Num dia de poucas notícias relevantes no mundo da velocidade, chama atenção uma entrevista que Nico Rosberg concedeu ao jornal Mail on Sunday, divulgada nesta segunda. Titular da Williams desde o início de 2005, o alemão foi cogitado para uma vaga na McLaren no próximo ano, como companheiro de Lewis Hamilton. Ao que parece, porém, uma mudança de equipe não está nos planos de Rosberg.
"Meu desejo é desempenhar um papel importante na Williams. Quero reerguer a equipe, da mesma forma que Schumacher fez na Ferrari e Alonso na Renault", disse Rosberg. Um objetivo bastante ambicioso, portanto. Sem vencer uma corrida há três anos, a Williams está longe de ser o time bicho-papão que já foi em boa parte das décadas de 80 e 90. Mesmo assim, a tradicional equipe inglesa não é nenhuma "mosca morta".
Após emplacar uma série de atuações empolgantes em 2007, Rosberg quer mais na próxima temporada. Vitórias podem até parecer uma possibilidade distante, mas a Wiliams prometeu um "carro revolucionário" para 2008. Será suficiente? Muito difícil, embora não seja impossível. A única certeza é que, se o time de Frank Williams estiver de volta ao grupo dos grande, Rosberg será o líder da equipe.
Com apenas uma corrida no currículo, o outro piloto da Williams - Kazuki Nakajima - ainda é visto como muito inexperiente por alguns especialistas. Entre eles, um de seus próprios "colegas", David Coulthard. Na sua coluna de domingo, publicada no site da ITV, o escocês disse ter achado "prematura demais" a estréia de Nakajima na Fórmula 1, ocorrida no último Grande Prêmio do Brasil.
"Ele me passou por fora no S do Senna - o que é justo - mas depois cortou a minha frente na saída da curva. Como mostrou na GP2, Nakajima tem um estilo bastante selvagem. A Fórmula 1 não é uma escolinha de pilotagem", falou Coulthard. Para quem não lembra, na disputa que teve com Nakajima em Interlagos, o escocês rodou após tomar a ultrapassagem...
Estará Coulthard com razão ou será que tudo não passa de uma declaração boba, de um veterano intimadado com as chegadas sucessivas de vários novatos rápidos e impetuosos? Sinceramente, fico com a segunda opção. Kazuki Nakajima apenas tentou uma manobra arriscada, que só deu certo porque Coulthard "aliviou". O japonês é realmente agressivo, mas isso é, digamos, uma característica básica dos pilotos de seu país.
Takuma Sato, por exemplo, também está aí para provar...
"Sinto falta das corridas, das competições... isso é algo natural, eu acho". Adivinhem de quem é a frase? Acertaram os que falaram Michael Schumacher. Não, não existe a menor possibilidade do alemão retornar à Fórmula 1. Por enquanto. De qualquer maneira, essa é aquela típica declaração que deixa os outros pilotos com um calafrio na espinha. Se Schumi voltasse agora, já entraria como grande favorito para o título de 2008...
Um hipotético retorno do heptacampeão também seria uma péssima notícia para a FIA, que inventou uma séria de regras para minar o domínio de Schumacher. Com o alemão fora, a entidade voltou a se concentrar nas inúteis tentativas de cortar custos na Fórmula 1, que agora incluem o congelamento dos motores da categoria pelos próximos dez anos. Para o consultor técnico da FIA, Tony Purnell, a medida é correta e necessária:
"Agora, as montadoras vão poder mudar o planejamento de suas pesquisas, sem prestar muita atenção em detalhes caros e desnecessários. Além disso, elas poderiam investir em tecnologias de recuperação de energia, ótimas para o meio ambiente", defendeu Purnell. O congelamento, é verdade, tem um objetivo até nobre. Mesmo assim, limita a competição e cria um equilíbrio artificial. A Fórmula 1, em sua essência, não é nada disso.
Para terminar o giro pelas notícias da categoria, vale mencionar que a BMW confirmou um teste para o austríaco Philipp Eng, de apenas 17 anos, como prêmio pela sua vitória na Fórmula BMW em 2007. Além disso, o chefe da equipe alemã, Mario Theissen, afirmou ainda que o time está de portas abertas para Timo Glock e Sebastian Vettel. Os dois eram contratados da BMW neste ano, mas saíram para Toyota e Toro Rosso, respectivamente.
