sábado, 9 de agosto de 2008

México quer Fórmula 1 em 2010

Quem acompanha Fórmula 1 está acostumado com os boatos de sempre sobre trocas de pilotos e intrigas de bastidores. Mas, com o prometido inchaço no calendário para 20 provas por ano, ganharam força as especulações sobre corridas nos mais variados pontos do planeta.

A novidade de hoje é que o México garante ter uma possibilidade de receber a Fórmula 1 em 2010. Segundo o representante mexicano na FIA, três cidades já confirmaram interesse em sediar a corrida.

Mas é muito difícil. Outros países, mais ricos ou tradicionais, também estão na briga.

A Polônia de Kubica, por exemplo, pretende construir um autódromo em Gdansk. A Rússia promete uma pista em Moscou há tempos. Portugal inaugura nos próximos meses o circuito de Portimão e possui boas chances de receber, ao menos, os testes de pré-temporada.

Isso sem falar nos boatos que já colocaram nações como Irã, Casaquistão, Líbano, Bulgária, Romênia e Grécia na lista de interessados em receber a Fórmula 1.

Algumas dessas possibilidades são irreais, mas outras nem tanto. Basta lembrar que ninguém acreditou quando a Coréia do Sul anunciou estar perto de um acordo com Bernie Ecclestone. Agora, o calendário de 2010 tem lá um espacinho reservado para uma corrida de rua no sul do país.

Boa sorte à tentativa do México de ganhar seu lugar ao sol. Tudo indica, porém, que a tarefa de convencer Ecclestone será muito complicada.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Tony Kanaan continua na Andretti Green

O brasileiro Tony Kanaan já tinha um acordo verbal com a Ganassi, líder do campeonato deste ano com Scott Dixon.

Mas deu para trás no último minuto.

Numa atitude surpreendente, Tony assinou para ficar mais cinco anos na Andretti Green. Disse que deseja encerrar sua carreira na Indy com a equipe e que não tem dúvidas de ter feito a escolha correta.

Na Ganassi, suas chances de levar outro título seriam consideravelmente maiores, mas Tony não se importou. Escolheu ficar na equipe que lhe proporcionou a primeira oportunidade de andar entre os líderes. Não fosse a Andretti Green, Tony talvez nunca tivesse ganhado o prestígio e o respeito que acumula hoje.

Chip Ganassi, espécie de Ron Dennis da Fórmula Indy, até agora não entendeu nada.

Ele e Tony haviam acertado tudo no início da semana. Mas o baiano percebeu alguma coisa no cláusula do contrato que o desagradou. Sabendo que sua posição é bem mais segura na Andretti Green, Tony renovou com a equipe até 2013.

Agora, o mais provável é que cumpra os cinco anos de compromisso e abandone a Indy depois disso. Com o título de 2004 já no bolso, o grande objetivo de Tony para as próximas temporadas passa a ser outro.

Conquistar a tão sonhada vitória nas 500 Milhas de Indianapolis.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Desafio das Estrelas ainda mais internacional em 2008

Schumacher vai voltar, Kubica mostrou interesse, Bourdais e Vettel foram convidados e até Jeff Gordon, o tetracampeão da Nascar, está cogitado para participar do Desafio das Estrelas deste ano.

Aos poucos, o campeonato de kart entre celebridades organizado por Massa vai crescendo.

No ano passado, ganhou muita atenção porque contou com a participação de Schumacher. O alemão veio e venceu, provando mais uma vez que é daquele tipo que "não sabe brincar".

Pois bem: o heptacampeão é o primeiro nome de peso a ser confirmado para o Desafio de 2008 - excluindo Massa, é claro. Uma notícia animadora, porque deve estimular mais gente famosa a dar uma esticadinha a Florianópolis durante as férias. Em 2007, para quem não lembra, Schumacher garantiu que vinha só em cima da hora.

