A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix se despede desta semana com aquela que, talvez, tenha sido a pancada "solo" mais incrível da história. Não é exagero não. Sem perder tempo, vamos continuar com a contagem:
10.Martin Brundle - Austrália/1996
9. Christian Fittipaldi - Itália/1993
8. Derek Warwick - Itália/1990
7. Andrea de Cesaris - Áustria/1985
6. Luciano Burti - Alemanha/2001
5. Jos Verstappen, Eddie Irvine, Martin Brundle e Eric Bernard - Brasil/1994
4. Robert Kubica - Canadá/2007
9. Christian Fittipaldi - Itália/1993
8. Derek Warwick - Itália/1990
7. Andrea de Cesaris - Áustria/1985
6. Luciano Burti - Alemanha/2001
5. Jos Verstappen, Eddie Irvine, Martin Brundle e Eric Bernard - Brasil/1994
4. Robert Kubica - Canadá/2007
TERCEIRO COLOCADO - Philippe Alliot no Grande Prêmio do México de 1988
Um ilustre desconhecido para a maior parte do público da Fórmula 1, Philippe Alliot é muito mais lembrado pelos seus acidentes do que por seus resultados. Assim como seu folclórico contemporâneo Andrea de Cesaris, Alliot também tinha uma tendência quase natural de se envolver em batidas. A diferença é que as pancadas do francês costumavam ser bem mais espetaculares.
A carreira de Alliot na Fórmula 1 iniciou-se em 1984, quando ele - já, na época, um quase veterano de trinta anos de idade - conseguiu uma vaga na inexpressiva equipe RAM. O carro era horroroso e o francês não chegou nem perto de lutar por pontos. Seus melhores resultados foram dois décimos lugares, intercalados com uma gigantesca conta de onze abandonos.
Apesar da total falta de performance, Alliot permaneceu na RAM em 1985, sem ter muita escolha. Mais uma vez, a temporada foi esquecível. Na primeira prova, em Jacarepaguá, o francês até terminou numa promissora nona colocação. Mal sabia ele que seria sua única chegada do ano. No resto do campeonato, foram nada menos do que doze abandonos, batendo o recorde de 1984.
A RAM retirou-se da Fórmula 1 antes do fim do campeonato e Alliot ficou sem vaga para 1986. Sorte dele que o experiente Jacques Laffite sofreu um grave acidente no G.P. da Inglaterra, em Brands Hatch, abrindo um cockpit na tradicional Ligier. Ajudado pela nacionalidade francesa - a mesma da equipe - Alliot ganhou uma chance.
Pena que os resultados, mais uma vez, foram escassos. Em sete corridas, apenas um pontinho. E justamente no G.P. do México, onde Alliot sofreria o acidente mais incrível de sua vida. No fim da temporada, o francês não segurou sua vaga na Ligier, mas manteve-se na Fórmula 1 ao assinar com a Larrousse.
Em 1987, as coisas melhoraram um pouco: no total, Alliot marcou três pontos, após terminar uma trinca de vezes no sexto lugar. Entre os carros com motores aspirados, que faziam uma disputa à parte, o francês fechou em terceiro, um resultado bastante animador. Sem surpresas, Alliot permaneceu na Larrousse em 1988.
Dessa vez, porém, o ano seria muito mais difícil. Logo na terceira prova, em Mônaco, Alliot sofreu um forte acidente ao tentar abrir passagem para Riccardo Patrese, que vinha uma volta à frente. O italiano da Williams acertou a traseira de Alliot, que bateu de frente na barreira de proteção.
A pancada não seria nada, porém, se comparada ao que aconteceria no G.P. seguinte, no México. No treino de classificação, Alliot roubou a cena com um acidente incrível, que levou seu carro a um nível de destruição poucas vezes visto. Uma capotagem que, certamente, não poderia faltar na lista dos acidentes mais espetaculares da história.
Estamos nos últimos minutos do treino classificatório. Os pilotos estão naquela fase de dar o máximo por alguns centésimos a mais, que valem uma melhora significativa no grid. Alliot é um deles. Ele já tem um tempo razoavelmente bom, suficiente para colocá-lo perto dos dez primeiros. Mas o francês quer mais.
Saindo da super-veloz curva Peralta, a derradeira do circuito da Cidade do México, a Larrousse de Alliot dá uma súbita guinada para a esquerda, provavelmente causada pelas ondulações da pista. O francês tenta consertar e as coisas dão terrivelmente erradas. Fora de controle, o carro roda em altíssima velocidade, em plena reta de largada.
Alliot desliza em direção à mureta dos boxes, e o choque é inevitável. O piloto da Larrousse passa por cima de uma zebra pessimamente localizada e pula, acertando a barreira de lado. Seu carro, imediatamente, já se despedaça em milhares de pedaços, enquanto volta perigosamente para o meio da reta.
Por sorte, nenhum outro piloto passa naquele exato momento. Alliot dá dois giros completos e, por fim, termina do outro lado da pista, com a Larrousse completamente destruída. Não sobrou quase nada, e o carro parece destinado ao ferro velho. De maneira inacreditável, o francês sai andando, sem nenhum tipo de ferimento.
Mais incrível ainda é o trabalho dos mecânicos da Larrousse, que viram a noite reconstruindo o carro e conseguem prepará-lo para a corrida do dia seguinte. Alliot larga de 13º, mas retira-se logo na primeira volta, com um problema de suspensão. Apesar do abandono, o francês não podia reclamar da sorte.
Até o fim de sua carreira na Fórmula 1, em 1994, Alliot ainda se envolveria em vários outros acidentes. Além disso, ficaria lembrado como um dos pilotos mais difíceis de se ultrapassar, tendo representado um terror ao líderes por não obedecer às bandeiras azuis. De qualquer forma, nada marcou mais a trajetória do piloto francês do que seu acidente naquele G.P. do México.
Pela força da batida, que aconteceu num ponto de altíssima velocidade, por causa das duas capotagens e, principalmente, pelo estado de total destruição do carro após a pancada, o acidente de Philippe Alliot no treino de classificação do Grande Prêmio do México de 1988 leva o terceiro lugar na lista dos Dez Acidentes Mais Espetaculares da História.
A seguir, o vídeo da pancada:
A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na terça que vem, apresentando o número dois na lista. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!
Crédito das fotos:
Número Três - http://www.stebbifr.blog.is/
Philippe Alliot - http://www.mclaren.com/
Acidente I a V - http://www.youtube.com/
3 comentários:
Teve uma corrida na Espanha que o Alliot fechou o Senna e tomou um esporro muito engraçado rsrsrs. Essa pancada é sensacional, eu tava me perguntando se vc não ia colocar ela. Já tava na hora..
Pancões como este sempreme lembram uma manchete de um jornal. A foto de um carro todo destruído como este e escrito E NÃO MORREU!!!
Abs
Mas po, o Alliot naum tem o feeling dos acidentes do "de Crasharis" e nem o carisma do msm...mas o acidente foi taum forte quanto o do Kubica, a diferença é que naum tinha Galvao Bueno ou meu pai pra ficar falando que ele tinha morrido ou tava desacordado
Ateh!
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