Faltando ainda 13 provas para o fim desta temporada, os 12 pontos de desvantagem que Rubens Barrichello tem para o companheiro de equipe Jenson Button são perfeitamente reversíveis.
Rubinho pode, sim, virar o jogo.
Mas precisa tirar da cabeça a eterna ideia de que todos estão contra ele.
Nesta segunda-feira, em mais uma declaração desnecessária, Barrichello tentou fugir das críticas geradas pela superioridade de Button e afirmou que só no Brasil não tem o talento reconhecido.
Talvez a reação tenha sido uma resposta à ação de hackers que invadiram seu site pessoal no último domingo e colocaram no ar uma imagem de tartaruga.
A revolta de Barrichello é compreensível, mas não se justifica.
À exceção das manifestações mais jocosas, como a invasão dos hackers, quase todas as críticas ao seu desempenho neste início de campeonato têm sido corretas e ponderadas.
Após quatro provas, já está claro que a hegemonia de Button dentro da Brawn não é apenas obra do acaso, de excesso de sorte para o inglês e de azar para Rubinho.
Barrichello foi surpreendido pelo ritmo fortíssimo do companheiro, e isso é um fato.
O panorama ainda pode ser revertido, mas Button já começa com grande vantagem. Se Rubinho quer se recuperar, precisa deixar para trás o complexo de perseguição.
Além disso, tem de superar a incapacidade de se adaptar a situações adversas - o que, excluindo a tendência de falar demais, é o seu maior defeito.
Em toda corrida ou treino classificatório, parece haver sempre um probleminha nos pneus, no acerto, nos freios, na embreagem ou na estratégia de Rubinho.
Por que essas coisas parecem só acontecer com ele?
É verdade que a grande maioria dos problemas não são culpa de Barrichello.
Mas um grande piloto tem de saber conviver com as adversidades.
Toda vez que as coisas não correm de maneira perfeita, Rubinho parece não conseguir dar o máximo de si mesmo.
Problemas acontecem com todos. O que diferencia cada piloto é a maneira como cada um lida com as dificuldades.
A cena em que gesticulou infantilmente para que Nelsinho abrisse passagem no meio do GP do Bahrein foi emblemática.
É claro que o piloto da Renault não precisava sair da frente.
Rubinho que arrumasse uma maneira de recuperar o tempo. De arranjar uma estratégia alternativa. De superar a adversidade.
Frustrado, Barrichello perdeu valiosas três voltas pedindo para que Piquet saísse da frente. Então, finalmente, conseguiu passá-lo porque tinha um carro realmente superior.
Se não tivesse se preocupado tanto com o teatro dos gestos, talvez a ultrapassagem tivesse sido feita antes.
Do mesmo modo, se Rubinho não se preocupasse tanto em expor e lamentar o que dá de errado, talvez os críticos dessem mais valor ao que ele faz de certo.
Barrichello tem grande talento, grande caráter e muita fé em sua própria capacidade.
Só ele acreditava, em meados do ano passado, que ainda teria chances de lutar pelo campeonato. A oportunidade veio, ao contrário do que todos esperavam.
Mas a temporada não começou bem, e logo vieram as críticas.
Se Barrichello é subestimado em seu próprio país, é tudo culpa de sua própria atitude.
Quando ele perceber e aceitar isso, aí sim, terá uma chance de provar a todos que é um grande campeão.
Rubinho pode, sim, virar o jogo.
Mas precisa tirar da cabeça a eterna ideia de que todos estão contra ele.
Nesta segunda-feira, em mais uma declaração desnecessária, Barrichello tentou fugir das críticas geradas pela superioridade de Button e afirmou que só no Brasil não tem o talento reconhecido.
Talvez a reação tenha sido uma resposta à ação de hackers que invadiram seu site pessoal no último domingo e colocaram no ar uma imagem de tartaruga.
A revolta de Barrichello é compreensível, mas não se justifica.
À exceção das manifestações mais jocosas, como a invasão dos hackers, quase todas as críticas ao seu desempenho neste início de campeonato têm sido corretas e ponderadas.
Após quatro provas, já está claro que a hegemonia de Button dentro da Brawn não é apenas obra do acaso, de excesso de sorte para o inglês e de azar para Rubinho.