A partir de agora, não seria loucura imaginar Schumi dividindo a pista com quatro ou cinco pilotos da Fórmula 1, alguns da Indy e outros até da Nascar, como Jeff Gordon e... Juan Pablo Montoya, já pensou?

O fato mesmo é que o Desafio das Estrelas ganha lentamente notoriedade e já se torna um evento muito interessante no calendário automobilístico do país. Num esporte em que é tão difícil ver os pilotos em igualdade de condição, uma corridinha de kart é uma ótima oportunidade para perceber o talento e o potencial de cada um.

Marque aí na agenda os dias 29 e 30 de novembro. Na época de férias da Fórmula 1, o Desafio vai ser uma das poucas atrações realmente interessantes para os fãs da velocidade.

Fórmula Superliga sai do papel

A categoria que mistura futebol e automobilismo realiza seus primeiros testes nesta semana, em Vallelunga. Até agora, o carro do Milan vai liderando a tabela de tempos. O piloto do rubro-negro italiano é o holandês Doornbos, ex-Red Bull na Fórmula 1.

O Flamengo, representado por dois pilotos bem desconhecidos, foi quinto. Já o Corinthians nem apareceu para treinar por enquanto.

Se tudo correr como planejado, a Superliga faz sua estréia no fim do mês, em Donington Park. A categoria já confirmou a participação de 16 clubes do futebol mundial. Ainda assim, não há qualquer garantia de que o projeto vai dar certo.

Basta ver a lista de clubes participantes.

É verdade que Milan, Roma e Borussia Dortmund estão lá. Mas os adversários incluem equipes sem absolutamente nenhuma expressão. Alguém aí conhece Beijing e Al Ain, por exemplo?. Ainda mais importante é uma outra constatação: os representantes de Inglaterra e Espanha não passam de clubes médios.

Os times mais ricos do mundo concentram-se nesses dois países, que serão representados por Tottenham e Sevilla. Provavelmente, portanto, Real Madrid, Barcelona, Manchester e companhia recusaram convites

Para isso tem de haver uma explicação. Por que esse grupo não quis a Superliga?

Mudando de assunto: no Brasil, especula-se que Popó Bueno e Gualter Salles são cotados para pilotar o carro do Flamengo. O Corinthians é uma incógnita, já que todos os sondados até agora recusaram o convite.

Agora é esperar para ver.

Nessa altura, parece muito difícil que a Superliga não vá fazer sua estréia, depois de todos os preparativos.

Mas, sem querer secar, acho que não vai dar muito certo não.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Massa cobra melhor confiabilidade da Ferrari

A Ferrari já descobriu que um problema na pressão do óleo causou o abandono de Massa no GP da Hungria.

Mas o brasileiro, evidentemente, não está satisfeito.

Porque os motores da Ferrari vão explodindo num ritmo preocupante nesta temporada. Pouca gente percebeu, mas só em corrida já foram nada menos sete quebras - três com Vettel, duas com Massa e uma com Raikkonen e Sutil. A Ferrari, vale lembrar, também fornece motores para Toro Rosso e Force India.

Durante a época áurea de Schumacher, a equipe vermelha chegou a ficar a temporada de 2004 inteira sem nenhum abandono por falha mecânica, incluindo aí o carro de Barrichello também.

É verdade que as regras mudaram desde então e isso precisa ser considerado. Mesmo assim, a Ferrari não pode estar satisfeita com sua confiabilidade.

Enquanto Massa cobra menos quebras da equipe, Raikkonen admite que tem de melhorar, principalmente em classificações. Ao menos o finlandês mantém a humildade, mas isso não é o suficiente para garantir o apoio de todo o time, que agora parece confiar mais na motivação, na agressividade e no esforço de Massa.

Mesmo estando atrás do companheiro no campeonato, Massa tem hoje mais possibilidades de levar o título do que o finlandês.

Será que Alonso nunca mais vai ganhar um título?

Se há um piloto na Fórmula 1 que fala o que pensa é Fernando Alonso.

