terça-feira, 18 de setembro de 2007

Speed Car Series e GP2 Asia são as mais novas categorias do automobilismo mundial

Com o anúncio de seus respectivos calendários na última segunda, Speed Car Series e GP2 Asia confirmaram suas estréias para os próximos meses. As duas categorias são as mais novas do automobilismo mundial e foram lançadas, principalmente, para impulsionar o esporte na Índia, na China e nos países do Oriente Médio.

A Speed Car Series é uma cópia meio descarada da Nascar. Os carros são todos iguais e lembram bastante os modelos usados pela stock car americana. Além disso, motores, pneus e combustível também são padronizados. Receita óbvia para uma categoria mais centrada no show do que na competitividade.

Os pilotos, ao menos, têm certo gabarito. Por enquanto, apenas seis foram anunciados, mas todos possuem experiência na Fórmula 1. Jean Alesi e Johnny Herbert são os que obtiveram mais sucesso, chegando até a conseguir vitórias em meados da década de 90. Os outros confirmados foram Stefan Johansson, Gianni Morbidelli, Ukyo Katayama e Narain Karthikeyan.

Por sua vez, a GP2 Asia é tão nova que nem site próprio tem ainda. Também não foram apresentandos o carro e os pilotos da categoria. A única certeza é que a nova categoria é baseada na GP2, preliminar da Fórmula 1 criada há três anos e cujo sucesso é bastante comentado.

Assim como acontece na Fórmula 3, o objetivo dos organizadores é criar uma franquia com a marca "GP2". A primeira experiência será o novo certame asiático, que terá o objetivo de formar novos talentos do continente e prepará-los para vôos mais altos. Traduzindo: a Fórmula 1.

A tendência é irreversível. Dentro de dez a quinze anos, a presença de pilotos indianos, chineses, coreanos ou de países árabes na principal categoria do automobilismo deve se tornar corriqueira. Fica a dúvida: serão eles bons mesmo ou seguirão a linha, digamos, "japonesa" de ser?

Num futuro não muito distante, devemos ter a resposta. A seguir, o calendário das duas novas categorias, que vão correr em conjunto na maioria das oportunidades:

02 a 03 de novembro - 1ª Etapa do Bahrein - Speed Car Series
16 a 17 de novembro - 1ª Etapa de Dubai - Speed Car Series
15 a 16 de dezembro - Etapa com sede a ser confirmada - Speed Car Series
25 a 26 de janeiro - 2ª Etapa de Dubai - Speed Car Series + GP2 Asia
15 a 16 de fevereiro - Etapa de Sentul - Speed Car Series + GP2 Asia
*22 a 23 de março - Etapa de Sepang - Speed Car Series + GP2 Asia
5 a 6 de abril - 2ª Etapa do Bahrein - Speed Car Series + GP2 Asia
11 a 12 de abril - 3ª Etapa de Dubai - Speed Car Series + GP2 Asia
* = sujeito à aprovação da FIA

Enquanto isso, aqui no Brasil, a única categoria voltada à formação de novos pilotos é a Fórmula São Paulo. Sem apoio e visibilidade, o certame mal é notado pela imprensa e pelo público. Eu, por exemplo, não conheço ninguém que corre por lá e nem quando acontecem as corridas. Infelizmente, é a triste sina do automobilismo nacional.

Depois de Nelsinho Piquet, Bruno Senna e Lucas di Grassi, será que o Brasil vai continuar revelando novos talentos?

6 comentários:

Anônimo disse...

opa é a volta do grande catagrama uehuehueheu

Vou ver essa categoria só por isso!!

Anônimo disse...

tudo que voce disse aí está certo, gustavo. Nâo vejo mais nenhum piloto aqui do brasil com possibilidades fortes de se tornar um fenônemo. infelizmente, depois dessa geração do bruno, do nelsinho e do di grassi, o brasil pode passar por uma grande seca. a torneira está quase fechando...

Anônimo disse...

Se não mudarem nada o panorama é sombrio, acho que corremos o risco de ficar igual à França, de ótimos pilotos surgidos nos anos 80 para a ausência total desde 2005. Lá tinha o programa ELF de desenvolvimento de pilotos e depois do cancelamento acabaram as revelações. Vejo o país seguindo o mesmo caminho, acho que essa geração de Nelson Angelo Piquet, Bruno Senna e Lucas di Grassi é a ultima, ou uma das últimas safras. Espero (sem muitas esperanças) que CBA tente fazer algo, ou que alguém, como os organizadores de Stock Car, faça o mesmo, mas para monopostos, quem sabe uma F3 Brasileira mais forte e, sonho meu, uma GP2 sulamericana ou brasileira, sem claro, esquecer de uma categoria menor que essas duas (tipo F Renault ou BMW).

Anônimo disse...

Ai Gustavo!...Di Grassi é talento, os outros dois são sobrenomes e ainda tem muito a provar...
E sobre o post ai de baixo... tá na hora do escocês ir jogar bingo. Aposenta Culthard

Felipe Maciel disse...

O Brasil tem um potencial muito grande mas quantos talentos já foram desperdiçados devido à falta de grana? Eu mesmo sou um exemplo ;)

Mas falando sério, isso é preocupante. As categorias só foram sumindo daqui, o futuro pode não ser muito bom, corremos o risco de ficar mesmo sem brasileiro na F1. Mas inda é cedo para afirmar, vai que surge alguém do nada, acontece às vezes, ainda temos chance de nos manter.

abs

Anônimo disse...

eu já corro de kart, quem sabe em alguns anos!

Valeu!