Desde que Fernando Alonso deixou a Renault, no final da última temporada, a equipe francesa caiu num declíno acentuado e surpreendente. Parte da queda foi atribuída aos pilotos, mas é fato que o carro da montadora do losango também não rende o suficiente. Em 2008, porém, isso tudo pode mudar.
A Renault leva para a próxima corrida, em Istambul Park, algumas mudanças técnicas. No Grande Prêmio da Itália, em Monza, chega um novo pacote aerodinâmico. Não deverá ser, ainda, o necessário para bater a BMW. Nem, muito menos, ameaçar a soberania de Ferrari e McLaren.
Mas, no ano que vem, a história pode ser diferente. Deixa eu explicar. Em 2006, mergulhada na luta pelos campeonatos de pilotos e construtores, a Renault atrasou demais o desenvolvimento do seu carro de 2007. Essa foi, principalmente, a principal causa da falta de desempenho do time francês no atual campeonato.
Cientes de que não poderiam cometer o mesmo erro duas vezes, os engenheiros da Renault largaram na frente e começaram a pensar o carro de 2008 ainda na primeira metade da temporada. O staff técnico da equipe, que tem nomes de peso como Pat Symonds (à direita) e Bob Bell, é daqueles que não devem ser subestimados.
Será, porém, que é o suficiente? Falta ainda um ingrediente especial. Exatamente, a dupla de pilotos. Nesse momento, o mais provável é que a Renault alinhe com Nelson Angelo Piquet e Heikki Kovalainen no campeonato do ano que vem. Após o sucesso de Lewis Hamilton, ninguém mais ousa duvidar dos novatos.
Tanto Nelsinho quanto Kovalainen são pilotos capazes e que podem guiar a Renault de volta aos seus dias de vitória, desde que ajudados por um carro veloz e confiável. Considerando o comando forte de Flavio Briatore nos bastidores e a excelência técnica dos engenheiro da equipe, não é tão impossível assim que o time retorne à disputa do título do ano que vem.
Será que os franceses estarão de volta?
41 dias. Esse é o prazo que a Índia tem para convencer Bernie Ecclestone a colocar o país no calendário da Fórmula 1 a partir de 2009. Para quem não sabe, o chefão da Formula One Management já tem um acordo com os indianos, prevendo que eles terão garantida sua etapa caso construam um autódromo de auto nível em seu território.
A cidade escolhida, Nova Délhi (à esquerda), será sede dos Jogos da Comunidade Britânica em 2010. Uma prova da Fórmula 1 em seu solo, apenas um ano antes, seria uma grande promoção. Mas, como não poderia deixar de ser, faltam recursos financeiros para facilitar a empreitada.
O diretor da Associação Olímpiada Indiana, entidade que está cuidando do caso, promete novidades em duas semanas. Caso realmente consiga o dinheiro suficiente para erguer um novo autódromo, o arquiteto Hermann Tilke - sempre ele - deverá estar à frente do projeto.
Ao que parece, o país de Narain Karthikeyan (à direita) está fazendo um enorme esforço para receber a Fórmula 1. E tanto trabalho me deixam com um mau pressentimento. Afinal de contas, será que o Brasil fará o mesmo quando precisar renovar o contrato com a categoria?
Robert Doornbos (à esquerda), vice-líder do atual campeonato da ChampCar, é o mais novo candidato à vagas da Fórmula 1 no ano que vem. O holandês, que vinha sendo tratado pela imprensa como carta fora do baralho, anunciou que negocia com Williams e Toyota para a próxima temporada.
Estranho, para quem tem um contrato de longa data com a Red Bull. Na equipe das bebidinhas energéticas, porém, Doornbos dificilmente conseguiria um cockpit titular. É compreensível que ele busque outras opções.
Se, de fato, arranjar a vaga que procura, Doornbos confirmará o atual status da ChampCar, cada vez mais categoria-escola da Fórmula 1. Nos últimos anos, a média de idade de pilotos da ex-CART caiu gradativamente. Hoje, várias promessas como Will Power, Graham Rahal, Neel Jani e Simon Pagenaud lutam por espaço no certame norte-americano.
Deu certo para Sebastien Bourdais e pode terminar bem para Robert Doornbos. Mas o pulo da ChampCar para a Fórmula 1 é muito complicado. Que o diga o mineirinho Cristiano da Matta (à direita), talvez um dos pilotos mais injustiçados pela principal categoria do automobilismo nos últimos anos.
Para quem ainda não viu, segue o vídeo da assustadora batida de Taro Sekiguchi durante a última etapa da 250cc em Brno, República Checa. O japonês, cego pela poeira, não viu a moto do italiano Marco Simoncelli, que ficara atravessada no meio da pista. A batida foi muito violenta. Levado ao hospital inconsciente, o nipônico saiu "apenas" com fraturas em duas costelas e na bacia:
Nesse segunda, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. A partir de amanhã e durante essa semana, contaremos os números 8, 7 e 6 da lista dos Dez Maiores Duelos da História. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo do automobilismo. Nos vemos por aí!
Crédito das fotos:
Renault: http://www.f1-facts.com/Pat Symonds: http://www.telefonica.es/
Nova Délhi: http://www.db.com/
Narain Karthikeyan: http://www.nilacharal.com/
Robert Doornbos: http://www.bnr.nl/
Cristiano da Matta: www.wikipedia.com/
4 comentários:
com nelsinho e kovalainen acho difícil, gustavo. Acho que eles ainda são muito jovens. Mas, como vc. disse, não devemos subestimá-los. O acidente do japonês foi muito forte mesmo e sobre os outros assuntos não tenho muito o que comentar, pois não venho acompanhando..
Abs
Tomara q não valha uma máxima que conhecemos do direito para a Renault, o "fruit of the poisoned tree". Sabe como é, trabalhar em cima do carro que não deu certo pode até levar a carros melhores, mas q tbm não dão certo em razão daquele projeto incial distante. Mas não parece que essa vai ser a verdade até pelo que vc falou aqui no post.
Quer dizer que vc já correu no RKC? Então vc sabe mais do que eu... são eles que estão organizando essa ida até Curitiba. Você disse que já foi até lá correndo pelo campeonato deles, até aonde eu sei é a primeira vez que esse Circuito Interestadual acontece... queria saber como as coisas eram até esse ano.
Aliás, não apenas até esse ano, mas como estão acontecendo agora tbm...rs
Pode deixar que eu acredito na história de chegar em último pra pegar o melhor kart, não me pareceu "baléla" não... até pq aqui no blog vc tah mostrando uma bela capacidade de enxergar o futuro, não é msm? Enfim, correr lá em Curitiba deve ter sido uma experiência incrível msm, a curva deles dá o que falar.
O Rafael Lopes postou legal a vitória do Rodrigo Faulhaber, serviço bem prestado pelo blog!
Já deu, neh? Abraço!
Duvido que a Renault lute pelas vitórias em 2008... Mas na Formula1 nunca se sabe.
O Bordais é tricampeão e vai para a Toro, o Robert é vice e pode acertar com Williams ou Toyota. Brincadeira né...
Se tiver um bom dinheiro nessa história, talvez ele consiga uma vaguinha lá por Grove, mas não ponho minha mão no fogo, não. É muito difícil um piloto sair da F1 e depois voltar.
Postar um comentário