quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A primeira vítima do Dakar 2009

Quando os organizadores do Rally Dakar anunciaram que a competição seria realizada na América do Sul em 2009, muita gente achou que o rally perderia completamente a sua identidade.

Agora, com apenas cinco dias de disputa concluídos, já dá para afirmar que os riscos, ao menos, continuam os mesmos.

Nesta quarta-feira, a organização confirmou a morte do francês Pascal Terry, primeira vítima do Dakar 2009.

O piloto de 49 anos estava desaparecido desde o domingo e foi encontrado numa região de difícil acesso, entre Santa Rosa e Puerto Madryn.

Seu corpo estava debaixo de uma árvore, onde Terry tentou se abrigar depois de sofrer um acidente.

Durante algum tempo, ele ainda tentou se alimentar de alimentos disponíveis no local, mas não resistiu. Agora, uma autópsia vai revelar qual foi a causa da morte.

Além dele, o Dakar 2009 já teve outros acidentes graves.

Vários motociclistas precisaram ser levados ao hospital, inclusive o brasileiro João Tagino.

Ao menos, estão todos fora de risco.

Diferente dos ingleses Paul Green e Matthew Wilson, que estão em coma induzido e em estado grave num hospital argentino.

O pior é que o Dakar ainda não está nem na metade e o temido Deserto do Atacama, no Chile, nem chegou ainda.

Há quem não entenda os riscos que os competidores assumem quando resolver participar doo Dakar.

Realmente, não dá muito para explicar.

Mas disputar o rally mais perigoso do mundo é, de fato, uma aventura inesquecível.

Completar o Dakar se equivale, sem muito exagero, a escalar uma das maiores montanhas da Cordilheira do Himalaia.

Somente quem chega ao fim pode saber exatamente o que isso significa.

O francês Pascal Terry, encontrado morto nesta quarta-feira, tinha total conhecimento sobre os riscos que corria quando resolveu disputar o Dakar.

Morreu quando disputava a maior aventura de sua vida, talvez um acontecimento que ele esperava há muitos e muitos anos.

O Dakar, quando foi concebido, não incluia a morte.

Mas o risco, sim.

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