sábado, 28 de julho de 2007

Os futuros astros da Fórmula 1

Neste sábado, o escriba do Blog passará o dia quase inteiro fora. Os comentários sobre as notícias do dia e os treinos das categorias que correm hoje ficarão para a noite. Enquanto isso, para não ficar com o espaço parado, fiquem com um post especial. A seguir, uma rápida análise das grandes promessas do automobilismo mundial.

É óbvio que o Blog vai acabar esquecendo alguém. Mas vou tentar mesmo assim. Abaixo, temos jovens pilotos que, em sua grande maioria, ainda nem chegaram a andar em carros de Fórmula 1. Vamos começar com a galera que tem a dura missão de substituir Michael Schumacher.

Com a aposentadoria do hepta, aumentou ainda a pressão sobre a precoce e promissora escola alemã. O número de jovens pilotos do país é impressionante, fruto direto do "Efeito Schumacher". Garotos que cresceram vendo Michael vencer, e agora sonham seguir seus passos.

Alguns não são tão jovens assim. É o caso do atual líder da GP2, Timo Glock (à direita). Em 2004, ele já fez algumas corridas pela Jordan. Infelizmente, por falta de patrocínio e oportunidades, acabou dando um passo atrás na carreia, indo correr nos Estados Unidos.

Bons resultados na ChampCar devolveram a confiança a Timo. Em 2006, ele voltou à GP2, conseguindo vários resultados de relevo na segunda metada da temporada. E, nesta temporada, é o atual líder e principal candidato ao título. Pode arranjar uma vaga na Fórmula 1 em breve.

Apesar do desempenho de Glock, a maior promessa do automobilismo alemão, hoje, é Sebastian Vettel (à esquerda). O piloto de recém-completados 20 anos já até estreou na Fórmula 1. Foi pela BMW, no último G.P. dos Estados Unidos, onde se tornou o mais jovem da história a marcar pontos na categoria.

Para o ano que vem, Sebastian está sendo cotado fortemente para uma das vagas da Toro Rosso. Uma escolha que pode decretar o fim de sua carreira. Recentemente, o time queimou as carreiras de Vitantonio Liuzzi e Scott Speed. Vettel precisará de muito cuidado para não ir pelo mesmo caminho.

Outra boa promessa alemã é Nico Hulkenberg (à direita). Apadrinhado de Willi Weber, ex-empresário dos irmãos Schumacher, o jovem piloto dominou a última temporada da A1 GP. Na última semana, recusou um convite da Spyker para correr na Fórmula 1. Com seu potencial, faz certo. Ainda é muito novo e deverá ter outras oportunidades.

Ainda no começo de suas carreiras, Henki Waldschmidt e Christian Vietoris são dois pilotos que podem aparecer num futuro próximo. O primeiro é protegido da Toyota e já fez testes na GP2. Já Vietoris é o atual campeão da super-competitiva Fórmula BMW alemã. Em 2007, corre no certo germânico da Fórmula 3.

Nem todos os jovens pilotos da Alemanha, entretanto, dão certo. Um exemplo recente é Michael Ammermüller. Ele, que chegou a ser chamado de "o outro Michael", perdeu o emprego na GP2. Além disso, está com um pé fora do cargo de pilotos de testes da Red Bul.

Para terminar, o povo alemão ainda coloca suas esperanças no homem, no mito, Markus Winkelhock (à esquerda). A estréia na Fórmula 1 do nem tão jovem piloto - afinal, já conta 27 anos - foi folclórica. Com o pior carro do grid e correndo em casa, largou em último e chegou a liderar. Já imaginou o que Markus faria com uma equipe de ponta??

A Alemanha dominou a Fórmula 1 até Schumacher se aposentar. Agora, quem está bem é a Espanha de Fernando Alonso. Mas quem irá substituir o piloto da McLaren quando ele se aposentar?

Infelizmente, a Espanha não tem muitas promessas. O melhorzinho é Javier Villa, que já venceu duas vezes na GP2, neste ano. Além dele, Adrian Vallés é piloto de testes da Spyker e pode cavar uma vaguinha na Fórmula 1 num futuro próximo.

Já na terra da bota a principal esperança é o jovem Luca Filippi (à direita). No ano passado, ele estreou na GP2 por uma equipe de fundo do pelotão. Nada indicava o salto que Luca daria neste ano. Mas o italiano se superou e, atualmente, é o terceiro colocado no certame, sendo um dos maiores candidatos ao título.

Também na GP2 corre Giorgio Pantano. Não exatamente uma novidade - ele chegou a correr em 2004 pela Jordan - Giorgio é o quatro no certame 2007 da categoria-escola. É competente e pode, com alguma sorte, arrumar um lugar na Fórmula 1 no futuro.

A Itália não conta com a mais talentosa das safras. Um nome a ser observado, porém, é Davide Rigon. Atual líder da Euroseries 3000, a categoria que catapultou a carreira de Felipe Massa, o italiano pode, em breve, aparecer com mais fraqüência no cenário automobilístico mundial.