E o espanhol não fez questão de mentir quando perguntaram a ele se a Renault teria condições de disputar o título de 2009. Alonso deu uma resposta política e educada, mas admitiu que não leva fé num salto de performance da escuderia francesa.

Ou seja: antes de 2010, ao menos, o bicampeão vai continuar fora da briga pelo título.

No ano que vem, Alonso só tem outra opção além da Renault - a Honda, que está um nível abaixo dos franceses. A esperança do espanhol é que Raikkonen se aposente no fim de 2009, o que abriria a tão sonhada vaga na Ferrari.

Mas e se o finlandês resolver continuar?

Nesse caso, o cenário para Alonso é bem mais nebuloso. O bicampeão só voltaria a disputar título se conseguisse desafiar a hegemonia Ferrari-McLaren. A tarefa é bastante complicada e levanta uma dúvida que deve fazer tremer os torcedores do espanhol.

Será que Alonso vai encerrar a carreira sem jamais conquistar um terceiro título?

O que parecia muito improvável depois que o espanhol levou o bi em 2006 agora já é uma possibilidade bem plausível para a imprensa inglesa, principalmente. Os fãs de Hamilton na Inglaterra devem estar adorando o período longe das vitórias de Alonso e já prevendo um longo período de fracassos para o bicampeão.

Mas duvidar da recuperação de Alonso é um grave erro.

Com apenas 28 anos de idade, o "Príncipe das Astúrias" ainda tem muito tempo para sair do meio do pelotão. É preciso ter mais cautela ao prever um futuro sombrio para o bicampeão.

Porque no momento que Alonso cair numa equipe de ponta já será o grande favorito ao título.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dennis acha que Hamilton teria batido Massa na Hungria

E se Hamilton não tivesse tido furado o pneu e Massa não enfrentasse problemas de motor? Quem teria vencido? Difícil dizer...

O chefão da McLaren garante que Hamilton teria superado Massa no último pitstop. Para Ron Dennis, o ritmo do inglês era bom e a equipe havia trocado a estratégia para permitir a ultrapassagem.

Mas a opinião de Dennis não é lá muito imparcial.

Massa tinha uma vantagem de quatro segundos sobre Hamilton no momento do furo. O inglês vinha tendo mais problemas para passar os retardatários e o brasileiro, de fato, estava num dia iluminado. Se eu precisasse apostar, diria que Massa teria levado a vitória do mesmo jeito...

O fato, entretanto, é que a McLaren está realmente muito confiante, certa de que tem um carro melhor do que a Ferrari. Ao menos, por enquanto.

Porque, no ritmo que as coisas mudam na Fórmula 1, até triunfo da Toyota pode deixar de ser considerado um resultado tão absurdo assim em pouco tempo.

Bruno Senna cada vez mais perto da Fórmula 1

Uma reportagem da GPWeek desta semana deve ter deixado Bruno Senna otimista. Segundo a revista, nada menos do que metade do grid da Fórmula 1 estaria interessada nos serviços do brasileiro. Williams e Honda duelam não só pelo piloto brasileiro, mas também pelo fornecimento de combustível da Petrobras.

O boato do momento é que a equipe escolhida por Bruno também ganharia um contrato com a petrolífera brasileira.

A Petrobras completou dez anos com a Williams agora em 2008, mas parece tentada a deixar o time. E o destino poderia ser a Honda caso Bruno se transfira para a equipe japonesa. Mas a própria Williams também tem interesse no sobrinho de Senna, o que embola ainda mais o cenário.

Além de Williams e Honda, outras duas equipes estariam considerando contratar Bruno como piloto de testes - BMW e Toyota. Já a Toro Rosso acena com a possibilidade oferecer uma vaga de titular.

De tudo isso, só há uma conclusão: o prestígio de Bruno vai crescendo bastante entre os chefes de equipe. Caso conquiste o título da GP2, não há dúvidas de que ele estará na Fórmula 1 em 2009.

