Depois do caso de espionagem, a nova novela da Fórmula é "para onde vai Fernando Alonso no ano que vem?". Dessa vez, a mais recente notícia sobre o futuro do espanhol vem do inglês Daily Mirror. De acordo o jornal, o bi-campeão poderia transferir-se da McLaren para a Renault se a equipe francesa conseguir um verba extra com sua principal patrocinadora, a ING.
Segundo consta, o total gasto pela instituição financeira holandesa com a Renault, neste ano, chega à casa de 30 milhões de dólares. Para "comprar o passe" de Alonso, faltam mais 10 mi. Tendo isso em mente, Flavio Briatore, mais importante dirigente da equipe francesa, teria procurado a ING para pedir o aumento que falta.
A tese do Daily Mirror não é absurda. Muito pelo contrário: até faz certo sentido. Já é de conhecimento geral que Fernando Alonso não se dá com seu chefe na McLaren, Ron Dennis. Os dois não se falam desde o fim de semana do Grande Prêmio da Hungria, em meados de agosto.
Por outro lado, Briatore e a cúpula da Renault são fãs declarados do espanhol. Com ele, viveram seus dias de glória, em 2005 e 2006. A equipe francesa havia prometido anunciar seus pilotos do ano que vem no fim de semana do G.P. da Itália. Não cumpriu. Um sinal claro de que ainda tenta a contratação de Alonso.
Na McLaren, o espanhol ainda sonha com o status de primeiro piloto. Mas esse desejo mostra-se progressivamente mais distante. Em entrevista ao The Times, hoje, Ron Dennis voltou a afirmar que não existe preferência na sua equipe. Cada vez mais, está claro que, se quiser regalias, Alonso vai precisar deixar o time prateado.
Apesar de tudo, ainda acredito na permanência do espanhol na McLaren. Nessa altura, porém, já faço minha aposta com bem menos convicção. Uma hipotética saída de Alonso do time prateado, no fim do ano, não será mais surpresa para ninguém. A indefinição do bi-campeão, aliás, está mantendo o mercado de pilotos, por enquanto, desaquecido.
As coisas só vão esquentar depois de Alonso decidir seu futuro. Se ele ficar na McLaren, as peças até se encaixam com mais facilidade: Heikki Kovalainen e Nelsinho Piquet, por exemplo, formariam a provável dupla da Renault. As maiores dúvidas seriam os companheiros de Nico Rosberg na Williams e de Jarno Trulli na Toyota.
Mas, caso Alonso realmente vá para a Renault, o cenário muda completamente. Primeiro, haverá a abertura de uma vaga extremamente cobiçada na McLaren. Quem poderia ser o escolhido por Ron Dennis? Nico Rosberg? Jenson Button? Ou alguém tão pouco conhecido quanto Lewis Hamilton até o ano passado?
Ao mesmo tempo, Heikki Kovalainen e Nelsinho Piquet disputariam apenas uma das vagas da Renault. O perdedor, provavelmente, seria o segundo piloto da Williams. E os vencedores da GP2 - Timo Glock e Lucas di Grassi - conseguiriam alguma vaga? Não dá para saber.
Enquanto Alonso não definir para onde vai, tudo não passa de um mero jogo de adivinhação.
Preparem-se porque, em 2009, a Fórmula 1 deve inaugurar o autódromo mais espetacular de todos os tempos. Pelo menos, é isso que prometem os organizadores do G.P. dos Emirados Árabes Unidos. O país árabe vai fazer sua estréia na categoria daqui a dois anos, com uma pista montada numa ilha artificial.
Os envolvidos com o projeto estão entusiasmados. "Nós não vamos apenas cumprir o planejado, iremor superar as expectativas", disse Ahmad Hussain, diretor geral de turismo de Abu Dhabi, a cidade escolhida para erguer o mega complexo.
A responsabilidade pelo desenho da pista, como de costume, ficará a cargo de Hermann Tilke. O alemão é o arquiteto oficial da Fórmula 1 e não perderia essa festa. Com o dinheiro do petróleo sobrando nos Emirados Árabes Unidos, os organizadores não estão dispostos a economizar.
Além do novo autódromo, o complexo também vai contar com uma marinha particular e nada menos do que sete hotéis cinco estrelas. O custo do projeto inteiro, desenvolvido especificamente para a Fórmula 1, deve ficar em torno de 40 bilhões de dólares (!!!).
Deixo apenas uma pergunta, maldosa mas sincera: será que a categoria merece tudo isso?
Nesta quinta, a Fórmula 1 encerrou seus três dias de ensaios coletivos na pista de Jerez de la Frontera. Pedro de la Rosa, piloto de testes da McLaren, foi quem fechou o dia de hoje como o mais rápido. O espanhol virou 1:19.617s, um tempo quatro décimos mais lento do que a melhor volta da semana - dele mesmo - assinalada ontem.
Dessa vez, a Ferrari foi representada por Luca Badoer, que terminou com o segundo melhor tempo desta quinta. Em seguida, vieram Mark Webber, da Red Bull, Nick Heidfeld, da BMW, e Nelson Angelo Piquet, da Renault. O brasileiro, alías, completou 120 voltas - o maior número do dia.
Super Aguri e Spyker, de novo, foram as únicas equipes ausentes nos testes. No dia de hoje, a bandeira vermelha foi acionada duas vezes. Em ambas, os problemas aconteceram por conta de quebras: uma de Nick Heidfeld e outra de Sebastian Vettel.
