Agora, já não dá mais para fugir da polêmica. Com a apresentação da performance de hoje, tenho certeza de que muita gente não vai concordar. Mas trata-se, apenas, da minha opinião. Sem mais enrolação, vamos continuar a contagem:
10. Michael Schumacher - Espanha/1996
9. Damon Hill - Hungria/1997
8. John Watson - Long Beach/1982
7. Jackie Stewart - Alemanha/1968
6. Nigel Mansell - Hungria/1989
5. Stirling Moss - Mônaco/1961
4. Gilles Villeneuve - Espanha/1981
3. Jim Clark - Itália/1967
SEGUNDA COLOCADA - Ayrton Senna no Grande Prêmio da Europa de 1993
Como assim, não está em primeiro? Calma, deixa eu explicar. O desempenho de Ayrton Senna na pista de Donington Park, em 1993, foi absolutamente magnífico. Mas não fica no topo da lista por simples preferência pessoal do escriba do Blog.
Eu gosto mais da atuação que vai ganhar o primeiro lugar. Vocês nem sabem ainda qual é, mas já dá para adivinhar. Para mim, a performance que bateu essa de Senna é simplesmente insuperável. Amanhã, vão saber por que.
Hoje, porém, é dia de conhecer - ou, mais provavelmente - relembrar a atuação de Ayrton no Grande Prêmio da Europa de 1993. Sem dúvida nenhuma, foi a maior vitória e a mais impressionante performance de um dos pilotos mais amados da história do esporte. Antes de falar especialmente da corrida, vamos a uma pequena retrospectiva.
Pela primeira vez, a histórica pista inglesa sediava uma prova da Fórmula 1. O contato inicial das equipes com o circuito foi estragado quando choveu durante todos os treinos de sexta-feira. No dia seguinte, porém, o céu estava aberto e a classificação tomou lugar normalmente.
Hoje, porém, é dia de conhecer - ou, mais provavelmente - relembrar a atuação de Ayrton no Grande Prêmio da Europa de 1993. Sem dúvida nenhuma, foi a maior vitória e a mais impressionante performance de um dos pilotos mais amados da história do esporte. Antes de falar especialmente da corrida, vamos a uma pequena retrospectiva.
Senna estreou pela Toleman, em 1984. Seria, digamos, uma Toro Rosso de hoje em dia. E, logo em sua sexta corrida, em Mônaco, arrebatou um fantástico segundo lugar sob chuva torrencial. Há quem diga que, se a prova não tivesse sido interrompida pelo aguaceiro, Ayrton teria sido o vencedor.
Isso, infelizmente, nunca saberemos. Certeza, mesmo, é que aquela atuação do brasileiro já o credenciaria a entrar nessa lista. Mas Senna, ao longo da sua carreria, ainda iria se superar em diversas oportunidades.
No ano seguinte, em 1985, ele venceu sua primeira corrida em Estoril, Portugal, em mais uma atuação marcante. Largando da pole, Ayrton dominou a prova por completo e venceu com uma vantagem gigantesca. Naquele dia, o então piloto da Lotus estava em outra classe.
Nas temporadas seguintes, Senna teria várias outras performances memoráveis. Em Detroit, 1986, lavou a alma dos brasileiros que haviam sido eliminados da Copa do Mundo no mesmo dia. Durante seu longo período na McLaren, arrebatou grandes triunfos na Inglaterra/1988, Itália/1990, Brasil/1991 e Mônaco/1992, por exemplo.
Já em 1993, Ayrton venceu pela segunda vez em seu país. Para delírio das arquibancadas de Interlagos, ganhou o G.P. após aproveitar de forma sublime a chuva que atrapalhou os favoritos Alain Prost e Damon Hill. Mas nenhuma, nenhuma das atuações citadas pode-se comparar ao que Senna fez na pista de Donington.
Era a terceira etapa do campeonato de 1993. Na teoria, as Williams do novato Damon Hill e de seu arquiirival Alain Prost eram muito superiores. Mas, já nas duas primeiras etapas, Ayrton mostrara uma motivação inabalável, conseguindo se impor ao francês.
Em Kyalami, corrida de abertura, Prost venceu com Senna em segundo. Mas em Interlagos, na corrida seguinte, Ayrton ganharia de forma sensacional, enquanto Alain abandonava ao bater em meio à chuva. Se o francês achou o G.P. do Brasil ruim, não perdia por esperar a prova seguinte, em Donington.
