quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Williams aposta em novo carro "projetado do zero"

As mudanças de regulamento de 2009 para 2010 são várias, mas não tão radicais assim.

Claro, há o fim dos reabastecimentos, a proibição das "calotas aerodinâmicas" usadas pelos times desde 2006, o aumento do peso mínimo dos carros de 605 kg para 620 kg e a diminuição no tamanho dos pneus dianteiros - de 270 mm para 245 mm de espessura.

Nada que se compare, entretanto, às brutais alterações que foram feitas de 2008 para 2009.

Neste ano, como sempre, os engenheiros das equipes vão repensar alguns conceitos e inventar várias inovações.

Mas a tendência, ao menos no início da temporada, é que as equipes que terminaram melhor o último campeonato - Brawn (agora Mercedes), Red Bull e McLaren - comecem este ano um pouco melhor do que as adversárias.

Afinal de contas, as mudanças nos carros não será tão significativa a ponto de produzir alterações muito brutas na hierarquia das melhores equipes.

Os modelos deste ano serão baseados nos carros da temporada passada. Ao contrário do que aconteceu de 2008 para 2009 - quando todas as equipes tiveram que começar do zero e a modesta Brawn ganhou de todo mundo.

Por isso mesmo, surpreende a declaração do diretor-técnico da Williams, Sam Michael, garantindo que a equipe vai disputar a temporada de 2009 com um carro "do zero, totalmente novo".

No ano passado, a Williams esteve longe de fazer um campeonato ruim - muito pelo contrário, manteve o nível das últimas temporadas e marcou pontos com regularidade, embora tenha sido a única equipe, ao lado da Toro Rosso, a não ter visitado o pódio em nenhuma corrida.

Talvez seja exatamente este o problema da Williams: uma equipe que já foi acostumada a vencer, mas que agora se limita a disputar posições intermediárias, sem maiores ambições.

Já faz anos que a escuderia inglesa promete um "salto de qualidade" suficiente para devolvê-la aos primeiros lugares. No fim, porém, a história é sempre a mesma e a equipe fica presa no meio do pelotão.

Após quatro temporadas com a Williams, Nico Rosberg perdeu a paciência e partiu para a Mercedes. Rubens Barrichello veio para o seu lugar e a equipe espera usar a vasta experiência do brasileiro para conseguir o pulo que pretende.

Não será uma tarefa nada fácil, mas a Williams tem grandes sonhos.

Se o motor Cosworth corresponder às expectativas e o novo pacote aerodinâmico para 2010 der certo, talvez a equipe consiga chegar lá.

A temporada deste ano já começa com quatro escuderias em posição clara de lutar por vitórias: Mercedes, Red Bull, McLaren e Ferrari. O objetivo da Williams é se juntar a esse quarteto.

A equipe está cansada de andar no pelotão intermediário.

Já estava na hora mesmo de tentar uma solução mais radical.

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A grande ausência na temporada 2010 da Fórmula 1 é Kimi Raikkonen.

Mesmo num ano que terá o retorno de Michael Schumacher e duas explosivas duplas de piloto na McLaren e na Ferrari, a falta do finlandês ainda será bastante sentida.

Menos mal que Raikkonen não descarta uma volta à Fórmula 1, apesar de parecer bastante comprometido com o Mundial de Rally no momento.

Nesta quinta-feira, o "Homem de Gelo" admitiu em entrevista à revista Autosprint que anuncia no meio do ano sua decisão: se fica de vez nos rallies ou se volta à categoria onde se consagrou.

A Fórmula 1 não está fora dos planos de Raikkonen. Mas ele precisa recuperar aquela alegria de pilotar que parece ter sido perdida lá em 2005, quando o finlandês ainda estava na McLaren.

Depois disso, Raikkonen até levou um título com a Ferrari em 2007, mas jamais foi tão brilhante como nos seus tempos na equipe prateada.

Dizem que ele poderia retornar à Fórmula 1 através da Red Bull. Coincidência ou não, a empresa de bebidas energéticas é a grande patrocinadora da Citroen no Mundial de Rally e já estará junto de Raikkonen em 2010.

O contrato do australiano Mark Webber termina no fim desta temporada, o que abriria uma brecha para Kimi voltar no ano que vem.

Um piloto com o prestígio de Raikkonen terá lugar na Fórmula 1 quando quiser. No momento, porém, nenhuma equipe com condições de disputar o título tem uma vaga aberta para o finlandês.

Kimi só teria motivação para correr na Fórmula 1 se fosse para brigar pelas primeiras posições. Foi por isso que ele abandonou a categoria no fim do ano passado.

Se a porta da Red Bull se abrir, porém, não seria nenhuma surpresa ver Raikkonen como companheiro de Vettel em 2011.

Webber tem até a metade do campeonato para mostrar serviço.

Caso contrário, uma sombra congelante vai começar a acompanhá-lo em cada corrida.

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Faltam menos de dois meses para a tão falada corrida de rua da Fórmula Indy em São Paulo.

Ao que parece, a prova está prevista para acontecer na região do Sambódromo da cidade, próximo à Marginal Tietê.

Exatamente o local que ficou totalmente alagado após uma forte chuva na madrugada desta quinta-feira na capital paulista.

Já pensou se isso acontece na semana da prova?

Até agora, não há qualquer informação sobre venda de ingressos e nem o traçado parece totalmente definido.

Isso tudo, repetindo, a menos de dois meses da corrida.

Não dá para evitar o pessimismo num cenário assim.

A etapa da Fórmula Indy em São Paulo pode até acontecer . Aliás, é até provável que aconteça, mas em condições bem longe do ideal.

É complicado esperar soluções dos organizadores com um tempo tão curto para tentar alguma ação.

Pelo visto, o local da prova vai passar apenas por pequenos retoques - uma obra mais completa é inviável nessa altura - e a pista será improvisada no único lugar da cidade onde há arquibancadas que possam ser aproveitadas, o Sambódromo.

O Blog torce para que tudo dê certo, mas está cada vez mais difícil acreditar num grande sucesso.

Um comentário:

Marcos Almeida disse...

Alguma notícia dos motores Cosworth? Ou ainda são uma incógnita?