Alonso salvou um pontinho, mas o carro é o mais lento da chamada "segunda divisão". A Renault promete novidades somente para o G.P. da Espanha. Até lá, seus pilotos vão precisar contar com a sorte para marcar pontos.
Cotação: **

Toyota
Em apenas uma prova, já marcou mais de 40% dos pontos do ano passado. Trulli fez uma excelente corrida, mostrando todo o potencial da equipe japonesa. Conquistar um podium não é um objetivo tão distante assim.
Cotação: ****

Red Bull
O acidente de Coulthard na sexta quase eliminou a Red Bull do G.P. da Malásia, mas a equipe se recuperou e somou dois importantes pontos com Webber. Os problemas de confiabilidade parecem finalmente ter sido solucionados.
Cotação: ***

Toro Rosso
Bourdais rodou no início e Vettel quebrou no final. Mas a Toro não poderia mesmo esperar muito do G.P. da Malásia. Em condições normais, pontuar vai ser bem difícil para a "filial" da Red Bull.
Cotação: *

Honda
Depois do animador G.P. da Austrália, a Honda teve uma atuação bastante mediana na Malásia. A tendência é que a equipe japonesa continue assim nas próximas corridas, mas ainda há muito espaço para evolução.
Cotação: **

Force India
O time indiano chegou ao fim de um G.P. pela primeira vez em sua curta história. Fisichella foi 12º, provando que a equipe novata tem alguma chance de surpreender ao longo do ano. Pena que Sutil esteja passando por uma tremenda má fase.
Cotação: **

Super Aguri
Ganha uma estrelinha a mais por ter levado os dois carros ao fim da corrida. Para a Super Aguri, isso já é alguma coisa.
Cotação: **

Análise da corrida:

O G.P. da Malásia não foi a corrida mais chata da história, mas também esteve longe de empolgar. Alguns lances isolados ajudaram a espantar o tédio, como a animada briga entre Alonso, Coulthard e Heidfeld logo de início, e a rodada que tirou Massa da prova. De maneira geral, porém, a corrida pode ser classificada como insossa. A expectativa criada pelo emocionante G.P. da Austrália e pela previsão de chuva deixou um sentimento de frustação no final.
Nível da corrida: Regular

Análise do campeonato:

Assim como no ano passado, a tendência é que o campeonato seja bem mais emocionante do que as corridas, em si. Até agora, Ferrari e McLaren ainda não tiveram uma oportunidade de duelar em condições normais, mas a equipe italiana pinta como favorita para os próximos G.Ps. A diferença é que neste ano a BMW também aparece com possibilidades de brigar por vitórias. Se evoluir só mais um pouquinho, o time alemão tem condições de transformar a disputa pelo título numa batalha tríplice.
Nível do campeonato: Muito Bom

Balanço dos Palpites:

Vitória - Lewis Hamilton. O vencedor foi Kimi Raikkonen
Pole Position - Lewis Hamilton. O pole position foi Felipe Massa
Primeiro abandono - Kazuki Nakajima. O primeiro piloto a abandonar foi Sebastien Bourdais
Decepção do G.P. - Toyota. Sem dúvidas, a decepção do G.P. da Malásia foi a Williams
Zona de pontuação:
1. Lewis Hamilton (Kimi Raikkonen)
2. Kimi Raikkonen (Robert Kubica)
3. Felipe Massa (Heikki Kovalainen)
4. Heikki Kovalainen (Jarno Trulli)
5. Robert Kubica (Lewis Hamilton)
6. Nick Heidfeld (PALPITE CORRETO)
7. Fernando Alonso (Mark Webber)
8. Nico Rosberg (Fernando Alonso)

Dessa vez, o Blog foi bem mal nas suas apostas. Tudo bem que os metereologistas atrapalharam - afinal, meu palpite em Hamilton para a vitória baseou-se na expectativa de uma prova com chuva - mas isso não é desculpa para a sucessão de erros deste fim de semana. Apostei na Toyota como decepção do G.P. da Malásia e errei feio: o quarto lugar de Trulli queimou a minha língua. Ao menos, Nick Heidfeld salvou a minha honra ao finalizar em sexto, como eu havia "previsto".
Nível dos palpites: Ruim

Por hoje, é só. Nos vemos por aí!

