sábado, 13 de outubro de 2007

O sábado no mundo da velocidade II

O treino classificatório da Stock Car em Buenos Aires terminou com uma enorme zebra na pole position. Embora não passe de 20º no campeonato, Ricardo Sperafico superou todos os favoritos - incluindo os dez classificados para a chamada "superfinal" - e vai largar da posição de honra na corrida de amanhã.

Com um tempo de 1:19:163s, Spefarico bateu em mais de meio segundo seu adversário mais próximo, Ricardo Maurício. Logo atrás, em terceiro, aparece o atual campeão e líder do campeonato, Cacá Bueno. Na seqüência, completando os cinco primeiros, vêm Popó Bueno e Enrique Bernoldi.

Além de Maurício e Cacá, outros quatro pilotos classificados para o play off conseguiram vaga entre os dez primeiro do grid: Thiago Camilo, Valdeno Brito, Felipe Maluhy e Daniel Serra foram, respectivamente, sexto, sétimo, oitavo e décimo. O único "intruso" nesse grupo acabou sendo Luciano Burti, o nono colocado.

Irmão gêmeo do pole position, Rodrigo Spefarico vai largar de 12º. Os demais pilotos da "superfinal" ficaram para trás. Ingo Hoffmann - aposta do Blog e vencedor em Buenos Aires no ano passado - por exemplo, não passou de 21º. Pior ainda foram os desempenhos de Marcos Gomes (30º) e Hoover Orsi (36º). Amanhã, a corrida deve ser bem complicada para quem sair de trás.

A seguir, o grid de largada para a etapa de Buenos Aires da Stock Car:

1. Ricardo Sperafico/Paraná/Peugeot 307, 1:19.163s
2. Ricardo Maurício/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:19.790s
3. Cacá Bueno/Rio de Janeiro/Mitsubishi Lancer, 1:19.958s
4. Popó Bueno/Rio de Janeiro/Chevrolet Astra, 1:19.977s
5. Enrique Bernoldi/Paraná/Volkswagen Bora, 1:20.021s
6. Thiago Camilo/São Paulo/Chevrolet Astra, 1:20.126s
7. Valdeno Brito/Paraíba/Peugeot 307, 1:20.142s
8. Felipe Maluhy/São Paulo/Mitsubishi Lancer, 1:20.412s
9. Luciano Burti/São Paulo/Volkswagen Bora, 1:20.656s
10. Daniel Serra/São Paulo/Volkswagen Bora, 1:20.671s

A prova de amanhã tem largada marcada para as 11 horas de Brasília, já contando o horário de verão que entra em vigor em boa parte do território brasileiro.


A maior parte das apostas do Blog não está indo bem no fim de semana, mas Sebastien Loeb deve salvar a minha honra. Neste sábado, o tri-campeão do Mundial de Rally ampliou sua vantagem na liderança da etapa francesa do campeonato. Correndo em casa, o piloto da Citröen já abriu quase trinta segundos de diferença para o segundo colocado.

Que, como não deveria deixar de ser, é Marcus Grönholm. Mais uma vez, a vitória vai ficar entre os dois dominadores da atual temporada. Até agora, nas doze etapas já disputadas neste ano, Loeb ou Grönholm só não triunfaram uma vez: no Rally da Noruega, quando Mikko Hirvonen bateu seu companheiro na Ford em luta direta e contou com o abandono de Loeb.

Afastado da luta pela ponta, Daniel Sordo está tranqüilo em terceiro. O espanhol está mais de um minuto à frente de François Duval, que disputa a quarta posição com Jari-Matti Latvala. Na seqüência, aparece o Subaru mais bem colocado, do campeão mundial de 2003, Petter Solberg. Por fim, Chris Atkinson e Xavi Pons completam a zona de pontuação.

Coadjuvante principal no duelo entre Loeb e Grönholm, o finlandês Mikko Hirvonen abandonou o Rally da França, em sua primeira desistência da temporada. Agora, ele se afasta da briga pelo título, que vai ser exclusividade da dupla de protagonistas do ano. Logo abaixo, a classificação parcial do Rally da França:

1. Sebastien Loeb/França/Citröen, 2h20:58.6s
2. Marcus Grönholm/Finlândia/Ford, a 27.5s
3. Daniel Sordo/Espanha/Citröen, a 1:00.6s
4. François Duval/Bélgica/Citröen, a 2:21.5s
5. Jari-Matti Latvala/Finlândia/Ford, a 2:23.9s
6. Petter Solberg/Noruega/Subaru, a 2:30.9s
7. Chris Atkinson/Austrália/Subaru, a 2:49.3s
8. Xavi Pons/Espanha/Subaru, a 4:08.2s
9. Jan Kopecky/República Checa/Skoda, a 5:52.9s
10. Henning Solberg/Noruega/Ford, a 7:07.6s

A ESPN mostra o resumo do segundo dia do Rally da França amanhã, às 11:30.


Para completar o giro deste sábado, faltava apenas falar da A1GP. No belíssimo circuito de Brno, na República Checa, a auto-proclamada "Copa do Mundo do Automobilismo" realizou dois treinos classificatórios para a rodada dupla de amanhã. Mais uma vez, a África do Sul - uma das apostas do Blog - foi a principal destaque.

Representada por Adrian Zaugg, a equipe sul-africano cravou a pole position para a Sprint Race, a prova mais curta. Nessa bateria, Nova Zelândia (Jonny Reid) e Grã-Bretanha (Robbie Kerr) largam nas posições seguintes. A equipe brasileira, com Sérgio Jimenez, vai sair da nona posição.

Na classificação para a Featura Race - corrida mais longa, mas com o mesmo peso na tabela de pontuação - a pole ficou com a Holanda, do jovem piloto Jeroen Bleekemolen. Em segundo, veio a África do Sul, seguida da Grã-Bretanha. O Brasil conseguiu uma boa sexta posição e tem ótimas chances de pontuar amanhã.

O Blog parece ter acertado ao jogar suas fichas no time sul-africado, mas vai errando feio seu outro palpite: a Malásia. Após vencer as duas provas da rodada dupla de Brno no ano passado, o time liderado pelo ex-piloto da Minardi, Alex Yoong, teve um desempenho pífio neste sábado. Não passou de 18º na primeira classificação e de 22º e último na segunda. Dessa vez, eu admito: chutei longe...

Li em algum lugar que a RedeTV transmite as provas, em VT, a partir das 11 horas de Brasília. Infelizmente, o site da emissora só tem a programação de segunda em diante. Certo, mesmo, é que o Speed vai passar as corridas ao vivo. Só não sei o horário, porque nem site o canal tem...


Amanhã, às 11 horas, o Rio de Janeiro vai testemunhar um evento único no Aterro do Flamengo, com exibições de carros de várias categorias patrocinadas pela Petrobrás. O principal destaque, é claro, é o modelo FW29 que a Williams usa na atual temporada. Quem estiver na Cidade Maravilhosa não pode perder. O vídeo do dia é uma pequena amostra do que vem por aí. Trata-se de uma apresentação semelhante que a Red Bull fez em Guadalajara:



Neste domingo, o Blog volta comentando as atividades de A1GP, DTM, MotoGP, Mundial de Rally, Nascar e Stock Car, nas diferentes edições do Weekend Update. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Mundial de Rally - http://www.rally-live.com/

O sábado no mundo da velocidade I

O dia foi de pouca movimentação no noticiário da Fórmula 1. De importante, mesmo, só mais um capítulo da novela "Para onde vai Fernando Alonso?". Neste sábado, o diário Marca garantiu que as conversas entre o espanhol e a Renault estão evoluindo bem, e um acordo está próximo de ser assinado.

Antes disso, porém, resta encontrar uma forma de resolver o principal impasse da negociação: como pagar a multa rescisória que a McLaren exige para liberar Alonso. Segundo o Marca, essa é a grande dificuldade do bi-campeão, que já não esconde mais sua vontade de sair do time prateado.

Desde que faltou ao Grande Prêmio da China, há uma semana, Flavio Briatore - o mais importante dirigente da Renault - ainda não explicou de maneira convicente as razões de sua ausência. E, assim, os boatos não demoraram a pipocar. De acordo com os últimos, o italiano não foi a Xangai para visitar a Inglaterra, onde angariou patrocínios necessários para a contratação de Alonso.

