sábado, 7 de julho de 2007

Na GP2, Zuber espanta o azar e Glock já não é líder disparado

Na GP2, mais uma corrida movimentada e de bastante equilíbrio. Levou a melhor o áustriaco-que-pilota-pelos-Emirados-Árabes-Unidos-sei-lá-por que Andreas Zuber, da iSport International. Ele venceu pela primeira vez no ano, após uma sucessão de azares nas última etapas da temporada.

Constantemente entre os mais rápidos dos treinos, Zuber tinha, até aqui, apenas seis pontos no campeonato. Seu companheiro de equipe, Timo Glock, soma 39 e lidera o campeonato. Andreas precisava reagir, e o fez da melhor forma possível. Corrida perfeita e um triunfo incontestável, praticamente de ponta a ponta.

Mike Conway, campeão da Fórmula 3 Inglesa no ano passado, usou seu conhecimento da pista de Silverstone e foi um ótimo segundo. Ele é outro que necessita de recuperação. Luca Filippi, seu parceiro na SuperNova e quinto colocado hoje, é o vice-líder da categoria.

Completando o podium, uma surpresa. Kazuki Nakajima, da DAMS. O filho de Satoru tem mostrado bastante evolução desde que se tornou piloto de testes da Williams, no início do ano. Se, mais tarde, for confirmado como titular da equipe inglesa na Fórmula 1, em 2008, não será lá muita surpresa.

Lucas di Grassi salvou um quarto, ótimo dentro das circunstâncias. Largando de terceiro, o brasileiro foi consideravelmente mais lento que os líderes durante toda a corrida. E, no início, foi vítima de uma vigorosa ultrapassagem de Timo Glock.

Mas Lucas contou com a sorte. O alemão quebrou mais tarde e, amanhã, na segunda corrida da rodada dupla, ainda vai largar da rabeira do grid. Além disso, Adam Carroll, que seguia tranqüilo para um terceiro lugar, tomou um drive-through por andar acima do limite no pit, caindo para sexto.

Fechando a zona de pontuação, o venezuelano Pastor Maldonado e o mexicano Roldán Rodríguez, os dois que sairão da primeira fila na corrida de amanhã. Entre os outros brasileiros, Bruno Senna foi 11º e Xandinho Negrão não completou. Pelo menos, dessa vez, a culpa não foi sua: o piloto da Minardi Piquet abandonou com problemas mecânicos logo nas primeiras voltas.

Por sua vez, o sobrinho de Ayrton fez bela corrida de recuperação. Saindo de último, já tinha ganho dez posições quando abriu o segundo giro. Mas parou por aí. Ainda conseguiu boas ultrapassagens depois. Com a baixa taxa de abandonos, porém, não chegou entre os dez primeiros.

O único acidente digno de nota aconteceu com o azarado francês Nicolas Lapierre. Alguma parte de seu carro quebrou quando ele ia contornar a rápida curva Copse. Jogado para fora da pista, o piloto da DAMS bateu em alta velocidade. Apesar do impacto, saiu ileso.

No campeonato, Timo Glock tem 39 pontos e ainda líder isolado. Os quase-xarás Luca Filippi e Lucas di Grassi, porém, já estão na sua cola, e têm grandes chances de aumentar sua pontuação amanhã, ao contrátio do alemão. Eles possuem, respectivamente, 35 e 34 pontos.

A etapa de domingo será às 5 horas de Brasília. Mas não precisa acordar tão cedo. Às 11:45, logo depois da Fórmula 1, passa a reprise no Sportv.

O Blog tinha apostado em Andreas Zuber para a corrida da semana passada. Parece que eu estava só um pouco adiantado. Nesse fim de semana, chutei longe. Timo Glock dificilmente conseguirá alguma coisa amanhã e Bruno Senna vai ter de suar para chegar nos pontos.

Por hoje, o Blog fica por aqui. Amanhã, teremos a Análise do Grande Prêmio e as diversas edições do Weekend Update. Até!

O Dono de Silverstone

Depois da pole de hoje, o último inglês que ainda resistia a Lewis Hamilton se rendeu à nova sensação da Fórmula 1. Com uma magnífica e arrebatadora volta no derradeiro minuto da superpole, o piloto da McLaren conseguiu a posição de honra no seu Grande Prêmio natal, levando ao delírio a fanática torcida de Silverstone.

A corrida de amanhã pode até não ter dono, ainda. Mas as arquibancadas estarão totalmente ao lado de Lewis. Valeu a pena, para o ingleses, esperar todo esse tempo pelo substituto de Nigel Mansell. Pelo que mostrou até aqui, Hamilton tem tudo para ser muito maior do que o seu antecessor.

O Blog, pela segunda vez seguida, parece que vai dar vexame no palpite. Apostei em Felipe Massa. E ele foi o último dos quatro pilotos de ponta. Na França, tinha jogado minhas fichas em Fernando Alonso. Lá, deu no que deu.

A classificação, em Silverstone, começou estranha. Os pilotos da Williams pareciam ter trocado de capacetes. Por uma vez, Alexander Wurz conseguiu ser melhor do que Nico Rosberg. Mais: o alemão não passou da primeira fase, sendo eliminado num decepcionante 17º.

Junto com ele, ficaram Jenson Button, Anthony Davidson, Adrian Sutil, Takuma Sato e Cristijan Albers. Por mais que a Honda tente mostrar evolução, nenhuma grande surpresa por aqui. Só alguns comentários: Sutil, por exemplo, conseguiu tirar uma das Spyker da última fila.

Davidson, por sua vez, vinha em sua última volta rápida quando rodou de forma muito estranha na parte final do circuito. Não foi na entrada nem no meio da curva, mas na saída. Como se o controle de tração tivesse quebrado e o carro estivesse correndo no gelo.

Na segunda fase da classificação, Vitantonio Liuzzi ficou dando seu showzinho particular no início. O italiano foi o único a ir para a pista logo de cara, e a TV não desgrudou dele. Quando os líderes saíram, Raikkonen logo bateu o tempo de Alonso da primeira parte. O espanhol, porém, respondeu e terminou essa fase como o melhor. Massa também virou um tempo próximo.

Lewis, até ali, parecia ser, dos quatro, aquele com menos chance de surpreender. Na segunda fase, ficaram pelo caminho Mark Webber, David Coulthard, Alexander Wurz, Rubens Barrichello, Scott Speed e Vitantonio Liuzzi, respectivamente, os 11º a 16º. Rubinho, apesar de não ter chegado perto da superpole, cumpriu bem o seu papel.

Pela primeira vez no ano, não houve mais de cinco equipes na fase final da classificação. Entre os dez mais rápidos, as duplas da McLaren, Ferrari, Renault, BMW e Toyota - os japoneses mostrando boa evolução.

Na superpole, uma disputa emocionante. Ao terminarem a primeira volta, Alonso era o melhor, seguido de Massa, Raikkonen e Hamilton. Mas tudo mudaria na última tentativa dos quatro. Todos melhoraram. Só que Lewis conseguiu ir além.

Com uma volta tecnicamente perfeita, garantiu a pole, sendo o único a virar abaixo da casa de 1:20. Raikkonen, apesar de ter dado uma pequena espadinha na Woodcote, foi segundo. Alonso teve de se contentar com o terceiro e Massa não passou de quarto.

Robert Kubica parte da terceira fila, ao lado de Ralf Schumacher, cuja grande qualificação acabou ofuscada pelo desempenho sensacional de Hamilton. As Renault de Heikki Kovalainen e Giancarlo Fisichella vêm logo depois, com Nick Heidfeld e Jarno Trulli fechando os dez primeiros.

Abaixo, os tempos. Em seguida, os comentários por equipe:

1. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:19.997
2. Kimi Räikkönen/Finlândia/Ferrari, 1:20.099
3. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:20.147
4. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:20.265
5. Robert Kubica/Polônia/BMW Sauber, 1:20.401
6. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:20.516
7. Heikki Kövalainen/Finlândia/Renault, 1:20.721
8. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:20.775
9. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW Sauber, 1:20.894
10. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:20.240
11. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:20.235
12. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:20.329
13. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:20.350
14. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:20.364
15. Scott Speed/Estados Unidos/Toro Rosso, 1:20.515
16. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:20.823
17. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:21.219
18. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:21.335
19. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:21.448
20. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:22.019
21. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:22.045
22. Christjan Albers/Holanda/Spyker, 1:22.589

Lewis Hamilton é o principal favorito para a corrida de amanhã. É fácil falar agora. Mas o discurso de Alonso na entrevista coletiva - "vou brigar pela vitória" - indica uma possível tática diferente de combustível. O espanhol, como Kimi na França, deve parar algumas voltas depois.

E o finlandês desperdiçou a sua segunda pole do ano com um pequeno erro na parte final da volta. Mesmo assim, foi superior a Massa. O brasileiro, por sua vez, praticamente perdeu suas chances de vitórias com o decepcionante quarto lugar.

Pela segunda corrida consecutiva, Robert Kubica foi o melhor do resto. Ele sai em quinto, enquanto seu companheiro Nick Heidfeld é apenas o nono. O polonês, desde o seu acidente no Canadá, demonstra evolução como piloto. Já o alemão parece ainda estar sendo prejudicado por problemas nas costas, que lhe renderam a pior posição de largada do ano até aqui.

As Renault foram até o seu limite. A quarta fila é o bastante para a quarta força do campeonato. Como sempre, Heikki Kovalainen e Giancarlos Fisichellla andaram muito juntos. Dessa vez, o finlandês levou a melhor por cinco centésimos de segundo.

Classificação decepcionante para a Williams. "Problemas técnicos" jogaram Nico Rosberg para a 17ª posição. Alexander Wurz ainda fez melhor do que o habitual. Mesmo assim, ficou longe da superpole, em 13º.

A equipe que deu o melhor salto de qualidade, sem dúvida nenhuma, foi a Toyota. Ralf Schumacher mostrou que não está morto e conseguiu um belíssimo sexto tempo. Jarno Trulli, mais uma vez, ficou entre os dez primeiros. Dessa vez, é o último deles.

Os pilotos da Red Bull rasparam a superpole. Mark Webber, uma vez mais, derrotou David Coulthard. Mas o dois estão colados no grid, em 11º e 12º. E, ao que tudo indica, o escocês está mais pesado do que o australiano.

Sem dinheiro para evoluir o carro, a Super Aguri, aos poucos, vai voltando ao fim do grid. Pela segunda corrida seguida, os dois pilotos ficaram na primeira parte. Takuma Sato foi até superado pela Spyker de Adrian Sutil, enquanto Anthony Davidson jogou sua última volta fora ao rodar no trecho final de Silverstone.