O interesse por Glock não passa de mera consideração, após o seu duro trabalho como piloto de testes em 2007. A BMW continua atenta, mesmo, é ao progresso de Sebastian Vettel. Este, sim, tem potencial para liderar a equipe num futuro nem tão distante...
Sam Hornish Jr. está se mudando para a Nascar em 2008, mas não pensa em abandonar de vez a IRL. Pelo menos, é isso o que disse o americano ao site Indycar.com. Segundo Hornish, uma corrida em especial ainda atrai a sua atenção: as 500 milhas de Indianapolis. Para ele, não participar da próxima edição da prova seria uma grande decepção.
"Espero que a Nascar mude o seu calendário para que eu possa correr nas 500 milhas do ano que vem", disse Hornish, sem esconder sua admiração pela corrida. De fato, a IRL está longe de ter o status que a antiga Formula Indy possúia no início da década de 90. Mesmo assim, sua principal atração continua tão forte quanto sempre: sem dúvidas, as 500 milhas de Indianapolis ainda são um show à parte.
Na MotoGP, a notícia mais importanta é o alerta que Valentino Rossi fez à Bridgestone, empresa que vai "calçar" sua Yamaha em 2008. Após passar a última temporada sofrendo com o mau rendimento da Michelin, o heptcampeão conseguiu que sua equipe fizesse a sonhada troca para a Bridgestone. Pelo visto, porém, Rossi continua preocupado. Dessa vez, com uma possível reação da fábrica francesa:
"Precisamos tomar cuidado com a Michelin. Em 2008, eles vão se esforçar para não repetir o desempenho deste ano, e ainda vão ter uma motivação extra: ganhar de mim", disse Rossi. Além disso, o italiano também comentou o teste que Michael Schumacher realizou com a Ducati, há algumas semanas. Para Rossi, "ele foi muito, muito rápido. Se Schumi fosse um pouco mais jovem, poderia começar uma nova carreira nas motos".
Não dê idéias, Valentino. Vai que Schumi leva a sério? Como demonstrou no Desafio de Kart, o alemão não sabe perder não...
O vídeo do dia é um pequeno resumo da última temporada da Fórmula 1, feito a partir das transmissões da Rede Globo. Quase todos os lances mais memoráveis do ano estão aí: as brigas entre Fernando Alonso e Felipe Massa, o acidente de Robert Kubica, as principais ultrapassagens e, por fim, as bobagens de Lewis Hamilton e a consagração de Kimi Raikkonen. Vale dar uma conferida:
Nesta terça, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando o número 10 da última lista do ano: Os Dez Maiores Pilotos Brasileiros da História. Já que a Fórmula 1 está de férias, nada melhor do que um ranking bastante polêmico. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!
Crédito das fotos:
Sam Hornish Jr. - http://www.indycar.com/
Demais - http://www.gpupdate.net/
4 comentários:
ê minha Williams querida, enquanto Tio Frank continuar na fórmula 1 eu vou continuar acreditando nela!!!
Está aí um pessoal que corre por prazer mesmo, os únicos ramanescentes dos garagistas!!!
Toda a sorte para Williams em 2008, vai Kazuuuki!!!!!!
Muito bom o vídeo, tem umas falhazinhas de edição mas como o youtube só permite 10 minutos tem que ser assim mesmo...
Placar final do ano:
Galvão transmitiu 15 corridas e Cléber só duas!!!!!
Deve ter sido um recorde, não?????
Fala Gustavo, beleza?
Bom, eu sempre achei que o Coulthard fala de mais e faz de menos. Confesso que não me recordo da manobra do Kazuki, mas pelo tom da declaração do escocês, parece que a coisa é mais pessoal... Hehehehe!
Quanto ao prodígio Vettel, que julgo como piloto da temporada pelos resultados obtidos a bordo de um carro medíocre (e não pilotando um carro de ponta, como Hamilton), ele certamente estará no cockpit da BMW em um futuro não muito longe. Afinal, nada melhor para os bávaros do que um piloto alemão, não é mesmo?
Tem novidade lá no Motor Haus! Post e vídeo sobre o novo Renault Sandero!
Abraço!
Agora que você falou eu me lembrei: o sistema de pontuação tá assim por causa do Schumacher, já se cogitou aa possibilidade de voltarmos ao 10-6-4...
Será que a FIA um dia volta atrás?
abs
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