A única certeza em toda a novela é que o seu fim só será conhecido após o Grande Prêmio do Brasil, no dia 21. Isso porque o chefe da McLaren, Ron Dennis, se recusa a conversar sobre o futuro de Alonso até que a temporada esteja encerrada. Qualquer previsão que seja feita antes da conclusão do campeonato, portanto, não passa de mero palpite. O meu, aliás, é que o bi-campeão vai para a Renaullt.

Enquanto isso, na Corte de Apelações da FIA, a Toro Rosso não teve sucesso na tentativa de recuperar o ponto que foi tirado de Vitantonio Liuzzi pelos comissários de pista depois do Grande Prêmio do Japão. Na corrida de Fuji, o italiano foi oitavo, mas recebeu 25 segundos de penalidade no tempo final por ultrapassar em bandeiras amarelas, caindo para o nono lugar.

Decepção para uns, alegria para outros. Com a decisão da FIA, a Spyker assegurou seu primeiro ponto no ano e em sua história. Afinal, Adrian Sutil herdou o oitavo posto e conseguiu uma façanha: terminar na zona de pontuação com o carro mais lento do grid. Sem dúvida alguma, o alemão merece uma oportunidade melhor no próximo ano.

Continuar na lenta Spyker, depois de todo o seu esforço, seria uma enorme injustiça para Sutil.


É hora de decisão na DTM. A categoria de turismo alemã, uma das mais importantes do mundo, realiza sua finalíssima neste domingo, na pista de Hockenheim. O palco está montado para a disputa final entre os dois candidatos ao título da Audi - Mattias Ekström e Martin Tomczyk - e o solitário representante da Mercedes, Bruno Spengler.

Na classificação de hoje, melhor para Ekström. Líder do campeonato, com 44 pontos, o sueco conseguiu a terceira posição do grid. Na sua frente, formando a primeira fila, também estão dois pilotos da Audi: o dinamarquês Tom Kristensen, pole position, e o alemão Timo Scheider, segundo colocado.

O melhor piloto da Mercedes, Jamie Green, aparece apenas em quarto. O inglês, aliás, foi o vencedor da última e confusa prova da DTM, em Barcelona. Atrás dele, na terceira fila, estão os outros líderes do campeonato. Martin Tomczyk é o quinto, com Bruno Spengler - aposta do Blog para a vitória e o título - em sexto. Os dois somam, respectivamente, 40 e 42 pontos.

Audi e Mercedes - as únicas duas marcas envolvidas na DTM - prometem uma disputa limpa em Hockenheim. Vale lembrar que na etapa de Barcelona, há algumas semanas, a montadora das quatro argolinhas retirou seus pilotos da pista por considerar injustas as manobras de alguns dos representantes da Mercedes. Resta torcer para que a corrida de amanhã não tenha controvérsias.

A seguir, o grid de largada para a finalíssima da DTM:

1. Tom Kristensen/Dinamarca/Audi, 1:32.862s
2. Timo Scheider/Alemanha/Audi, 1:32.939s
3. Mattias Ekström/Suécia/Audi, 1:32.950s
4. Jamie Green/Inglaterra/Mercedes, 1:33.028s
5. Martin Tomczyk/Alemanha/Audi, 1:33.191s
6. Bruno Spengler/Canadá/Mercedes, 1:33.273s
7. Bernd Schneider/Alemanha/Mercedes, 1:33.939s
8. Gary Paffet/Inglaterra/Mercedes, 1:34.080s
9. Alexandros Margaritis/Grécia/Mercedes - 1:34.081s
10. Alexandre Prémat/França/Audi, 1:34.196s

A prova está marcada para as 10 horas de Brasília deste domingo e vai ter transmissão ao vivo da Bandsports.


No circuito de Phillip Island, o espanhol Daniel Pedrosa cravou a pole position para o Grande Prêmio da Austrália da MotoGP, ao superar Valentino Rossi em apenas 0.218s. O italiano da Yamaha vai largar em segundo, logo à frente do já coroado campeão da temporada 2007, Casey Stoner.

Correndo em casa, o australiano - minha aposta do Blog - havia liderado todos os treinos de sexta-feira. Na classificação, porém, seu desempenho caiu por motivos ainda não esclarecidos e ele precisou se contentar com a terceira posição. Mesmo assim, Stoner ainda é o favorito da maioria para a prova de amanhã. À frente de sua torcida, ele não vai querer decepcionar.

Nota positiva para o brasileiro Alexandre Barros, o sexto no grid. Essa é a melhor posição de largada do piloto da Pramac D'Antin Ducati na atual temporada. Dono de um currículo impressionante e do recorde de mais participações na MotoGP, Barros ainda procura uma equipe para correr em 2008.

Se não encontrar nenhuma vaga, é provável que ele abandone as pistas no fim do campeonato da MotoGP. Considerando os resultados que Barros teve com a pequena Pramac D'Antin neste ano - incluindo um sensacional terceiro lugar no Grande Prêmio da Itália - seria uma grande injustiça. Infelizmente, porém, o esporte é assim mesmo.

Logo abaixo, o resultado do treino classificatório do Grande Prêmio da Austrália da MotoGP:

1. Daniel Pedrosa/Espanha/Honda, 1:29.201s
2. Valentino Rossi/Itália/Yamaha, 1:29.419s
3. Casey Stoner/Austrália/Ducati, 1:29.816s
4. Nicky Hayden/Estados Unidos/Honda, 1:29.932s
5. Loris Capirossi/Itália/Ducati, 1:30.090s
6. Randy de Puniet/França/Kawasaki, 1:30.110s
7. Alex Barros/Brasil/Ducati, 1:30.325s
8. Shinya Nakano/Japão/Honda, 1:30.612s
9. Sylvain Guintoli/França/Yamaha, 1:30.621s
10. Anthony West/Austrália/Kawasaki, 1:30.649s

A corrida da MotoGP está marcada para as 3 horas da madrugada de sábado para domingo de Brasília, já contando o horário de verão que entra em vigor em vários estados brasileiros. Em instantes, o Blog volta comentando as atividades de A1 GP, Mundial de Rally e Stock Car. Até já!

Crédito das fotos:
Fernando Alonso e Ron Dennis - www.gpupdate.net
Mattias Ekström e Bruno Spengler - www.dtm.com
Casey Stoner e Alexandre Barros - http://www.gpupdate.net/

O que aconteceu com a Toyota?

"Paciência nipônica para vencer na Fórmula 1". Era esse o título da primeira matéria que eu li sobre a entrada da Toyota na categoria, ali pelo ano 2000. Não me lembro das palavras exatas da reportagem, mas ela dizia algo assim: "a montadora japonesa está se preparando cuidadosamente para a estréia. A Toyota já tem um projeto definido, e planeja conquistar o título por volta de 2009".

2009? Tudo isso? Na época, o prazo parecia gigantesco. Não era possível que a Toyota fosse demorar tanto tempo assim para chegar ao topo. Cinco anos depois de sua estréia, porém, o tempo já está se esgostando. A montadora japonesa ainda está muito longe de disputar o título. Mais do que isso: não tem nem condições de pensar em vitória. O que aconteceu?

A Toyota é um desses enigmas da Fórmula 1 que ninguém consegue entender completamente. Passou de equipe-sensação da categoria para o time mais sem-graça de todo o grid. A escuderia que era saudada com extremo entusiasmo na época de sua estréia é a mesma que hoje não é cercada de nenhuma grande expectativa.

Na última sexta, a Toyota chegou ao seu ponto mais baixo desde que entrou na Fórmula 1, em 2002. Uma notícia do site Automoto365.com levantou a possibilidade da montadora japonesa abandonar a categoria no fim da próxima temporada. Seria a desistência após um gigantesco esforço que, por enquanto, não trouxe resultados práticos.

Onde foi que a Toyota errou? Difícil apontar uma causa única para o fracasso parcial. Mas um problema pode ser rapidamente identificado: a clara dificuldade de renovação da equipe japonesa. Mudança é algo fundalmental na Fórmula 1. E a Toyota, em várias oportunidades, fica parada. Como ficou ao insistir em Ralf Schumacher por três anos seguidos. Precisava de tanto tempo para perceber que o alemão não dava retorno algum?