Se como titular ou piloto de testes, vai depender da escolha do próprio piloto.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Alonso vai deixar Rubinho sem emprego?

É isso o que pode acontecer caso o espanhol se transfira para a Honda em 2009, uma possibilidade que vem ganhando cada vez mais força.

Se Alonso realmente assinar com a equipe japonesa, Rubinho seria inevitavelmente sacrificado.

Embora esteja à frente de Button nesta temporada, o brasileiro não tem dentro da equipe o mesmo crédito do inglês. Não é que Rubinho não mereça um lugar na Honda. Mas, se a equipe precisar abrir mão de um dos três, o veterano provavelmente seria o escolhio.

Seu destino em 2009 é uma incógnita. Mas a antes improvável possibilidade de assinar com a Toro Rosso não é descartável. Gerhard Berger procura um piloto experiente e um novato promissor. O veterano pode ser Rubinho, caso Bourdais não continue na equipe. E o estreante mais comentando nos últimos tempos vem sendo Bruno Senna...

Alguém aí já imaginou uma dupla Rubinho-Senninha na Toro em 2009?

Segundo lugar rende novo contrato para Glock

Bem que eu avisei que Glock poderia ter salvo o emprego com o segundo lugar no GP da Alemanha. Nesta segunda, o chefe de equipe John Howett confirmou que Toyota não vai mudar seus pilotos para 2009. Trulli, na realidade, já tinha contrato para o ano que vem, mas Glock vinha sendo ameaçado por Nakajima.

O alemão cometeu erros nessa temporada e foi realmente mal em Mônaco e na Inglaterra, principalmente. Só que é um piloto muito esforçado, daqueles que a equipe percebe total dedicação. Ainda é um novato e merece outra chance na próxima temporada.

Contrato renovado, força Nakajima a continuar na Williams.

Se Alonso permanecer na Renault, portanto, há uma boa possibilidade de nada menos do que oito equipes não trocarem de pilotos para o ano que vem. Vejamos: Ferrari, BMW, Toyota, Williams e McLaren não devem mudar nada mesmo. A Renault e a Honda dependem de Alonso. E os pilotos da Force India garantem que ainda têm compromisso para 2009.

Transferências, mesmo, seriam apenas duas: Vettel para a Red Bull, substituindo Coulthard, e um novato para a vaga do alemão na Toro Rosso.

Não é por nada não, mas o mercado de pilotos neste ano está muito sem graça.

domingo, 3 de agosto de 2008

Análise do Grande Prêmio - Hungria/Hungaroring (03/08/08)

Nesta nova fase do Blog, as análises serão um pouco mais curtas e objetivas

Análise dos pilotos

Heikki Kovalainen. Eu avisei que ele iria vencer neste ano. Nota 9
Timo Glock. O segundo lugar pode ter garantido o emprego para 2009. Nota 9
Kimi Raikkonen. Burocrático, precisa melhorar se quiser o título. Nota 7
Fernando Alonso. Com o carro da Renault, fez o máximo. Nota 8
Lewis Hamilton. Sua pilotagem selvagem pode ter contribuido para o furo. Nota 7
Nelsinho Piquet. Mais uma performance consistente e confiante. Nota 8
Jarno Trulli. Batido por Glock, mas ainda fez um sétimo. Nota 7
Robert Kubica. Os poloneses na arquibancada ficaram decepcionados. Nota 6
Mark Webber. Vive fase ruim junto com a equipe. Nota 6
Nick Heidfeld. Péssima classificação, corrida razoável. Nota 5
David Coulthard. Contagem regressiva: faltam sete. Nota 4
Jenson Button. Raçudo no sábado, nem foi notado na corrida. Nota 6
Kazuki Nakajima. Chegou à frente de Rosberg. Nota 6
Nico Rosberg. Parece faltar motivação. Nota 3
Giancarlo Fisichella. Acompanhou o pelotão intermediário. Nota 6
Rubens Barrichello. Começou bem. Terminou lá atrás. Nota 3
Felipe Massa. Não venceu, mas foi o grande nome da corrida. Nota 9
Sebastien Bourdais. Um fim de semana para esquecer. Nota 2
Adrian Sutil. Também andou próximo de carros mais velozes. Nota 4
Sebastian Vettel. Quebrou logo no início. Nota 4