Pela primeira vez, a histórica pista inglesa sediava uma prova da Fórmula 1. O contato inicial das equipes com o circuito foi estragado quando choveu durante todos os treinos de sexta-feira. No dia seguinte, porém, o céu estava aberto e a classificação tomou lugar normalmente.
Sem nenhuma surpresa, Alain Prost conseguiu a pole com a sua Williams. Ao seu lado, na primeira fila, estava o seu companheiro de equipe, Damon Hill. Michael Schumacher, de Benetton, aparecia em terceiro, enquanto Senna não passava de quarto. O austríaco Karl Wendlinger, com uma Sauber, vinha logo atrás, em quinto.
No domingo, porém, o clima era imprevisível. No momento da largada, a pista estava molhada, mas a chuva não caía forte. Promessa de fortes emoções. Ninguém, entretanto, poderia imaginar o que estava por vir. Os próximos dois minutos entrariam para a história.
Na saída, Prost e Hill mantiveram suas posições enquanto Schumacher fechava Senna. Assim, Wendlinger achou um espaço para passar os dois e subir para terceiro. Por alguns instantes, Ayrton ficou em quinto.
Mas, sem demorar muito, recuperou o quarto posto na saída da curva Redgate. De maneira instantânea, colou em Wendlinger. Em Craner Curves, Ayrton pôs por fora em emparelhou com o austríaco. A curva seguinte, Old Hairpin, favorecia o brasileiro, e Senna completou a manobra.
Já era, então, terceiro. Mas estava apenas no metade do seu trabalho. Enquanto partiam para a subida de Donington, Ayrton encostou em Hill. Então, com uma ultrapassagem limpa e simples na curva Coppice, Senna passou para segundo. Agora, só tinha Prost na sua frente.
O francês, nessa altura, parecia ter uma vantagem confortável para, ao menos, completar a primeira volta na frente. Mas Ayrton tinha outras idéias. Pela reta Starkey e pelos Esses de Donington Park, Senna foi chegando perto.
Então, no hairpin Melbourne, colocou por dentro, sem dar chances para Prost. Os dois ficam perto de um toque, mas Ayrton consegue completar a manobra sem problemas. Ao fim da primeira volta, Senna já era o líder. Estava completa a obra-prima.
Mas, sem demorar muito, recuperou o quarto posto na saída da curva Redgate. De maneira instantânea, colou em Wendlinger. Em Craner Curves, Ayrton pôs por fora em emparelhou com o austríaco. A curva seguinte, Old Hairpin, favorecia o brasileiro, e Senna completou a manobra.
Já era, então, terceiro. Mas estava apenas no metade do seu trabalho. Enquanto partiam para a subida de Donington, Ayrton encostou em Hill. Então, com uma ultrapassagem limpa e simples na curva Coppice, Senna passou para segundo. Agora, só tinha Prost na sua frente.
O francês, nessa altura, parecia ter uma vantagem confortável para, ao menos, completar a primeira volta na frente. Mas Ayrton tinha outras idéias. Pela reta Starkey e pelos Esses de Donington Park, Senna foi chegando perto.
Então, no hairpin Melbourne, colocou por dentro, sem dar chances para Prost. Os dois ficam perto de um toque, mas Ayrton consegue completar a manobra sem problemas. Ao fim da primeira volta, Senna já era o líder. Estava completa a obra-prima.
O resto da corrida, perto do que Ayrton fez no início da prova, nem importa tanto. Mas foi, também, uma atuação sensacional do brasileiro. Ao longo do dia, a chuva foi e voltou diversas vezes.
Damon Hill e Alain Prost fizeram, juntos, onze paradas. A Williams se atrapalhou tanto que teve de colocar pneus usados nos carros de seus pilotos. Simplesmente, haviam acabado os novos. Senna também não ficou livre de problemas.
No total, fez quatro visitas ao box. Bem, na verdade, foram cinco. Numa delas, a McLaren não estava pronta, e Ayrton precisou passar direto. Como o pit lane de Donington corta um trecho considerável da pista, acabou sendo essa a volta mais rápida da corrida.