As perspectivas da equipe nipônica no curto prazo são desanimadoras. Vitórias são um sonho distante. Título? Nem pensar. Se a Toyota quiser se tornar bem-sucedida na Fórmula 1, precisa de uma transformação total. Reformar não só seu staff técnico, mas também a própria imagem da equipe. Ninguém mais agüenta aquela pintura vermelha e branca: a mesma, rigorosamente a mesma, desde a entrada da Toyota na Fórmula 1.

Apesar de tudo, não se esqueçam da tal "paciência nipônica". Nenhuma montadora se torna a maior do mundo à toa. Se eu precisasse apostar, diria que a Toyota, um dia, chega lá.

Crédito das fotos: www.gpupdate.net

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Resumo da sexta-feira

Sexta feira bastante agitada para as categorias que o Blog está acompanhando nesse fim de semana. Vamos a um rápido resumo:

Cacá Bueno foi o mais rápido nos primeiros treinos livres da Stock Car em Buenos Aires, onde a categoria abre a sua "superfinal". O atual campeão bateu Thiago Camilo e Alan Hellmeister, que vieram logo a seguir. Num dia de bastante chuva, alguns dos favoritos ficaram para trás. A aposta do Blog, Ingo Hoffmann, por exemplo, não passou de 29º.

A Alemanha de Christian Vietoris liderou os treinos livres da A1 GP em Brno, na República Chega. O time germânico superou Grã-Bretanha (Robbie Kerr) e Nova Zelândia (Jonny Reid), seus mais próximos adversários. O Brasil, com Sérgio Jimenez, foi oitavo. Minhas apostas não foram nada bem: a África do Sul (Adrian Zaugg) terminou apenas em nono e a Malásia (Alex Yoong) não passou de 17º.

Em Phillip Islands, Casey Stoner já saiu dominando os ensaios iniciais da MotoGP para o Grande Prêmio da Austrália. Correndo em casa, o piloto da Ducati superou Marco Melandri, que terminou num ótimo segundo, e Daniel Pedrosa, o terceiro. Valentino Rossi foi quarto e Alexandre Barros começou bem, ao fechar o dia na sexta posição.

O Rally da França continua completamente aberto após o primeiro dos três dias de competições. Nesta sexta, Sebastien Loeb - palpite do Blog - bateu seu principal adversário no campeonato, Marcus Grönholm, em apenas 4.8s. A disputa acirrada da dupla ofuscou as boas atuações de Daniel Sordo e François Duval, que fecharam em terceiro e quarto, respectivamente.

Apelidado de "Rocketman" (homem-foguete) por sua incrível quantidade de pole positions, Ryan Newman comprovou a fama hoje, ao cravar o melhor tempo na treino classificação da Nascar para a etapa de domingo, em Charlotte. Jimmie Johnson - minha aposta - e Bobby Labonte vieram logo atrás. Juan Pablo Montoya, por usa vez, não passou de 36º. Nessa oportunidade, Jacques Villeneuve não tentou classificação.

Por fim, a DTM realizou nesta sexta os dois treinos livres que inauguraram a programação da etapa decisiva da categoria, no circuito de Hockenheim. Mike Rockenfeller fechou o dia em primeiro, seguido de Timo Scheider e Gary Paffett. Os candidatos ao título ficaram no bolo: Martin Tomczky foi quarto, Mattias Esktröm veio em quinto e Bruno Spenger - meu favorito -fez o 11º melhor tempo.

O Blog vai continuar de olho em todas essas categorias ao longo do fim de semana.


No fim da próxima temporada, a Toyota pode retirar sua equipe da Fórmula 1 e concentrar-se apenas no fornecimento de motor para a Williams. A informação é do site Automoto365.com, que garante a possibilidade caso o desempenho da escuderia nipônica não melhore no campeonato de 2008.

Ainda é muito cedo para acreditar numa desistência da Toyota, embora os resultados da equipe japonesa tenham sido bem fracos em sua recente história na Fórmula 1. O mais provável é que a história do Automoto365.com não passe de mais um boato da silly season. De qualquer forma, o rumor mostra como as expectativas sobre a Toyota são bastante desanimadoras.

Em 2002, quando estreou na Fórmula 1, a escuderia nipônica era vista como "o time do futuro". Gigante do mercado de automóveis, a Toyota entrou na principal categoria do automobilismo certa de que o sucesso era questão de tempo. A princípio, a evolução da equipe foi lenta, mas constante. Há dois anos, porém, as coisas começaram a dar errado.

Após marcarem 88 pontos em 2005, Jarno Trulli e Ralf Schumacher caíram para apenas 12 na atual temporada. Uma queda vertiginosa. Pior do que isso, porém, foi a perda de popularidade da Toyota fora das pistas. Em pouco tempo, a escuderia nipônica passou de equipe-sensação para o time mais sem-graça da Fórmula 1. Como isso aconteceu?

Este assunto ainda gera muita discussão e vai render, amanhã, um post exclusivo do Blog.


A Ferrari e a categoria A1 GP anunciaram uma parceira que já começa a valer a partir da temporada 2008/09 da "Copa do Mundo do Automobilismo". Pelo acordo, a equipe vermelha vai passar a fornecer os chassis - substituindo os atuais Lola - e também os motores, que entram no lugar dos Zytek.

O contrato entre as duas partes é de longa duração: seis anos. Uma prova cabal de que, finalmente, a A1 GP está se tornando uma categoria séria. Instrumento de diversão de milionários árabes em seu início, a "Copa do Mundo do Automobilismo" agora é comandada pelo empresário português Tony Teixeira, um homem que sonha alto.

Segundo informações da agência Reuters, o lusitano tem interesse, inclusive, de entrar na Fórmula 1. Seu plano é fechar acordo com a Ferrari e comprar a Toro Rosso, para usar a filial da Red Bull como equipe "B" do time de Maranello. O projeto, é claro, só poderia dar certo se a FIA mudasse as regras do Mundial de Construtores, que ainda barram o comércio de chassis entre escuderias.

De qualquer forma, Teixeira é mais um "independente" a pleitear uma vaga na categoria. Vale lembrar que Dietrich Mateschitz já controla Red Bull e Toro Rosso, Frank Williams é dono da Williams, Aguri Suzuki dirige a Super Aguri e Vijay Mallya acabou de comprar a Spyker. Além deles, empresários como o espanhol Alejandro Agag também têm planos ambiciosos para a Fórmula 1.

Pelo visto, quem achava que a categoria seria completamente dominada pelas montadoras se enganou...



A Toyota ainda não conseguiu fazer um carro campeão da Fórmula 1. Mas, como qualquer outra equipe da categoria, é capaz de produzir comerciais muito bem caprichados. É o caso do anúncio abaixo, o vídeo do dia do Blog:



Lá vai uma tradução livre para ajudar: "Correr é apenas uma pequena parte do que fazemos. No resto do nosso tempo, nós praticamos. A prática leva à perfeição... Toyota Fórmula 1".

Neste sábado, o Blog volta comentando as principais notícias do dia e as atividades de A1 GP, DTM, MotoGP, Mundial de Rally, Nascar e Stock Car. Até amanhã!

Crédito das fotos:
Cacá Bueno - www.stockcar.com.br
Sebastien Loeb - www.rally-live.com
A1 GP e Tony Teixeira - www.a1gp.com

A uma semana do G.P. Brasil, vejam o que aconteceu em Interlagos

Incrível. Como diria Ancelmo Góis: parece piada. E é. As obras de reforma do Autódromo José Carlos Pace já estavam terminadas e todo o cronograma dos preparativos para o Grande Prêmio do Brasil corria normalmente. Faltavam apenas pequenos ajustes - como a pintura da pista - para dar os trabalhos por encerrados. Foi aí que isto aconteceu:


O furo é do jornalista Fábio Seixas, do jornal Folha de São Paulo, que escreve este ótimo blog. Pelo visto, foi a CET a responsável por tamanha pataquada. Agora, o asfalto - novinho em folha - pode continuar manchado até o Grande Prêmio do Brasil. Pior do que isso: o "acidente" ocorreu na entrada da Curva do Sol, onde os pilotos encontram mais dificuldades de aderência.

Alguém se lembra do Grande Prêmio do Brasil de 2003? Naquele ano, choveu horrores e vários carros aquaplanaram justamente no ponto hoje sujo de tinta. Se a corrida deste ano for disputada em pista molhada, o local vai virar um verdadeiro sabão. Resta torcer para que esse problema de última hora consiga ser resolvido. Vamos ver qual será o "jeitinho" desta vez.

