Massa pode partir para três paradas

Fazia tempo que a Fórmula 1 não via uma pole tão espetacular como esta de Massa em Cingapura.

O brasileiro impôs seis décimos de vantagem para Hamilton e conquistou a primeira posição no grid da prova deste domingo, com largada marcada para as 9h da manhã de Brasília.

Foi uma "volta perfeita", como o próprio Massa definiu.

Entretanto, o brasileiro deve estar um pouco mais leve do que seus principais adversários.

Pode ser uma ou duas voltas apenas, o que é o mais provável.

Mas, segundo a projeção das equipes, a prova de Cingapura será a mais longa da temporada. Com safety car, deve estourar o tempo-limite de duas horas de corrida.

Ou seja: não fique surpreendido se Massa arriscar uma tática de três paradas na prova deste domingo.

Repito que isso não é mais provável, mas pode acontecer.

Batido, Hamilton aposta na tática da McLaren e na previsão de chuva para virar o jogo. Nesse momento, porém, a corrida parece muito mais com a cara de Massa.

Os demais, nesse momento, não passam de coadjuvantes. Incluindo aí Raikkonen, que dá pinta de estar francamente desmotivado.

Seria interessante se o finlandês superar Hamilton na largada de amanhã. Será que Raikkonen seguraria o ritmo para ajudar Massa? Sei não...

Mais uma vez, faltou sorte a Alonso, justamente na prova que o espanhol alimentava mais chances de conseguir um bom resultado.

Largando lá de trás, torce por acidentes, chuva e safety car para marcar alguns pontinhos. Mas lutar por pódio, o que era seu objetivo, ficou quase impossível.

Previsão para a corrida de amanhã: no seco, quase sem ultrapassagens, porém indefinida até a última parada de pit stops.

No molhado, uma loteria de acidentes e intervenções do safety car.

Para terminar, vale a pena conferir a espetacular volta da pole de Massa em Cingapura. Não dava para ser melhor:

Empate técnico entre Hamilton e Massa nos treinos de sexta

Oito centésimos.

Foi essa a diferença de Hamilton para Massa nos treinos desta sexta em Cingapura. O inglês terminou como o mais rápido do dia, seguido de perto pelo brasileiro.

Já que estamos em época de eleição, eis aí um "empate técnico".

As primeiras atividades no novo e belíssimo circuito de rua asiático de nada serviram para saber quem vai se dar melhor na classificação e na corrida.

Continua tudo totalmente indefinido.

Prova disso é que Raikkonen fechou o dia com o melhor tempo nos dois primeiros setores, na única volta que parece ter feito a toda velocidade. O problema é que o finlandês pegou tráfego na parte final da pista, perdeu terreno e finalizou apenas em quinto.

De qualquer maneira, mostrou o potencial da Ferrari.

Por outro lado, a McLaren liderou o dia com Hamilton e também tem espaço a evoluir.

Difícil, muito difícil cravar que vai se dar melhor daqui para frente.

Fácil mesmo é afirmar que a prova de Cingapura, em condições normais, será uma grande procissão.

A pista é linda, o cenário é exuberante, mas o circuito não tem nenhum ponto de ultrapassagem.

A não ser que chova ou que o safety car entre na pista, a corrida certamente será tão chata quanto o GP da Europa, no também badalado circuito de rua de Valência.

Por causa da dificuldade de troca de posições na pista, a classificação de amanhã será fundamental.

Hamilton e Massa, os dois que disputam o título, devem partir bem leves para lutar pela pole.

E quem sair de primeiro já tem meio caminho andado para a vitória.

Palpitão do Grande Prêmio de Cingapura

Três são os motivos para acreditar que Hamilton vai vencer o GP de Cingapura.

O primeiro é que o inglês costuma se dar bem em pistas onde nunca pisou antes. Em 2007, venceu em Montreal, Indianapolis e Fuji, mostrando ser um piloto de incrível capacidade de adaptação.

Há cerca de um mês, porém, quem venceu o GP da Europa, disputado no estreante circuito de Valência, foi Massa.

Passemos para o segundo motivo, então.

De acordo com a análise das equipes, a pista de Cingapura é travada, apertada, possui retas curtas e uma seqüência de curvas de baixa velocidade.

Nesse cenário, a McLaren vem se dando melhor neste ano.

Ganhou em Mônaco e na Hungria e perdeu no Canadá por causa do bizarro erro de Hamilton nos boxes.