Na bandeirada final, Senna venceu com uma vantagem acachapante de 1 minuto e 23 segundos para Hill. Prost, vivendo uma tarde infernal, não passou de terceiro. Se o então novato Rubens Barrichello - que era o segundo a poucas voltas do final - não tivesse quebrado, o francês nem iria ao podium.
Johnny Herbert, da Lotus, que conseguiu a proeza de fazer apenas uma parada naquela corrida caótica, terminou em quarto. Na seqüência, completando a zona de pontuação da histórica prova, chegaram Riccardo Patrese, da Benetton, e Fabrizio Barbazza, da Minardi.
Antes do final de 1993, Senna ainda teria mais algumas vitórias de recordação. Aquela que seria sua última, no G.P. da Austrália, marcou o derradeiro duelo entre o brasileiro e seu grande rival, Alain Prost. Em Adelaide, Ayrton saiu vencedor.
Em primeiro de maio de 1994, terminava a trajetória daquele que, para muitos, foi o melhor piloto que já viveu. Se eu compartilho dessa visão? Não. Para mim, não existe o maior da história. Há, apenas, os melhores de suas épocas. E Senna foi, sem dúvida nenhuma, o maior de seu tempo.
Pelo magnífico desempenho, batendo rivais com carros reconhecidamente melhores, por sua superioridade impressionante em condições caóticas e pela antológica primeira volta que entrou para a história como um dos momentos mais sublimes do automobilismo, Ayrton Senna leva o segundo lugar na lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos.
A seguir, como não poderia deixar de ser, o vídeo da primeira volta, narrado por Galvão Bueno:
Amanhã, o Blog fecha a lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos. Alguém consegue adivinhar qual é a grande campeã? E, ao longo dessa quarta, volto comentando as principais notícias do dia. Até mais tarde!
8 comentários:
lindo texto, fiquei arrepiado. Só tenho uma dúvida: que G.P. foi esse da Itália em 90 que você, citou?
Abs,
Maurício - RJ
não sei qual é essa corrida que vc resolveu botar em primeiro mas com certeza foi merecido colocar essa atuação do senna pelo menos em segundo que ela foi sensacional mesmo. Apesar de ter esse chato do galvão narrando o video e alguem ainda ter inventado de colocar legendas em ingles todas erradas ainda é emocionante assistir essa primeira volta de novo. De todos as corridas que eu assisti na minha vida, essa foi a maior vitória sem dúvida nenhuma.
Um abraço.
Maurício,
Resumindo, a vitória de Senna em Monza, 1990, foi um daqueles desempenho "cala-boca", sabe?
Nos três anos anteriores, Ayrton havia perdido a corrida nas voltas finais. Em 1987, deu uma escapada da pista com pneus gastos.
Em 1988, bateu com um retardatário e em 1989 seu motor explodiu. Em 1990, os tiffosi estavam em peso secando Senna e torcendo para Prost.
Mas, mesmo com todos contra ele, Ayrton fez a pole e venceu de ponta a ponta. Naquele dia, os torcedores da Ferrari voltaram para casa com os rabos entre as pernas.
Grande abraço!
Eu acho que a primeira será do Nuvollari.... Acertei?
Nuvollari? Michael Schumacher em Interlagos em 2006? Quem mais poderá arrebatar o cobiçado primeiro lugar.
Coincidência ou não também centrei meu blog no AYRTON SENNA hoje, mas falei do episódio IMOLA 94, a propósito do meu circuito de hoje - o de Imola - eheh.
www.mundo-rolamentos.blogspot.com
Grande Abraço AMIGO!
Já perdi a conta de quantas vezes já assiti a esse vídeo.
Essa do Senna não poderia faltar, seja em 1º, 2º, 3º ou qual lugar for; essa era obrigatória.
Muito bom!
Assim como o Felipe Maciel, tb vejo esse vídeo toda hora, já ateh tenho ele baixado. Essa corrida eu tenho orgulho de falar q vi e me lembro dessa primeira volta, lha no meu inconsciente, rs. Quando apresentei um trabalho de tópico livre na faculdade, falei sobre 5 grandes corridas do Ayrton Senna, e a ultima obviamente foi essa aih, em Donington, eu naum podia deixar de fora.
Qual vai ser a primeira? Senna em 84 em Monaco? rs
creio que a corrida numero 1 seja a de Fangio em Nordschilefe
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