Não é novidade para ninguém que pilotos, equipes e até dirigentes estão insatisfeitos com o atual sistema de classificação. O problema não está no modelo de knockout - em que os carros mais lentos vão sendo sucessivamente eliminados - mas na dinâmica da fase final, a chamada superpole.
Na regra em vigor, os dez carros mais rápidos disputam os primeiros lugares do grid nos quinze minutos derradeiros. Com uma diferença para os outros dois períodos da classificação: na última fase, os pilotos precisam levar, consigo, o mesmo combustível com que vão largar na corrida.
Isso cria uma necessidade estúpida mas compreensível: gastar a maior quantidade de gasolina no início da superpole, para os carros perderem um pouco de peso. Como resultado, os primeiros minutos de "decisão" são absolutamente sem graça e não tem a menor importância no andamento da classificação.
Não faz sentido continuar com essa falha groteca no regulamento, um enorme desperdício para as emissoras que transmitem o evento. No último fim de semana, em Monza, dirigentes das equipes finalmente se reuniram para acertar uma mudança. A princípio, foi decidido que a superpole será mais curta, para que os pilotos não tenham oportunidade de sair para a pista apenas para queimar combustível.
A saída encontrada não é ruim, mas poderia ser bem melhor caso os dirigentes tivessem um pouco mais de humilde. Qual é o problema que as principais figuras da Fórmula 1 têm para admitir um erro? O sistema de knockout não é ruim. Muito pelo contrário: tem trazido até mais emoção para os sábados da categoria.
O grande problema, porém, está nessa estúpida necessidade de levar, para a corrida, a mesma quantidade de combustível da classificação. Inúmeras vezes, o pole position acaba não sendo o mais rápido. E isso é um absurdo. No modelo antigo, em vigor até 2002, os pilotos eram liberados para carregar o mínimo possível de gasolina, desafiando seus próprios limites nas voltas de classificação.
Infelizmente, isso não acontece mais. Agora, sobrou aquela chata e eterna discussão: "Fulano foi o melhor por mérito próprio ou por que estava com menos combustível?". A solução para a superpole, com toda a sinceridade, não é tão difícil assim. Basta liberar geral. Cada um com o combustível que quiser, como era antes. Afinal, a pole position é o lugar de honra do mais rápido.
E não do mais leve.
Crédito das fotos: http://www.f1-live.com/
4 comentários:
concordo com voce, blog. Acho ridículo essa coisa de precisar largar mais pesado ou mais leve.
Antes era bem melhor, como voce disse. Eramos felizes e não sabíamos euhehehuehue!
vejamos o caso. As equipes precisam economizar gasolina. Já cortaram o treino de aquecimento que eu achava um barato, e agora querem acabar também com quase todo o tempo da superpole. Assim não dá. Não conseguem ficar nenhum tempo com um sistema só. Gostei da sua proposta. Unir os dois sistemas. Se eu fosse um Bernie Ecclestone da vida, era isso que eu faria.
Concordo plenamente. Essa solução é a mais simples, a mais ecologicamente correta, é melhor em termos competitivos eo escambau. Não entendo por que eles não vêem o óbvio e melhoram a parada de uma vez. Será que os dirigentes da F1 tem QI baixo ou o quê?
também concordo. Seria a saída mais ecologicamente correta e a mais emocionante também. Valeu!
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