O piloto da Racing Engineering, a mesma equipe do acidentado de ontem, Ernesto Viso, largou na primeira fila e venceu depois que o pole, Nicolas Lapierre, fez sua segunda grande bobagem do fim de semana. Se na corrida de sábado o francês havia atropelado um mecânico no box, hoje fez ainda pior.
Lapierre liderava com tranquilidade quando perdeu a freiada para o hairpin Adelaide. Ele seguiu reto, acertando a barreira de pneus em cheio. Perdeu uma corrida quase ganha, em frente de sua torcida.
A corrida da GP2, por incrível que pareça, não teve acidente na largada. Os pilotos, certamente, foram repreendidos depois das barbeiragens de sábado. A primeira ocorrência só veio na segunda volta, quando o inglês Adam Carroll rodou no mesmo hairpin Adelaide que mais tarde veria o erro de Nicolas Lapierre.
O líder do campeonato, Timo Glock, teve outro dia infeliz, abandonando logo no terceiro giro. Seu companheiro de equipe e batidas, Andreas Zuber, foi só o 15º. Os brasileiros, excetuando Xandinho Negrão, andaram sempre entre os primeiros.
Lucas di Grassi fechou em quarto, naquele que foi provavelmente seu melhor fim de semana até agora. Bruno Senna, por sua vez, lutou muito por pontos, mas terminou a uma posição de marcar um. Num certo momento da corrida, fez uma bela e arriscada ultrapassagem sobre o venezuelano Pastor Maldonado.
Na última volta, Bruno era sexto. Tentando passar o russo Vitaly Petrov, tocou o russo e perdeu sua posição para Kazuki Nakajima. Desesperado e sem nada a perder, Senna ainda tentaria se recuperar, mas rodou ao ser fechado pelo japonês. Terminou em sétimo e zerado nesta corrida. Sobrou, ao menos, o terceiro lugar de ontem.
No mais, pouco a comentar. Xandinho Negrão rodou e saiu da pista sozinho. Nada de anormal, portanto. Num país recheado de pilotos talentosos mas sem apoio - como Sérgio Jimenez, por exemplo - a presença de Xandinho na GP2 não passa de um grande desperdício.
A chuva chegou a ameaçar. Caiu antes e voltou bem fraca a quatro voltas do fim, sem influenciar no andamento da corrida. A vitória de Javier Villa veio sem sustos, apesar da pressão dos italianos Luca Filippi e Giorgio Pantano, no final.
Classificação final:
1. Javier Villa/Espanha/Racing Engineering, 39:46.184
2. Luca Filippi/Itália/Super Nova, + 0.603
3. Giorgio Pantano/Itália/Campos, + 1.262
4. Lucas di Grassi/Brasil/ART, + 15.312
5. Vitaly Petrov/Rússia/Campos, + 20.134
6. Kasuki Nakajima/Japão/DAMS, + 20.520
7. Bruno Senna/Brasil/Arden, + 25.895
8. Pastor Maldonado/Venezuela/Trident, + 28.622
9. Roldan Rodriguez/México/Minardi Piquet, + 34.408
10. Andy Soucek/Espanha/DPR, + 35.711
No campeonato, o alemão Timo Glock lidera com 39 pontos. A seguir, vêm os quase-xarás Luca Filippi e Lucas di Grassi, com 31 e 29, respectivamente. Bruno Senna é o quarto, com 24. Completando os seis primeiros na tabela, os vencedores do fim de semana: Giorgio Pantano tem 23 e Javier Villa, 14.
O Blog volta já com os comentários da IRL e da ChampCar na segunda parte do Weekend Update.
4 comentários:
Esse di Grassi é bom mesmo? Melhor que o Bruno Senna?
Victor: melhor não sei se é, mas trata-se de outra boa promessa do automobilismo brasileiro. Ao lado de Timo Glock e do próprio Bruno, é o único piloto da GP2 que eu consigo imaginar na Fórmula 1 nos próximos anos.
meu a corrida foi as cinco da matina não tinha como eu ver embora eu quisesse deps das confusões de ontem.
Nem me arrisco a dizer quem vai pra F1 no ano que vem. O nível nesse ano não está como nos anteriores.
Postar um comentário