Ruim mesmo, porém, é o desempenho da Honda. A equipe japonesa, que anunciou já estar trabalhando no ano que vem, deve considerar 2007 um grande desperdício. Comemorar o 14º de Rubens Barrichello é medíocre. E Jenson Button foi um fraquíssimo 18º. A culpa, precisa-se sublinhar, não é dos pilotos. Eles estão fazendo o máximo possível.

Com a queda de outras equipes, a Toro Rosso conseguiu, pela primeira vez, passar os dois pilotos para a segunda fase da classificação. Scott Speed bateu Vitantonio Liuzzi pela terceira vez em nove corridas. Mesmo com o bom resultado, não há muito o que esperar da sucursal da Red Bull no Grande Prêmio de amanhã.

Para terminar, a Spyker teve motivos para comemorar: seus pilotos não são os dois últimos! Méritos para Adrian Sutil, que conseguiu superar Takuma Sato e largará de uma boa 20ª posição. Cristijan Albers, o reject do ano até aqui, vai sair outra vez de último.

Agora, o Blog dá uma pequena parada e já volta com uma rápida análise da corrida da GP2. Até já!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Vantagem... Ferrari!

Os treinos de sexta feira do Grande Prêmio da Inglaterra confirmaram a impressão geral de que a equipe de Felipe Massa e Kimi Raikkonen tem, hoje, uma pequena vantagem para o time de Ron Dennis e companhia. Na tabela de classificação, foi o finlandês quem fechou com o melhor tempo do dia.

Lewis Hamilton ainda conseguiu o segundo posto, com uma volta da primeira sessão, quando ele ainda tinha sido o mais rápido. Massa veio a seguir, terceiro, com as Toyota de Ralf e Trulli - as grandes surpresas do dia - em quarto e quinto. Fernando Alonso, por sua vez, não passou de sexto.

Foi uma sexta feira como qualquer outra. A chuva, como era de se esperar depois que os metereologistas disseram que ela vinha, não deu as caras. Em resumo, foi um dia tranquilo, cuja baixa temperatura aliada à alta umidade deixaram a pista bastante escorregadia.

No primeiro treino, Fernando Alonso, Jarno Trulli e David Coulthard foram alguns dos que deram suas escapadinhas. Isso considerando só os últimos trinta minutos - os únicos da sessão que o Blog acompanhou. O espanhol, por duas vezes, chegou a ter o melhor tempo até o segundo trecho, para tirar o pé antes de completar a volta. Estaria ele escondendo o jogo?

Na segunda sessão, porém, Alonso não chegou perto de acompanhar o ritmo das Ferrari. Ficou, inclusive, atrás da dupla da Toyota, que andou muito bem. Trulli chegou a ter o melhor tempo antes de ser batido por Kimi. E Ralf surpreendeu com um desempenho bem acima do que vem tendo até esse ponto do campeonato.

Kimi Raikkonen superou o tempo de Felipe Massa nos testes coletivos da semana retrasada em dois décimos. Foi, também, o único a virar na casa de 1:20. As McLaren ficaram relativamente longe. Ainda há espaço para melhoras, é verdade. Mas não parece que será o suficiente para bater a dupla da Ferrari.

Na segunda sessão, as escapadas se repetiram mais ainda. Heikki Kovalainen, Rubens Barrichello (duas vezes), Giancarlo Fisichella, Felipe Massa, Ralf Schumacher e Alexander Wurz deram suas saidinhas de pista.

Pior, porém, fez Adrian Sutil. O piloto da Spyker rodou na Copse, não conseguiu diminuir a tempo e bateu no guard-rail do outro lado da pista. O carro não ficou muito danificado, mas isso causou a única bandeira amarela da segunda parte do dia.

A seguir, os melhores tempos de cada piloto nessa sexta feira de Grande Prêmio da Inglaterra:

1. Kimi Raikkonen/Finlândia/Ferrari, 1:20.639 - Segunda Sessão
2. Lewis Hamilton/Inglaterra/McLaren, 1:21.100 - Primeira Sessão
3. Felipe Massa/Brasil/Ferrari, 1:21.138 - Segunda Sessão
4. Ralf Schumacher/Alemanha/Toyota, 1:21.381 - Segunda Sessão
5. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:21.487 - Segunda Sessão
6. Fernando Alonso/Espanha/McLaren, 1:21.616 - Segunda Sessão
7. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:21.619 - Segunda Sessão
8. Alexander Wurz/Áustria/Williams, 1:21.650 - Segunda Sessão
9. Robert Kubica/Polônia/BMW, 1:22.107 - Primeira Sessão
10. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:22.137 - Segunda Sessão
11. Anthony Davidson/Inglaterra/Super Aguri, 1:22.143 - Segunda Sessão
12. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:22.176 - Primeira Sessão
13. Heikki Kovalainen/Finlândia/Renault, 1:22.189 - Segunda Sessão
14. Giancarlo Fisichella/Itália/Renault, 1:22.257 - Segunda Sessão
15. David Coulthard/Escócia/Red Bull, 1:22.428 - Segunda Sessão
16. Takuma Sato/Japão/Super Aguri, 1:22.487 - Segunda Sessão
17. Rubens Barrichello/Brasil/Honda, 1:22.511 - Segunda Sessão
18. Christian Klien/Áustria/Honda, 1:22.833 - Segunda Sessão
19. Scott Speed/Estados Unidos/Toro Rosso, 1:22.840 - Segunda Sessão
20. Vitantonio Liuzzi/Itália/Toro Rosso, 1:23.105 - Segunda Sessão
21. Christijan Albers/Holanda/Spyker, 1:23.113 - Segunda Sessão
22. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:23.517 - Primeira Sessão
23. Adrian Sutil/Alemanha/Spyker, 1:23.720 - Segunda Sessão

Jenson Button, completamente ofuscado por Lewis Hamilton no país de ambos, nem chegou a participar da segunda sessão. Com dores nas costas, foi substituído pelo piloto de testes da Honda, Christian Klien. No final, não fez a menor diferença.

Infelizmente, o escriba do Blog está apertado de tempo e não poderá fazer uma análise mais detalhada. Se der, volto ainda hoje com os comentários dos treinos das outras categorias, principalmente da GP2.

De qualquer forma, amanhã temos qualificação da Fórmula 1 e corrida da GP2. Os sábados, para mim, são também bastante corridos. Mas até a parte da tarde, no máximo, entram no ar os comentários do Blog sobre os acontecimentos do dia. Até mais!

Agenda do Fim de Semana (06 a 08/07)

Hora de conferir a sempre útil agendinha para não perder nada do mundo da velocidade no fim de semana. Mais uma vez, a Fórmula 1 concentrará atenções. Mas os próximos três dias estão recheados.

Sábado, 06 de julho de 2007

GP2: Primeira bateria da rodada de Silverstone (vou deixar gravando e assistir depois)
Nascar: Etapa de Daytona (vale uma conferidinha por ser no templo da categoria americana)

Domingo, 07 de julho de 2007

ChampCar: Etapa de Toronto (só vejo se estiver bastante à toa...)
FÓRMULA 1: Grande Prêmio da Inglaterra em Silverstone (o despertador já está colocado)
GP2: Segunda bateria da rodada de Silverstone (assisto enquanto escrevo a Análise do G.P.)
IRL: Etapa de Watkins Glen (corrida em circuito misto. Vale uma conferida pela curiosidade)
WTCC: Rodada de Portugal (vou tentar ver em VT)

São, portanto, oito corridas em seis categorias que merecem atenção especial. Além delas, alguns certames de Fórmula 3 e até a Fórmula Truck Européia realizam corridas. Infelizmente, vamos deixá-las de lado. Começamos, agora, os palpites do Blog.

Ferrari e McLaren parecem estar extremamente equilibradas. Em condições normais, porém, a escuderia do cavalinho rampante ainda tem uma pequena vantagem em relação aos ingleses.

A melhor chance de Lewis Hamilton e Fernando Alonso é torcer pela pista molhada que coloca, na opinião do Blog, os dois em vantagem. Se a chuva não vier, porém, o palpite fica, naturalmente, entre Felipe Massa e Kimi Raikkonen.

Sem patriotada - vocês sabem que eu não sou disso - minha aposta vai no brasileiro. Ele precisa reagir e vai entrar completamente focado no final de semana. Para Massa, nenhum resultado que não seja a vitória é descartável. Felipe só tem olhos para o primeiro lugar.

Raikkonen, se nada der errado, ainda deve salvar um podium sem problemas. Já Alonso vai fazer de tudo para bater Hamilton. Mas, na frente da sua torcida, o Blog aposta que o inglês se dá melhor novamente.

Tirando Ferrari e McLaren, BMW e Renault são, claramente, as maiores candidatas aos pontos. Nick Heidfeld, porém, ainda não está completamente recuperado das dores nas costas. E os pilotos da escuderia francesa são instáveis. É provável que nem todos os quatro titulares das duas equipes terminem entre os oito primeiros.

Entre o resto, a Toyota treinou bem em Silverstone na semana retrasada e pode aparecer na zona de pontuação. Nico Rosberg, por sua vez, precisa marcar pontos mas, se o número de quebras for pequeno, fica de fora dos oito primeiros mais uma vez.

A Honda até mostra evolução mas só pontua se acontecerem muitas quebras. Ou se chover. Em pista molhada, a equipe japonesa é, potencialmente, aquela que mais se beneficia. Seus dois pilotos são reconhecidamente bons nesse tipo de condição.

Por fim, a Red Bull poderia pintar como surpresa, mas o Blog duvida. Além disso, não há muito o que esperar da parte de Toro Rosso, Spyker e Super Aguri. Só um palpite intuitivo: essa será a última corrida de Cristijan Albers.
Palpite do Blog para a corrida: Felipe Massa

Como preliminar da Fórmula 1, mais uma vez, teremos outra rodada da GP2. Em Silverstone, Bruno Senna tem uma excelente chance de bom resultado, numa pista que conhece bem. Além, dele, o Blog chuta o líder do campeonato Timo Glock, que precisa de recuperação.
Palpites do Blog para as corridas: Bruno Senna e Timo Glock

Na ChampCar, continuo apostando em Sebastien Bourdais. Uma hora, fatalmente, acabarei acertando. O francês venceu metade das corridas desse ano. Nas duas últimas, não saiu com o triunfo. Já está na hora de terminar com esse imenso jejum.
Palpite do Blog para a corrida: Sebastien Bourdais

A IRL realiza a segunda corrida do ano em circuito misto. Ótima oportunidade para os pilotos brasileiros. Tony Kanaan, vice-líder da temporada, deve encostar em Dario Franchitti no campeonato. Mas quem vence é Helio Castroneves.
Palpite do Blog para a corrida: Helio Castroneves

A Nascar corre no templo da categoria, em Daytona. Com certeza, será uma corrida espetacular. A equipe Hendrick, que vem dominando a temporada, possui um dos carros mais bem acertados para a pista. Jeff Gordon lidera a tabela, mas quem sai vencedor é o seu companheiro de equipe, Jimmie Johnson.
Palpite do Blog para a corrida: Jimmie Johnson.

