Que me perdoem os fãs do espanhol. Não estou, aqui, questionando nem um pouco da sua capacidade como piloto. Alonso já provou ser um vencedor. Em mais de uma oportunidade, saiu de situações de extrema tensão de forma magnífica, conseguindo desempenhos que seus adversários certamente não esperavam.
A mais recente dessas demonstrações de força aconteceu no G.P. da Europa, no último domingo. Fernando chegou à corrida pressionado pela distância de 12 pontos para Lewis Hamilton no campeonato. Mas conseguiu superar todas as adversidades com uma performance sublime. Sua vitória, diriam alguns, veio após uma atuação de campeão.
Logo depois da corrida, porém, Alonso, de maneira altamente discutível, tentou jogar o público contra Massa, a quem ele tinha acabado de derrotar. Fez gestos polêmicos para a câmera, insinuando que o brasileiro teria querido tirá-lo da corrida. Acabou tomando um “vai cagar” de Felipe, que chegou bem perto de baixar o nível ainda mais.
Mais uma inimizade para Fernando, que coleciona desafetos. Sua rixa com a imprensa espanhola já é conhecida de todos. Os jornalistas do país foram, aliás, os primeiros a criticarem o piloto da McLaren por sua atitude após a vitória em Nurburgring.
Alguns foram mais longe, até: escreveram que a personalidade de Alonso está entrando em choque com os métodos austeros do chefão de sua equipe, Ron Dennis (à esquerda). Aí já é demais. Mesmo para um piloto como Fernando.
Galvão Bueno disse, após a discussão entre Fernando e Felipe, que Alonso é um piloto “cheio de não me toques”. Desta vez, o narrador acertou em cheio. O espanhol é brilhante no que faz. É um dos maiores, senão o maior, talento de sua geração, que foi quase que totalmente destruída pelo domínio arrasador de Michael Schumacher.
Mas Fernando está chegando perto do limite. Precisa, de uma vez por todas, deixar seu temperamento instável de lado. Chega de se comportar quase como uma diva. Daqui a pouco, nem seus ardorosos seguidores vão agüentá-lo mais.
Fica cada vez mais insuportável a situação de Scott Speed na Toro Rosso. Hoje, em explosiva entrevista à revista Autosport, o norte-americano taxou os dirigentes de sua equipe, Gerhard Berger e Franz Tost, de “desonestos”. Depois dessa, meu amigo, não continuava na equipe nem se fosse Michael Schumacher.
Segundo Speed, a dupla de chefões estaria sabotando ele e seu companheiro de equipe, Vitantonio Liuzzi. Além disso, toda a culpa dos maus resultados estaria sendo imputada nos pilotos. Uma grande injustiça, para ele, visto que o carro também não ajuda nem um pouco.
O que mais irrita o norte-americano, entretanto, é a preferência descarada dos dirigentes, principalmente Berger, por Sebastien Bourdais e Sebastian Vettel, potenciais pilotos da Toro no ano que vem. Na visão de Scott, as recentes entrevistas do chefão indicam uma tentativa clara de colocar seus atuais titulares no olho da rua.
Tenho pena de Speed, sinceramente. Ele não é tão ruim como alguns dizem. Mas estragou sua carreira ao assinar com a sucursal da Red Bull. Agora tenta, ao menos, salvar sua relação com a empresa das bebidinhas energéticas, que bancou sua carreira desde o início.
Um recomeço, correndo em categorias de seu país natal, não seria lá tão ruim para Scott. É tudo o que ele pode aspirar, por enquanto. Sua imagem na Fórmula 1, pelo menos durante os próximos anos, já está completamente queimada.
Dia de testes coletivos semi-inúteis. Em Jerez de la Frontera, sete equipes treinaram no primeiro dia de atividades. Sem surpresas, Pedro de la Rosa (à esquerda) liderou com tranqüilidade. Destaque para a estréia de Sebastien Buemi, suíço recentemente contratado pela ART na GP2, pela Red Bull. Ele ficou em último, mas fez um tempo razoável.
Nelson Ângelo Piquet também andou, pela Renault. Mas acabou longe dos primeiros. Os tempos, a seguir:
1. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:20.111s em 69 voltas
A mais recente dessas demonstrações de força aconteceu no G.P. da Europa, no último domingo. Fernando chegou à corrida pressionado pela distância de 12 pontos para Lewis Hamilton no campeonato. Mas conseguiu superar todas as adversidades com uma performance sublime. Sua vitória, diriam alguns, veio após uma atuação de campeão.
Logo depois da corrida, porém, Alonso, de maneira altamente discutível, tentou jogar o público contra Massa, a quem ele tinha acabado de derrotar. Fez gestos polêmicos para a câmera, insinuando que o brasileiro teria querido tirá-lo da corrida. Acabou tomando um “vai cagar” de Felipe, que chegou bem perto de baixar o nível ainda mais.
