quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Massa com a cabeça no lugar

Por ocasião do anúncio do Desafio Internacional das Estrelas (veja esse post abaixo), que ele organiza, Felipe Massa foi bombardeado por perguntas sobre sua situação atual na Fórmula 1. Mantendo uma postura tranqüila, o piloto da Ferrari respondeu a quase todas as questões levantadas pelos jornalistas.

Um dos poucos assuntos que Felipe não comentar foi o escândalo de espionagem que agita a Fórmula 1. Para o brasileiro, "o que for certo tem que acontecer e as pessoas que fizeram errado têm de ser punidas. Não cabe a mim entrar nessa polêmica".

E está certo Massa em não se alongar muito nesse tópico. Como ele mesmo disse, existem "pessoas tomando conta do caso". Na sua posição atual, nada que Felipe pudesse falar poderia adiantar para alguma coisa além de colocar mais lenha na fogueira.

Falando do Grande Prêmio da Hungria, o piloto da Ferrari voltou a reconhecer seu péssimo desempenho. Nas palavras de Massa, "está na hora de criticar. Muitas vezes, falaram mal de mim sem razão. Desta vez, não. Até repito: foi a pior corrida da minha carreira".

Honestidade espantosa e até exagerada. Afinal, não precisava declarar com tanta contundência que sua atuação foi tão ruim. Dessa forma, fica até parecendo que a culpa foi exclusivamente dele. De qualquer maneira, é refrescante não precisar ouvir desculpas de Felipe. Ele é o tipo de piloto que, quando não faz certo, costuma reconhecer o erro.

Sobre o campeonato, Massa fala com ar de otimismo, mas já carregado com certo grau de resignação. Para Felipe, "não está fácil mas não vou desistir. Seguirei lutando e se der, ótimo. Se não, paciência. Continuo tentando no ano que vem".

Pela primeira vez, o piloto da Ferrari sente o que é estar disputando um campeonato. É preciso ter sorte e consistência durante todo o ano. Massa foi atrapalhado pelo carro e por sua equipe em algumas oportunidades, mas também cometeu mais de uma falha.

Acreditar cegamente no título, sem imaginar outras possibilidades, só serviria para causar-lhe uma grande desilusão no final. Tendo em mente a hipótese já eminente de derrota, Felipe consegue aliviar uma parte da pressão sobre seus ombros. E, com a experiência adquirida ao longo dessa temporada, Massa tem tudo para voltar muito mais forte no ano que vem.

Na seqüência, Massa ressaltou sua boa relação com Kimi Raikkonen e disse que a briga dos dois é equilibrada e sem definição. Sobre o grau de amizade com o finlandês, Felipe se limitou a falar que não são amigos, mas profissionais que trabalham para ajudar a Ferrari a vencer.

Em relação aos habituais boatos da Fórmula 1, Felipe mostra tranquilidade. Segundo o brasileiro, tanto ele quanto Raikkonen ainda têm contratos com a Ferrari. E, além disso, seria "difícil a McLaren deixar Lewis sair", referindo-se ao rumor que colocou Hamilton num dos carros vermelhos na próxima temporada.

Das corridas que faltam até o fim do ano, Massa coloca Istambul Park, Spa-Francorchamps, Monza e - possivelmente - Interlagos na lista das pistas que favorecem a Ferrari. A postura do brasileiro, sem nem precisar transcrever suas palavras, é de bastante otimismo, confirmando a opinião geral da Ferrari.

Em entrevistas recentes, Kimi Raikkonen e Luca di Montezemolo também disseram que o time italiano deve se recuperar nas provas finais do ano. Se a Ferrari vai ser capaz de ganhar um título, ainda acho improvável. No máximo, pode ser que leve o troféu de construtores, principalmente se a McLaren perder mesmo os pontos que marcou no G.P. da Hungria.

No geral, Felipe Massa demonstra lucidez e inteligência nas suas entrevistas, sem cair no otimismo exagerado ou na provocação gratuita. Hoje, vejo o brasileiro num nível idêntico ao de seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen. Os dois precisam aproveitar-se do clima insuportável da McLaren para superar os pilotos da equipe inglesa na tabela de pontos.

E - quem sabe? - isso já pode acontecer no campeonato desse ano.


A Honda que se prepare. Na próxima corrida da Fórmula 1, o Grande Prêmio da Turquia, a Spyker estréia o modelo B de seu bólido, o F8-VII. Será uma pequena evolução do carro que vinha competindo até agora e deve trazer, segundo a equipe, um ganho de três quartos de segundo por volta.

Para Mike Gascoyne, diretor-técnico do time com passagens por Benetton, Jordan e Toyota, o avanço ainda não será suficiente para bater as outras escuderias de fim do pelotão, como Toro Rosso, Super Aguri e - sim - a Honda. Mas, na opinião do inglês, a distância da Spyker para seus principais rivais vai ficar bem encurtada.