Por fim, teremos uma espetacular rodada dupla da WTCC no circuito histórico de Porto, em Portugal. Trata-se de uma pista de rua já usada pela Fórmula 1, nos anos de 1958 e 1960. O Blog torcerá por Augusto Farfus Jr., mas acredita em vitórias dos outros pilotos da BMW, Andy Priaulx e Jörg Müller.
Palpites do Blog para as corridas: Andy Priaulx e Jörg Müller.

Logo mais, voltamos com a análise dos treinos de sexta da Fórmula 1, que já estão rolando. Até daqui a pouco!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O dia em que Ron Dennis (quase) chorou

Não é qualquer coisa que faz Ron Dennis se emocionar. Logo ele, um dos sujeitos mais durões e sisudos da Fórmula 1. Mas o escândalo de espionagem em que viu sua McLaren metida fez o chefão passar do ponto. Hoje, ele chorou. Bom, na verdade, quase chegou lá. O que já vale muito.

Desde que seu (agora já afastado) funcionário Mike Coughlan foi acusado de participação no esquema que incluiria também o ex-mecânico chefe da Ferrari, Nigel Stepney, é a primeira vez que Dennis vai à imprensa se defender. Segundo relatos, Ron tinha a voz embargada. Passou muito perto das lágrimas.

Mas, fazendo jus à fama, se controlou. E suas palavras surpreenderam até os mais céticos. "Eu vivo e respiro esta equipe, não há como algo incorreto acontecer no nosso time, graças a Deus". Ron Dennis invocando uma entidade divina? É, amigos, a situação é grave mesmo.

E o manda-chuva da McLaren continua: "Foram dois ou três dias difíceis. Minha integridade pessoal é muito importante para mim mesmo e a integridade de minha empresa, mais ainda". De fato, Dennis sempre se preocupou com a imagem de sua equipe. Desde o começo.

Quando entrou na Fórmula 1, na décade de 80, Ron instituiu uma série de regras, cujo principal objetivo era reforçar a tão celebrada organização da McLaren. Chegavam ao ponto de pintar sua área do pit de vermelho e branco, cor da Marlboro, a patrocinadora da época.

Depois de todo esse esforço, que já vem de décadas, Dennis deve ter gelado quando viu a possibilidade de tudo ruir. Para ele, quase tão importante quanto os resultados da McLaren é como ela vai ser vista pelos fãs e patrocinadores.

Mesmo em tempos de vacas magras, como entre 1994 e 1996, ou mais tarde, em 2004, a equipe de Ron nunca perdeu o status de grande. Diferente do que ocorreu, por exemplo, com a Williams. Jamais, em toda a sua trajetória, Dennis se viu diante de uma dificuldade tão grave quanto a atual.

Porque não se trata de defeito no carro. Nem de pilotos. Trata-se de um problema de imagem. E isso, para Dennis - repito - é extremamente grave. Por isso sua defesa foi tão veemente. Ron não vai arriscar a reputação de sua equipe assim, tão facilmente.

Por tudo isso, somado ao apoio dado por Bernie Ecclestone, a McLaren não deve sofrer, como equipe, punições pelo escândalo de espionagem. Certamente, porém, Ron Dennis não vai deixar essa passar barato. Mike Coughlan e Nigel Stepney que se preparem. Cutucaram a onça com vara curta.

Como muito bem disse o jornalista Flávio Gomes, esses dois estão é fudidos.

Será que agora vai?

A última vez foi no Grande Prêmio da China do ano passado. Desde então, já foram vários alarmes falsos. Causa de preocupação extra para as equipes e de expectativa redobrada para nós, os fãs. Depois de chegar a 80% de possibilidade de cair em Magny-Cours, a chuva volta a ser assunto na Fórmula 1 para a próxima corrida, em Silverstone.

Agora, as chances estão em 60%. O que, para os organizadores do Grande Prêmio da Inglaterra, é uma enorme dor de cabeça. A região onde fica localizado o circuito de Silverstone já provou ser, no passado, problemática quando chove.

Em 2000, quando a pista molhada deu a Rubens Barrichello sua primeira pole na Ferrari, as redondezas da pista se tornaram um verdadeiro lamaçal. Também, é bom que se diga, alguém teve a brilhante idéia de marcar aquela corrida para o início do ano. Na Inglaterra, é chuva na certa. É só ver só o clássico caso de Donington Park, em 1993.

Dessa vez, porém, a etapa inglesa da Fórmula 1 está marcada para a sua usual data de meados de julho. Mesmo assim, a chuva nunca pode ser descartada. Se, de fato, ela vier, é excelente notícia para veteranos como David Coulthard, Jenson Button e o próprio Rubens Barrichello.

Bom, também, para os pilotos da McLaren. Lewis Hamilton é inglês e, como tal, tem formação na pista molhada. E a exibição de Fernando Alonso na Hungria, no ano passado, já mostrou que o espanhol sabe andar nesse tipo de condição.
Ruim, mesmo, só para a Ferrari. Felipe Massa, já podemos dizer, não é lá grandes coisas quando cai uma aguinha. E Kimi Raikkonen também jamais se destacou muito numa corrida de pista molhada.

Os 60% de chance não representam, ainda, uma ameaça iminente de que vem água por aí. Pode ser que as nuvens passem longe. Mas quem vem tentando acompanhar o aberto de Wimbledon sabe que o tempo na terra da Rainha tem andado realmente instável. E, em termos de chuva, a Inglaterra... é sempre a Inglaterra.

Será que agora vai?

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos - Número Cinco

Já estamos chegando lá. Hoje, o quinto colocado na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos. E para quem achou que eu não tinha feito uma pesquisa muito detalhada, vamos, agora, conhecer uma preciosidade não muito vista pelos mais jovens amantes da Fórmula 1:

10. Alonso sobre Schumacher - Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher - Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet - Inglaterra/1987
7. Schumacher sobre Raikkonen - Brasil/2006
6. Montoya sobre Schumacher - Brasil/2001
QUINTA COLOCADA - Gilles Villeneuve sobre Alan Jones, G.P. da Holanda de 1979

No dia 26 de agosto de 1979, Gilles Villeneuve entrava definitivamente para a história. Nesse dia, o canadense, que já havia arrebatado corações na sensacional disputa contra Rene Arnoux no Grande Prêmio da França, mais cedo naquele ano, conquistou de vez deu lugar no hall de ídolos não só da Ferrari, mas de todos os fãs de automobilismo.

A demonstração de persistência e garra dada naquela corrida, em Zandvoot, nunca seria esquecida por qualquer amante da velocidade. Ao chegar na Holanda, Gilles tinha 32 pontos no campeonato, e estava empatado na vice-liderança com o francês Jacques Laffite, da Ligier.

A grande disputa, porém, era contra o seu companheiro de equipe Jody Scheckter, no topo da tabela, com 36. Sabendo ser o segundo piloto da Ferrari, Villeneuve, se quisesse o título, precisaria ser muito superior ao sul-africano.

E, para isso, teria também de bater o australiano Alan Jones, da Williams, o grande dominador da segunda metade daquela temporada. Não era uma tarefa fácil. No grid de Zandvoort, Rene Arnoux, com a Renault Turbo, era o primeiro. Jones vinha em segundo e as Ferrari ocupavam a terceira fila, com Scheckter em quinto e Villeneuve em sexto.

Na largada, uma série de acontecimentos diferentes já indicavam que a corrida seria animada. O pole Arnoux largou mal e, antes da primeira curva, colidiu com a Williams de Clay Regazzoni. Os dois abandonaram imediatamente.

Ao mesmo tempo, Scheckter dava uma saída absolutamente desastrosa, caindo de quinto para último, prejudicado por problemas no carro. A outra Ferrari, entretanto, aproveitou a confusão e pulou para segundo. No final da primeira volta, Villeneuve tinha apenas na sua frente a Williams de Alan Jones.

Por dez voltas, o canadense estudou a linha do australiano. Quando os dois abriram juntos a volta 11, Gilles encostou de novo. Ninguém, porém, poderia achar que Villeneuve estava perto o suficiente para tentar uma ultrapassagem.

Percebendo a aproximamação do piloto da Ferrari, Jones se desloca para o meio da pista, tomando a linha de dentro. Ninguém seria maluco para tentar uma manobra por fora, ainda mais na temível curva Tarzan, não é verdade? Mas Villeneuve era um piloto diferenciado.

E o canadense foi por fora. Retardando a freiada até quase chegar ao ponto de tangência da Tarzan, Gilles estava disposto a arriscar tudo pela ultrapassagem. Aquela Ferrari era excelente de reta, mas bem pior para fazer curva.

Seria praticamente impossível segurar o carro. Jones, por um momento, deve ter achado que Villeneuve ia acabar voando para fora da pista. Freiou um pouco antes do que poderia e deixou espaço para o canadense. Já era o suficiente.

Gilles abriu a trajetória o máximo que conseguiu. Escorregando a Ferrari de forma controlada e espetacular, saiu da Tarzan lado a lado com o australiano, mas com maior velocidade. Antes de chegarem à próxima cruva, o canadense havia ganho a liderança.

Sozinha, a ultrapassagem já merece um lugar na antologia da Fórmula 1. Mas não seria exatamente por causa dela que aquele G.P. da Holanda entraria para a história. O show de Villeneuve ainda não havia terminado.

Gilles liderou por trinta e seis voltas, antes de rodar sozinho no quadragésimo-sétimo giro. Alan Jones recuperou a ponta, mas o canadense iria atrás dele. Quatro voltas depois, porém, Villeneuve rodava mais uma vez e, de novo, na Tarzan.

Não havia sido culpa dele. O pneu traseiro esquerdo em frangualos tinha sido o causador da rodada. Gilles não parece perceber o estrago de seu carro. Fica uns trinta segundos parado na Tarzan. Então, surpreendentemente, dá a marcha ré e tenta continuar na corrida.

A torcida, em volta do circuito, vai ao delírio. A Ferrari de Villeneuve não tem a menor chance de permanecer no Grande Prêmio. Mas o canadense não se importa com isso. Dá uma volta inteira pela pista antes de retornar ao box.

Antes de completá-la, a suspensão do carro fica completamente destruída mas não se solta, ficando presa, de forma pitoresca, por um pequeno pedaço. Villeneuve chega ao box gesticulando para uma troca rápida de pneus. Os mecânicos, incrédulos, fazem sinal de que a corrida, para ele, acabou.

Gilles demora a perceber o que está acontecendo. Então, ao se tocar, sai finalmente do carro, depois de permanecer mais um tempo tentando convencer sua equipe a devolvê-lo à corrida. Para os mecânicos da Ferrari, a demonstração de persistência de Villeneuve havia sido arrebatadora.