Enquanto isso, os primeiros equipamentos das equipes já chegaram ao Brasil. Os carros de Ferrari e McLaren, por exemplo, aterrissaram em solo brasileiro ontem, num vôo que desceu no aeroporto de Vira-Copos, em Campinas. De lá, a parnafenália da Fórmula 1 seguiu direto para o autódromo de Interlagos, num comboio de 28 caminhões.

Os ingressos para a corrida já estão praticamente esgotados. Apenas os setores E - localizado à frente da majestosa mancha de tinta - e V, no fim da reta oposta, ainda têm lugares para a corrida. Neste ano, as entradas foram vendidas em tempo recorde, de forma até suspeita. A arquibancada, em tese, é numerada, mas a tendência é que o número impresso em cada ingressos não passe de pura decoração.

Dia 19, exatamente daqui a uma semana, começam as atividades do 35º Grande Prêmio do Brasil. Já está chegando...

Crédito das fotos:
Mancha de tinta - http://fabioseixas.folha.blog.uol.com.br, foto de Caio Guatelli

Agenda do Fim de Semana (12 a 14/10)

O fim de semana não tem Fórmula 1, mas está recheado de atrações para os fãs da velocidade. É verdade que o feriadão deve esfriar um pouco o interesse dos brasileiros. Mesmo assim, vale a pena separar um tempinho para conferir algumas das provas dos próximos três dias. Hora de conferir a sempre útil agendinha:

Sexta, 12 de outubro de 2007

Mundial de Rally: Primeiro dia do Rally da França

Sábado, 13 de outubro de 2007

Mundial de Rally: Segundo dia do Rally da França
Nascar: Etapa de Lowe's

Domingo, 14 de outubro de 2007

A1 GP: Rodada dupla de Brno
DTM: Etapa de Hockenheim
MotoGP: Grande Prêmio da Austrália
Mundial de Rally: Terceiro dia do Rally da França
Stock Car: Etapa de Buenos Aires

Pela terceira vez em sua história, a Stock Car cruza a fronteira e desembarca em Buenos Aires para a primeira das quatro etapas de sua "superfinal". Meu favorito para o título é o mesmo da maioria: o atual campeão Cacá Bueno, que terminou a fase de classificação em primeiro lugar. Na Argentina, porém, meu palpite para a vitória é outro, e atende pelo nome de Ingo Hoffmann.

Para quem não se lembra, o triunfo em Buenos Aires no ano passado ficou com o doze vezes campeão da Stock Car. Além disso, Ingo também foi o piloto que mais pontos marcou na fase final de 2006, embora não tivesse conseguido classificação entre os dez melhores. Na atual temporada, o veterano está na briga, e seu nome nunca pode ser descartado.

A prova argentina da última temporada ficou marcada pelo memorável acidente de Gualter Salles, que capotou de forma espetacular, pulou o alambrado e caiu do lado de fora da pista. Por causa disso, a Stock Car vai usar uma outra configuração do Autódromo Oscar Galvez, que permite muitas variações. O traçado escolhido é misto e semelhante ao que a Fórmula 1 usou entre 1995 e 1998.
Palpite do Blog para a corrida: Ingo Hoffmann

Na República Checa, no belíssimo circuito de Brno, a A1 GP realiza a segunda rodada dupla de sua temporada 2007/08. Meu primeiro palpite é o time da África do Sul, que dominou a etapa de abertura, na pista holandesa de Zandvoort, e lidera o campeonato. Além de apostar nos sul-africados, também jogo minhas fichas na Malásia de Alex Yoong (lembra dele?), equipe que venceu as duas etapas de Brno no ano passado.
Palpites do Blog para as corridas: África do Sul e Malásia

É hora de decisão na DTM. Em Hockenheim, a categoria vai conhecer o campeão da temporada 2007. O título está entre três pilotos. Mattias Ekström lidera a tabela, somando 44 pontos, seguido de Bruno Spengler, com 42, e Martin Tomczyk, que tem 40. Minha aposta - tanto para a vitória no campeonato quanto para o triunfo na corrida - é o canadense, único representante da Mercedes na briga pelo título.
Palpite do Blog para a corrida: Bruno Spengler
Palpite do Blog para o título: Bruno Spengler

No circuito de Phillip Island, a MotoGP corre na casa do campeão antecipado Casey Stoner. Na frente de sua torcida, o piloto da Ducati não vai querer fazer feio. Mesmo já tendo garantido o título, meu palpite é o australiano. Valentino Rossi, Daniel Pedrosa e todos os outros que me perdoem.
Palpite do Blog para a corrida: Casey Stoner

Faltam apenas quatro etapas para o fim da temporada do Mundial de Rally e a disputa pelo título entre Marcus Grönholm e Sebastien Loeb está emocionante. O finlandês da Ford lidera a tabela de pontos com 96 pontos, seis a mais do que seu rival da Citröen. Mas Loeb corre em casa nesse fim de semana, e vai querer repetir a vitória das últimas duas edições do Rally da França.
Palpite do Blog para o fim de semana: Sebastien Loeb

Por fim, a Nascar entra na pista pela 31ª vez na atual temporada. Na sexta prova do play off, o campeão do ano passado Jimmie Johnson corre na pista de Charlotte, que pertence ao seu principal patrocinador: a Lowe's. Mais do que nunca, o piloto da equipe Hendrick não pode fazer feio. Meu palpite, dessa vez, não poderia ser outro.
Palpite do Blog para a corrida: Jimmie Johnson

O escriba do Blog parte numa curta viagem a partir de amanhã. Por isso, o ritmo das atualizações durante esse feriadão pode ser apenas um pouco mais lento. De qualquer forma, o espaço continua em velocidade normal nesta sexta. Ao longo do dia, o Blog volta comentando as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos:
Ingo Hoffmann - www.stockcar.com.br
Gualter Salles - www.youtube.com
África do Sul - www.a1gp.com
Bruno Spengler - www.dtm.com
Casey Stoner - www.moto-live.com
Sebastien Loeb - www.rally-live.com
Jimmie Johnson - www.theinsidegroove.com

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Alonso teria assinado carta de intenções com a Renault

Fernando Alonso parece cada vez mais perto da Renault. Nesta quinta, uma matéria do jornal Bild garante que o espanhol assinou um carta de intenções com a equipe francesa, válida caso Alonso consiga se desvincular de seu contrato com a McLaren. Além disso, a reportagem também assegura que Ferrari e Toyota têm interesse no bi-campeão.

A princípio, porém, a Renault tem muito mais chances de vencer a disputa. A Toyota, no cenário atual, ainda não é uma equipe competitiva o suficiente para chegar ao nível de exigência de Alonso. Por sua vez, a Ferrari não daria ao espanhol o status de primeiro piloto que Alonso tanto valoriza, emperrando qualquer tipo de negociação.

Na Renault, o diálogo com o bi-campeão flui com muito mais naturalidade. A princípio, o acordo entre as duas partes seria de três anos, precaução da equipe francesa para evitar uma saída de Alonso no fim de 2008. Mas tudo isso só se concretizaria, é claro, se o espanhol conseguisse quebrar seu contrato com a McLaren, seja cansando os ingleses com suas desobediência ou pagando a multa rescisória.

Tendo em mente que a fonte é o Bild - uma publicação de histórico não muito confiável - ainda é cedo para cravar Alonso na Renault na próxima temporada. Mas já não resta nenhuma dúvida do desejo mútuo de refazer a parceria que rendeu dois títulos mundiais, em 2005 e 2006. Muitos dos que acreditavam na permanência do bi-campeão na McLaren - eu, inclusive - já mudaram de idéia.

Agora, a principal possibilidade parece ser mesmo o acordo entre Alonso e a Renault. Resta saber até onde a McLaren está disposta a ir para tentar manter os serviços do espanhol. O que vale mais: a capacidade de Alonso dentro da pista, fundamental na recuperação do time prateado, ou o bom ambiente da equipe, hoje insuportável com a guerra de nervos iniciada pelo bi-campeão?

