A temporada da Stock Car encerrou-se neste domingo com a consagração de Ricardo Maurício.
Piloto de grande talento, Ricardinho foi um entre vários brasileiros que tentaram a sorte na Europa no início da década e tiveram que desistir da aventura por falta de apoio financeiro.
Retornou ao Brasil e, logo em sua segunda temporada na Stock, já levou o primeiro título na categoria.
Uma conquista realmente muito merecida.
Com cinco vitórias ao longo do ano, Ricardinho igualou a marca de Chico Serra, em 2001, de maior número de triunfos num só campeonato.
É verdade que Ricardinho não teve a mesma regularidade do rival Marcos Gomes, que terminou mais provas e somou mais pódios, mas contou com a ajuda de algo sempre indispensável nas corridas de automóvel.
A sorte.
Na oitava volta, dois carros rodaram à frente de Marcos Gomes, que não teve como desviar e bateu.
Abandonou duas voltas depois e o título caiu no colo de Ricardinho.
Que, naquela altura, perdia terreno em virtude de um choque com Antonio Pizzonia, mais cedo na corrida.
Não fosse o azar de Marcos Gomes, e o campeonato certamente teria outro destino.
Mas, da maneira como terminou, veio a coroar o esforço e a perseverança de um digno campeão.
Vale registrar também o espetacular pódio de Ingo Hoffmann, que finalizou na terceira posição em sua despedida da Stock.
E, ao saltar do carro, foi um dos primeiros a cumprimentar Ricardinho.
Um momento emblemático, que representa uma mudança de era na Stock.
A partir do ano que vem, a categoria vem com um novo carro, mais bonito, seguro e moderno.
A tendência é que o crescimento da Stock continue a pleno vapor, embora a época seja de crise em todos os cantos.
Muitos não gostam da Stock e a criticam, com razão, pelo excesso de preocupação com o "espetáculo" e a grande diferença dos carros para os modelos usados na rua.
Apesar disso, é preciso reconhecer o peso que a Stock ganhou no passado recente.
O automobilismo brasileiro já é recheado de problemas e não dá para menosprezar aquilo que dá certo.
Que a Stock permaneça crescendo em força e importância nos próximos anos.
Com Ricardinho Maurício, Marquinhos Gomes e os diversos talentos que o esporte a motor brasileiro, apesar de tudo, continua sempre a produzir.
3 comentários:
Só para registrar a dificuldade do Norberto Gresse para sair do carro após o choque na entrada da reta. Com o lado do motorista semi-encostado no muro, ele teve muita dificuldade em sair do carro, que estava se incendiando. Tomara q no novo carro eles pensem nesta possibilidade, que é dificil de acontecer, mas acontece.
o Gresse meio q "pagou" pelo acidente que poderia ter evitado, mas ainda bem q nada aconteceu com ele.
o Título de Ricardo é merecido sim, mas tem q se levar em conta a monstruosa superioridade da equipe Medley frente as outras. Ano que vem as coisas tem q ser mais equilibradas.
E, sinceramente, achei a frente do novo carro da GM mto feia, nao lembra em quase nada a do Vectra original.
Pois é. E tem mais: deveria ser obrigatório correr com a viseira do capacete fechada. Ontem, o Gresse teve sorte de só queimar a sobrancelha. Quero ver quando um piloto ficar “apagado” dentro do carro em chamas...
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