Quando finalmente aceita abandonar o carro, o canadense é aplaudido por vários membros do time. Todos reconhecem o esforço e a garra de Gilles. Nenhum outro piloto do mundo teria tido tanta força de vontade quanto Villeneuve.

No final, Alan Jones venceu, com Jody Scheckter em segundo, após bela recuperação. Mas quem se importa com isso? Naquele dia, o herói foi outro. Pela ousadia, por sua raça e imensa dificuldade da manobra, pelo controle absolutamente magnífico do carro e pela exibição histórica naquela corrida, Gilles Villeneuve leva o quinto lugar na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos.

Como sempre, segue o vídeo da manobra:

E, neste aqui, temos lances da largada, outro ângulo da ultrapassagem e o show de Villeneuve após sua rodada:


Por essa semana, é só. Na próxima, porém, chegaremos aos números 4, 3 e 2 da nossa lista. E amanhã, temos a Agenda do Fim de Semana, com o que vai ser destaque no mundo da velocidade e os chutes do Blog. Ainda voltamos, hoje, comentando as mais novas notícias do automobilismo. Até mais!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A Fórmula 1 em 2008 - Os Palpites do Blog

É comum, na categoria máxima do automobilismo, referir-se ao Grande Prêmio da Inglaterra como o início da silly season, época em que rumores e especulações dominam o Paddock da Fórmula 1. Poucos pilotos podem se considerar, até agora, garantidos como titulares no ano que vem. A dança das cadeiras está só começando.

O Blog F1 Grand Prix, então, abre espaço para a sua bola de cristal. Segundo a previsão do escriba que vos fala, os pilotos da Fórmula 1 em 2008 serão:

McLaren

Tarefa ridícula adivinhar a dupla de titulares. Ron Dennis estaria louco se resolvesse trocar um deles.
Titulares do Blog em 2008: Fernando Alonso e Lewis Hamilton

Renault

Heikki Kovalainen deve continuar, mas Giancarlo Fisichella tem seu contrato encerrado no fim do ano. Flavio Briatore está ansioso para incluir Nelson Angelo Piquet, e pode sobrar para o italiano. O Blog não só aposta em Nelsinho como também torce para o brasileiro.
Titulares do Blog em 2008: Heikki Kovalainen e Nelsinho Piquet


Ferrari

Outra equipe cuja dupla já está garantida. Massa vem fazendo excelente trabalho e Kimi mostra evolução.
Titulares do Blog em 2008: Felipe Massa e Kimi Raikkonen

Honda

Rubens Barrichello já teve seu contrato renovado e Jenson Button tem um compromisos mais alongado. No futuro, uma surpresa como Marco Andretti pode pintar. Por enquanto, porém, segue a dupla de veteranos.
Titulares do Blog em 2008: Jenson Button e Rubens Barrichello

BMW Sauber

Merecidamente, Nick Heidfeld permanece na equipe no ano que vem. Robert Kubica ainda tem potencial de melhora e é peça importante no time.
Titulares do Blog em 2008: Nick Heidfeld e Robert Kubica

Toyota

Jarno Trulli continua. O grande enigma é o seu futuro companheiro. Se a equipe japonesa dispensar Ralf Schumacher - que já está sinalizando com uma redução de salário - não há fortes candidatos, até agora, para a segunda vaga. Falou-se em Christian Klien, mas ele não é bom suficiente. Uma opção seria um outro alemão para o lugar de Ralf. O Blog chuta Timo Glock, líder da GP2, cujo contrato de pilotos de testes com a BMW Sauber termina no fim do ano.
Titulares do Blog em 2008: Jarno Trulli e Timo Glock

Red Bull

Segundo rumores preliminares, Vitantonio Liuzzi poderia ser promovido a titular da escuderia principal da empresa de bebidinhas energéticas. Mas Mark Webber ainda está no seu primeiro ano na equipe e David Coulthard vem fazendo, desde 2005, um bom trabalho no time.
Titulares do Blog em 2008: David Coulthard e Mark Webber

Williams

Outro foco de dúvidas. Nico Rosberg teve seu nome ligado à Toyota e à Ferrari. Mas, na equipe inglesa, já conquistou seu espaço e teria tempo para crescer como piloto. Seu companheiro em 2008 dificilmente será Alexander Wurz. A Williams poderia colocar um japonês por exigência da Toyota, como Kazuki Nakajima. Mas, no final, deve prevalecer a vontade do time inglês. Uma boa opção seria Giancarlo Fisichella que, segundo os cálculos do Blog, não segue na Renault.
Titulares do Blog em 2008: Nico Rosberg e Giancarlo Fisichella

Toro Rosso

Scott Speed pode deixar a sucursal da Red Bull. Vitantonio Liuzzi, ao contrário, não deve ficar fora da Fórmula 1. Se não for para a equipe principal, fica na Toro Rosso, seguindo a aposta do Blog. O outro piloto pode ser Sebastian Vettel, que viria emprestado da BMW Sauber. Mas a escolha de Sebastien Bourdais me parece mais acertada.
Titulares do Blog em 2008: Vitantonio Liuzzi e Sebastien Bourdais

Spyker

Cristijan Albers já vai tarde. Adrian Sutil tem contrato até o fim de 2009, e continua com os holandeses. Completando a dupla pode aparecer Giedo van der Garde, o piloto com o sobrenome mais maneiro do mundo do automobilismo. Por ser holandês e ter experiência em testes com a Spyker, Giedo leva a segunda vaga.
Titulares do Blog em 2008: Adrian Sutil e Giedo van der Garde.

Super Aguri

A permanência de Takuma Sato é óbvia. O segundo piloto, porém, também é um incógnita. Anthony Davidson, depois da temporada mediana que vem fazendo, não deve continuar. Entre as opções, estariam, é claro, japoneses como Sakon Yamamoto, que ja correu pelo time em 2006. Mas a escolha, assim como neste ano, pode recair sobre um piloto de testes encostado na sua equipe. Alguém como Christian Klien, por exemplo.
Titulares do Blog em 2008: Takuma Sato e Christian Klien

ProDrive

Vocês não esqueceram dela, não é? Dirigida por David Richards, ex-chefão da Benetton e da B.A.R., a equipe inglesa deve ter um piloto de seu país e outro cedido da McLaren, de onde deverão vir seus chassis. Para o Blog, os escolhidos serão Gary Paffet e Pedro de la Rosa.
Titulares do Blog em 2008: Gary Paffet e Pedro de la Rosa

Depois desse esforço de adivinhação, devo agradecer ao Pezzolo, que me deu, indiretamente, a idéia deste post. No seu blog, ele também tenta montar esse complicado quebra-cabeças da Fórmula 1.

A única certeza que todos nós temos é de que muita água ainda vai rolar na interminável fábrica de boatos que é a Fórmula 1. A silly season, meus amigos, está apenas começando.

McLaren excluída do campeonato? Conta outra, vai...

Não se fazem mais espiões como antigamente. Esse aí da foto é Mike Coughlan, acusado de espionagem no caso Ferrari-Nigel Stepney-agora-também-envolvendo-McLaren. Não dá nem para figurante de filme de James Bond, não acham?

Ele é o desenhista-chefe da equipe inglesa. Ou melhor, era. Tão logo descobriu o envolvimento de seu funcionário no suposto caso de espionagem, a McLaren já o afastou de suas atividades. Além disso, o time de Ron Dennis também nega qualquer uso dos dados conseguidos de forma ilícita por Coughlan.

Hoje, a FIA foi convidada a fazer parte das investigações. Uma medida que a própria McLaren tratou de tomar. Bobos, os ingleses não são. Ano retrasado, a turma de Max Mosley já deu chilique num escândalo bem menos notório, que rendeu à B.A.R. duas corridas de suspensão.

Agora, o caso é bem mais grave. Trata-se de uma forte acusação de espionagem industrial. Pelo regulamento da Fórmula 1, a McLaren, se considerada culpada, poderia até ser excluída do campeonato.

Mas é óbvio que isso não vai acontecer. Nem Max Mosley seria corajoso o suficiente para cometer um absurdo como esse. Não há como provar que a McLaren usou os dados da Ferrari. Além disso, a postura correta e energética dos ingleses ao logo afastarem o funcionário acusado depõe a favor da equipe.

Seria correto punir uma equipe toda por uma atitude isolada de um único empregado? Claro que não. Mesmo considerando as maluquices da turma da FIA, é extremamente improvável que a McLaren seja afastada da Fórmula 1.

O caso todo, é bom que se diga, ainda é bem nebuloso. Não dá para afirmar que Mike Coughlan e Nigel Stepney são realmente culpados, pelo menos por enquanto. A partir de agora, o assunto abandona a esfera esportiva e passa à jurídica. Melhor que seja assim.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem - Número Seis

Nossa lista já chega a sua metade, e a competição vai ficando cada vez mais feroz. Agora, para entrar no ranking, a manobra tem de ser ainda mais difícil, aguerrida, surpreendente ou antológica. Vamos lá, então:

10. Alonso sobre Schumacher - Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher - Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet - Inglaterra/1987
7. Schumacher sobre Raikkonen - Brasil/2006
SEXTA COLOCADA - Juan Pablo Montoya sobre Michael Schumacher, G.P. do Brasil de 2001

Naquele ano de 2001, muito havia se falado sobre a nova revelação do automobilismo mundial, um sul-americano vindo de um país sem a menor tradição no esporte, cujo estilo era a síntese perfeita do termo win or wall.

Depois de se sagrar campeão da extinta Fórmula 3000 e do campeonato da ChampCar, nos Estados Unidos, Juan Pablo Montoya finalmente desembarcava na Fórmula 1. E, ao chegar em Interlagos, corria praticamente em casa.

A Colômbia, é claro, nunca teve a menor infra-estrutura para sediar uma etapa da principal categoria do automobilismo mundial. A corrida no Brasil, portanto, era a melhor oportunidade para os torcedores do país acompanharem seu mais novo ídolo.

As arquibancadas de Interlagos foram invadidas por vários grupos de fãs de Montoya, que não chegavam perto do número de brasileiros presentes mas faziam bastante barulho.

Terceira corrida do ano, Interlagos tinha como franco-favorito o alemão Michael Schumacher. Vencedor das duas primeiras provas da temporada, ele tinha 20 pontos, contra 10 de Rubens Barrichello e David Coulthard, que vinham logo atrás. Grandes personagens daquele ano, Mika Hakkinen tinha só um ponto, Ralf Schumacher, dois, enquanto Montoya ainda estava zerado.

Michael Schumacher era o pole no grid, seguido de seu irmão. Na segunda fila, Hakkinen e Montoya, com Coulthard em quinto e Barrichello em sexto. Na largada, um defeito no controle de tração deixou Mika parado.

