O boato do dia: Ralf na Spyker em 2008

Ralf Schumacher está com os dias contados na Toyota. Tudo bem, isso já não é mais nenhuma novidade. O interessante mesmo é que hoje, depois de muito tempo, o alemão foi envolvido num boato diferente. Em vez de especular sobre a sua demissão, os jornais especializados estão colocando o irmão de Michael em outra equipe.

Nessa segunda, a publicação germânica Bild afirmou que existe a chance de Ralf (à esquerda) correr na Spyker em 2008. Para quem não sabe, a equipe holandesa foi comprada por um multi-milionário indiano, Vijay Mallya. E o empresário nada mais é do que amigo pessoal do piloto alemão. Isso que é sorte? Nem tanto.

O boato foi construído em cima de suposições. Nenhuma das partes foi ouvida. Para completar, uma fonte anônima da Spyker desmentiu os rumores antes do fim do dia, contando que apenas uma das vagas da equipe para o ano que vem ainda não teria sido ocupada. Mas que, com toda a certeza, não seria preenchida por Ralf. Nada mais justo. O irmão de Michael não mereceria a chance mesmo.

Quem está praticamente garantido em 2008 na Spyker - ou Team India, qualquer que seja o nome - é Adrian Sutil (à direita), primeiro piloto do time laranja na atual temporada. A jovem promessa alemã, segundo seu manager, já tem um contrato válido para o próximo campeonato. Uma recompensa justa, depois do esforço de comandar uma equipe que está invariavelmente no fim do pelotão.

Agora que foi vendida para um indiano, a Spyker está facilitando cada vez mais a entrada do país asiático no calendário da Fórmula 1. Se não bastasse o apoio declarado do chefão Bernie Ecclestone, expressado em entrevista a um canal local de televisão no dia de hoje, a Índia ainda recebeu a visita de Hermann Tilke na semana passada.

O arquiteto alemão - espécie de projetista oficial das novas pistas da Fórmula 1 - vistoriou possíveis locais, nas redondezas de Nova Délhi, para a construção de um autódromo de última geração. Sinal de que o plano indiano de sediar uma etapa da categoria máxima do automobilismo parece estar, finalmente, avançando.

Se tudo der certo, já em 2009 a Índia será sede de um Grande Prêmio da Fórmula 1.

A Williams resolveu arriscar. Depois de ter tido seu pior desempenho das últimas duas décadas, no ano passado, a legendária equipe inglesa se recuperou no atual campeonato. Ao contrário das expectativas da pré-temporada, os pilotos Nico Rosberg (à esquerda) e Alexander Wurz têm conseguido belos resultados, que colocam o time de Frank Williams no quinto lugar entre os construtores.

Apesar disso, o time inglês vai começar 2008 com um projeto completamente novo. Em entrevista ao site Autosport, Sam Michael - diretor-técnico da Williams - afirmou que a equipe tentará revolucionar no ano que vem. Para o dirigente, a meta deve ser lutar, desde o início, por vitórias.

Parece ambicioso demais? Vamos com calma. Primeiro de tudo: uma escuderia de Fórmula 1, qualquer que seja, precisa esperar mais do que vai conseguir. Se não, acomoda-se. E isso, na categoria, é fatal. Mas, no caso específico da Williams, talvez o otimismo seja justificado.

Até hoje, a equipe inglesa foi a única da história que começou como pequena e conseguiu transformar-se num dos grandes nomes da Fórmula 1. Teve quedas vertiginosas em anos como 1983, 1988 e 1999. Porém, no final das costas, sempre conseguia dar a volta por cima. Na era atual da Fórmula 1, a recuperação é muito mais díficil. Mas não é impossível.

Se existe algo que Frank Williams (à direita) ensinou, é que nunca se deve duvidar da sua equipe.

Das três equipes japonesas da Fórmula 1, qual realiza o melhor trabalho? A Toyota, na categoria há mais de cinco anos sem ter conseguido sequer uma vitória, até agora? Ou sua grande rival Honda, que trinfou uma vez no último campeonato mas que vive um inferno astral insuperável na atual temporada? Nenhuma das duas.

Na Fórmula 1 desde o início do ano passado, a Super Aguri parecia eternamente condenada às últimas posições do grid. As primeiras corridas da equipe na categoria, com um desmotivado Takuma Sato e o horroroso Yuji Ide (à esquerda), confirmavam totalmente as expectativas. Mas, no estilo mineirinho, o time foi crescendo de produção de forma lenta, até chegar aos quatro pontos já somados neste ano.

Para uma equipe pequena, com poucos patrocinadores - incluindo, por incrível que pareça, alguns que dão calote no final do mês - a Super Aguri vem fazendo um belíssimo trabalho. Liderada pelo ex-piloto Aguri Suzuki, o time chegou a se igualar, em diferentes situações, às conterrâneas Honda e Toyota, donas de orçamentos centenas de milhões de dólares maiores.

Companheiros de equipe desde os tempos da Fórmula 3 Inglesa, Takuma Sato (à direita) e Anthony Davidson também fazem a sua parte. E, merecidamente, devem continuar na Super Aguri em 2008. Quem garantiu isso foi Daniel Audetto, diretor-chefe da equipe, em declaração ao site Autosport, nessa segunda.

Mais uma prova da maturidade e do crescimento da Super Aguri. Já pensou se a equipe tivesse tanto dinheiro quanto Honda e Toyota?

Aposto que muitos de vocês já devem ter visto essa. Afinal de contas, saiu no Kibeloco, um dos maiores sites de humor do Brasil. Mas eu não podia deixar passar. A situação é a seguinte: Nelson Piquet vai receber o prêmio-homenagem do Capacete de Ouro. Sobe ao palco com todos os filhos, incluindo Pedrinho, o mais novo, de apenas cinco anos. O apresentador resolve brincar com o garoto, e isso acontece:

Não dá para não rir, independente das posições políticas de cada um. Que foi engraçado, foi.

Nessa terça, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Amanhã, é hora de conhecer o número dois da lista dos Dez Maiores Duelos da História. E, ao longo do resto do dia, posts comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos:

Ralf Schumacher - http://www.en.wikipedia.org/

Adrian Sutil - http://www.downforcef1.wordpress.com/

Nico Rosberg - http://www.globoesporte.globo.com/

Frank Williams - http://www.derapate.it/

Yuji Ide - http://www.postimees.ee/

Takuma Sato - http://www.correioweb.com.br/