Também nesta quinta, o empresário de Alonso negou, ao jornal L'Equipe, a existência da tal carta de intenções. Mas a postura do manager do espanhol durante toda a troca de farpas com a McLaren tem sido exatamente esta: insistir na permanência de Alonso no time prateado, descartando conversas com qualquer outra equipe. Sinceramente, parece até que o empresário está por fora das ações de seu cliente.

Aliás, considerando a personalidade independente de Alonso, não duvido nada dessa possibilidade...


Timo Glock está pertinho de ser confirmado pela Toyota. Mais uma vez, a fonte é o jornal Bild, que garante o anúncio do acordo para depois do Grande Prêmio do Brasil. Com as negociações com Fernando Alonso fadadas a fracassar, a equipe japonesa não perdeu tempo e assinou contrato com uma das melhores opções do mercado.

É verdade que Glock não é nenhum fenômeno. De qualquer maneira, o alemão de 25 anos já provou ser rápido e competente. Na atual temporada, ganhou quilometragem como piloto de testes da BMW e conquistou o título da GP2 merecidamente, apesar de alguns tropeços. A meu ver, dos pilotos disponíveis para a Toyota, apenas Adrian Sutil seria uma escolha tão boa quanto Glock.

Enquanto isso, outra cria da GP2 - Luca Filippi - parece estar com crédito entre os dirigentes da Fórmula 1. Após ter sido considerado para o cargo de piloto de testes da Ferrari, o italiano agora tenta negociar uma vaga na Honda, cumprindo a mesma função. Um teste durante o período de pré-temporada, ao menos, já está praticamente acertado com a equipe nipônica.

Por fim, Ralf Schumacher continua lutando para encontrar uma vaga para 2008. O alemão é cotado para Williams, Prodrive e até Super Aguri. Na Spyker, porém, parece que não há mais chance de acordo. Nesta quinta, o novo dono do time laranja, Vijay Mallya, negou a contratação do Schumacher mais novo, embora os dois sejam amigos pessoais. Segundo o indiano, a escolha tem de ser feita "com o cérebro e não com o coração".

Essa doeu, hein, Ralf?


Notícia que quase passou batida pelo Blog: o finlandês Heikki Kovalainen foi confirmado para a "Corrida dos Campeões", evento que reúne pilotos de Rally, Motocross, Turismo e Fórmula 1. Neste ano, a competição vai ser realizada no dia 16 de dezembro, dentro do estádio de Wembley, em Londres, onde uma pista em formato de "oito" deve ser montada.

Para quem não sabe, as disputas são sempre em dupla, no estilo mata-mata. Os pilotos percorrem, ao mesmo tempo, o estreito e difícil traçado artificial, com carros de diferentes categorias. Cada duelo acontece em "melhor-de-três", com o vencedor passando para a fase seguinte e o perdedor sendo eliminado.

Por enquanto, 11 pilotos já foram anunciadados para o evento. A expectativa é que, no mínimo, esse número chegue a 16, totalizando oito "equipes" diferentes. O Brasil, a princípio, seria um dos países representados, mas nenhum brazuca foi anunciado ainda. Nos últimos anos, Felipe Massa, Nelsinho Piquet e Tony Kanaan foram alguns dos que participaram da competição.

A lista provisória dos confirmados está a seguir:

Alemanha - Michael Schumacher (ex-Fórmula 1)
Escandinávia - Tom Kristensen (DTM) e Mattias Ekström* (DTM)
Escócia - David Coulthard (Fórmula 1)
Estados Unidos - Jimmie Johnson (Nascar) e Travis Pastrana (Motocross)
Finlândia - Heikki Kovalainen (Fórmula 1) e Marcus Grönholm (Mundial de Rally)
França - Sebastien Bourdais (ChampCar)
Inglaterra - Jenson Button (Fórmula 1) e Andy Priaulx (Mundial de Turismo)
* = atual campeão

O Blog vai continuar acompanhando os preparativos para a Corrida dos Campeões, um evento realmente único.


E já que falamos no assunto, o vídeo do dia é um aquecimento para a Corrida dos Campeões deste ano, com cenas das últimas edições:



Amanhã, o Blog volta com a seção Agenda do Fim de Semana, apresentando os destaques do automobilismo pelos próximos três dias. E, ao longo da sexta, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Fernando Alonso, Timo Glock e Luca Filippi - www.gpupdate.net
Corrida dos Campeões - http://www.raceofchampions.com/

Seria a decisão de 2007 uma reprise da finalíssima de 1986?

A idéia deste post me foi dada pelo amigo Guilherme, sempre muito participativo nos comentários. De fato, não são poucas as semelhanças entre a temporada de 1986 e a atual. Para começar, a última decisão tríplice de campeonato aconteceu justamente há 21 anos, quando Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet lutaram pelo título numa memorável prova em Adelaide.

Agora, os três candidatos a levantar o troféu de campeão são Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. A decisão vai ser no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, daqui a menos de duas semanas. Pelo histórico das finais tríplices, Hamilton deve tremer: em nove ocasiões, em apenas em quatro o líder antes da finalíssima ficou com o título.

Pior para o inglês, porém, são as incríveis semelhanças que a atual temporada guarda com 1986, quando o favorito destacado - Nigel Mansell - perdeu o campeonato de forma dramática. Vamos a uma rápida comparação:

- Em ambos os casos, a temporada foi amplamente dominada por quatro pilotos, em especial. No caso de 1986, Prost, Mansell, Piquet e Ayrton Senna praticamente monopolizaram as vitórias (houve uma exceção: Gerhard Berger no G.P. do México). Dessa vez, Hamilton, Alonso, Raikkonen e Felipe Massa formam o "G4". Por enquanto, estão imbatíves.

- Nas duas temporadas, os líderes da tabela de pontos antes da última prova não eram os principais favoritos no início do ano. Mais do que isso: Hamilton e Mansell têm a mesma nacionalidade e contaram com um "tratamento especial" dentro de suas equipes para crescerem ao longo do campeonato.

- Alonso guarda enormes semelhanças com Piquet. Assim como o brasileiro, o espanhol já tinha uma dupla de títulos mundiais quando trocou de equipe no início da temporada. Os dois esperavam serem tratados como líderes do time, mas não conseguiram impor suas vontades. Hamilton e Mansell, ambos ingleses e protegidos de seus chefes, estragaram a festa de Alonso e Piquet, respectivamente.

- As trajetórias de Raikkonen e Prost não são lá muito pareciadas, mas uma coincidência se destaca: os dois chegaram à finalíssima do campeonato tendo marcado o maior número de pontos nas provas imediatamente anteriores. O francês terminou com o troféu de campeão, mesmo sendo considerado uma tremanda zebra. Bom presságio para o azarado Raikkonen?

- No campeonato de 1986, o único dos líderes a chegar sem chances de título à última corrida foi um brasileiro: Senna. Agora, isso também acontece com Massa, outro brazuca. Mas os dois ainda têm algo mais em comum: o fato de terem marcado o maior número de poles positions na temporada (Senna fez oito em 1986; Massa cravou cinco até agora em 2007). Como se vê, não adiantou muito.

- Uma coincidência para assustar os fãs de Hamilton. Nas duas decisões, um furo de pneu alterou dramaticamente os acontecimentos. Em 1986, o azar tirou o título de Mansell, quando seu pneu traseiro direito explodiu nas últimas voltas do G.P. da Austrália. Na atual temporada, Hamilton abandonou a prova de Xangai, também prejudicado por um problema num de seus compostos. Qual deles? O traseiro direito.

É claro que nenhuma dessas semelhanças vai mudar alguma coisa na decisão do título em Interlagos. Mas a curiosa análise das coincidências vale como um aquecimento para o próximo Grande Prêmio do Brasil. Uma prova que tem tudo para ser uma das mais emocionantes dos últimos tempos.

Se você não tem muito o que fazer na tarde desta quinta, o Blog oferece uma boa distração: uma seqüência de vídeos que resume o campeonato de 1986 de forma rápida e interessante. Naquele ano, não só a briga pelo título foi emocionante. As corridas também. A dica, mais uma vez, é do internauta Guilherme.

PARTE 1 - Brasil, Espanha, San Marino, Mônaco e Bélgica:



PARTE 2 - Canadá, Estados Unidos, França e Inglaterra:



PARTE 3 - Alemanha, Hungria, Áustria e Itália:



PARTE 4 - Portugal, México e Austrália:



Até o fim do dia, o Blog volta comentando as principais notícias desta quinta. Nos vemos por aí!