Montoya fez uma excelente saída e pulou para segundo. Coulthard, Trulli, Ralf, Frentzen e Barrichello completavam os sete primeiros. O carro de Hakkinen não conseguiu ser retirado a tempo e o safety car foi acionado.

Ele permaneceu apenas uma volta na pista, de modo que a relargada aconteceu já no segundo giro. E foi aí que Montoya executou uma ultrapassagem que entrou para a história da Fórmula 1. Usando sua experiência de largadas lançadas da ChampCar, o colombiano foi para cima de Schumacher.

Quando cruzaram a reta de largada, pareciam um pouco longe um do outro. Pareciam. Não para Juan Pablo. Retardando a freiada até o limite, ele colocou por dentro do alemão. Certamente, Schumacher não estava esperando por essa.

Ao contornarem a primeira perna do "s", os dois estavam lado a lado. Montoya, rápido demais para aquele ponto, dá uma leve consertada, deslizando sobre a Ferrari do alemão. Os dois se tocam e parece que vão sair da pista.

Fazendo o máximo de esforço, porém, Montoya consegue terminar a curva, ganhando a posição. Schumacher, por sua vez, tem de freiar mais uma vez para não cortar o "s". Assim, perde tempo e cede a liderança de vez. De quebra, ainda é quase ultrapassado por Coulthard, que vinha logo atrás.

Manobra perfeita, aguerrida e ousada. Juan Pablo Montoya mostrava seu cartão de visitas ao mundo da Fórmula 1.

Depois da ultrapassagem de Montoya, todo o resto da corrida ficou ofuscado. E olha que aconteceu bastante coisa naquele dia. Apenas alguns segundos após a manobra do colombiano, Barrichello abalroou Ralf por trás, abandonando logo na segunda volta.

Mais tarde, o retardatário Jos Verstappen fez o mesmo com o líder Montoya, que foi obrigado a sair da corrida. Começa a chover e Schumacher, o grande mestre nesse tipo de pista, estava na frente. Entretanto, com o carro acertado para o seco, ele é ultrapassado por Coulthard, em outra ultrapassagem bonita e arriscada, usando a Minardi do brasileiro Tarso Marques.

O escocês venceu, mas a estrela do dia havia sido Montoya. Pela ousadia, pela agressividade que quase chega ao nível da irresponsabilidade e por ter servido como um magnífico cartão de visitas ao mundo da Fórmula 1, Juan Pablo Montoya leva o sexto posto na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos.

O vídeo, a seguir. Não é o melhor sobre a ultrapassagem disponível na Internet, mas é o único que achei com narração em português. Detalhe para a batida de Rubens Barrichello logo a seguir, levando Galvão Bueno ao desespero:

Amanhã continuamos com os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando o número cinco da nossa lista. Hoje, Schumacher, mais uma vez, foi a vítima. Será esta a última vez em que isso vai acontecer?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Sebastian Vettel e o risco de jogar a carreira fora

A BMW ainda não anunciou, mas o processo de renovação do contrato de Nick Heidfeld já está em sua fase de finalização. Contratado inicialmente como um piloto de transição, o alemão cresceu dentro da equipe e fez por merecer a extensão de seu compromisso. Assim como ele, o polonês Robert Kubica também deve continuar na equipe em 2008.

Sendo assim, como fica a situação de Sebastian Vettel? O jovem alemãozinho, que se tornou no Grande Prêmio dos Estados Unidos o mais jovem da história a marcar pontos, já tem seu nome envolvido emum forte boato que circula pelo Paddock. Piloto de testes e reserva da BMW, ele está sendo apontado como provável titular da Toro Rosso no ano que vem.

Essa parece ser a vontade dos dirigentes das duas equipes envolvidas. Hoje, Mario Theissen, da BMW, e Gerhard Berger, da Toro Rosso, não confirmaram nem negaram os rumores. O que é um sinal claro de que o assunto pode não passar de mera especulação.

Caso o boato se confirme, Vettel assumiria um dos cockpits da Toro Rosso no ano que vem. Seu companheiro seria Vitantonio Liuzzi ou o quase-xará Sebastien Bourdais (muda a penúltima letra, num é "a" no outro "e", repararam? Não? Tudo bem, isso não é mesmo importante...). Scott Speed, nesse cenário, estaria descartado para a Fórmula 1, e seu destino provavelmente seria as corridas da ChampCar na América do Norte.

O compromisso de Vettel com a Toro Rosso seria de dois anos. Depois desse período, ele voltaria para a BMW. Mas, claro, nunca há garantias totais. Será que vale a pena, para o jovem alemão, forçar a entrada na Fórmula 1 já no ano que vem? Muita calma nessa hora.

Sebastian já provou que é bom. Tem um futuro todo pela frente. E sua idade ainda é excepcionalmente pouca - ele faz 20 anos exatamente hoje, dia 3. Não existe a menor necessidade de acelerar as coisas. Na Toro Rosso, Vettel dificilmente conseguiria resultados de destaque. Não há, pelo menos em curto prazo, qualquer possibilidade de melhora por parte da sucursal da Red Bull.

O alemão estaria condenado, inevitavelmente, às últimas posições do grid. Criada para ser uma equipe projetora de novos talentos, a Toro Rosso está fazendo justamente o contrário. A carreira do promissor Scott Speed já foi praticamente arruinada após dois anos no ostracismo. Embora quase na mesma situação, Vitantonio Liuzzi ainda se salva pela reputação - foi campeão mundial de kart e esmagou a concorrência na extinta Fórmula 3000.

Sebastian Vettel poderia ir facilmente pelo mesmo caminho. Por mais que a BMW o proteja, uma dupla temporada na Toro Rosso poderia acabar com sua carreira. Além disso, não há como garantir, na equipe alemã, uma vaga para 2010. Até lá, muita coisa pode mudar. É bom que se diga que começar numa equipe pequena nem sempre é sinônimo de fracasso. Fernando Alonso, por exemplo, cumpriu um ano na Minardi antes de passar à Renault.

O espanhol, porém, tinha a equipe toda a sua disposição e, mesmo lá atrás, conseguia destaque. Na Toro Rosso, Vettel seria um piloto como qualquer outro. Se for batido por Bourdais, Liuzzi ou qualquer que seja o seu companheiro, sua carreira poderia ir para o ralo. O alemão tem potencial, repito, mas ele precisa ser trabalhado da maneira mais cuidadosa possível.

Melhor do que dois anos na sucursal da Red Bull, seria ficar na BMW durante esse período, como piloto de testes. Ou, quem sabe, Vettel não poderia tentar a GP2, como fez Hamilton? É uma opção.

Descoberto pelo mesmo olheiro de Schumacher, Sebastian é um diamente que precisa ser lapidado. Nada de o jogar aos leões, por enquanto. Correr uma corrida na BMW como substituto é uma coisa. Uma temporada inteira numa equipe de final de pelotão e sem perspectivas de ponto, é outra, completamente diferente.

A BMW tem de seguir o exemplo da McLaren. Fazer com Vettel o que a escuderia inglesa fez com Lewis Hamilton. Assim - quem sabe? - o alemão poderia chegar na Fórmula 1 tão preparado quanto o inglês. Considerando todo o potencial de Sebastian, não é nada impossível.

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: As Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos - Número Sete

Continuamos hoje, então, a contagem regressiva das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos. Neste semana, contaremos as de número 7, 6 e 5. Sem perder mais tempo, vamos em frente:

10. Alonso sobre Schumacher – Hungria/2006
9. Villeneuve sobre Schumacher – Portugal/1996
8. Mansell sobre Piquet – Inglaterra/1987
SÉTIMA COLOCADAMichael Schumacher sobre Kimi Raikkonen, G.P. do Brasil de 2006

Essa, vi ao vivo. Eu estava lá. E foi inesquecível. Pode não ter sido a mais difícil, muito menos a mais importante para o resultado de um campeonato. Nem contava tanta coisa para aquela própria corrida. Mas o seu valor era maior. Naquele momento, uma lenda das pistas se despedia, num último momento de sublime genialidade.

Michael Schumacher chegou ao Grande Prêmio do Brasil, última etapa da temporada 2006 da Fórmula 1, com exatos dez pontos de desvantagem para o líder na tabela, Fernando Alonso. Só um resultado interessava ao alemão. Ele teria de vencer, e o espanhol não poderia completar entre os oito primeiros.

Para quem acompanhava aquele campeonato desde o início, tratava-se de uma chance remota. Alonso, um mestre da regularidade, não deixaria o título escapar assim tão facilmente. A Schumacher, só restava torcer pela sorte, que tanto o acompanhara na carreira mas que parecia tê-lo abandonado naquela reta final de temporada.

Na corrida anterior, no Japão, o alemão liderava quando uma quebra de motor pôs tudo a perder. Alonso venceu e, com isso, praticamente fechou o campeonato. Para muitos, Schumacher estava no Brasil só para cumprir tabela. Estavam enganados.

O alemão, para variar, teve vários problemas no fim de semana. Um defeito de câmbio o jogou para o décimo lugar no grid. Depois, ao tentar se recuperar na corrida, teve um pneu furado numa disputa com Giancarlo Fisichella.

Quando Schumacher voltou do pit extra, quase uma volta atrás, suas últimas chances de conquistar o campeonato foram perdidas. Mas ele não desistiria assim tão rapidamente. Um a um, ele foi ultrapassando todos os seus concorrentes. E nós, os torcedores das arquibancadas, vibrávamos a cada manobra.

Ao longo da corrida, Kubica (duas vezes), Heidfeld, Barrichello e Fisichella foram só alguns dos superados pelo alemão. E todos na pista e não nos boxes, ao contrário do que dizem seus detratores. Faltavam então, cinco voltas para o fim, e Schumi encostou em Kimi Raikkonen.

Nessa altura, Felipe Massa liderava com grande vantagem e Fernando Alonso era um confortável segundo. Não havia razão - não é mesmo? - para arriscar tudo numa ultrapassagem sem sentido sobre o finlandês. Mas Schumacher foi para cima dele.

Lembro que quando passaram por mim, na arquibancada A da subida dos boxes, pensei na hora "não vai dar, ainda está muito longe". Mas então, lá no finzinho da reta, deu para ver o alemão mudando de trajetória. Toda a torcida se levantou. Será?

Um instante de suspense. E, então, de maneira consagradora, ouve-se o narrador do circuito gritar "SENSACIONAL!", ao mesmo tempo em que o alemão aparece, lá do outro lado, na curva do Sol, na frente de Raikkonen. Genial.

Chegando ao fim da reta, Schumacher puxou para dentro. Kimi foi junto dele, acreditando que o alemão hesitaria. Mas Michael foi mais fundo ainda. Numa manobra arriscada e magnífica, o alemão ganhava o quarto lugar. E fechava com chave de ouro sua brilhante carreira.