Com a entrada da ProDrive na Fórmula 1 em 2007, abrem-se vagas para pilotos britânicos. Entre os principais candidatos são o inglês. Gary Paffet, piloto de testes da McLaren e atualmente na DTM. Além dele, aparece com destaque o nome do escocês Paul di Resta (à esquerda).

Campeão da Fórmula 3 Européia em 2006, di Resta é um piloto a se observar. Neste ano, ele também está na DTM, ocupando uma ótima quarta posição no campeonato até agora. Ainda é jovem - tem 21 anos - e deve chegar, eventualmente, à Fórmula 1.

Em situação mais difícil está Mike Conway. Após ganhar o título da Fórmula 3 Inglesa em 2006, Mike vive um ano conturbado na GP2. Porém, já mostrou que é rápido e tem potencial para vencer corridas na categoria-escola. Ainda falta, entretanto, bastante regularidade para que Conway possa disputar o título.

Praticamente esquecido como piloto de testes da Super Aguri, James Rossiter já começa a ficar velho para a Fórmula 1. Contando quase 24 anos, precisa acelerar sua estréia na categoria para não vir a se tornar um próximo Anthony Davidson.

Como sempre, a Grã-Bretanha revela uma penca de novos talentos com a Fórmula 3 Inglesa. Na temporada atual, alguns dos destaques são Sam Bird, Stephen Jelley e os irmãos Greg e Leo Mansell (à direita). Nenhum deles, porém, parece ser um grande fenômeno.

Por fim, uma dupla de Olivers ainda pode dar muito o que falar. Primeiramente, apresento Oliver Oakes. Campeão mundial de kart em 2005, ele fez pole e venceu sua corrida de estréia na disputadíssima Fórmula BMW. Com 19 anos, é protegido da Red Bull e corre, nesta temporada, na Fórmula Renault Européia.

Mais importante, porém, é o nome de Oliver Rowland (à esquerda). Com apenas 14 anos de idade, ele é visto como uma jóia rara pelo chefão da McLaren, Ron Dennis. Antes dele, o dirigente só havia se impressionado assim com um piloto. O nome dele? Lewis Hamilton.

Rivais históricos dos ingleses, a França vive uma péssima fase. Para Sebastien Bourdais, a esperança é a última que morre. Com 28 anos, o tri-campeão da ChampCar tem, hoje, sua derradeira chance de estrear na Fórmula 1. Se não fechar com a Toro Rosso, não deverá jamais conseguir outra vaga na categoria.

Além de Bourdais, o único outro piloto francês com boas perspectivas futuras é Romain Grosjean (à direita). Atual líder da Fórmula 3 Européia, ele venceu cinco das nove etapas do ano até aqui. Em breve, deve aparecer em categorias de maior nome no cenário automobilístico.

Com o fracasso de Scott Speed, a Fórmula 1 parece ter fechado a porta para os pilotos norte-americanos. Mas dois filhos de lendas do automobilismo americano podem tomar o rumo da Europa num futuro próximo . Um deles é Marco Andretti, filho de Michael e neto de Mario, atualmente na IRL. O outro é Graham Rahal, filho de Bobby, hoje na ChampCar.

Da terra do sol nascente sempre aparecem novas promessas que nunca se confirmam. Na geração atual, destacam-se Kohei Hirate e Kamui Kobayashi, ambos pilotos de testes da Toyota. O melhor de todos, porém, é Kazuki Nakajima (à esquerda).

Herdeiro de Satoru, lenda do automobilismo japonês, Kazuki tem mostrado ótima evolução neste ano. Virou uma peça útil na Williams, onde já fez milhares de quilômetros de testes, e presença constantes no podium da GP2. Na categoria-escola, já é o sexto.

Como sempre, vários países concentram suas esperanças em apenas um piloto. Da Holanda, vem Giedo van der Garde (à direita), piloto de testes da Spyker e campeão mundial de kart em 2002. Além do nome maneiro, van der Garde ainda conta com um belo patrocínio de empresas de seu país natal.

Também nascido na Holanda, mas naturalizado chinês, Ho-Pin Tung vem fazendo temporada apagada na GP2, neste ano. Mas muito se explica pela péssima equipe por quem corre, a BCN. No futuro, pode dar um grande salto, como fizeram Lucas di Grassi e Luca Filippi na atual temporada.

Também na GP2, o suíço Sebastien Buemi acaba de estrear pela maior vencedora da categoria, a ART. Já fez testes pela Red Bull e pode se tornar o primeiro piloto do país desde o obscuro Andrea Chiesa, em 1992, a correr na Fórmula 1.

Piloto da Estônia, Marko Asmer (à esquerda) vem dominando o certame deste ano da Fórmula 3 Inglesa. Não é muito jovem - já tem 23 anos - mas pode subir no conceito dos chefes de equipe após ter sido bastante superior aos rivais no atual campeonato.

Campeão da World Series by Renault em 2006, o sueco Axl Danielsson deu um estranho passo atrás em sua carreira. Atualmente, corre na Euroseries 3000, estranho para quem foi vencedor de uma categoria superior no ano passado. Mesmo assim, possui potencial e pode aparecer mais nas próximas temporadas.