Em alguns circuitos, diz Gascoyne, é possível que a equipe holandesa consiga superar seus adversários diretos. Com o alemão Adrian Sutil, ao menos, já que não se pode esperar muito do segundo piloto da equipe, o japonês Sakon Yamamoto.

O malaio Fairuz Fauzy será o encarregado de testar o carro na pista de Santa Pod (à esquerda), que não é propriamente nem um circuito. Mesmo que a Spyker não consiga muitos avanços nesse teste, porém, é garantido que a equipe holandesa vai dar algum salto de performance a partir da próxima corrida.

E, considerando a péssima fase pela qual passam outras equipes - mais notadamente, a Honda - não duvido muito que os carros laranjas deixem de frequentar sempre a última fila do grid. Fica a pergunta: quais seriam os próximos lanternas?


Nessa quinta, o Rally dos Sertões teve sua primeiro dia real de competição. Os pilotos de todas as categorias encararam um total de 590 km entre as cidades de Goiânia e Minaçu, dos quais 334 contaram para a Especial. A etapa de hoje teve foi predominantemente em cascalho, com um trecho de longas retas na parte final.

Nas motos, os estrangeiros ditaram o ritmo. Nas cinco primeira posição, há apenas um brasileiro. O espanhol David Casteu foi o mais rápido, seguido pelo chileno Francisco López. A aposta do Blog, o francês Cyril Drespes, fechou em terceiro. O melhor brazuca foi Zé Hélio, em quarto. Até as 17:40, apenas 28 dos 92 pilotos haviam completado a Especial.

Na categoria carros, favoritos como Guilherme Spinelli - o palpite do Blog - Felipe Bibas e Ingo Hoffman tiveram problemas e ficaram para trás. A melhor dupla, hoje, foi Maurício Neves/Clécio Maestrelli, que terminou com mais de 13 minutos de vantagem para João Antônio Franciosi /Eduardo Bampi, os vice-líderes.

Por fim, nos caminhões, quem fechou o dia na ponta da tabela foi o trio Edu Piano/Solon Junior/Davi Fonseca, que já havia liderado o prólogo. Os favoritos do Blog, André Azevedo/Maykel Justo/Ronaldo Pinto, terminaram o dia na sétima posição.

Amanhã, a caravana deixa Minaçu e o estado de Goiás, seguindo para Palmas, capital do Tocantis. Será a primeira de duas etapas "maratona", com um deslocamento total de 683 km. O trajeto inclui serras sem área de escape e estradas raramente utilizadas.

Crédito das fotos: Site oficial do Rally dos Sertões 2007:


Em comemoração aos 60 anos de parceria com a Ferrari, a Shell preparou uma séria de novidades para o público. Além do lançamento de uma nova linha de miniaturas dos carros da escuderia vermelha, a multi-nacional holandesa ainda preparou um propaganda espetacular.

Nela, diferentes modelos da história da Ferrari passeaim por cidades ao redor do mundo. O Rio de Janeiro foi um dos locais escolhidos. Na praia de Copacabana, foram filmadas cenas com um F399 semelhante aos que Michael Schumacher (à direita), Eddie Irvine e Mika Salo utilizaram em 1999. A preciosidade está logo abaixo:



Nessa sexta, o Blog volta com a seção Agenda do Fim de Semana, apresentando tudo o que vai acontecer de melhor no mundo da velocidade pelos próximos três dias. E, antes que eu me esqueça, não deixem de votar na enquete sobre o novo assunto da série Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Por enquanto, é só. Até amanhã!

8 comentários:

Anônimo disse...

massa foi muito mal na hungria. Pode até ser bom em entrevista, mas tem que saber pilotar bem o carro também rsrsrs

Anônimo disse...

sensacional o vídeo, muito obridago!

Fabio disse...

Elogio é sempre bom, até de quem nunca comenta. Então aqui vai:

Esse blog é sensacional.

Blog F1 Grand Prix disse...

Fábio,

Valeu mesmo pelo elogio, muito obrigado!

Grande abraço!

kimi_cris disse...

O Massa realmente fez um G.P. de Hungria mau de mais para quem quer ser campeão não pode ser assim tem de ter mais postura em pista.

Anônimo disse...

Sensacional mesmo seu blog, também sensacional a postura de Massa neste momento dificil que atravessa!

Grande Abraço

Anônimo disse...

AO menos o Massa não fica criando expectativa.
Abraços

Felipe Maciel disse...

O importante agora é lutar até o final. As Ferraris estão praticamente fora da disputa, ainda mais com um carro tão confiável quanto o da McLaren.

O Massa não fez uma temporada muito boa, desperdiçou muitos pontos, mas pelo menos sempre procura falar a verdade e não põe culpa em ninguém. Ele está certo, fez uma corrida lamentável mas sabe lidar com as críticas e sempre pensa em melhorar.

Agora é lutar pra vê o que acontece e começar do zero no ano q vem. Em 2007, ou dá Hamilton ou dá Alonso, a menos que a McLaren seja punida. E olhe lá.