Schumacher perdeu o título para Alonso. E daí? Pela garra do alemão naquele dia, por causa da dificuldade e do risco daquela manobra e, principalmente, por representar o último lampejo de genialidade do mais bem-sucedido piloto da história da Fórmula 1, Michael Schumacher leva o sétimo lugar na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos.

No vídeo abaixo, uma coletânea com todas as ultrapassagens de Schumacher naquele dia. Quem disse mesmo que ele só sabia passar pelos boxes? A manobra sobre Raikkonen é, obviamente, a última:


Quem quiser ver só a ultrapassagem sobre Kimi, pode ir nesse vídeo direto:

Continuamos com os 10+ do Blog F1 Grand Prix ao longo desta semana. Amanhã, o número seis. Será que Schumacher estará envolvido de novo?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A Fórmula 1 perto de conhecer um terceiro Andretti

Num dia absolutamente sem graça em termos de notícia, salta aos olhos a possibilidade de Marco Andretti, neto de Mario e filho de Michael, seguir carreira na Fórmula 1. Seria, a princípio, pela Honda. Mas, antes disso, ele teria que cumprir etapas na GP2 e como piloto de testes da escuderia japonesa.

Depois de um ótimo começo na IRL ano passado, quando inclusive quase ganhou as 500 milhas de Indianapolis, Marco vem tendo um 2007 desastroso. É o último da esquadra da Andretti-Green. Até Danica Patrick - digo "até" porque ela é tão novata quanto ele - consegue superá-lo. Para não se queimar, o mais novo Andretti estaria considerando uma brusca mudança na carreira.

Não se trata de mero boato. Vale lembrar que Marco já fez testes pela própria Honda. E, além disso, só chegaria na Fórmula 1 em dois ou três anos, quando certamente Jenson Button e Rubens Barrichello já devem estar tomando outros rumos.

O Blog torce muito para que isso aconteça. Seria, no mínimo, muito intessante. No futuro, poderíamos ter Bruno Senna, Nelsinho Piquet, Marco Andretti, além de outras promessas como Freddie Hunt, Adrian Tambay e os irmãos Greg e Leo Mansell na Fórmula 1.

Claro, é só especulação. Muitos deles ainda podem se tornar obscuros. Exemplos também não faltam: Nicholas Prost, Mathias Lauda e Christian Jones são só alguns dos que fracassaram na carreira.

Se Marco vai dar certo na Europa, é impossível prever. Duas constatações, pelo menos, podem ser feitas: os americanos se interessam, sim, por Fórmula 1. E a GP2 se estabelece cada vez mais como a categoria-escola da top do automobilismo mundial.

Caso chegue à Fórmula 1, Marco será o primeiro piloto de terceira geração da história da categoria. Seu avô, Mario, foi uma figura extremamente importante, tendo sido campeão com a Lotus em 1978.

Já seu pai, Michael, teve uma desastrosa experiência com a McLaren em 1993, quando foi completamente batido pelo seu companheiro de equipe, Ayrton Senna.

Resta a maldosa pergunta: será Marco um fiasco como o pai ou uma lenda como o avô? A conferir...

Três equipes correndo atrás do lucro

Um dos jargões esportivos mais idiotas que existe é "correr atrás do prejuízo". Como poderia alguém correr atrás do prejuízo? Só se quiser o prejuízo. O correto seria "correr atrás do lucro", certo? Pois bem, é exatamente essa a missão de algumas equipes da Fórmula 1, notadamente Honda, Toyota e... sim, também a McLaren.

McLaren? Mas ela não é líder do campeonato? Certo mais uma vez. Só que na categoria mais competitiva do automobilismo mundial, isso não é suficiente. Depois da reação da Ferrari no G.P. da França, os ingleses estão, de novo, sob pressão.

Embora Hamilton já possa pensar em administrar sua vantagem na campeonato de pilotos, na tabela de construtores os italianos já encostaram. A próxima corrida é em Silverstone, casa da McLaren. E, mais importante, de Lewis Hamilton.

Ron Dennis e companhia não podem fazer feio na frente de milhares de torcedores que estarão torcendo pela nova sensação da Fórmula 1. Têm uma semana para recuperar a desvantagem para a Ferrari. O chefão, em entrevista, hoje, afirmou que sua equipe teve o pior desempenho do ano em Magny-Cours.

Disse ainda que a performance não deve se repetir na corrida Inglaterra, quando promete um contra-ataque. "Fizemos eles parecerem bem melhores do que são e vamos provar isso em Silverstone", falou Dennis. Será mesmo?

Por sua vez, a Honda, que já desistiu de 2007, anunciou a contratação de quatro novos funcionários para a área técnica. Eles trabalharão com enfoque na aerodinâmica, o ponto fraco da equipe este ano. Já que dinheiro não é problema, os japoneses estão tentando comprar talento.

Dá certo desta vez? Com a atual temporada desastrosa, a única lternativa, convenhamos, é pensar no futuro. De 2007, não há mais nada a esperar. Nisso, a Honda faz bem. Só que pode não ser o suficiente. É só ver o caso da Toyota.

Quando estreou na Fórmula 1, em 2002, a equipe que hoje tem Ralf e Trulli anunciou que só disputaria o título em 2009. Muitos zombaram ou duvidaram dos japoneses. "É a paciência nipônica", diziam.

A Toyota, de fato, acreditava no planejamente a longo prazo. Mas ele falhou. Por diversos motivos, a começar pela equivocada escolha de pilotos. Para o próximo Grande Prêmio da Inglaterra, porém, a escuderia tem se mostrado confiante. Principalmente, em razão dos testes coletivos da semana passada, realizados exatamente em Silverstone.

Otimismo só, entretanto, não basta. Depois de mais um ano jogado fora, os nipônicos precisam abaixar a cabeça e trabalhar. Se for na base do "vai dar tudo certo no final", como têm sido as entrevistas dos pilotos e dirigentes da equipe japonesa, a Toyota não vai encontrar nada mais do que desilusão.

A partir de agora, ela na mesma situação de Honda e McLaren, embora, na pista, cada uma tenha um nível diferente. A todas as três equipes, só resta correr atrás do lucro.

O primeiro Hamilton

A revista F1 Racing é a publicação especializada em Fórmula 1 mais vendida do mundo. Desde outubro do ano passado, possui uma edição só para o Brasil. Que, ainda no seu início, sofre com alguns problemas de revisão e a óbvia dificuldade de ser fechada a cada mês.

Prova disso é que a sua edição de número 8 apenas chegou às minhas mãos hoje, valendo para os meses de Junho e Julho. De qualquer forma, pode-se dizer que o atraso valeu a pena. Porque a reportagem de capa, com Lewis Hamilton, é imperdível.

Nela, um dos melhores jornalista especializados em Fórmula 1 do mundo, Peter Windsor, faz uma análise detalhada do estilo de pilotagem do inglês em curvas de diferentes tipos, comparando a técnica de Lewis com a de seus adversários. A conclusão é surpreendente. Hamilton é ainda mais senhor do seu carro do que todos os outros pilotos.

Na curva 5 de Sepang, um esquerda veloz que é a primeira perna de um "s", Lewis, segundo Windsor, é o piloto menos emocionante na sua trajetória. Ao contrário dos outros, que começam a contornar a segunda curva do "s" antes, Hamilton tira uma linha reta maior no intervalo entre elas.

Assim, começa a contornar a curva 6 depois, mas a termina antes. Lewis não se preocupa em ser o mais rápido durante a trajetória. O importante é a velocidade anterior e, principalmente, a posterior, quando ele vai entrar na reta.

O estilo de Hamilton é mais facilmente entendido na curva 15, a última do circuito malaio. Lá, Lewis é preciso e seguro na sua trajetória. Usa a mesma técnica, segundo fala Windsor, de "esticar a reta". Sua velocidade mínima é menor do que a de todos os outros pilotos, só que o inglês consegue sempre manter uma aceleração constante.

Dessa forma, recupera o tempo que perdeu na reta, onde entra com uma maior velocidade. Seu estilo é limpo, sem correções nem o menor toque de instabilidade. Para o jornalista, essa pilotagem de Lewis será uma vantagem ainda mais visível em 2008, quando será banido o controle de tração. Hamilton não é o tipo de piloto que depende dele.

Por fim, Windsor analisa a sensação da Fórmula 1 nas curvas 9 e 10 do Bahrein. A primeira, muito rápida, e a segunda, um cotovelo antes da reta oposta. A maioria dos pilotos, fala o jornalista, forçam a velocidade na pequena reta que divide as duas curvas. Assim, entram mais rápido na 10, mas perdem tempo na reaceleração.

Lewis é diferente. Ao contrário dos outros, ele entra mais por fora na curva 10, sacrificando sua rapidez na 9. Além disso, ainda freia antes do que os adversários. Assim, porém, Hamilton consegue ter uma trajetória estável, sem erros, e que o colocará com uma velocidade de reta bastante superior a dos outros.

Essa solução, diz Windsor, apenas Jarno Trulli e Kimi Raikkonen seguiram nesta curva. Mas foi Hamilton quem a achou primeiro. A eficiência do inglês me lembrou muito um gráfico de velocidade de Schumacher, que pode ser conferido no vídeo abaixo:




Assim como o alemão, Hamilton não se preocupa em alcançar a velocidade mais rápida na curva. O importante é o tempo que ele vai ganhar antes e depois. A única diferença é que Schumacher abusava das correções, enquanto o inglês, hoje, ainda consegue ter uma trajetória limpa.

Cada vez mais, fica claro que Lewis não é apenas mais um fenômeno da Fórmula 1. Pode-se argumentar, como Nelsinho Piquet fez recentemente, que ele tem um dos melhores carros da categoria e, assim, fica mais fácil. É verdade. Mas o que o Hamilton já mostrou, até agora, revela um potencial capaz até de bater os "insuperáveis" recordes de Michael Schumacher.

Lewis não é o novo Senna, pela legião de fãs que já conquistou ao redor do mundo. Nem o novo Schumi, pela absoluta eficiência na condução do carro. Muito menos o novo Mansell, por ser o atual ídolo inglês.

É, pura e simplesmente, o primeiro Hamilton.

domingo, 1 de julho de 2007

Weekend Update Parte Final - Fórmula Truck, Nascar e Balanço dos Palpites

Como diria o Galvão: "A física não permite!". Foi com essa sensação que eu assiti a Fórmula Truck, em Fortaleza. Não tenho nada contra a categoria, diga-se de passagem. Reúne pilotos consagrados no automobilismo brasileiro e merece ser tratada com respeito.

Mas a corrida de hoje foi até irresponsável. No circuito cearense, dois caminhões só ficavam lado a lado com muita boa vontade. Ultrapassagens? Só na ignorância, meu amigo. E a corrida foi se desenrolando assim.

