Berger elogiando Bourdais, Rosberg reclamando da equipe, Alonso dando mais sinais de que sua vida na McLaren não é nada feliz e blablablá... essa quarta-feira foi um dos dias mais sem-graça do ano. Sem novas notícias interessantes, o Blog é obrigado a arranjar assunto para esse post.
Scott Speed e Vitantonio Liuzzi não serão pilotos da Toro Rosso em 2008. Substituídos pela dupla de "Sebastiões" - Vettel e Bourdais - ambos vão precisar refazer suas carrerias após dois anos bastantes difíceis numa escuderia de final de pelotão, sem perspectivas de bons resultados.
Speed, a princípio, é quem está em pior situação. Afinal, ele foi substituído antes mesmo do final da temporada. Além, é claro, de quase ter ido às vias de fato com um dos principais dirigentes da Toro, Franz Tost.
Ajudada pela Red Bull desde o início de sua carreria, Scott veio à imprensa implorando para que seu contrato com a turma das bebidinhas energéticas não fosse encerrado. E parece que foi atentido. O manda-chuva da empresa, Dietrich Mateschitz (à direita), quer colocar o americano na Nascar.
Para quem não sabe, a Red Bull já tem um equipe na categoria. E Speed cairia como uma luva no esquema de marketing da empresa. Beneficiado, mais uma vez, pelo seu sobrenome, um sonho de consumo para qualquer patrocinador.
Após dois anos fracassados na Fórmula 1, porém, Scott (à esquerda) vai precisar mostrar muito mais se quiser continuar em categorias importantes do automobilismo. Está aí uma boa oportunidade de recuperação. Interessante vai ser comparar a adaptação de Speed com a de Juan Pablo Montoya. Será que o americano chegará ao nível do colombiano?
Por sua vez, Vitantonio Liuzzi tem uma história vitoriosa no automobilismo. Foi campeão mundial de kart e depois venceu a Fórmula 3000 em 2004. No ano seguinte, estreou na Fórmula 1 e as coisas começaram a desandar.
Para começar, Liuzzi foi preterido por Christian Klien como segundo piloto da Red Bull. E isso acabou sendo fatal para as pretensões do italiano, porque ele ficou fadado a correr pela Toro Rosso no ano seguinte. E, por mais que Tonio se esforçasse, não havia muito o que fazer na equipe.
Agora que sabe que não continua no time em 2008, Liuzzi (à direita) é obrigado a procurar opções. A Red Bull não deve abandoná-lo, por enquanto. Mas sair da sombra da empresa poderia ser uma boa para a carreira do italiano.
Na Fórmula 1, as outras equipes reconhecem o talento e a já considerável experiência de Tonio. Conseguir uma vaga como piloto de testes, por exemplo, não é nada impossível. Se até Christian Klien conseguiu, por que ele não?
Liuzzi, ao contrário de Speed, ainda tem muito a render na Fórmula 1. Precisa, apenas, de motivação e uma boa oportunidade para mostrar serviço. Coisas que a Toro Rosso nunca foi capaz de lhe oferecer.
Não é só a Fórmula 1 quem vive sua fase de silly season. Com a confirmação de sua ida para a principal categoria do automobilismo, Sebastien Bourdais deixou uma vaga enormemente cobiçada na ChampCar.
Para o próximo ano, a atual equipe do francês, a Newman-Haas-Lanigan, tem apenas um piloto garantido: Graham Rahal (à esquerda). Filho do ex-piloto Bobby Rahal, ele tem apenas 18 anos e um enorme potencial de evolução. Seu companheiro de equipe, por outro lado, é uma total incógnita.
Nos últimos dias, foi levantado o nome de outro herdeiro do automobilismo americano, Marco Andretti. Filho de Michael e neto de Mario, ele estaria ambicionando uma carreira na Fórmula 1 em médio prazo. Para isso, precisaria cumprir um estágio de crescimento na ChampCar.