Fora das pistas, a Super Aguri admitiu não ter sido "sabotada" pela Honda no G.P. da Bélgica, como chegou a ser noticiado. Segundo Mark Preston, diretor técnico da Aguri, o desempenho ruim da equipe na corrida de Spa-Francorchamps deveu-se, apenas, a uma escolha equivocada de pneus, piorada em decorrência de problemas aerodinâmicos numa asa traseira mal fabricada.
O esclarecimento veio a calhar para a Honda. Pelo menos, dessa vez, a equipe de Rubens Barrichello e Jenson Button não teve culpa nesse outro arranhão da sua imagem. A seguir, a tabela de tempos dos testes coletivos dessa quinta-feira:
1. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:19.617s em 68 voltas
2. Luca Badoer/Itália/Ferrari, 1:19.656s em 68 voltas
3. Mark Webber/Austrália/Red Bull, 1:20.067s em 42 voltas
4. Nick Heidfeld/Alemanha/BMW, 1:20.184s em 94 voltas
5. Nelsinho Piquet/Brasil/Renault, 1:20.655s em 120 voltas
6. Jenson Button/Inglaterra/Honda, 1:20.831s em 66 voltas
7. Jarno Trulli/Itália/Toyota, 1:21.621s em 77 voltas
8. Sebastian Vettel/Alemanha/Toro Rosso, 1:21.626s em 82 voltas
9. James Rossiter/Inglaterra/Honda, 1:21.663s 39 em voltas 10. Nico Rosberg/Alemanha/Williams, 1:22.148s 57 em voltas
Depois de Jerez, as escuderias da Fórmula 1 só voltam às atividades entre os dias 28 e 30 de setembro, quando acontece o Grande Prêmio do Japão, em Fuji.
Depois de McLaren e Ferrari, chega a vez da BMW ter uma propaganda sua em destaque aqui no Blog. O vídeo a seguir, estrelado por Nick Heidfeld, é muito bacana, intercalando cenas do carro de Fórmula 1 com o modelo M3, recém-lançado pela marca alemã. Vale a pena conferir:
Amanhã, o Blog volta com a Agenda do fim de semana, repassando tudo que será atrações no mundo da velocidade nos próximos três dias. E, ao longo da sexta-feira, comentários sobre as notícias mais recentes do esporte. Nos vemos por aí!
Crédito das fotos (na ordem):
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8 comentários:
Difícil adivinhar para onde vai o Alonso. Desde o início, eu tinha certeza que ele continuaria na Mclaren. Mas com tudo que vem acontecendo agora, já não tenho mais certeza. Quem deve estar sofrendo com isso são os outros pilotos, como o Nelsinho, que precisam esperar o Alonso decidir para onde via..
Valeu!
gustavo, sobre o circuito de Abu Dhabi: não sei se você percebeu, mas o traçado lembra muito um revólver! Seria isso indicar de alguma coisa?
Um abraço.
Aurélio,
Isso não tenho como saber! Mas, certamente, a Fórmula 1 está faturando mais do que merecia com esse complexo multi-bilionário...
Grande abraço!
Bom...
Se eu fosse o Ron Dennis, contrataria outro piloto e contratualmente deixaria Alonso na "banheira" no ano que vem... deixa ele suspenso de férias e sem poder guiar nenhum carro em nenhuma categoria. Ele é um "menino chorão", que disse que F-1 não é mais esporte, e talz... isso td pq foi punido, mas é gente como ele que avacalha a F-1. acho que a FIA tinha que cassar a super-licensa dele.
mas o melhor do post, certamente foi o vídeo, ainda mais, em ver as BMW F-1 passeando pela Nurburgring antiga. gostaria de ver uma volta completa on-board de um F-1 atual naquele templo que eu admiro tanto. acho que é o circuito mais lindo e desafiador que existe no mundo.
Jairo.
No programa Mega Contruções da Discovery Chanel volta e meia aparece a construção de um extraordinário complexo de hotéis e casas exatemente neste estilo, leia-se, eles constroem uma ilha próxima ao continente e jogam tudo em cima.
Não é brincadeira não, é muita areia pra fazer o negócio! Mas então, pode ter certeza que os caras vão se dar bem com o exagerado investimento e que F1 com certeza não é a razão pra isso tudo acontecer. No programa, uma entrevista esclarecia que a justificativa pra tanta construção louca e gigantesca é a pura consciência de que o dinheiro do petróleo logo vai acabar, então é importante investir em infra-estrutura, turismo e fazer o mundo olhar pra isso tudo agora, antes que seja tarde demais. A F1 pode fazer isso, então preparem-se...rs
Falando em dinheiro, isso é o que não falta pra ING... 10 mi é fácil fácil.
abração
Jairo,
Você me deu uma boa idéia para o "vídeo do dia". Acho que hoje à noite coloco um onboard no antigo circuito de Nurburgring.
Fábio,
Os dinheiro lá nesses paraísos do Oriente Médio está sobrando mesmo. Em Dubai, construíram uma estação de esqui artificial! Sinceramente, eles não têm mais onde gastar...
Grande abraço a todos!
Acho que na McLaren o Alonso não fica, hoje ouvi falar que ele iria pra Ferrari e o Massa pra Toyota .......
Gostei da retórica no item do circuito luxuoso de Abu Dabhi.
Eu só espero que na pista seja tudo tão bom quanto fora porque esse Tilke é bom de reta, de cotovelo, dessas coisas todas, mas a infra-estrutura é onde ele se destaca mesmo. Mas tomara que seja melhor que na Turquia!
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