Vitória tranqüila de Kimi Raikkonen no G.P. da Malásia

A Ferrari está de volta. Na madrugada deste domingo, Kimi Raikkonen venceu com imensa facilidade o G.P. da Malásia, confirmando a superioridade da equipe italiana em condições normais de corrida. Robert Kubica e Heikki Kovalainen fecharam o podium, enquanto o líder do campeonato Lewis Hamilton não passou de quinto. Por sua vez, Felipe Massa complicou sua situação na Ferrari após rodar sozinho e abandonar a prova, aparentemente por erro próprio.

No início do dia, o panorama do clima era idêntico ao de sábado: céu bastante nublado, com possibilidade de chuva para o meio da tarde. Será que ela viria dessa vez? Como é de costume na Malásia, a temperatura ultrapassava os 30ºC, com a alta umidade do ar aumentando a sensação de forte calor. A largada seria fundamental para os pilotos da McLaren, que largavam do meio pelotão por conta das punições sofridas após o treino classificatório de ontem.

Kimi Raikkonen saiu ligeiramente melhor do que Felipe Massa, mas o brasileiro conseguiu segurar a liderança. Ao mesmo tempo, Lewis Hamilton pulou de nono para quinto, executando uma linda ultrapassagem sobre Jarno Trulli. Mais atrás, Sebastien Bourdais foi tocado por Giancarlo Fisichella e saiu da pista. Apenas uma semana após o seu excepcional sétimo lugar na Austrália, o francês se tornava a primeira baixa do G.P. da Malásia.

Na ponta, Massa não demorou a abrir uma pequena distância para Raikkonen, enquanto David Coulthard, Fernando Alonso e Nick Heidfeld travavam uma animada batalha pela sétima posição. Os três chegaram a ficar lado a lado na reta oposta de Sepang, e Heidfeld levou a melhor. Numa única manobra, o alemão superou os dois rivais, passando de décimo a oitavo. Enquanto isso, Timo Glock e Adrian Sutil juntaram-se a Bourdais como expectadores da prova, ambos saindo da prova de início

Com o carro pesado, Lewis Hamilton rodava cerca de um segundo e meio por volta mais lento do que o líder Massa. A dupla da Ferrari fazia uma corrida à parte, abrindo uma confortável vantagem para Robert Kubica, que se mantinha num distante terceiro. Massa e Raikkonen trocavam voltas mais rápidas, com o brasileiro não conseguindo colocar uma distância muito grande para o finlandês. Como sempre, os pit stops seriam cruciais.

Na volta 16, Mark Webber iniciou a primeira rodada de paradas. Um giro depois, foi a vez de Massa, Trulli e Heidfeld. Raikkonen manteve-se na pista por uma volta a mais, o que acabou sendo suficiente para superar seu companheiro de equipe. O finlandês assumiu a ponta pela primeira vez na volta 21, quando Kubica visitou os boxes. Mais atrás, a McLaren se complicava nos pits, perdendo qualquer esperança de vitória.

Hamilton teve problemas para trocar o seu pneu dianteiro direito, e ficou parado cerca de dez segundos a mais do que o normal. Quando voltou à pista, o inglês se viu preso atrás de Webber, numa frustrante sétima posição. Situação bem diferente da Ferrari, que controlava a corrida com facilidade. Raikkonen encaixou uma seqüência demolidora de voltas, abrindo uma distância de quase cinco segundos para Massa. Antes mesmo da segunda rodada de paradas, a vitória já parecia nas mãos do finlandês.

Foi aí que tudo deu errado para Felipe Massa. O brasileiro perdeu o carro sozinho na curva oito de Sepang, saindo da pista e ficando preso na caixa de brita. Fim de corrida para Massa, que sai da Malásia ainda zerado no campeonato. Difícil saber se a Ferrari teve algum problema, mas a impressão que ficou foi de um típico erro de pilotagem. A partir de agora, a pressão sobre Massa só vai aumentar cada vez mais.

Com seu companheiro fora de combate, a prova tornou-se um passeio para Raikkonen. A vantagem do campeão sobre Kubica chegava a quase 25 segundos no momento em que ele pegou o rumo dos boxes para a sua segunda e última parada. Raikkonen voltou à pista pouco atrás do polonês, que ainda precisava reabastecer. Só um problema mecânico poderia tirar a vitória do finlandês. A chuva, nessa altura, já não vinha mais.