Barrichello foi surpreendido pelo ritmo fortíssimo do companheiro, e isso é um fato.
O panorama ainda pode ser revertido, mas Button já começa com grande vantagem. Se Rubinho quer se recuperar, precisa deixar para trás o complexo de perseguição.
Além disso, tem de superar a incapacidade de se adaptar a situações adversas - o que, excluindo a tendência de falar demais, é o seu maior defeito.
Em toda corrida ou treino classificatório, parece haver sempre um probleminha nos pneus, no acerto, nos freios, na embreagem ou na estratégia de Rubinho.
Por que essas coisas parecem só acontecer com ele?
É verdade que a grande maioria dos problemas não são culpa de Barrichello.
Mas um grande piloto tem de saber conviver com as adversidades.
Toda vez que as coisas não correm de maneira perfeita, Rubinho parece não conseguir dar o máximo de si mesmo.
Problemas acontecem com todos. O que diferencia cada piloto é a maneira como cada um lida com as dificuldades.
A cena em que gesticulou infantilmente para que Nelsinho abrisse passagem no meio do GP do Bahrein foi emblemática.
É claro que o piloto da Renault não precisava sair da frente.
Rubinho que arrumasse uma maneira de recuperar o tempo. De arranjar uma estratégia alternativa. De superar a adversidade.
Frustrado, Barrichello perdeu valiosas três voltas pedindo para que Piquet saísse da frente. Então, finalmente, conseguiu passá-lo porque tinha um carro realmente superior.
Se não tivesse se preocupado tanto com o teatro dos gestos, talvez a ultrapassagem tivesse sido feita antes.
Do mesmo modo, se Rubinho não se preocupasse tanto em expor e lamentar o que dá de errado, talvez os críticos dessem mais valor ao que ele faz de certo.
Barrichello tem grande talento, grande caráter e muita fé em sua própria capacidade.
Só ele acreditava, em meados do ano passado, que ainda teria chances de lutar pelo campeonato. A oportunidade veio, ao contrário do que todos esperavam.
Mas a temporada não começou bem, e logo vieram as críticas.
Se Barrichello é subestimado em seu próprio país, é tudo culpa de sua própria atitude.
Quando ele perceber e aceitar isso, aí sim, terá uma chance de provar a todos que é um grande campeão.
4 comentários:
Gustavo,
Esse blog faz uma comparação detalhada entre o 1º e 2º pilotos da Brawn GP enquanto estiveram dirigindo pela Honda, e o resultado é até bem óbvio.
Uma performance acachapante de Button sobre Rubens.
http://splash-and-go.blogspot.com/
Divirta-se!
Concordo com muito do que disse, mas Rubens não disse que no Brasil não tem o talento reconhecido, disse que as críticas sobre ser já o 2º piloto vem do Brasil. Isso ele disse em entrevista aos jornalistas brasileiros (audio na JP e no Tazio). Ele responde às perguntas dizendo justamente o que vc cobra dele, que está feliz por ter igualdade dentro da equipe e que depende só dele virar o jogo, e vai virar.
É fácil criticar Barrichello, principalmente ao ler somente o que dizem as manchetes, mas basta ouvir mais atentamente as entrevistas completas, que as críticas seriam bem diferentes. Estas que escreveu inclusive.
Sugiro também a todos a leitura da entrevista curta para a GPWeek, revista eletronica inglesa (feita antes da corrida no Bahrein).
Abraço
Igor,
Obrigado pelo comentário! Concordo que é muito fácil exagerar nas críticas a Rubinho, e talvez eu tenha feito isso neste post. Às vezes ele derrapa nas entrevistas, mas não é sempre.
Pelo que li, fiquei com a impressão de que ele reclamava do talento pouco reconhecido, mas posso ter me enganado. Assim que tiver tempo, vou fazer uma pesquisa um pouco mais aprofundada e, se for o caso, faço uma correção neste post.
Grande abraço!
Gustavo Coelho
Beatle Ed,
Valeu pela dica! Não dá para negar que Button realmente se impôs sobre Rubinho nas quatro primeiras corridas do ano.
Grande abraço!
Gustavo Coelho
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