Crédito das fotos:
Largada de 1986 - http://www.f1-facts.com/
Largada de 2007 - http://www.gpupdate.net/

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Acidentes Mais Espetaculares da História - Número Seis

Fechamos as edições da semana de Os 10+ do Blog F1 Grand Prix com uma batida que, com certeza, ainda está fresquinha na memória de vocês. Essa tem lugar cativo em qualquer lista dos maiores acidentes. Sem perder mais tempo, vamos em frentre:

10. Martin Brundle - Austrália/1996
7.Andrea de Cesaris - Áustria/1985
SEXTO COLOCADO - Luciano Burti no Grande Prêmio da Alemanha de 2001

Se Luciano Burti estivesse participando dos X Games, sua pancada em Hockenheim, em 2001, ganharia uma nota máxima. Em termos de air, sua execução foi praticamente perfeita. Raras vezes, na história da Fórmula 1, um carro voou tão alto quanto a Prost do brasileiro na largada daquele G.P. da Alemanha.

Por uma dessas injustiças do esporte, Burti vai ficar para sempre associado aos dois graves acidentes que sofreu na Fórmula 1 (o outro, em Spa-Francochamps, terminou por decretar o fim de sua trajetória na categoria). Mas o brasileiro merecia muito mais. Dono de técnica refinada, Burti simplesmente não deu sorte em seu curto período na Fórmula 1.

A carreira internacional do paulistano começou em 1998, quando ele conseguiu uma vaga na Fórmula 3 Inglesa. Tendo dado o primeiro passo - considerado por muitos o mais difícil - Burti parecia encaminhado para uma história de sucesso. Nem sempre, porém, as coisas saem exatamente como planejado.

Até ali, tudo corria bem para Burti. Contratado pela Stewart Racing, ele criou um bela relação de amizade com o tri-campeão Jackie e o filho deste, Paul, que comandavam a equipe. A escuderia, aliás, também estava presente na Fórmula 1. Era óbvio que Burti estava fadado a ganhar uma chance mais cedo ou mais tarde.

Em 1999, o piloto paulistano acabou perdendo o título para o inglês Mark Hynes, que viria a se tornar um obscuro competidor da Porsche Supercup. Ironicamente, quem conseguiu vaga na Fórmula 1 depois daquele ano foi o terceiro colocado no certame, uma jovem promessa chamada Jenson Button.

Burti precisou se contentar com o cargo de piloto de testes da Stewart. De repente, porém, a situação mudou drasticamente. No fim de 1999, a Ford - através de sua marca Jaguar - comprou a equipe, mudando a filosofia de trabalho de forma imediata. Burti foi mantido, mas estava claro que não fazia parte dos planos do time novato a longo prazo.

Ao longo de 2000, Burti cumpriu seu trabalho como piloto de testes. E, em A1-Ring, no Grande Prêmio da Áustria, ele ganharia sua primeira chance na Fórmula 1. O titular da Jaguar, Eddie Irvine, ficou fora por causa de uma lesão no abdômen e Burti foi a escolha óbvia para substituí-lo. Sofrendo com problemas de câmbio, o piloto brasileiro fez uma estréia razoável para as circunstâncias.

Ele largou em 21º, entre 22 pilotos, e terminou na 11ª posição, de 12 que chegaram ao fim. Apesar do desempenho discreto, Burti foi efetivado como titular da Jaguar em 2001, depois que o outro piloto da equipe - Johnny Herbert - aposentou-se no fim da temporada. Fora das pistas, porém, a situação do brasileiro era bem difícil.

Protegido dos dirigentes da Jaguar, o espanhol Pedro de la Rosa foi contratado como piloto de testes com a promessa de que seria titular em 2002. Como o acordo de Eddie Irvine com a equipe era mais longo, ficou claro que iria sobrar para Burti. Consciente disso, o brasileiro iniciou a temporada de 2001 sabendo que precisaria arrumar outro cockpit para o ano seguinte.

O campeonato começou bem para Burti, quando ele foi oitavo no G.P. da Austrália. Depois disso, ele ainda conseguiria um décimo na Malásia e um 11º em San Marino, antes de deixar a Jaguar, após apenas quatro corridas. O brasileiro recebeu um convite da Prost, que havia demitido o lento Gaston Mazzacane, e não titubeou.

Logo em sua estréia pela equipe francesa, Burti surpreendeu ao superar seu experiente companheiro, Jean Alesi, nos treinos de classificação. Na corrida, o veterano recuperou o comando, em parte porque Burti sofreu um forte desgaste físico. A Prost, por incrível que pareça, não tinha direção hidráulica...

Não demorou muito, porém, para que Burti encontrasse seu ritmo na equipe francesa. No Canadá - corrida em que Alesi foi um excelente quinto - o brasileiro igualou seu melhor resultado, ao terminar em oitavo. Infelizmente, naquela época, essa posição ainda não contava pontos para o campeonato.

Seguiram-se três G.Ps. sem muito destaque, até que a Fórmula 1 chegou à Alemanha. Na terra de Michael Schumacher, foi realizada a 12ª etapa da temporada, pela última vez no anel completo de Hockenheim. A partir de 2002, a fantástica pista de alta velocidade seria mutilada em prol das novas recomendações de segurança.

Burti era o 16º no grid, duas posições atrás de Alesi. Nada indicava que, naquele dia, o brasileiro ficaria conhecido no mundo inteiro. Mas um acidente espetacular, logo nos primeiros metros da corrida, marcaria a sua trajetória para sempre. Uma batida que, tão cedo, não será facilmente esquecida.

Correndo em casa e perto de seu tetra-campeonato, Michael Schumacher largava de quarto. Na saída, o alemão teve algum tipo de problema hidráulico, e seu carro ficou preso em primeira marcha. Todo o pelotão conseguiu evitar a lenta Ferrari do alemão. Quer dizer, quase todo. Vindo lá de trás, Burti não viu o carrinho vermelho e encheu a traseira de Schumacher.

O que acontece a seguir é memorável. Burti decolou, atingindo uma altura impressionante. Seu carro ficou quase em vertical e estava pronto para cair de cabeça para baixo quando a pobre Arrows de Enrique Bernoldi foi acertada pela Prost voadora. Com a nova batida, Burti caiu em pé, deslizando pela pista elegantemente até parar na caixa de brita.

O inocente Bernoldi, por sua vez, levou como souvenir um dos pneus de Burti, que ficou preso na sua traseira. Schumacher também ficou com sua Ferrari completamente avariada, e sem a mímima condição de prosseguir na corrida. Numa decisão estranha, porém, a direção de prova mostrou a bandeira vermelha, quando a escolha mais provável seria a entrada do safety car.

A corrida foi interrompida e, pelos próximos minutos, a emissora responsável pela transmissão das imagens não se cansou de repetir a decolagem de Burti. Pela primeira vez desde que havia chegado à Fórmula 1, o piloto brasileiro passou a ser o centro das atenções. Infelizmente, por causa de um acidente.

Na nova largada, Burti evitou problemas, mas saiu da pista na 23ª volta, abandonando a corrida. Na prova seguinte, em Hungaroring, ele também não recebeu a bandeira quadriculada. Então, no G.P. da Bélgica, em Spa-Francochamps, um acidente com o ex-companheiro Eddie Irvine levou todos a esperarem o pior.

Burti bateu em altíssima velocidade na perigosa curva Blanchimont. Ele perdeu os sentidos imediatamente, e seu estado parecia ser bastante preocupante. Levado ao hospital, o brasileiro consegue escapar sem seqüelas, mas sua carreira na Fórmula 1 estava encerrada. A falência da Prost, no fim do ano, também não ajudou e Burti acabou sem vaga para 2002.

Ele ainda conseguiria um lugar como piloto de testes da Ferrari, ganhando um vasto conhecimento técnico que ele coloca em prática atualmente nas transmissões da Rede Globo. A trajetória de Burti na Fórmula 1 terminou, mas o piloto brasileiro não passou batido pela categoria. Seus resultados foram escassos, é verdade. Porém, acidentes como aquele na Alemanha, em 2001, ficaram na memória.

