Contrariada, Ferrari pensa em processar a McLaren por conta própria.

Esta segunda foi extremamente sem-graça. Em semana de G.P., sobram press-releases desinteressantes. Praticamente nenhuma frase chama a atenção. Todos os textos parecem ter sido escritos usando um mesmo modelo.

Nas declarações que pilotos e equipes soltaram hoje, a única coisa que impressiona é o número de vezes em que se referem à pista de Hungaroring como "lenta", "travada", ou de "difícil ultrapassagem". Nenhuma novidade, portanto.

De importante, mesmo, apenas a informação de que a Ferrari estaria pensando em abrir um processo contra a McLaren na procuradoria de Módena. Segundo os italinos, o objetivo seria "dar um senso de justiça" à decisão do Conselho Mundial da FIA, que culpou mas não puniu o time inglês.

Não estudo Direito, mas acho improvável que a corte de um país tenha o poder de interferir num campeonato internacional como a Fórmula 1, preparado por um entidade respeitada e com federações espalhadas ao redor do mundo.

Por melhores que sejam seus advogados, a Ferrari não vai conseguir passar por cima da FIA. A decisão do Conselho Mundial, mesmo que injusta, é soberana. Além disso, existem outras dificuldades, como a óbvia lentidão do sistema judiciário. Se a McLaren só for punida daqui a alguns anos, como fica? Vão cancelar ou alterar o campeonato que há muito já terminou?

Dá para entender perfeitamente a revolta dos dirigentes da equipe italiana. Sem sombra de dúvidas, a reunião na sede da FIA foi bastante contestável. Mas não adianta tentar uma contra-ofensiva por conta própria. A Ferrari, agora, precisa se concentrar em vencer no campo mais importante.

Pode até ter perdido no tapetão. Mas o que interessa mesmo é ganhar no esporte.

Amanhã, o Blog volta com a sessão Os 10+ do Blog F1 Grand Prix. Nesta terça, o número seis da lista das Dez Maiores Performances Individuais de Todos os Tempos. Até mais!