Mas hoje surgiu outro candidato à vaga. Trata-se de Justin Wilson (à direita). O inglês, que correu pela Minardi e pela Jaguar na Fórmula 1 em 2003, vem fazendo um bom trabalho nas últimas temporadas da ChampCar por equipes médias do pelotão. Atualmente, ele é quarto no campeonato e um favorito constante às vitórias na categoria.
Por enquanto, precisamos aguardar pela decisão da Newman-Haas-Lanigan. Mas, com absoluta certeza, seria muito mais interessante ver a disputa entre dois sobrenomes históricos do automobilismo americano, Andretti e Rahal. Qual dos dois herdeiros se daria melhor no duelo?
No antepenúltimo dia do Rally dos Sertões, os participantes encararam 478 km - 170 de especial - entre Lençóis e Senhor do Bonfim, cidades do interior da Bahia. O dia não foi dos mais complicados, embora tenha exigido bastante da navegação num percurso que alternou trechos de terra batida e cascalho.
Um vacilo incrível de Cyril Despres (à esquerda) deixou o título das motos muito perto de Zé Hélio. O francês - bicampeão do Rally Dacar - foi vencedor da especial de hoje. Mas distraiu-se dando entrevistas e não conseguiu completar a parte final de deslocamento em menos de um hora.
Com isso, recebeu uma punição de nove minutos e ficou a 22 do líder. Agora, Zé Hélio só precisa administrar a distância para levantar o troféu. Faltando apenas mais duas especiais, um título brasileiro está bem próximo.
Nos carros, a dupla Paulo Nobre/Filipe Palmeiro ganhou a quinta etapa seguida. Entretanto, por problemas no início dos Sertões, os dois estão só em quarto no geral. Os líderes, Maurício Neves/Clécio Maestrelli, foram os terceiro no trecho de hoje e mantém uma vantagem de 25 minutos para Reinaldo Varela/Marcos Macedo.
Nos caminhões, André Azevedo/Maykel Justo/Ronaldo Pinto (à direita), favoritos desde o início, finalmente venceram uma etapa da competição. Apesar disso, eles estão longe da luta pelo título. Na ponta da classificação geral está a equipe formada por Edu Piano/Solon Mendes/Davi Ferreira. Eles foram terceiro no dia de hoje e mantém uma distância de quase uma hora para os adversários.
Amanhã, no penúltimo dia de competições, pilotos e equipes percorrem 486 km, 170 deles contando para a tabela de tempos, entre Senhor do Bonfim (BA) e Aracaju (SE). O trajeto, com trechos de serra e velocidade muito baixa, é bastante difícil para a navegação.
Nessa quinta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix e o número nove da lista dos Dez Maiores Duelos da História. E, ao longo do dia, volto comentando as notícias mais recentes do mundo da velocidade. Até amanhã!
3 comentários:
eu pessoalmente não gosto nem do speed nem do liuzzi. Mas sei que os dois não são tão ruims assim. Quem sabe no futuro eles não tem outra chance na fórmula 1, quem sabe...
Tudo bem que apostar em sobrenome de piloto não é má idéia ou, MUITO menos, incomum. Mas só porque se chama Speed já é demais.. mas isso é no mundo do automobilismo puro e simples, melhor desconsiderar...rs
Com relação ao duelo com Montoya é realmente interessante, embora seja praticamente incontestável a vantagem que o colombiano leva nos ovais. Para o público mais F1 é bom pra conhecer mais alguém num grid cheio de nomes pouco familiares, como o da Nascar.
Depois que um piloto sai da F1, é praticamente impossível voltar. O Speed já era, o Tonio talvez consiga uma vaga de piloto de testes, cargo que perdeu muita importância nesse ano com as novas regras. Enfim, duvido que volte a pilotar entre os titulares, a menos que um dos Sebastiões se transfira de equipe no meio ano, ou seja, em condições normais, acredito que não dê mais pra ele nao.
Postar um comentário