Pelo vôo absolutamente sensacional e inacreditável, digno de uma nota 10 em competições de manobras radicais, por ter roubado a cena naquela corrida de Hockenheim e por ter marcado a carreira de Luciano Burti, o acidente do piloto brasileiro no G.P. da Alemanha de 2001 leva o sexto lugar na lista dos Dez Acidentes Mais Espetaculares da História.

A seguir, o vídeo da pancada:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta na terça que vem, com o número cinco da nossa lista. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos:
Número Seis - http://www.sepad.ee/
Luciano Burti - http://www.vw.com.br/
Luciano Burti dentro do carro - http://www.atlasf1.autosport.com/
Acidente I a V - http://www.youtube.com/

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Os boatos do dia: Alonso na Renault, Fisichella na Williams, Ralf na Super Aguri e Rosberg na McLaren

Agora, sim, a dança das cadeiras está esquentando. Nesta quarta, uma série de notícias deram novo fôlego ao mercado de pilotos, antes parado por causa da indefinição de Fernando Alonso. O espanhol, finalmente, parece determinado a encerrar a chata e arrastada novela sobre seu destino na próxima temporada.

Considerando as notícias mais recentes, seu futuro está com a Renault. Quem garante é a revista espanhola Autopista, que publicou hoje uma reportagem dando conta de que Alonso já teria, inclusive, conhecido detalhes do R28, o modelo da equipe francesa para o ano que vem. Se, de fato, o espanhol voltar ao seu ex-time, a Fórmula 1 veria uma reação em cadeia.

Mas vamos nos concentrar em Alonso, por enquanto. Segundo a Autopista, o contrato do bi-campeão com a Renault seria de dois ou três anos, para evitar uma transferência do espanhol para a Ferrari em 2009. O encontro com Flavio Briatore e Pat Symonds, principais articuladores da volta de Alonso à Renault, teria se dado em Fuji, durante o Grande Prêmio do Japão.

Caso volte para a equipe francesa, o bi-campeão concentraria as atenções do time. Assim, a maior possibilidade é que Heikki Kovalainen seja o escolhido para ser seu companheiro. Nelsinho Piquet, nessa hipótese, ficaria em situação difícil. Sem vaga na Renault, o brasileiro não teria para onde ir. Isso porque a Williams - uma possível opção - pode estar fechando contrato com Giancarlo Fisichella.

O italiano, dispensado pela Renault, é importante para a equipe inglesa por causa de sua experiência. Depois que perdeu o aposentado Alexander Wurz, a Williams deseja ter um piloto bem rodado para desenvolver seu carro. Fisichella, assim, cairia como uma luva. A tese, só para constar, também é da revista Autopista.

A publicação, aliás, vai ainda mais longe: também crava Nico Rosberg na McLaren, como substituto de Fernando Alonso. Essa possibilidade - é bom que se diga - não é lá muito improvável. Até porque o jornal Marca publicou, também hoje, uma matéria idêntica, garantindo que o alemão é considerado, pelo time prateado, o melhor nome para substituir Alonso.

Por fim, o último boato do dia dá conta de que Ralf Schumacher pode estar se transferindo para a Super Aguri em 2008. Tudo por causa de uma entrevista do alemão ao site Autosport. Nela, Ralf afirma estar confiando na sua permanência na Fórmula 1 e que isso "seria terrível para os ingleses". Pois bem, o único dos atuais pilotos da Terra da Rainha ainda não confirmado para a próxima temporada é Anthony Davidson...

Analisando todo o panorama com calma, chega-se a uma principal conclusão: Fernando Alonso está fazendo de tudo para sair da McLaren, e já perdeu completamente o pudor nessa tentativa. Se Lewis Hamilton, ficar com o título, o espanhol deixa o time prateado com toda a certeza. Caso aconteça uma zebra e Alonso ganhe o campeonato, a possibilidade de mudança para a Renault diminui um pouco, mas ainda é a mais provável.

Até a semana passada, eu ainda apostava na permanência de Alonso na McLaren. Mudei de idéia. Com os acontecimentos do G.P. da China e as notícias de hoje, aposto que o espanhol transfere-se para a Renault em 2008. Deixando, assim, o caminho livre para Nico Rosberg ocupar seu lugar no time prateado ou, numa hipótese mais fantasiosa, Sebastian Vettel.

Ao mesmo tempo, continuo acreditando que Giancarlo Fisichella vai para a Williams, como eu já havia dito lá em junho. Infelizmente, para Nelsinho Piquet, restaria apenas a segunda vaga da equipe inglesa - caso Kazuki Nakajima não seja efetivado - ou mais um ano como piloto de testes na Renault. Sobre Ralf Schumacher, não tenho muito a comentar. Nessa altura, o futuro do alemão é uma incógnita completa.

Vamos esperar, mas algo me diz que as respostas para todas essas perguntas devem começar a ser dadas logo, logo...


Em meados de 2006, a FIA anunciou a realização de um processo para escolher a futura 12ª equipe da Fórmula 1. Nada menos que 22 candidatas apareceram. Entre elas, organizações conhecidas no automobilismo de base, como a Carlin, e ex-times da própria categoria, exemplos de Jordan e Minardi.

Depois de uma longa novela, a FIA optou pela Prodrive, uma escuderia liderada pelo experiente David Richards. Considerando o belo histórico da equipe no Mundial de Rally, parecia que a entidade máxima do automobilismo havia, finalmente, feito uma escolha certa. Mais uma vez, porém, a FIA conseguiu se enrolar numa decisão das mais importantes.

Nesta quarta, a Prodrive admitiu o que todos já esperavam: a possibilidade de nem alinhar no grid da Fórmula 1 em 2008. Tudo por causa de uma interpretação confusa do regulamento, que levou o time novato a acreditar que poderia contar com um chassis de outra escuderia para competir na próxima temporada. O problema é que a intenção vai contra as regras do Mundial de Construtores...

Mais do que nunca, a Prodrive está completamente enrolada. Seu acordo com a McLaren de Ron Dennis, que parecia sacramentado, deu para trás. Agora, faltando só seis meses para a sua estréia na Fórmula 1, a equipe estreante ainda não conseguiu chegar perto de anunciar seus planos. Não tem chassis, nem motores e - muito menos - pilotos.

David Richards é um sujeito respeitado, é verdade, mas sua Prodrive já está se tornando um mico monumental.


Um programa imperdível para quem estiver no Rio de Janeiro no próximo domingo: a Petrobrás vai realizar, às 11 horas, no Aterro do Flamengo, uma sensacional exibição com carros de várias categorias. A estrela maior é o FW29, modelo usado pela Williams na atual temporada da Fórmula 1.

Nico Rosberg deve pilotar o carro da equipe inglesa no evento, que também vai contar com carros de Stock Car e Fórmula Truck, além de karts e motos de diversos tipos diferentes. Para o público carioca - impedido de utilizar sua única praça para a prática do esporte, o autódromo de Jacarepaguá - trata-se de uma oportunidade única.

Sinceramente, essa não dá para perder.


O vídeo do dia é uma dica do amigo Marcos, sempre muito presente nos comentários. Trata-se da forte pancada de Fabiano Brito na etapa da Fórmula Truck em Curitiba, no último domingo. Seu caminhão ficou com o acelerador travado e ele não teve como evitar o choque com a barreira de proteção, não sem antes levar uma placa de publicidade junto:



Nesta quinta, o Blog volta com a seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix, apresentando o número seis da lista dos Dez Acidentes Mais Espetaculares da História. E, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até amanhã!

Crédito das fotos:
David Richards - http://www.auto.sina.com/

Faturamento de São Paulo com a Fórmula 1 deve chegar a R$ 200 mi

Quem não acredita na importância do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 tem um excelente motivo para mudar de idéia. Nesta quarta, uma matéria do site Amigos da Velocidade afirma que a prova deve render cerca de 200 milhões de reais aos cofres de São Paulo. A fonte é o próprio prefeito da cidade, Gilberto Kassab.

Considerando que o investimento para a edição deste ano do G.P. Brasil ficou na casa de R$ 30 mi, o lucro final de São Paulo com a corrida será de aproximadamente R$ 170 mi. Sem dúvida alguma, os esforços para recapear o problemático asfalto de Interlagos vão valer a pena. Não dá para negar: a Fórmula 1 é um excelente negócio para a cidade.