Por sua vez, Portugal tem em suas mãos uma dupla de pilotos muito talentosos. Álvaro Parente foi campeão da Fórmula 3 Inglesa em 2005 e apareceu bem na A1 GP. Seu compatriota, Filipe Albuquerque (à direita), também demonstra ter muito potencial. Neste ano, eles são segundo e terceiro, respectivamente, na competitiva World Series by Renault.

E os brasileiros? Apesar da óbvia falta de categorias-escola em território nacional, novas promessas continuam surgindo. Entre os mais próximos da Fórmula 1 estão os herdeiros Nelson Angelo Piquet e Bruno Senna. Nelsinho deve estrear pela Renault enquanto Bruno tem contatos na Red Bull.

Além dos dois, Lucas di Grassi (à esquerda) tem todas as qualidades para correr na principal categoria do automobilismo. Vice-líder da GP2 neste ano, Lucas já merece uma chance, que pode vir em breve. Afinal, di Grassi faz parte do Renault Driver Development (RDD), principal programa de jovens pilotos do time francês.

Na Fórmula 3 Inglesa, o Brasil tem dois bons representantes: Alberto Valério e Mario Moraes. Em 2007, porém, ambos vêm tendo dificuldades na categoria-escola inglesa. Alberto é apenas o oitavo e Mário não passa de 14º no campeonato.

Diego Nunes e Luiz Razia correm na Euroseries 3000. Diego é, atualmente, o segundo no campeonato. Por sua vez, Luiz vem em quarto. Os dois estão constantemente na luta por vitórias e são fortes candidatos ao título.

Para terminar, temos os jovens Tiago Geronimi e Pedro Bianchini (à direita) na Fórmula BMW alemã. Os dois ainda são muito novos. Tiago tem 18 anos e Pedro, que é protegido da Red Bull, tem apenas 15.

Nem preciso dizer, a absoluta maioria desses pilotos não vai chegar perto de vender na Fórmula 1. Grande parte deles vai encerrar a carreira sem nunca participar de um Grande Prêmio da categoria. Mas, tenham certeza, na lista acima certamente tem alguém que ainda vai dar muito o que falar.

Hoje, temos Lewis Hamilton. Amanhã, quem será?

10 comentários:

Anônimo disse...

belíssimo post blog. deve ter dado um trabalho enorme pesquisar tudo isso. vamos torcer pelos pilotos brasileiros, para mim piquet, senna, di grassi e biachini tem condições de chegar a formula-1. vamos esperar e torcer srsrsrs

Anônimo disse...

aqui no brasil não tem categoria nenhuma mesmo?

Anônimo disse...

gostei do texto só acho que alguns pilotos como timo glock, giorgio pantano e os filhos do mansell não deveriam estar api

Blog F1 Grand Prix disse...

Anônimo,

Infelizmente, quase não existem mais as categorias-escola no Brasil.

A última realmente forte, a Fórmula Renault, foi encerrada no fim do ano passado.

Ficamos com a Fórmula São Paulo, de pouco alcance, e a Fórmula 3 Sul-Americana, que já não é lá essas coisas.

Grande abraço!

Anônimo disse...

Que grandelevantamento... Ficou muito bom.
Quando der passa no bliggro e responde a questão que deixei la.
Groo

Felipe Maciel disse...

Acho que o Jimenez é um bom piloto, pena que não tem grana. Provavelmente não chega à F1, mas tem um espírito brigador que anda em falta na categoria.

Blog F1 Grand Prix disse...

Felipe,

Pensei em colocar o Jimenez na lista mas, infelizmente, não vejo boas perspectivas para a carreira dele na Europa.

Ele já não é tão jovem assim e, sem patrocínio, fica bem mais difícil.

Torço para o Sérgio. Mas, por enquanto, tenho que reconhecer: ele provavelmente nunca chegará à Fórmula 1.

Grande abraço!

Juliano "Kowalski" Barata disse...

Po, muito legal. Esse aí não foi um post, é uma matéria!!! hehehehehehehe!! Parabéns! []s

Schuey2007 disse...

Muito boa postagem...lembrei-me agora de um jovem talentoso que pode ser também bom piloto. Estou a falar do Niko Hulkenberg (vencedor do A1GP 2006/2007).

Passa pelo meu blog...
www.mundo-rolamentos.blogspot.com

Anônimo disse...

Conheço pelo menos uma meia duzia de kartistas e ex-kartistas que estariam brigando por vitórias e titulos em qualquer categoria de base do automobilismo mundial,porém els não possuem "network" ou seja uma rede de influencia que lhes garanta apoio financeiro e técnico para seguirem carreira no automobilismo.
Hamilton deu uma sorte danada em ser o escolhido de Ron Dennis, pois talentoso igual a ele temos inúmeros pilotos.Infelizmente como automobilismo é negocio e amizade, não teremos campeão mundial tão cedo nestas paragens.