Entretanto, Massa fez a pole nas ruas do Principado e dominou a prova de Hungaroring. A superioridade da McLaren, portanto, não é nada significativa.

Por fim, o terceiro motivo para acreditar em Hamilton é o resultado de seu recurso para recuperar a vitória em Spa.

A apelação representou uma derrota no tribunal, mas serviu para criar no inglês um sentimento do tipo "vencer ou vencer", que ele já vai tentar colocar em prática no GP de Cingapura.

Hamilton vai para a corrida noturna mordido. Para o inglês, qualquer resultado que não seja a vitória não basta.

Nada disso acima escrito é suficiente para fazer cravar com segurança que Hamilton vai levar o triunfo em Cingapura.

Mas todos esses fatores dão uma vantagem ligeira ao inglês.

Além disso, a previsão é de chuva. E Hamilton, no molhado, é o piloto a ser observado.

Nâo tenham dúvidas de que Massa chega muito forte a Cingapura.

Dessa vez, porém, meu palpite é no inglês.

Vamos ao Palpitão do GP de Cingapura:

Pole: Lewis Hamilton
Vitória: Lewis Hamilton
Decepção do GP: Red Bull. Não adianta: a equipe principal deve ser superada mais uma vez pela "filial" Toro Rosso.
Primeiro abandono: Kazuki Nakajima. Em Valência, o japonês acabou com a prova de Alonso no início. No GP de Cingapura, em situação semelhante, sabe-se lá o que pode acontecer...
Zona de pontuação:
1. Lewis Hamilton
2. Felipe Massa
3. Robert Kubica
4. Kimi Raikkonen
5. Fernando Alonso
6. Heikki Kovalainen
7. Sebastian Vettel
8. Jarno Trulli

Os treinos livres de Cingapura têm um horário todo especial. Para conferir a programação completa, clique aqui.

GP de Cingapura não deve ter muitas ultrapassagens

A estrutura do circuito de Cingapura é espetacular.

E a corrida, disputada à noite, deverá ter um visual fantástico.

Mas isso não significa que a prova do próximo domingo vai ser realmente emocionante.

Nesta quarta, Massa confirmou a impressão de todos: o traçado é travado demais e será bem complicado realizar ultrapassagens.

É uma pena, mas parece que o arquiteto Hermann Tilke errou a mão de novo.

Mais uma vez, a classificação de sábado vai ser fundamental, já que a corrida de domingo não deve ter muitas trocas de posição na pista.

A não ser que chova, o que sempre deixas as coisas mais interessantes.

O traçado, em si, tem alguns pontos até interessantes. Um deles é o trecho em que os pilotos passam por baixo da arquibancada, algo que a Fórmula 1 nunca viu antes.

De qualquer maneira, o test drive virtual confirma que a pista não retas longas e que a corrida do próximo domingo não promete tanto assim.

Nessa altura, só resta torcer para que a moda dos circuitos de rua não se prolongue por muito tempo na Fórmula 1.

Caso contrário, boa parte do calendário será dominada por provas absolutamente sem graça.

Hamilton vai mordido para Cingapura

O julgamento do recurso da McLaren não teve surpresas.

Confirmando as expectativas, a FIA recusou a apelação do time prateado para recuperar a vitória de Hamilton. O triunfo em Spa-Francorchamps, portanto, ficou mesmo com Massa.

Não adiantou a pressão da imprensa e do público inglês, e muito menos a presença do próprio Hamilton à reunião da Corte das Apelações em Paris.

O recurso da McLaren nem chegou a ser analisado de fato porque os delegados consideraram que a punição imposta a Hamilton era "inapelável".

Portanto, o inglês permanece apenas um ponto à frente de Massa.

O revés no tribunal já era mais ou menos esperado, mas Hamilton ainda tinha um fiapo de esperança de recuperar o triunfo na Bélgica.

Não conseguiu.

Apesar de todo o stress dos últimos dias, sua raiva e decepção já devem estar controladas nessa altura.

Em Monza, apenas dias depois da controvertida prova de Spa, Hamilton mostrou um excelente controle emocional e fez uma ótima prova após largar do fim do grid.

Não são poucos os que afirma que o inglês é instável sob pressão. E, portanto, bem sujeito a erros em situações de pressão como as que devem ser encontradas nas provas finais do campeonato.