A duas semanas da finalíssima da temporada 2007, o Autódromo José Carlos Pace já está praticamente pronto. Nessa altura, as obras principais estão concluídas, e Interlagos só precisa passar por alguns protocolos. Entre eles, a vistoria final que o diretor da FIA, Charlie Whiting, vai realizar no circuito na semana que vem, apenas para ratificar a aprovação da pista.

Pelo visto, Interlagos foi melhor preparado dessa vez. Quem já visitou o circuito garante que, a princípio, os trabalhos parecem ter sido bem feitos. É o caso do jornalista Fábio Seixas, que colocou algumas fotos da reforma da pista no seu ótimo blog.

Agora, resta esperar pelo dia 19 de outubro, quando a Fórmula 1 testa pela primeira vez a nova superfície de Interlagos. É bom dizer que, mesmo com a reforma, eliminar todas as ondulações do circuito é uma tarefa praticamente impossível. Por isso - e também pelo desnível da pista - o mais provável é que a McLaren leve uma pequena vantagem sobre a Ferrari.

Até agora, na atual temporada, a equipe vermelha teve dificuldades em circuitos onde o asfalto não é totalmente liso, como é o caso de Interlagos. Mesmo assim, ainda não me arrisco a apostar numa supremacia dos pilotos da McLaren. Decisões de campeonato são sempre imprevisíveis. Será que existe alguma chance de adivinhar o que vai acontecer no Grande Prêmio do Brasil?

Dessa vez, vou pensar três vezes antes de dar o meu palpite...

Os 10+ do Blog F1 Grand Prix: Os Dez Acidentes Mais Espetaculares da História - Número 7

Continuamos, hoje, nossa saga através das maiores pancadas da história da Fórmula 1. O protagonista desta quarta é um piloto que, sem dúvida nenhuma, merece lugar cativo na lista. Sem mais delongas, vamos em frente:

SÉTIMO COLOCADO - Andrea de Cesaris no Grande Prêmio da Áustria de 1985

Se existe alguém que não poderia faltar na lista dos maiores acidentes, esse alguém é Andrea de Cesaris. Nenhum outro piloto, ao longo de sua trajetória na Fórmula 1, ficou tão marcado por envolver-se em tantas batidas quanto de Cesaris. Não era apenas questão de estar no lugar errado na hora errada.

De Cesaris tinha uma capacidade quase natural de provocar acidentes. Sua lista pessoal é extensa e variada. Em 15 anos de Fórmula 1 - um período bastante respeitável, diga-se de passagem - o italiano provocou reações em cadeia, tirou companheiros de equipe da pista nos piores momentos possíveis e destruiu mais carros do que qualquer um pode imaginar.

Um acidente, em especial, chama atenção na lista de "Andrea de Crasheris", como ele foi apelidado pela mídia britânica logo no início de sua carreira. Uma verdadeira obra-prima, que se destaca em meio a todas as outras pancadas da conta do italiano. E olha que isso não é muito fácil não.

Andrea de Cesaris começou sua trajetória na Fórmula 1 no fim de 1980, na Alfa Romeo. A oportunidade veio como substituição ao compatriota Vittorio Brambilla, outro piloto dos mais folclóricos que já passaram pela categoria. De Cesaris quebrou na estréia, no G.P. do Canadá, e bateu na segunda volta na etapa dos Estados Unidos. Seria algum presságio?

Para surpresa de muitos, o italiano engajou-se na McLaren para a disputa da temporada seguinte. O motivo: o favorecimento dos cigarros Marlboro, que fez pressão para colocar de Cesaris na tradicional equipe inglesa. Seu primeiro ano completo na Fórmula 1, sob todos os aspectos, seria um desastre.

Outras treze temporadas não foram suficientes para apagar a péssima impressão que de Cesaris deixou logo de cara. Em 15 corridas pela McLaren, o italiano conseguiu a proeza de empenar 16 chassis. Isso sem contar os seis acidentes em corrida e a façanha do Grande Prêmio da Holanda, quando ele não largou por já ter destruído todos os carros disponíveis.

Fora das pistas, de Cesaris ficou conhecido pelos seus tiques nervosos. Bastava observar o italiano durante um tempo. Não dava outra: ele logo começava a piscar os olhos rapidamente, de forma nervosa e repetitiva, além de mexer o pescoço de um lado para o outro, como se estivesse tendo espasmos musculares.

Após a horrorosa temporada de 1981, de Cesaris transferiu-se para a Alfa Romeo, equipe onde permaneceu nos dois anos seguintes, conseguindo até alguns resultados de relevância. Em 1983, ele conseguiu uma dupla de segundos lugares, na Alemanha e na África do Sul. Seriam as melhores colocações de toda a sua carreira.

O ano de 1984 trouxe uma nova mudança de ares para de Cesaris. Dessa vez, ele foi para a Ligier. Na decadente equipe francesa, o italiano não conseguiu mais do que três pontos, mas manteve a vaga para a temporada seguinte. Em 1985, de Cesaris não teria nenhum grande resultado. Mas ganharia a atenção de todos com o acidente que ele sofreu no G.P. da Áustria.

Quando chegou ao veloz circuito de Österreichring - o de maior velocidade média do calendário da Fórmula 1 - de Cesaris estava devendo. O italiano tinha apenas três pontos, contra dez de seu veterano companheiro de equipe, Jacques Laffite. Mesmo precisando mostrar serviço, de Cesaris não passou de 19º no grid. Na corrida, as coisas não melhorariam muito.

Na 13ª volta, quando ele se aproximava da Texaco Schikane, tudo deu errado de forma muito rápida. De Cesaris seguia a Renault de Derek Warwick, quando sua traseira resolveu escapar. O italiano tentou consertar mas errou na dose, lançando seu carro em direção à grama. A partir daí, de Cesaris virou passageiro de uma dos acidente mais incríveis da história.

Havia chovido pela manhã e, por isso, a escapatória ainda estava molhada e com um pouco de lama. De Cesaris bate no barranco localizado no ponto mais inconveniente possível. Sua Ligier dá dois pulinhos e, finalmente, decola. No total, o italiano dá três capotagens plasticamente belíssimas. Depois, como por milagre, seu carro pára na posição normal.

Sem maiores problemas, De Cesaris sai andando. Mas fica bastante assustado. As imagens a seguir são até engraçadas: o italiano observa seu carro destruído, passa a mão na cabeça várias vezes e age como se tivesse sido socorrido por um milagre sobrenatural. De fato, seu anjo da guarda já estava bastante treinado.

De Cesaris não durou muito na Ligier. Demitido na corrida seguinte, parecia estar fadado a encerrar sua carreira. Nada disso. Até 1994, o italiano ainda correria por mais oito equipes, totalizando onze ao longo de sua carreira. Um recorde. Nem Riccardo Patrese, que participou de 256 G.Ps., chegou perto da marca do italiano.

Por que de Cesaris ficou tanto tempo na Fórmula 1? Certamente, o patrocínio da Marlboro não explica tudo. Na realidade, o italiano também tinha suas virtudes. De tempos em tempos, era capaz de performances magníficas e arrebatadoras, com carros de segunda categoria. Realmente, de Cesaris entrou para o folclore da Fórmula 1 por causa de seus inúmeros acidentes. Mas ele não era só isso.

Por causa da belíssima plástica do acidente - três capotagens quase perfeitas que terminaram com o carro em pé - e por ter representado a maior pancada da vida do piloto que por mais vezes envolveu-se em batidas, a capotagem de Andrea de Cesaris no Grande Prêmio da Áustria de 1985 leva o sétimo lugar na lista dos Dez Acidentes Mais Espetaculares da História.

A seguir, um curto vídeo com a proeza do italiano:



Edit: O internauta Guilherme manda o vídeo com o resumo daquele G.P. da Áustria de 1985. Alain Prost venceu, com Ayrton Senna em segundo. A narração é em português:



A seção Os 10+ do Blog F1 Grand Prix volta amanhã, com o número seis da lista dos Dez Acidentes Mais Espetaculares da História. E hoje, ao longo do dia, comentários sobre as principais notícias do mundo da velocidade. Até mais!

Crédito das fotos:
Número Sete - http://www.onflex.org/
Andrea de Cesaris - http://www.iatrou.com/
Andrea de Cesaris no carro - http://www.viewimages.com/
Acidente I a V - http://www.youtube.com/