Fazendo uma prova discreta, Sebastian Vettel abandonou com problemas no motor Ferrari da sua Toro Rosso. As voltas finais, portanto, ainda foram de algum suspense para Raikkonen, mas o campeão venceu sem maiores dificuldades. Kubica finalizou num excelente segundo lugar, após uma prova consistente e sem erros. Também digna de elogios foi a performance de Kovalainen, que superou Hamilton e fechou num bom terceiro.

Nos instantes derradeiros da corrida, o inglês ainda ensaiou um ataque a Trulli, ameaçando a brilhante quarta posição do italiano. Mas não havia tempo para mais nada. Hamilton precisou se contentar com o quinto lugar, ainda suficiente para que ele mantesse a liderança do campeonato. Logo atrás do piloto da McLaren, Nick Heidfeld, Mark Webber e Fernando Alonso completaram a zona de pontuação do insosso G.P. da Malásia.

Sem chamar muita atenção, Nelsinho Piquet terminou num razoável 11º lugar, após fazer uma corrida segura e regular. O novato brazuca não apareceu muito, mas melhorou sensivelmente em relação ao G.P. da Austrália. Por sua vez, Rubens Barrichello limitou-se à 13ª posição, tendo sofrido um drive through no meio da corrida por exceder o limite de velocidade no pit lane. Depois de duas corridas, a Honda – apesar da clara evolução recente – permanece sem pontos na temporada.

Logo abaixo, a classificação final do Grande Prêmio da Malásia:

1. Kimi Raikkonen/FinlândiaFerrari, 56 voltas em 1h31:18.555s
2. Robert Kubica/Polônia/BMW, a 19.570s
3. Heikki Kovalainen/Finlândia/McLaren, a 38.450s
4. Jarno Trulli/Itália/Toyota, a 45.832s
5. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, a 46.548s
6. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, a 49.833s
7. Mark Webber/Austrália/Red Bull, a 1:08.130s
8. Fernando Alonso/Espanha/Renault, a 1:10.041s
9. David Coulthard/Escócia/Red Bull, a 1:16.220s
10. Jenson Button/Inglaterra/Honda, a 1:26.214s
11. Nelsinho Piquet/Brasil/Renault, a 1:32.202s
12. Giancarlo Fisichella/Itália/Force India, a 1 volta
13. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, a 1 volta
14. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, a 1 volta
15. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, a 1 volta
16. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, a 2 voltas
17. Kazuki Nakajima/Japão/Williams, a 2 voltas
Não classificados:
Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, problema mecânico na volta 41
Felipe Massa/Brasil/Ferrari, saída de pista na volta 31
Adrian Sutil/Alemanha/Force India, problema mecânico na volta 6
Timo Glock/Alemanha/Toyota, acidente na volta 1
Sebastien Bourdais/França/Toro Rosso, saída de pista na volta 1
Melhor volta: Nick Heidfeld, 1:35.366s na volta 55

Mundial de Pilotos: HAMILTON, 14 pts; 2. Raikkonen e Heidfeld, 11 pts; 4. Kovalainen, 10 pts; 5. Kubica, 8 pts; 6. Rosberg e Alonso, 6 pts; 8. Trulli, 5 pts; 9. Nakajima, 3 pts; 10. Webber e Bourdais, 2 pts; 12. Massa, Coulthard, Glock, Button, Vettel, Barrichello, Piquet, Fisichella, Davidson, Sato e Sutil, 0 pts
Mundial de Construtores: 1. MCLAREN, 24 pts; 2. BMW, 19 pts; 3. Ferrari, 11 pts; 4. Williams, 9 pts; 5. Renault, 6 pts; 6. Toyota, 5 pts; 7. Red Bull e Toro Rosso, 2 pts; 9. Honda, Force India e Super Aguri, 0 pts

Agora, a próxima parada da Fórmula 1 é no Bahrein, entre os dias 4 e 6 de abril. Logo mais, o Blog volta com a seção Análise do Grande Prêmio, apresentando a nota dos pilotos, a cotação das equipes e o Balanço dos Palpites. Até mais!

Crédito das fotos: http://www.gpupdate.net/