Mais uma inimizade para Fernando, que coleciona desafetos. Sua rixa com a imprensa espanhola já é conhecida de todos. Os jornalistas do país foram, aliás, os primeiros a criticarem o piloto da McLaren por sua atitude após a vitória em Nurburgring.
Alguns foram mais longe, até: escreveram que a personalidade de Alonso está entrando em choque com os métodos austeros do chefão de sua equipe, Ron Dennis (à esquerda). Aí já é demais. Mesmo para um piloto como Fernando.
Galvão Bueno disse, após a discussão entre Fernando e Felipe, que Alonso é um piloto “cheio de não me toques”. Desta vez, o narrador acertou em cheio. O espanhol é brilhante no que faz. É um dos maiores, senão o maior, talento de sua geração, que foi quase que totalmente destruída pelo domínio arrasador de Michael Schumacher.
Mas Fernando está chegando perto do limite. Precisa, de uma vez por todas, deixar seu temperamento instável de lado. Chega de se comportar quase como uma diva. Daqui a pouco, nem seus ardorosos seguidores vão agüentá-lo mais.
Fica cada vez mais insuportável a situação de Scott Speed na Toro Rosso. Hoje, em explosiva entrevista à revista Autosport, o norte-americano taxou os dirigentes de sua equipe, Gerhard Berger e Franz Tost, de “desonestos”. Depois dessa, meu amigo, não continuava na equipe nem se fosse Michael Schumacher.
Segundo Speed, a dupla de chefões estaria sabotando ele e seu companheiro de equipe, Vitantonio Liuzzi. Além disso, toda a culpa dos maus resultados estaria sendo imputada nos pilotos. Uma grande injustiça, para ele, visto que o carro também não ajuda nem um pouco.
O que mais irrita o norte-americano, entretanto, é a preferência descarada dos dirigentes, principalmente Berger, por Sebastien Bourdais e Sebastian Vettel, potenciais pilotos da Toro no ano que vem. Na visão de Scott, as recentes entrevistas do chefão indicam uma tentativa clara de colocar seus atuais titulares no olho da rua.
Tenho pena de Speed, sinceramente. Ele não é tão ruim como alguns dizem. Mas estragou sua carreira ao assinar com a sucursal da Red Bull. Agora tenta, ao menos, salvar sua relação com a empresa das bebidinhas energéticas, que bancou sua carreira desde o início.
Um recomeço, correndo em categorias de seu país natal, não seria lá tão ruim para Scott. É tudo o que ele pode aspirar, por enquanto. Sua imagem na Fórmula 1, pelo menos durante os próximos anos, já está completamente queimada.
Dia de testes coletivos semi-inúteis. Em Jerez de la Frontera, sete equipes treinaram no primeiro dia de atividades. Sem surpresas, Pedro de la Rosa (à esquerda) liderou com tranqüilidade. Destaque para a estréia de Sebastien Buemi, suíço recentemente contratado pela ART na GP2, pela Red Bull. Ele ficou em último, mas fez um tempo razoável.
Nelson Ângelo Piquet também andou, pela Renault. Mas acabou longe dos primeiros. Os tempos, a seguir:
1. Pedro de la Rosa/Espanha/McLaren, 1:20.111s em 69 voltas
2. Frank Montagny/França/Toyota, 1:21.136s em 73 voltas
3. Kazuki Nakajima/Japão/Williams, 1:21.424s em 103 voltas
4. James Rossiter/Inglaterra/Super Aguri, 1:21.683s em 92 voltas
5. Christian Klien/Áustria/Honda, 1:22.035s em 70 voltas
6. Nelson Ângelo Piquet/Brasil/Renault, 1:22.537s em 68 voltas
7. Sebastien Buemi/Suíça/Red Bull, 1:22.565s em 78 voltas
Em Mugello, apenas Ferrari e Toro Rosso andaram. E com apenas dois pilotos. Dia sem-graça ao extremo, portanto. Mas, pelo menos desta vez, a sucursal da Red Bull teve o gostinho de andar na frente da escuderia dos carrinhos vermelhos.
Em Mugello, apenas Ferrari e Toro Rosso andaram. E com apenas dois pilotos. Dia sem-graça ao extremo, portanto. Mas, pelo menos desta vez, a sucursal da Red Bull teve o gostinho de andar na frente da escuderia dos carrinhos vermelhos.