Análise das equipes

Ferrari. Na época de Schumacher, o motor não quebrava tanto assim. **
McLaren. Ganhou na sorte. Sua vantagem não é lá muito grande. ****
BMW. Fez um ponto, mas já não é a mesma. **
Toyota. Sem chamar atenção, vai chegando ao grupo da frente. ****
Renault. Performance consistente. Quem dera fosse sempre assim. ****
Red Bull. Caiu bastante. Já tem dificuldades para pontuar com regularidade **
Williams. Disputando posição com Honda. *
Honda. Disputando posição com Force India *
Toro Rosso. Festival de bobagens no box *
Force India. Disputando posição com Williams e Honda. ***

Análise da corrida


Convenhamos: não fossem os problemas de Hamilton e Massa, a prova teria sido chata demais. Mas até que não foi tão ruim, considerando que aconteceu na Hungria...
Nível: Regular

Análise do campeonato

Nessa altura, Kubica já está fora da briga. Sobram Hamilton, Raikkonen e Massa. O inglês, que antes era o azarão, agora é o favorito. Mas ainda há muito caminho pela frente.
Nível: Ótimo

Balanço dos Palpites

Pole:
Lewis Hamilton. Na mosca!
Vitória: Lewis Hamilton. Deu McLaren, mas com Kovalainen
Decepção do G.P.: Toyota. Erro feio...
Primeiro abandono: Sebastien Bourdais. Foi quase. O primeiro a abandonar acabou sendo Vettel, o outro Sebastião da Toro Rosso
Zona de pontuação:
1. Lewis Hamilton (quinto)
2. Heikki Kovalainen (primeiro)
3. Kimi Raikkonen (em cheio!)
4. Felipe Massa (17º)
5. Robert Kubica (oitavo)
6. Fernando Alonso (quarto)
7. Mark Webber (nono)
8. Nelsinho Piquet (sexto)
Placar da temporada:
Austrália - Vencedor: Lewis Hamilton. Palpite: Kimi Raikkonen (abandono)
Malásia - Vencedor: Kimi Raikkonen. Palpite: Lewis Hamilton (quinto)
Bahrein - Vencedor: Felipe Massa. Palpite: Felipe Massa (PRIMEIRO)
Espanha - Vencedor: Kimi Raikkonen. Palpite: Felipe Massa (segundo)
Turquia - Vencedor: Felipe Massa. Palpite: Kimi Raikkonen (terceiro)
Mônaco - Vencedor: Lewis Hamilton. Palpite: Lewis Hamilton (PRIMEIRO)
Canadá - Vencedor: Robert Kubica. Palpite: Robert Kubica (PRIMEIRO)
França - Vencedor: Felipe Massa. Palpite: Kimi Raikkonen (segundo)
Inglaterra - Vencedor: Lewis Hamilton. Palpite: Lewis Hamilton (PRIMEIRO)

Alemanha - Vencedor: Lewis Hamilton. Palpite: Felipe Massa (terceiro)
Hungria - Vencedor: Heikki Kovalainen. Palpite: Lewis Hamilton (quinto)

Acertei a vitória da McLaren, a pole de Hamilton e o terceiro lugar de Raikkonen. Mas errei feio ao prever uma corrida ruim para a Toyota. No geral, palpites mais ou menos.
Nível dos palpites: Regular
Placar da temporada: quarto acertos em 11 possíveis

Por hoje, o Blog fica por aqui.