De toquinho em toquinho, de rodada em rodada, quem ficou fora dos problemas foi o ex-piloto da IRL Felipe Giaffone. Ele venceu com relativa tranquilidade, seguido de Wellington Cirino e Roberval Andrade. O palpite do Blog, o local Beto Monteiro, nem chegou a completar a corrida. Realmente, dessa vez, chutei longe.

Apenas cinco pilotos completaram na volta do líder, lembrando, é claro, que os caminhões correram no traçado mais curto da temporada. Até agora, Roberval Andrade lidera o campeonato, com 64 pontos, dois a mais do que o vencedor de hoje, Felipe Giaffone.

A próxima corrida será só no dia 12 de agosto, em Caruaru, Pernambuco.

No circuito de Loudon, em New Hampshire, Denny Hamlin venceu a décima-sexta - décima-sexta, já?!? - corrida da Nascar este ano. Foi a primeira vitória do piloto da Jim Gibbs Racing na temporada. De quebra, ele é o vice-líder do campeonato.

A poucas voltas do fim, Hamlin fazia parte do grupo que lutava pela vitória, ao lado de Martin Truex Jr., Jeff Gordon e Dale Earnhardt, Jr. Na volta 255, de 300, o grupo da frente fez o último pit stop, durante uma bandeira amarela.

Diferentemente dos rivais, Hamlin trocou só dois pneus ao invés dos quatro. Assim, foi alçado à liderança da corrida, que não perdeu mais. Gordon, Truex Jr., Earnhardt Jr. e Jimmie Johnson fecharam o top 5.

A aposta do Blog, Tony Stewart, não passou de décimo-segundo. Juan Pablo Montoya voltou ao ostracismo depois da vitória em circuito misto da última semana. Para os padrões do colombiano em ovais, o resultado foi até bom: décima-nono.

Jeff Gordon lidera o campeonato com 2613 pontos, contra 2457 de Denny Hamlin. Montoya está no mesmo lugar em que completou a corrida de hoje - 19º - com 1662. A próxima corrida da Nascar é - adivinhem! - semana que vem. Dessa vez, porém, vale uma conferidinha. Será no templo de Daytona, onde teremos a Pepsi 400.
Hora do temido balanço dos acertos do Blog no fim de semana. Vejamos como eu me saí nos palpites:

FÓRMULA 1 - Vencedor: Kimi Raikkonen. Palpite: Fernando Alonso (sétimo colocado)
MotoGP - Vencedor: Valentino Rossi. Palpite: Valentino Rossi (na mosca)
GP2 - Vencedores: Giorgio Pantano e Javier Villa. Palpites: Lucas di Grassi (segundo e quarto) e Andreas Zuber (abandono e décimo-quinto)
IRL - Vencedor: Dario Franchitti. Palpite: Tony Kanaan (quarto)
ChampCar - Vencedor: Robert Doornbos. Palpite: Sebastien Bourdais (segundo)
Fórmula Truck - Vencedor: Felipe Giaffone. Palpite: Beto Monteiro (abandono)
Nascar - Vencedor: Denny Hamlin. Palpite: Tony Stewart (décimo-segundo).

Um acerto só em oito possíveis. Valentino Rossi me salvou. Mas, se analisarmos friamente, veremos que eu não fui tão mal assim. Acertar o resultado de uma corrida é bem mais difícil do que o de um jogo de futebol, por exemplo.

Algumas apostas foram boas. Lucas di Grassi e Sebastien Bourdais passaram perto da vitória. E Tony Kanaan ainda terminou entre os primeiros. Mas, tenho que admitir, o desempenho dos chutes foi um pouco decepcionante.

Principalmente porque errei feio o da Fórmula 1. Digamos que eu tinha uma chance em quatro de acertar. Apostei justamente naquele que foi o pior, Alonso. Tudo bem, não tem problema. Se eu continuar insistindo em Rossi e Bourdais, pelo menos uma das corridas do final de semana eu acerto.

Depois de cinco post que me custaram uma boa parte do domingo, termino por aqui. O Blog volta amanhã, com as notícias do dia. E a partir de terça temos a continuação dos 10+ do Blog F1 Grand Prix, com os 7°, 6° e 5° colocados na lista das Dez Maiores Manobras de Ultrapassagem de Todos os Tempos.
Por hoje é só. Até amanhã!

Weekend Update Parte II - IRL e ChampCar

Já digo de primeira que não vi nenhuma das provas. A da IRL até tentei, mas estava chata demais. Deixei a televisão ligada enquanto fazia outras coisas. No oval de Richmond, quem se deu bem foi o escocês Dario Franchitti, cada vez mais líder da temporada.

Os momentos de agitação foram poucos. Sam Hornish Jr. rodou na largada. Depois, Jeff Simmons e Kosuke Matsuura causaram outras bandeiras amarelas. E só. No fim, a dupla da Ganassi, Scott Dixon e Dan Wheldon, ainda tentou ameaçar Franchitti, sem sucesso.

O escocês foi soberano. Liderou 242 das 250 voltas da corrida. Depois de tomar a ponta de Tony Kanaan numa relargada ainda no início, não a perdeu mais. O brasileiro, a aposta do Blog, ainda terminou bem, em quarto. Os outros brazucas tiveram problemas.

Vítor Meira perdeu partes aerodinâmicas do carro mas ainda salvou um nono lugar. Helinho Castroneves não se deu bem e terminou uma volta atrás, em décimo-primeiro.

Foi, em suma, uma corrida monótona. Mesmo sendo em oval, foram raríssimas as ultrapassagens. Quem assistiu pela TV sofreu com a ufania exagerada dos locutores da Band. Luciano do Valle, no final da prova, chegou a dizer que "uma pane seca do Dario agora seria ótimo, não?".

Pelo menos, não interromperam a corrida antes do final.

A classificação da etapa de Richmond:

1. Dario Franchitti/Escócia/Andretti-Green, 250 voltas
2. Scott Dixon/Nova Zelândia/Ganassi
3. Dan Wheldon/Inglaterra/Ganassi
4. Tony Kanaan/Brasil/Andretti-Green
5. Buddy Rice/Estados Unidos/Dreyer & Reinbold
6. Danica Patrick/Estados Unidos/Andretti-Green
7. Tomas Scheckter/África do Sul/Vision
8. Scott Sharp/Estados Unidos/Rahal-Lettermann
9. Vitor Meira/Brasil/Panther
10. Ed Carpenter/Estados Unidos/Rahal-Lettermann
11. Helio Castroneves/Brasil/Penske

A próxima etapa da IRL promete muito mais. Será no histórico circuito de Watkins Glen, no próximo domingo.
A grande rival da IRL no automobilismo norte-americano, a ChampCar, fez sua primeira corrida fora dos Estados Unidos. Foi no Canadá, em outra pista de muita história: Mont-Tremblant, onde foram realizados as corridas canadenses da Fórmula 1 em 1968 e 1970.

O Blog esperava mais uma vitória de Sebastien Bourdais. Errei, mas por pouco. Pela primeira vez na temporada, o francês não venceu uma corrida que terminou. Ainda assim, foi segundo, logo atrás do holandês Robert Doornbos, seu grande rival no campeonato este ano.

O holandês venceu pela primeira vez na categoria. Pilotando pela equipe Minardi USA - sim, é o que sobrou da gloriosa escuderia italiana - Doornbos é o maior adversário de Bourdais no campeonato. Os dois estão praticamente empatados.

Procurei em tudo que é lugar a classificação atualizada. Nem o péssimo site da categoria soube me responder. Como não sei quem fez a melhor volta, que vale um ponto, não posso falar quem está na frente. Bourdais e Doornbos podem estar empatados ou o holandês pode ter uma vantagem de um ou dois pontos.

O canal Speed optou por transmitir a corrida na Nascar. A reprise da ChampCar só começou quando a corrida da stock car americana acabou. Uma pena. Perderam a chance de mostrar um bela prova.

Porque, pelo que li, chuva e tempo seco se alternaram na corrida. Doornbos venceu com pouco menos de três segundos de diferença para Bourdais. O único brasileiro da categoria, Bruno Junqueira, da Dale Coyne, abandonou logo na quinta volta.

O azarado do dia foi o pole Tristan Gommendy. O francês não conseguiu sair para a volta de apresentação, e só deu a partida com duas voltas de atraso. Foi o último dos que terminaram, com essa mesma desvantagem que tinha desde o início. Se tivesse largado junto com os outros, teria dado trabalho.

Completaram a corrida:

1. Robert Doornbos/Holanda/Minardi USA, 62 voltas
2. Sebastien Bourdais/França/Newman-Haas-Lanigan
3. Will Power/Austrália/Team Australia
4. Simon Pagenaud/França/Team Australia
5. Justin Wilson/Inglaterra//RSPORTS
6. Neel Jani/Suíça/PKV
7. Graham Rahal/Estados Unidos/Newman-Haas-Lanigan
8. Alex Tagliani/Canadá/RSPORTS
9. Oriol Servia/Espanha/Forsythe
10. Ryan Dalziel/Escócia/Pacific Coast
11. Katherine Legge/Estados Unidos/Dale Coyne
12. Tristan Gommendy/França/PKV

Na próxima corrida do ano, a ChampCar corre nas ruas de Toronto, também no Canadá. Será no
Será no domingo que vem, dia 8.

Fechando o Weekend Update desta semana, voltamos já com Nascar, Fórmula Truck e o temido balanço dos acertos do Blog. Até já!

Weekend Update parte I - GP2

Assisti a corrida da categoria-escola da Fórmula 1 enquanto fazia a Análise do Grande Prêmio da França. Não dei total atenção à GP2, portanto, apenas o suficiente para alguns pequenos comentários. A vitória da segunda etapa da rodada de Magny-Cours, como a maioria de vocês já deve saber, ficou com o espanhol Javier Villa.

O piloto da Racing Engineering, a mesma equipe do acidentado de ontem, Ernesto Viso, largou na primeira fila e venceu depois que o pole, Nicolas Lapierre, fez sua segunda grande bobagem do fim de semana. Se na corrida de sábado o francês havia atropelado um mecânico no box, hoje fez ainda pior.

Lapierre liderava com tranquilidade quando perdeu a freiada para o hairpin Adelaide. Ele seguiu reto, acertando a barreira de pneus em cheio. Perdeu uma corrida quase ganha, em frente de sua torcida.

A corrida da GP2, por incrível que pareça, não teve acidente na largada. Os pilotos, certamente, foram repreendidos depois das barbeiragens de sábado. A primeira ocorrência só veio na segunda volta, quando o inglês Adam Carroll rodou no mesmo hairpin Adelaide que mais tarde veria o erro de Nicolas Lapierre.

