segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Ferrari sem privilégios até o fim do ano

A cinco corridas do final da temporada, a diferença entre Felipe Massa e Kimi Raikkonen é de apenas um ponto. A distância entre a dupla ao longo do ano, aliás, nunca foi muito espaçosa. Sendo assim, a Ferrari, que havia prometido escolher um primeiro piloto quando um dos dois se destacasse no campeonato, não teve dúvidas.

Hoje, Jean Todt, o principal dirigente da equipe vermelha, afirmou categoricamente que nenhum de seus pilotos ganhará privilégios até o final desse ano. "Seria algo inapropriado com Massa (à esquerda) e Raikkonen, que estão fazendo um grande trabalho", foram as palavras do francês. Uma decisão justa e acertada.

No início do ano, era impossível prever quem, na dupla, iria ter um desempenho melhor na temporada. A Ferrari, então, decidiu esperar pelos acontecimentos para definir seu primeiro piloto. E, como Raikkonen e Massa permaneceram em constante equilíbrio, a tendência normal foi não fazer essa escolha. Pelo menos, por enquanto.

A Ferrari de 2007 é diferente daquela que privilegiou Michael Schumacher durante os onze anos do heptacampeão com a equipe. Por melhor que fossem, Eddie Irvine e Rubens Barrichello não conseguiam acompanhar o ritmo de Schumi. Com ou sem regalias para o alemão.

Por sua vez, Kimi Raikkonen (à direita) e Felipe Massa são pilotos jovens e de nível bastante parecido. Dependendo das condições, um se sobressai sobre o outro. O finlandês tem uma experiência superior na Fórmula 1, especialmente em equipes de ponta. Mas o brasileiro está há mais tempo na Ferrari, e conhece a escuderia italiana profundamente.

Em vários outros pontos, o equilíbrio também é constante. A Ferrari vai precisar esperar. Considerando o histórico da equipe - que não costuma realizar trocas de pilotos regularmente - Massa e Raikkonen terão tempo para provar qual dos dois é o melhor.

Alguém arrisca um palpite?


Confirmando o pensamento do Blog, Fernando Alonso descartou qualquer possibilidade de ausentar-se da Fórmula 1 em 2008. Eu já havia cantado a bola, quando surgiu o rumor de que o espanhol poderia tirar um ano sabático na próxima temporada. Bobagem, é claro.

Alonso (à esquerda) não deixou margem para dúvidas: "Tenho certeza de que estarei na Fórmula 1 em 2008. Não estou nem cogitando a possibilidade de me retirar da competição", foi exatamente o que disse o bi-campeão. Sendo assim, ele deve continuar na McLaren no próximo ano.

A BMW já fechou suas portas, ao anunciar a renovação de contrato com Nick Heidfeld e Robert Kubica. E a Renault vai pelo mesmo caminho, apostando em Heikki Kovalainen e Nelson Angelo Piquet. Sem essas possibilidades, para onde mais poderia ir Alonso?

O espanhol, certamente, não estaria disposto a arricar uma ida para Honda, Toyota ou Red Bull, por exemplo. São equipes com potencial de vitória e disputa de título apenas no médio prazo, e olhe lá. Dessa forma, só resta a ele continuar onde está: na McLaren (à direita).

Nem que isso signifique aturar Lewis Hamilton por mais um tempo.


Continua sendo um mistério a causa do furo de pneu de Lewis Hamilton no último Grande Prêmio da Turquia. A Bridgestone, fornecedora do composto, ainda não sabe exatamente o que provocou a falha, que quase arruinou a corrida do inglês. Com sorte, o piloto da McLaren conseguiu continuar na prova, terminando em quinto lugar.

Segundo o diretor de operações de engenharia de pista da Bridgestone, Kees van de Grint, "a causa não é evidente após nossos investigações especiais". É claro que os técnicos da empresa japonesa vão continuar procurando saber o que aconteceu. Eu tenho uma teoria, meio maluca, é verdade, mas tenho.

Pela televisão, vendo a corrida, tive a impressão - apenas a impressão! - de que o bico da McLaren de Lewis Hamilton estava levemente torto. Um pouquinho mais virado para a direita do que o normal. E isso, nas ondulações da pista de Istambul Park, poderia causar algumas "raspadas" entre a orelha pontiaguda do aerofólio dianteiro do carro e a borracha do pneu.

Numa dessas, o composto poderia ter sofrido um rasgo, o que teria dechapado o composto. Será que foi assim? Eu mesmo acho difícil. Caso realmente tivesse sido esse o problema, os técnicos da Bridgestone teriam percebido. Não teriam?

Se o meu palpite estiver certo vou mandar o meu currículo para os japoneses imediatamente.


Como já foi falado aqui no Blog, hoje de manhã, o brasileiro Augusto Farfus Jr. venceu, no último domingo, uma das etapas da rodada dupla do WTCC no circuito alemão de Oschersleben. A prova não teve transmissão para o Brasil. Por isso mesmo, vale a pena dar uma conferida no vídeo abaixo, com as emocionantes voltas finais da corrida:



Mais um desempenho digno de aplausos de Farfus Jr., que tem a torcida do Blog em sua luta pelo título do WTCC. A defesa de posição do brasileiro foi uma verdadeira aula. Se repetir atuações como essa, o troféu de campeão fica pertinho.

Nesse terça, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Ao longo dos próximos três dias, contaremos os números 5, 4 e 3 da lista dos Dez Maiores Duelos da História. E, ao longo do resto do dia, posts comentando as notícias mais recentes do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Raikkonen - www.news.bbc.co.uk
Lewis Hamilton (ambas) - http://f1.gpupdate.net/

4 comentários:

Anônimo disse...

Essa decisão da Ferrari era meio óbvia, até achei que eles demoraram a tomá-la. O Alonso vai continuar, óbvio. Ele deve pensar nos recordes do Schumacher, como você disse a uns dias atrás, Gustavo. Sua tese para o Hamilton é meio maluca mesmo mas não é completamente viagem. Faz sentido. E muito bom o vídeo, embora trave em alguns momentos.

Abraço.

Anônimo disse...

como disse o saco de gatos no blog dele: herr, farfus! valeu pelo video

kimi_cris disse...

A decisão da Ferrari não me parce que seja ao meio da época por exemplo se o Massa vencer as proximas duas provas o Raikkonen deve passar a ser segundo piloto, e se o Raikkonen vencer as proximas duas provas o Massa deve passar a ser segundo piloto.

Felipe Maciel disse...

Eles estão tão próximos no campeonato e relativamente distantes da disputa pelo título que nem vale a pena escolher o primeiro e o segundo piloto. Tarde demais, agora deixa tudo como está.