Mas, depois de perder o campeonato do ano passado de forma tão traumática, Hamilton precisou aprender a lição na marra. Se quiser ser campeão, não pode perder para os nervos.

Vai para Cingapura "mordido" pela derrota nos tribunais e disposto a encerrar o pequeno jejum de vitórias, que já dura quatro provas.

E, controlando o excesso de confiança, Hamilton é o grande favorito na prova noturna.

Além da possibilidade de chuva, também pesam a seu favor as características do circuito - travado, como Mônaco e Hungaroring, por exemplo - e o fato de Cingapura nunca ter recebido GPs da Fórmula 1.

Desde o ano passado, Hamilton já mostrou ter uma sensacional capacidade de adaptação a pistas onde jamais esteve antes.

Venceu em Montreal, Indianapolis e Fuji, circuitos onde nunca havia pisado. A exceção na lista é Valência, onde Massa foi dominante no mês passado.

Apesar disso, o piloto a ser observado em Cingapura é Hamilton.

Desde já, meu favorito para o triunfo para a vitória no próximo domingo é o inglês.

Mas, em relação ao campeonato, nem penso em arriscar palpites por enquanto.

Apelação da McLaren não deve dar em nada

A segunda-feira na Corte de Apelações da FIA foi toda gasta em discussões para definir se a manobra de Hamilton sobre Raikkonen no GP da Bélgica foi legal ou não.

Se os delegados da FIA não virem nada de errado na conduta do inglês, Hamilton recupera o triunfo em Spa e amplia para sete pontos sua vantagem sobre Massa.

A defesa de Hamilton e da McLaren foi apaixonada.

O inglês clamou ser "um piloto de corridas guiado pela excelência". Chegou até a ter um leve desentendimento com o advogado da Ferrari e saiu pedindo que os delegados da FIA "vejam a verdade".

Sinceramente, não acho que vai dar em nada.

Numa decisão tão polêmica, a tendência é que seja mantida a escolha dos fiscais.

As apelações, na maioria absoluta das vezes, só anulam punições que tenham sido consideradas flagrantemente erradas.

E a manobra de Hamilton, convenhamos, jamais será uma unanimidade.

A decisão da FIA já deve sair na manhã desta terça, provavelmente num curto comunicado de dois ou três parágrafos.

Poucas palavras que terão importância determinante no destino da temporada.

Uma pena, porque um campeonato tão bom não merecia ser abalado por questões extra-pista.

Stock, Flamengo e Corinthians não empolgam

O fim de semana da velocidade foi meio sem graça.

A corrida da Stock em Curitiba tinha potencial, mas acabou sendo uma das mais chatas da temporada.

Da largada à última volta, os quatro primeiros colocados não trocaram de posição.

No fim, vitória de Ricardo Maurício, a quarta em nove provas no ano.

Seu companheiro Marcos Gomes finalizou em segundo e os dois estão empatados no campeonatos.

O título parece estar entre a dupla.

Favoritos como Cacá Bueno e Valdeno Brito, por exemplo, já ficaram para trás.

Dos rivais, o único que parece ter condição de desafiar a hegemonia de Marquinhos e Ricardinho é Thiago Camilo, terceiro em Curitiba.

Mas a diferença de equipamento é flagrante.

No momento, nada indica que o título escapa dos "inhos" da Medley.

Não vi as corridas da Fórmula Superliga, mas parece que não perdi muito. Os holandeses Doornbos e Buurman venceram as corridas com os carros de Milan e PSV, em provas que não chegaram lá a ser muito emocionantes.

O dia dos brasileiros foi para esquecer.

Antonio Pizzonia até andou bem com o bólido do Corinthians. Teria sido segundo na prova inicial, mas deixou o motor morrer e caiu para sétimo. Na outra prova do dia, um discreto décimo.

Pior ainda foi o Flamengo.

Um completo desastre a etapa de Nurburgring para o rubro-negro carioca, que não completou nenhuma volta em ambas as corridas.

Nos dois casos, Tuka Rocha bateu antes de passar pelos boxes pela primeira vez.

A partir do próximo fim de semana, o mundo da velocidade volta a se agitar.

Com Rossi prestes a conquistar mais um título, a MotoGP chega em seu momento de definição.

A Nascar e o Mundial de Rally também entram em sua reta decisiva.

E, é claro, a Fórmula 1 alcança seu climax, começando por Cingapura.

Massa ou Hamilton: alguém já arrisca uma aposta?