Só para constar

Excelente fim de semana para di Grassi e Senna na GP2. O sobrinho do tricampeão Ayrton fez dois terceiros e ficou a sete pontos do líder Pantano. Se mantiver o ritmo, o italiano sente a pressão e perde o título para Senna. Por sua vez, di Grassi venceu a primeira corrida da etapa húngara. Não tem muitas chances de vencer o campeonato, mas é o melhor piloto do ano, sem dúvida alguma.

E Loeb levou outra no Mundial de Rally, agora na Finlândia. Tudo indica que o francês leva o quinto caneco consecutivo neste ano.

Kovalainen desencanta, mas o dia era para ser de Massa

Esse azar Massa não merecia.

O brasileiro vinha fazendo uma corrida perfeita na Hungria e caminhava rumo a uma vitória tranqüila quando seu motor estourou a apenas três voltas da bandeirada. A primeira posição caiu no colo de Kovalainen e o finlandês conquistou seu primeiro triunfo na Fórmula 1.

Mas o grande assunto, o grande destaque da corrida foi Massa.

A começar pela largada. Numa manobra de arrojo puro, passou Hamilton de forma decidida. Massa sabia: se ficasse atrás do inglês na largada, não teria a menor possibilidade de vencer a corrida. Hamilton, tendo mais a perder do que o brasileiro, não quis forçar a barra e resolveu esperar pelos acontecimentos.

Massa assumiu a ponta e impôs um ritmo surpreendente. A briga pelo primeiro lugar foi um duelo feroz entre ele e Hamilton. Até que um pneu furado comprometeu a prova do inglês, logo antes da segunda rodada de paradas.

Mesmo sem o azar de Hamilton, entretanto, Massa provavelmente venceria do mesmo jeito.

Pena que o motor pôs tudo a perder. E Kovalainen - logo ele, o piloto que vinha sendo o mais azarado do ano - herdou a ponta e venceu pela primeira vez na carreira. Triunfo de pura sorte, do tipo que Massa conquistou na França, por exemplo.

Fórmula 1 é assim. Por mais previsível que possam parecer, as corridas sempre guardam surpresas.

No fim das contas, os grandes sortudos foram os finlandeses. Além do vencedor Kovalainen, Raikkonen também saiu - e muito - no lucro. O atual campeão estava num daqueles dias burocráticos, mas acordou na parte final da prova. Fez a volta mais rápida, para variar, só que não foi capaz de ir além de segundo lugar.

Ficou atrás de Glock, outro grande nome do dia.

Pelo visto, a batida em Hockenheim fez bem ao alemão. Neste GP da Hungria, conseguiu nada menos do que o melhor resultado da história da Toyota, igualando dois segundos lugares de Trulli em 2005. Pode-se dizer, com certa segurança, que Glock pode ter garantido seu emprego para 2008 neste domingo. Mas é sempre bom esperar.

A Renault, finalmente, parece que pegou no tranco. Fez pontos com os dois pilotos. Performance combativa de Alonso e atuação consistente de Nelsinho. Passou a Red Bull no Mundial de Construtores e vai brigar pelo quarto lugar com a Toyota.

Sobre Hamilton, um comentário adicional: as conhecidas fritadas no pneu dianteiro esquerdo provaram que podem custar caro. É bom o inglês resolver esse problema ou pode voltar a sofrer com furos nas próximas corridas.

Discretinho, lá na rabeira da zona de pontuação, Kubica salvou um ponto para a BMW. Muito pouco para piloto e equipe que já lideraram campeonato.

E Rubinho, coitado, começou bem a corrida mas perdeu uma eternidade nos boxes. Aliás, o dia foi de trapalhadas no pit lane.

Que o digam Bourdais e a Toro Rosso...

Agora, a Fórmula 1 se prepara para a novíssima pista de Valência. Quem leva a melhor? Em tese, a McLaren e Hamilton. Mas, num campeonato marcado por tantas bobagens e lances de sorte inacreditáveis, é muito difícil prever qualquer coisa.

Logo mais, o Blog volta com as notas do GP da Hungria e o resultado do Palpitão.