Pela Toro, andou Vitantonio Liuzzi. Por enquanto, ele ainda pode se considerar titular da equipe, ao contrário de seu atual companheiro, Scott Speed, praticamente demitido. Pela Ferrari, esteve no comando das atividades o eterno reserva Luca Badoer (à direita). Os tempos:
1. Vitantonio Liuzzi/Itália/Red Bull, 1:24.203s em 80 voltas
2. Luca Badoer/Itália/Ferrari, 1:24.663s em 50 voltas
Incrível a confusão no calendário da Fórmula 1. Até agora, as datas do ano que vem ainda não foram divulgadas, num atraso bastante suspeito. Recentemente, o circuito de Bahrein foi indicado como sede da primeira etapa, em notícia que foi desmentida logo depois.
Horas mais tarde, e surge a possibilidade de Magny-Cours, na França, voltar ao calendário. Assim, sem mais nem menos? Só espero que Interlagos consiga manter seu lugarzinho intacto. Em alguns dias, assim que eu tiver mais tempo, comento o assunto num post mais alongado.
Nesta quarta, o Blog volta com a sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Na lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos, chegamos ao número oito. Nos vemos amanhã, então!
1. Vitantonio Liuzzi/Itália/Red Bull, 1:24.203s em 80 voltas
2. Luca Badoer/Itália/Ferrari, 1:24.663s em 50 voltas
Incrível a confusão no calendário da Fórmula 1. Até agora, as datas do ano que vem ainda não foram divulgadas, num atraso bastante suspeito. Recentemente, o circuito de Bahrein foi indicado como sede da primeira etapa, em notícia que foi desmentida logo depois.
Horas mais tarde, e surge a possibilidade de Magny-Cours, na França, voltar ao calendário. Assim, sem mais nem menos? Só espero que Interlagos consiga manter seu lugarzinho intacto. Em alguns dias, assim que eu tiver mais tempo, comento o assunto num post mais alongado.
Nesta quarta, o Blog volta com a sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Na lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos, chegamos ao número oito. Nos vemos amanhã, então!
8 comentários:
Boa, Blog, mandou bem! Esse Alonso é um mascarado mesmo, vamos torcer para que o Massa acabe com ele!
Sobre o Speed, não concordo tanto não. Acho ele ruim mesmo. Não tem que estar na Fórmula-1.
Esses testes não valem para nada, mas o Nelsinho foi mal...
E Interlagos na Fórmula 1 forever!!
os jornalistas espanhóis odeiam o alonso. Acho que foi o Renato Maurício Prado quem disse que eles torcem contra ele. Que horror...
Odeiam Alonso? Mas eu leio jornais espanhois todos os dias e é quase o contrário...
Alonso diva? hahhahaahhah
Scoot Speed e Tonio Lizzi estão com uma forca pescoço, depois de Nurburgring.
Testes ótimos, só fiquei sabendo do de Mugello.
Boa contribuição!
é DIVA SIM, até faz as sobrancelhas...
Belissimo post. Mas não tenha medo de questionar o Asturiano não...Ele só ganha quando o carro permite... Quando o mesmo não é tão bom ele fica lá atrás chorando.
Gustavo, o Alonso é tão diva como era o Senna. E o Alonso tem uma torcida espanhola tão fanática por ele como era a brasileira pelo Ayrton. E ambos talentos e arrojados (Senna fez Prost enjoar da F1, assim como Alonso aposentou Schumacher). Pra mim, não importa o caráter de um piloto na F1, onde sempre imperou a lei da selva (alguém lembra o Mansell, depois de receber a bandeira preta ficar na pista até bater no Senna; sem contar esse escândalo da espionagem da Ferrari pela McLaren?). A história não registrará que Schumi era mau caráter, mas seus recordes. É o que conta na F1. Abração.
Pera lá... Comparar Alonso com Senna é um pouco demais hein... Fatores coincidentes podem existir quase sempre, independente dos pilotos em questão, basta se esforçar para enxergar.
E ele não aposentou o Schumacher, o alemão estava em fim de carreira e anunciou sua retirada após o GP da Itália.
O Alonso é um dos campeões mais cheio de frescura de todos os tempos da F1. O Massa está certo em dizer que ele não aprende, o cara fez a mesma coisa que fez em Barcelona e ninguém da McLaren se deu ao trabalho de apoiar a atitude dele em nenhum desses episódios.
Acho que 'diva' pode ser a palavra certa para ele. Concordo plenamente com o que disse no post.
Felipe Maciel, você não entendeu meu comentário. Não comparei as carreiras de Alonso com Ayrton, mas aspectos do caráter de ambos, o fanatismo das torcidas de seus países por eles e lembrei que ambos substituíram pilotos igualmente famosos por serem ídolos e de caráter duvidoso (Prost e Schumi). Vi o Senna nascer e morrer e sei o que representou, pois acompanho F1 desde o tempo de Jim Clark.
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