O líder do campeonato, Timo Glock, teve outro dia infeliz, abandonando logo no terceiro giro. Seu companheiro de equipe e batidas, Andreas Zuber, foi só o 15º. Os brasileiros, excetuando Xandinho Negrão, andaram sempre entre os primeiros.

Lucas di Grassi fechou em quarto, naquele que foi provavelmente seu melhor fim de semana até agora. Bruno Senna, por sua vez, lutou muito por pontos, mas terminou a uma posição de marcar um. Num certo momento da corrida, fez uma bela e arriscada ultrapassagem sobre o venezuelano Pastor Maldonado.

Na última volta, Bruno era sexto. Tentando passar o russo Vitaly Petrov, tocou o russo e perdeu sua posição para Kazuki Nakajima. Desesperado e sem nada a perder, Senna ainda tentaria se recuperar, mas rodou ao ser fechado pelo japonês. Terminou em sétimo e zerado nesta corrida. Sobrou, ao menos, o terceiro lugar de ontem.

No mais, pouco a comentar. Xandinho Negrão rodou e saiu da pista sozinho. Nada de anormal, portanto. Num país recheado de pilotos talentosos mas sem apoio - como Sérgio Jimenez, por exemplo - a presença de Xandinho na GP2 não passa de um grande desperdício.

A chuva chegou a ameaçar. Caiu antes e voltou bem fraca a quatro voltas do fim, sem influenciar no andamento da corrida. A vitória de Javier Villa veio sem sustos, apesar da pressão dos italianos Luca Filippi e Giorgio Pantano, no final.

Classificação final:

1. Javier Villa/Espanha/Racing Engineering, 39:46.184
2. Luca Filippi/Itália/Super Nova, + 0.603
3. Giorgio Pantano/Itália/Campos, + 1.262
4. Lucas di Grassi/Brasil/ART, + 15.312
5. Vitaly Petrov/Rússia/Campos, + 20.134
6. Kasuki Nakajima/Japão/DAMS, + 20.520
7. Bruno Senna/Brasil/Arden, + 25.895
8. Pastor Maldonado/Venezuela/Trident, + 28.622
9. Roldan Rodriguez/México/Minardi Piquet, + 34.408
10. Andy Soucek/Espanha/DPR, + 35.711

No campeonato, o alemão Timo Glock lidera com 39 pontos. A seguir, vêm os quase-xarás Luca Filippi e Lucas di Grassi, com 31 e 29, respectivamente. Bruno Senna é o quarto, com 24. Completando os seis primeiros na tabela, os vencedores do fim de semana: Giorgio Pantano tem 23 e Javier Villa, 14.

O Blog volta já com os comentários da IRL e da ChampCar na segunda parte do Weekend Update.

Análise do Grande Prêmio - França/Magny-Cours, 01/07/2007

Análise dos pilotos:

Kimi Raikkonen
Desacreditado antes do G.P. da França, Kimi deu a volta por cima e bateu Massa em batalha direta. Venceu como um autêntico substituto de Michael Schumacher. Ainda assim, não foi bem no treino e deixou de fazer a volta mais rápida da corrida.
Nota Final: 9

Felipe Massa
Pole e volta mais rápida. Só faltou a vitória. Que não veio por um erro minúsculo na estratégia do brasileiro. Massa deveria ter diminuído o ritmo na metade de seu segundo trecho para não voltar dos boxes, mais tarde, atrás dos retardatários. Mesmo sem a vitória, fez bela corrida.
Nota Final: 8

Lewis Hamilton
Foi a corrida menos brilhante da sensação da temporada. E ele ainda terminou no podium e na frente de seu companheiro de equipe bi-campeão mundial. No próximo fim de semana, em casa, Hamilton promete uma grande atuação.
Nota Final: 7

Robert Kubica
Para quem quase encontrou a morte apenas algumas semanas atrás, uma exibição heróica e raçuda do polonês. Merecia até mais.
Nota Final: 8

Nick Heidfeld
Com dores nas costas, foi facilmente batido por Kubica. Fez o que podia. O alemão, com o quinto lugar, ainda saiu no lucro.
Nota Final:6

Giancarlo Fisichella
Durante todo o fim de semana, foi superior a Kovalainen e teve uma performance sem erros na corrida. Não se pode esperar muito mais do que isso da parte do italiano
Nota Final:7

Fernando Alonso
Abusou do direito de errar nos treinos e na corrida também deu suas escapadinhas. A sorte também não ajuda. Terá de se superar para bater Hamilton.
Nota Final:6

Jenson Button
Corrida surpreendente e impecável. Em condições de pista seca, poucos apostavam em pontos para a Honda. Button bateu Barrichello facilmente e mereceu o oitavo lugar.
Nota Final:8

Nico Rosberg
Mais uma corrida em que o alemão passa perto da zona de pontuação. Sua colocação abaixo de Wurz no campeonato já começa a incomodar. Precisa melhorar em ritmo de corrida.
Nota Final:6

Ralf Schumacher
Performance burocrática e dentro da média. Não consegue superar Trulli em treinos e na corrida, se evita acidentes, não faz nada de mais.
Nota Final:5

Rubens Barrichello
No treino, perdeu por pouco para Button. Na corrida, porém, o inglês foi repetidamente mais rápido do que o brasileiro. Seu desempenho foi abaixo do esperado.
Nota Final:4

Mark Webber
Nos treinos, bateu Coulthard porque o escocês teve problemas mecânicos. Mas na corrida conseguiu se manter na frente do companheiro. O que não é comum.
Nota Final:5

David Coulthard
Foi prejudicado pelos problemas nos treinos, mas sua corrida foi excessivamente burocrática. Dessa vez, foi inferior a Webber.
Nota Final:4

Alexander Wurz
Foi o último do pelotão intermediário. Ou seja, chegou na sua posição padrão. Se não fosse o podium no Canadá, já poderia estar procurando outro emprego a essa altura.
Nota Final:3

Heikki Kovalainen
Não teve culpa no acidente com Trulli, mas perdeu para Fisichella nos treinos e seu ritmo de corrida foi lento. Mostra evolução, porém, ela ainda não é suficiente.
Nota Final:4

Takuma Sato
Com o carro que tem, fez o máximo possível. Só terá chance de pontuar em situações adversas. Dessa vez, ao menos, não cometeu nenhum erro.
Nota Final:5

Adrian Sutil
Prova a cada corrida que é melhor do que Albers. Mas seu carro não anda. De positivo, assim como Sato, parou de errar.
Nota Final:4

Scott Speed
Merece uma nota boa pelo bom desempenho na sexta e por ter ido bem na classificação. Entrentanto, seu carro é lento e ainda quebra.
Nota Final:6

Cristijan Albers
O reject da corrida. Acelerou nos pits sem autorização de maneira irresponsável e perigosa, levando mecânicos e mangueira de combustível junto. Merecia até punição.
Nota Final:1

Jarno Trulli
Um erro de novato na largada. Chegou na superpole mais uma vez, é verdade, mas o desempenho de sábado não conta pontos para o campeonato.
Nota Final:2

Vitantonio Liuzzi
Uma vítima de Davidson. Apareceu bem na sexta mas na classificação não chegou a passar da primeira degola. É mais um que sofre com o carro que tem em mãos.
Nota Final:3

Anthony Davidson
Fim de semana para esquecer. A Super Aguri e o inglês andaram para trás. Hoje, ao cometer um erro infantil na largada, o inglês levou junto com ele o pobre Liuzzi.
Nota Final:2

Resumindo

O melhor: Kimi Raikkonen
O pior: Cristijan Albers

Análise das equipes:

McLaren-Mercedes
Foram duas quebras ao longo do fim de semana, uma com Hamilton, na sexta, e outra com Alonso, na classificação. A estratégia de três paradas atrapalhou o espanhol, embora não tenha feito diferença para o inglês. Batida pela Ferrari, agora é a McLaren quem precisa reagir.
Cotação: **

Renault
Salvou três pontos com Fisichella e deve permanecer assim, pontuando quase sempre, até o fim do ano. Não tem carro para vencer corridas, mas está sempre entre os primeiros.
Cotação: ***

Ferrari
Foi um G.P. perfeito para a escuderia do cavalinho rampante. Pole, vitória e melhor volta. Agora, porém, os chefões do time precisarão administrar a rivalidade de Kimi e Massa. Ela só tende a crescer a partir desse momento.
Cotação: *****

Honda
Até que enfim, um pontinho! Bem merecido, após o enorme esforço dos japoneses. É longe do que gostariam mas, pelo menos, não são mais o piada do grid.
Cotação: ***

BMW Sauber
Falta um algo mais para lutar por vitórias. O time tem uma ótima dupla de pilotos que, com um carro um pouquinho melhor, incomodariam bastante McLaren e Ferrari.
Cotação: ***


Toyota
O carro é irritantemente mediano. Assim como os pilotos, também. O filme da equipe japonesa parece apenas se repetir, ano após ano.
Cotação: **

Red Bull-Renault
Trata-se da equipe mais irregular da temporada. Em um G.P., estão bem. No próximo, caem de desempenho. Dessa vez, estiveram por baixo.
Cotação: **

Williams-Toyota
Anda bem em treinos, mas não é lá essas coisas em corrida. Nico Rosberg, por todo o esforço, merecia um carro mais competitivo.
Cotação: **

Spyker-Ferrari
A equipe está completamente fora do ritmo das outras equipes. Seus carros são, em média, um segundo e meio mais lentos que o último do resto do pelotão em uma volta. E ainda ficam se enrolando nos pit-stops.
Cotação: *

Toro Rosso-Ferrari
O carro é lento e ainda quebra. Uma pena, mas a equipe está matando a carreira de dois pilotos jovens e promissores.
Cotação: *

Super Aguri-Honda
De longe, o time que experimentou a maior queda desde o G.P. dos Estados Unidos. Seus pilotos ocuparam juntos a penúltima fila do grid. Na corrida, Davidson fez bobagem e Sato não pôde lutar por nada.
Cotação: *

Análise da corrida:

Não foi uma corrida especialmente emocionante. Mas também não foi chata como Barcelona ou Mônaco. Os acidentes da largada, a recuperação de Alonso e o pastelão de Albers foram os melhores momentos de ação. A disputa de Kimi e Massa antes do pit também foi empolgante.
Nível final: Boa.

Análise do campeonato:

Hamilton já abre uma distância superior a uma vitória. Se quiser, já pode começar a administrar a vantagem. Na próxima corrida, porém, corre em casa e vai em busca do triunfo. A Ferrari possui, outra vez, o melhor carro. Promessa de que o campeonato, daqui para a frente, vai ficar bem mais apertado.
Nível final: Bom.

Depois de tudo isso, pode ser que o escriba do Blog, cansado, não poste mais até o fim do dia. Mas nunca se sabe. Hoje - ou amanhã - tem Weekend Update, com tudo o que aconteceu no mundo da velocidade neste fim de semana.